PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Pai
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OS QUATRO TESTEMUNHOS SOBRE JESUS

As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou (Jo 5, 36)
15 de março de 2018.
Certamente alguém lhe disse que Jesus é o filho de Deus; que ele foi enviado pelo Pai para nos salvar;  que ele, por sua morte e ressurreição, nos alcançou a reconciliação com o Pai, o perdão dos nossos pecados. Quem foi que lhe disse isso? Quem lhe deu esse testemunho sobre Jesus?  Você vai pensar um pouco ou já tem uma resposta? Ah, já tem a resposta. Ótimo. Então, quem foi que lhe deu esse testemunho sobre Jesus?
Em primeiro lugar, tenho quase certeza, foram seus pais os primeiros a lhe darem um testemunho sobre Jesus. Depois, vieram seus catequistas, seus educadores e a comunidade cristã onde você participava.  É isso mesmo. É a Igreja quem nos diz quem é Jesus através dos nossos pais, catequistas, missionários, padres, religiosos. Claro, não podemos esquecer, a Palavra de Deus dá testemunho sobre Jesus. Verdade. Mas, é a Igreja quem nos apresenta e nos explica as Escrituras que dão testemunho sobre Jesus.
O importante é lembrar que esse testemunho que nos foi dado sobre Jesus nos pede uma resposta. Não foi uma informação histórica sobre um personagem do passado. Foi um testemunho sobre algo vital em nossa vida: a nossa felicidade, a nossa salvação; sobre algo e sobre alguém que tem a ver conosco, que continua falando conosco, nos sustentando e nos conduzindo nos caminhos de Deus. Esse testemunho pede uma resposta. Essa resposta pode ser chamada de fé, de conversão, de seguimento de Cristo.
Num certo momento de sua vida humana, Jesus fez uma forte reclamação contra o seu povo.  Notou que o testemunho dado sobre ele não estava sendo acolhido, não estava sendo levado a sério. Então, ele elencou quatro testemunhos que estavam sendo dados sobre ele. Quatro, você sabe, porque é um número de totalidade, um número completo. É só pensar nos pontos cardeais. E quais são os quatro testemunhos dados sobre Jesus?
Em primeiro lugar, o testemunho sobre Jesus foi dado por João Batista. João deu testemunho de Jesus. Ele o apresentou ao povo como o enviado de Deus, o Messias anunciado pelos profetas. Um testemunho valioso. Os judeus tinham enviado mensageiros a João para se informarem sobre isso. E João confirmou.  Deu testemunho da verdade.
Em segundo lugar, o testemunho sobre Jesus foi dado por suas próprias Obras. Como ele disse, “as obras que o Pai me concedeu realizar”.  Quais são as obras de Jesus? As obras de Cristo estão descritas nos evangelhos: ele abre os olhos do cego, purifica o leproso, faz andar o paralítico, ressuscita o morto, evangeliza os pobres. São as obras anunciadas pelo profeta Isaías. Ele liberta o sofredor, reconcilia os pecadores, evangeliza o povo.  São obras de Jesus. Mas, a sua maior obra é a redenção pela morte na cruz.
Em terceiro lugar, o testemunho sobre Jesus foi dado pelo Pai, que o enviou. O tempo todo, o Pai confirmou o seu filho nas suas palavras e nas suas obras. No batismo, ele o apresentou como seu filho amado. Na transfiguração, de novo se ouviu o Pai recomendando seu filho. Foi o Pai que o ressuscitou, confirmando-o como salvador e guia da humanidade.
Em quarto lugar, o testemunho sobre Jesus foi dado pelas Escrituras. Toda a história da salvação no Antigo Testamento aponta para Jesus. O Novo Testamento é o testemunho sobre sua vida e sua obra redentora. Nos Evangelhos, está a própria palavra de Jesus viva e atual.
Vamos guardar a mensagem
Recebemos o testemunho sobre Jesus dos nossos pais e catequistas, que nos comunicaram a fé da Igreja. No tempo de Jesus, ele mesmo chamou a atenção para quatro testemunhos dados sobre ele: o testemunho de João, o testemunho de suas obras, o testemunho do Pai e o testemunho das Escrituras. A reclamação de Jesus bem que pode ser para nós hoje. O que esses testemunhos têm produzido em nós? Como temos respondido a eles? A boa resposta seria a fé, a conversão, a vida de santidade. O que se pode esperar de nós que temos tido a chance de receber abundantemente o testemunho sobre Jesus? A vida de união com Deus e o compromisso de um mundo renovado pelo evangelho de Cristo.
As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou (Jo 5, 36)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Tivemos a graça de receber, desde cedo, diversos testemunhos sobre a tua pessoa.  Isso nos lembra o que disseste uma vez: a quem muito foi dado, muito será cobrado. Ajuda-nos, Senhor, pela assistência do teu Santo Espírito, a decididamente te escolher como caminho, verdade e vida. E te anunciar a outros, oferecendo também nós um testemunho forte sobre tua pessoa e tua obra redentora. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Quem sabe, hoje, não apareça uma ocasião boa pra você dar um testemunho sobre Jesus. Não perca a oportunidade.
Sendo hoje o dia missionário da Associação Missionária Amanhecer, a AMA, eu vou lhe sugerir que visite o nosso site: www.amanhecer.org.br

Pe. João Carlos Ribeiro – 14.03.2018

LOUVADO SEJA O DEUS E PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho (Jo 5, 17)

14 de março de 2018.

Quase todo mundo diz que crê em Deus. Ficamos até satisfeitos com isso. Mas, em que Deus realmente crê? Claro, só há um Deus, é nesse que cremos. Certo. Será que muita gente que tem uma imagem confusa de Deus, na verdade, crê mesmo é nessa imagem confusa que faz de Deus? Pode ser, não é verdade?
Quem sabe direitinho quem é Deus? Bom, o povo de Israel compreendeu muita coisa de Deus, ao longo de sua história. Deus fez aliança com eles, se revelou a esse seu povo. Então, seu testemunho de fé, nas Escrituras, nos mostra muito desse Deus que se manifestou a Moisés e aos profetas, libertando o povo da escravidão, dando-lhes uma lei e uma terra. Esse Deus libertador prometeu-lhes também o Messias. E o Messias veio, foi Jesus. Mas, eles tiveram dificuldade de reconhecê-lo.
Os que acolheram Jesus como Messias reconheceram que ele era o filho unigênito de Deus. Perceberam que sua vida, suas atitudes, sua morte e ressurreição manifestavam com clareza quem era esse Deus que havia se revelado a Israel.  O Filho é quem sabe quem é o Pai. E o Filho revelou que o Deus único que Israel conheceu é Pai, um pai onipotente e amoroso, não simplesmente um senhor poderoso e distante. Um pai de família, preocupado com os seus filhos. Não um fiscal marcando o que a gente faz de bom e de ruim. E Pai, não só dos filhos de Israel, mas Pai amoroso de cada homem ou mulher, gente criada por ele à sua imagem e semelhança. Pai, que é Deus junto com o Filho. E os dois nos comunicam uma terceira pessoa, o Santo Espírito, os três compondo a Trindade Santa, o único Deus. Pela obra de Jesus, o Pai dá a cada filho o seu Espírito. Assim, quem se une a Jesus, pelo batismo, recebe a adoção filial, torna-se filho de Deus.
O Filho revela o Pai. Veja essas palavras do Senhor: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho. O que o Pai faz, o Filho o faz também. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer”. Vendo Jesus no seu trabalho missionário, se pode compreender quem é o Pai. E Jesus disse mais: o Pai deu ao filho o poder de julgar.
A maior parte dos religiosos do tempo de Jesus irritou-se com essas coisas que Jesus revelou sobre Deus. Isso abalava o seu modo de viver a religião e de organizar a vida em sociedade. Jesus mostrava, com suas palavras e suas atitudes, que Deus estava mais preocupado com as pessoas do que com as leis, as normas, por mais religiosas que fossem.
Vamos guardar a mensagem
Jesus nos revela o Pai. Com ele, vamos entendendo que Deus é uma comunidade de pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O que Jesus revelou sobre Deus foi o que mais escandalizou o seu povo. Quando dizemos que cremos em Deus estamos dizendo que cremos no Deus e Pai de Jesus Cristo, nele e em seu único Filho e no Santo Espírito. Cremos no Deus uno e trino que Jesus revelou. Na oração, tratamos o Pai com amor e proximidade, chamando-o de Pai, como Jesus ensinou.
Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho (Jo 5, 17)

Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Tuas atitudes e tuas palavras nos fazem compreender quem é o Pai, o Deus que Israel conheceu ao longo de sua história. Hoje, vamos te pedir como teu discípulo Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai”. Queremos conhecê-lo, amá-lo e obedecê-lo, como filhos. Lembramos bem o que disseste a Felipe: “Quem me vê, vê o Pai”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos praticar a Palavra
Reze hoje, devagar, e mais de uma vez durante o dia, o PAI NOSSO. Nessa oração, Jesus nos ensinou a falar com o Pai.

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.03.2018

QUANDO UM PAI REZA

Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: “Senhor, tem piedade do meu filho (Mt 17, 14-15)
Todo pai pede a Deus para que o seu filho venha com saúde. Às vezes, a natureza traz o filho com problema. Não se pode colocar a culpa em Deus, de jeito nenhum. Deus faz tudo bem feito. O homem ou a natureza é que embaralham as coisas. Muita coisa a ciência ainda não sabe, está pesquisando. O certo é que, venha como vier, os pais recebem a sua criança com todo carinho. E Deus que é pai de todos está sempre por perto para socorrer, abençoar, providenciar o melhor para aquela família. Tenho visto que muitas vezes, por ter um filho com alguma deficiência (autismo, síndrome de down, uma grave alergia e tanta coisa mais...), exatamente por causa da fragilidade do filho, os pais terminam por se aproximar mais de Deus.
Na cena do evangelho de hoje, “um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: “Senhor, tem piedade do meu filho”. Jesus estava no meio de uma multidão. Mas, aquele pai, vencendo qualquer respeito humano, apresenta seu pedido desesperado ao Mestre. Já tinha tentado que os discípulos resolvessem, mas eles não tinham conseguido ajudar.  Aproximou-se de Jesus... Aproximar-se é a atitude número um de um pai.  Aproximar-se do Senhor, ficar perto de Deus. O pai e a mãe, na verdade, já têm uma aproximação com Deus, porque eles participam do seu poder criador. Uma pessoa de fé sabe disso. O nascimento de uma criança é um dom maravilhoso de Deus, pela mediação de um pai e de uma mãe. A paternidade e a maternidade já deixam pai e mãe mais achegados a Deus.
Relendo o texto: Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se...  Ajoelhar-se é a atitude de quem está diante de Deus. É uma atitude de adoração, de reconhecimento de sua dependência de Deus. A gente se ajoelha para acompanhar respeitosamente a consagração na Santa Missa ou diante de Jesus Eucarístico, em adoração. Ajoelhar-se é estar diante de Deus, com respeito e em reconhecimento de sua grandeza.  Foi ajoelhado diante de Jesus que o pai pediu: “Senhor, tem piedade do meu filho”. Também esta palavra “Senhor” na boca desse pai tem sabor de reconhecimento de que está diante de Deus. Reconhecer que Jesus é o Senhor é uma profunda atitude de fé. A oração desse pai é uma oração de intercessão. E esta é uma das atribuições da missão paterna ou materna: interceder diante de Deus pelos seus filhos, pedir a Deus que os abençoe, os proteja dos perigos, os guarde, os livre do mal.
“Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epiléptico, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água”, disse o pai. Ainda hoje quem tem epilepsia é alvo de preconceito. Imaginemos o que não era há 2.000 anos atrás, ainda mais naquele povo da Palestina que explicava qualquer doença como sendo uma possessão demoníaca. Olha a aflição desse pai: seu filho epilético está tendo ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. Imagine a preocupação permanente daquela família para cuidar desse filho.
Jesus, depois de ter censurado os discípulos por sua fé tão pequena, mandou que trouxessem o menino, ou quem sabe já um adolescente. Dentro da lógica de sua gente, Jesus exorcizou o demônio da doença e o menino ficou bom, naquela mesma hora.
Vamos guardar a mensagem de hoje

Jesus nos revela o Pai e nos leva a ele


Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14, 6)

Chegamos ao 5º domingo da Páscoa, celebrando a ressurreição de Jesus e a nossa ressurreição com ele. Para nos ajudar a meditar no sentido da morte e ressurreição do Senhor, a Igreja abre conosco, hoje, o Evangelho de São João, no capítulo 14. Aí nos sentamos com os discípulos para ouvir Jesus falando sobre sua partida e sobre a sua intimidade com o Pai. A morte é a sua partida para o Pai.

Quatro palavrinhas merecem uma atenção maior de nossa parte: Pai, eu vou, moradas e caminho.

Comecemos pela palavra “Pai”. A palavra Pai se repete 12 vezes no evangelho de hoje. Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. As primeiras comunidades ficaram pensando em tudo isso que Jesus falou e amadureceram uma compreensão que transmitiram às gerações seguintes. No ano 325, no Concílio Ecumênico de Niceia, a Igreja afirmou com toda clareza: o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer é um só Deus com ele.

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