PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Mt 7
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Os alicerces de sua casa.


Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Jaboatão, PE, 
uma "casa" construída sobre a rocha.


   07 de dezembro de 2023.   

Memória de Santo Ambrósio, bispo e doutor da Igreja



   Evangelho   


Mt 7,21.24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

   Meditação.   


Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Você está construindo sua casa sobre a areia ou sobre a rocha? Sua casa é o que você constrói na vida: sua educação, sua profissão, o seu casamento, a educação dos seus filhos... Qual é o alicerce de sua vida?

Eu vou lhe dizer uma coisa: construir em cima de um terreno firme, como uma rocha, é uma coisa muito trabalhosa. É trabalhoso e demorado. Exige muito esforço e perseverança. Você gasta muito e demora mais. Mas tem uma vantagem: ninguém derruba.

Pense no que é construir um casamento feliz, uma família à prova de vendavais e tempestades; ou uma profissão bem sucedida; ou ainda a educação dos filhos. Tem-se que por um alicerce firme, como quem constrói em cima de uma rocha. E alicerce firme quer dizer 'preparar o futuro com seriedade': estudo sério, educação para o trabalho honesto; fidelidade aos compromissos assumidos, pontualidade no desempenho dos próprios deveres, capacidade de renúncia e disciplina... E isso exige esforço, persistência, sacrifício.

O alicerce não se vê, mas é ele que sustenta a casa. É ele que garante a construção nos dias adversos das chuvas torrenciais e das ventanias fortes, como disse Jesus no evangelho. E nem vou falar do contrário. Quanta fachada bonita, com graves falhas nos alicerces! Casamentos que vão fracassar na primeira crise. Rostos jovens e bonitos que serão presas fáceis do consumismo ou até das drogas. Profissionais despreparados e mercenários. Casas sem alicerce. Vidas edificadas sobre o mais fácil e prazeroso, seguindo a lei do menor esforço.

Guardando a mensagem

Acolher e praticar a Palavra de Deus, com dedicação e perseverança, é construir o alicerce de sua própria vida sobre uma rocha firme. Ouvir a palavra e não pô-la em prática é construir sua casa sobre terreno sem consistência, é expor-se ao fracasso. A diferença está, então, em praticar a palavra, isto é, em fazer da vivência do evangelho o alicerce da própria vida.

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
cada dia mais, tua Palavra nos encanta. Mas, é claro, não basta ouvi-la e conhecê-la. É preciso praticá-la. A prática de tua Palavra é o alicerce firme que pomos na construção de nossa vida. Exige esforço, decisão, perseverança. A tua graça nos faz novas criaturas. A tua palavra nos vai edificando como pessoas renascidas na fé, libertas do pecado e de todos os vícios do homem velho. É uma construção que nos pede renúncia, conversão, empenho diário. A prática de tua palavra, isto é, viver segundo a boa notícia do amor do nosso Deus, é uma parceria entre nosso esforço e a tua graça, entre a nossa luta diária para vencer o mal e praticar o bem e a ação do Santo Espírito que nos purifica, nos renova e nos edifica como filhos de Deus. Obrigado, Senhor. Bendito seja o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você, com certeza, conhece alguma família que esteja passando por um momento de tempestade. Hoje, reze por essa família.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, e hoje véspera da festa da Imaculada Conceição, celebramos a Santa Missa na intenção dos ouvintes e associados. Você nos acompanha em nosso Canal do Youtube ou pela Rádio Amanhecer. A Missa começa às 11 horas. Não esqueça de colocar a sua intenção. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Deus pode reconstruir a sua vida.


   29 de junho de 2023.   

Quinta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum 


      Evangelho.      


Mt 7,21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.
24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”
28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.


      Meditação      


Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha (Mt 7, 25)

Jesus dramatizou bem: três contra um. A chuva, as enchentes e os ventos, os três contra a casa. É que uma desgraça nunca vem só, não é verdade? Vem sempre acompanhada. Olha o trio: chuva, enchente e ventania. Outra escalação: desemprego, doença e desunião. Todos contra a casa.

Na história de Jesus e na história de nossa vida, sabemos: a crise sempre vem. É o inverno tropical: ventos, chuva e enchente. E a crise vem e derruba a casa, se a casa for mal construída. Se a casa for edificada sobre a areia, a ruína é certa. Desmorona, não tem jeito. E por que cai? Cai, porque suas bases são frágeis, porque não tem alicerces firmes.

O que seria a casa? A casa que a gente constrói é a nossa própria vida. Pode ser a vida profissional, pode ser o casamento ou qualquer outra construção humana. Quem constrói nas carreiras e pela lei do menor esforço edifica sobre terreno duvidoso. Esse pode ter o prejuízo de ter sua casa levada pelos ventos e pela enchente da primeira crise que vier. Construir na areia é optar pelo que é mais rápido e menos trabalhoso. Alicerce é coisa que gasta tempo, envolve esforço pessoal, paciência, dedicação. Lembra o evangelho de antes de ontem? Entrar pela porta estreita. A porta larga conduz à perdição.

Sem alicerce sólido, a sua casa não aguenta o inverno tropical. Sem estudo sério e comprometido, seu exercício profissional fracassa no primeiro teste. Sem séria formação do caráter, educação para a liberdade, capacidade de renúncia, o adolescente sucumbe na segunda oferta que um colega lhe fizer de um cigarro de maconha. Sem um namoro em que as pessoas cresceram, se acertaram e se organizaram com um mínimo de estrutura, o casamento pode desabar no terceiro desencontro do casal. Casas construídas sobre a areia não resistem às intempéries do inverno.

Jesus acrescentou um detalhe muito importante. Constrói casa sobre a areia quem ouve as suas palavras e não as pratica. Por outro lado, quem ouve as suas palavras e as põe em prática constrói sua casa sobre a rocha. É por isso, que os ventos, a chuva e as enchentes não a derrubam.
Quem está com os alicerces de sua casa comprometidos, uma boa notícia: a engenharia divina pode restaurar as bases de sua casa. Deus pode ajudar a reconstruir a sua vida!


Guardando a mensagem

Chuva, enchentes e fortes ventanias são uma representação das crises que se abatem sobre nós, na família, no trabalho, no casamento, na sociedade. Crises, problemas, fracassos, turbulências de todo tipo é o que não faltam em nossa vida. E vem pra todos. A diferença está nos alicerces. Se eles forem bons, a casa estará de pé quando a tempestade passar. E Jesus foi claro em dizer que alicerces são esses: ouvir sua palavra e pô-la em prática.

Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha (Mt 7, 25)

Rezando a palavra

Senhor, 
estamos tentando reforçar os alicerces da construção de nossa casa. Sabemos que isso nos custa esforço, renúncia, sacrifício. Não se constrói de um dia pra outro. Não se improvisa uma casa boa e segura. É necessário planejamento e muito trabalho. Senhor, dá-nos a graça de não improvisarmos nossa profissão, nossa família ou mesmo nossa vida cristã. Quanto mais aprofundamos os alicerces na rocha firme, mas nos preparamos para enfrentar os vendavais da vida. Quanto mais brincamos de família, ou levamos no mais-ou-menos o nosso trabalho, ou tocamos uma vida espiritual relaxada, mais nos expomos ao fracasso. Dá-nos, Senhor, a graça da perseverança nessa construção. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém

Vivendo a palavra

Identificando alguma área de sua vida que mereça um reforço nos alicerces, pela prática da Palavra de Deus, faça um propósito de tomar alguma providência nesse sentido. Podendo, aconselhe alguém a fazer o mesmo.

Comunicando

Nesta quinta, estaremos juntos na Santa Missa das 11 horas, pelo Canal do Youtube e pela Rádio Amanhecer. Não deixe de mandar a sua intenção.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Construir relacionamentos respeitosos e humanizadores



   27 de junho de 2023.   

Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum


     Evangelho.    


Mt 7,6.12-14

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem.
12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!



     Meditação    


Tudo quanto vocês querem que os outros lhes façam, façam também a eles (Mt 7, 12).

Jesus disse que ‘fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam’ realiza o núcleo da Lei e dos Profetas. ‘A Lei e os Profetas’ – é uma forma de falar da própria Palavra de Deus, da Bíblia. Fazer o bem aos outros é uma forma de realizar integralmente a palavra de Deus.

"Faça aos outros aquilo que você deseja que lhe façam" é outra forma de dizer "ame o seu próximo como a si mesmo". Faço ao outro aquilo que eu quero que façam a mim. Como eu acho que sou merecedor de atenção, de respeito, de consideração, assim devo tratar os outros, com atenção, respeito, consideração, em qualquer circunstância.

Na verdade, por trás de uma pessoa que humilha, menospreza ou desdenha do seu semelhante há uma pessoa mal resolvida. Uma pessoa que age com rispidez e ignorância com os outros revela alguém com déficit de humanidade. Sua ação grosseira e ferina reflete seu estado interior depauperado.

Fazer aos outros o que nós queremos que façam conosco. Não é fazer com os outros o que fazem conosco. Fazer o queremos que façam conosco. Isso quer dizer que mesmo que alguém me maltrate, me trate com indiferença, eu preciso tratá-la(lo) como eu gostaria de ser tratado. E isso não é fácil, e nem parece muito natural. Normal seria responder com a mesma moeda, no mesmo tom de voz, jogar com as mesmas armas. Mas não é o que Jesus falou. Ele disse pra gente tratar os outros como nós merecemos ser tratados. Responder a um tratamento ríspido, descortês, grosseiro com um tratamento educado, respeitoso, cordial. É assim que gostaríamos de ser tratados. Então, é assim que temos que responder.

E por que isso? O cristão tem várias motivações para seguir esse conselho de Jesus. Primeiro, porque o outro é uma pessoa humana, merecedora de respeito e consideração em qualquer situação. Pode ser questionado, repreendido, corrigido, mas sempre com educação, com cordialidade, com o respeito que merece uma pessoa humana. Segundo, porque nele eu posso identificar a semelhança de Deus que toda pessoa humana carrega. Ele nos fez à sua imagem e semelhança. Menosprezando um irmão ou uma irmã, eu estou desonrando o próprio Deus criador. Terceiro, porque Jesus se identificou com o outro, especialmente com o mais abandonado e sofrido (o faminto, o doente, o prisioneiro). Ele disse: o que você fez a um desses irmãos fez a mim.



Guardando a mensagem

Fazer aos outros o que nós queremos que façam a nós mesmos é a regra de ouro. Humaniza nossas relações. Estende a boa imagem que faço de mim mesmo, de minha dignidade, de meus direitos aos outros. Faz-me dar o primeiro passo, como construtor de relacionamentos respeitosos e humanizadores. Fazer aos outros o que nós queremos que façam a nós mesmos é uma forma de realizar o mandamento do amor ao próximo. Agindo assim dou testemunho do meu amor a Cristo Jesus que assumiu nossa humanidade e se fez solidário com os últimos e os pecadores.

Tudo quanto vocês querem que os outros lhes façam, façam também a eles (Mt 7, 12).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tratavas todo mundo bem. Não fazias acepção de pessoas. Aliás, aos que a sociedade menos considerava, a eles tu te dirigias com maior deferência e atenção. Dá-nos, Senhor, a graça de tratar a todos com o reconhecimento da grandeza de sua dignidade, vendo em cada um a imagem e semelhante do nosso Criador e Pai e honrando a tua própria presença neles, sobretudo nos mais humildes e discriminados. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Como todos os dias, hoje, você pode encontrar alguém que trate você com indiferença, desatenção ou falta de consideração. Seu esforço vai ser tratar bem, como gostaria de ser tratado.

Comunicando

Parece que você não viu o programa de ontem, no Youtube. Conversamos com o bispo de Santos, Dom Tarcísio Scaramussa e com o novo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson. Está no Canal Padre João Carlos do Youtube. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

É fácil achar defeito na vida dos outros...


   26 de junho de 2023.   

Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum


     Evangelho.     


Mt 7,1-5

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.
3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.


     Meditação.     


Tira primeiro a trave do teu próprio olho (Mt 7, 5)

A sensação de se ter um cisco no olho é uma coisa muito chata. É o tal do argueiro. E a pessoa mesma pode tirar o cisco do seu próprio olho, banhando os olhos com água na torneira, no chuveiro ou derramando água no olho com um copo, por exemplo. Mas, nada de ficar esfregando o olho. E todo cuidado com as mãos sujas: elas podem aumentar o problema, irritando os olhos ou transmitindo doenças. Normalmente, a pessoa precisa da ajuda de alguém para remover o cisco do seu olho. Mas, quem vai ajudar tem que estar com as mãos bem lavadas com sabão, e precisa identificar onde está o cisco, o argueiro. Tem que olhar bem, abaixando a pálpebra do olho e pedindo à pessoa para mover o olho para um lado e para o outro. Identificando o cisco – um cílio, um lixinho ou o que seja – precisa ajudar a pessoa a lavar os olhos com água. Não tendo jeito, tem que levar logo num posto de saúde .

Dessa experiência tão simples, a do argueiro, Jesus tira uma lição muito séria: “Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” Achar defeito na vida dos outros, bem que é fácil. Difícil é identificar os próprios erros e querer consertá-los. É claro que os outros precisam de nós, de nossa amizade, de nossa proximidade, de nossa correção também. Por isso, precisamos estar em condições de ajudar. Mas, ajuda a tirar o cisco do olho do outro ou da outra quem está enxergando bem, não é verdade? Você estando com a sua vista prejudicada, como se tivesse uma trave de madeira nela, não vá se meter a tirar o argueiro do olho do seu irmão!

Alguém que chega atrasado todo dia no trabalho não vai poder corrigir um colega que um dia se atrasou. Primeiro, cuide de andar no horário. Um pai que chama palavrão na vista dos filhos não tem moral para reclamar de um filho que soltou um palavrão. Primeiro, tirar a trave do seu olho para ajudar a tirar o cisco do olho do filho. E aquele outro que não pisa na Igreja, mas fica cobrando que os filhos não percam a Missa no domingo. Isso tudo fica bem claro com o que se recomenda no avião. Se houver uma despressurização, cairão as máscaras de oxigênio. Primeiro, você deve colocar a própria máscara. Só depois, ajudar quem estiver ao seu lado. É preciso estar em condições para ajudar os outros.


Guardando a mensagem

Facilmente, percebemos os erros alheios. E os repreendemos. Ajudar os outros a se consertar é uma coisa importante e necessária. Somos responsáveis uns pelos outros. Mas, para tirar o cisco do olho de alguém, preciso estar vendo bem. Acontece que, muitas vezes estamos com uma falha pior do que a que queremos consertar na vida de outrem. A hipocrisia é justamente estranhar o malfeito do outro, quando a nossa vida não é nada exemplar. Realmente, precisamos ajudar quem está ao nosso lado. Mas, primeiro consertemos a nossa vida.

Tira primeiro a trave do teu próprio olho (Mt 7, 5)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
com certeza, em nossa vida há muito a corrigir, por isso nos convidas à conversão todos os dias. Não podemos ensinar sem viver. Não podemos cobrar dos outros o que nós mesmos não fazemos. Ajuda-nos, Senhor, a reconhecer a trave, que talvez tenhamos em nossos olhos, que nos impede de estar em condições de ajudar os outros. Como estás ensinando, um cego não pode guiar outro cego. Dá-nos, especialmente, pela presença do teu Santo Espírito, que não nos arvoremos em juízes de ninguém, que não julguemos para não sermos julgados com a mesma medida. Dá-nos, Senhor, um coração generoso e bom como o teu, para respeitar, amar e perdoar os nossos irmãos em suas faltas e em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você lembra o que é Exame de Consciência? É examinar a própria vida, pra ver onde está acertando e onde está desviando-se do caminho de Deus. Hoje, arrume um tempinho pra fazer o seu Exame de Consciência.

Comunicando

No programa de hoje à, noite, no Youtube, vou contar as novidades deste final de semana de shows e eventos que participei. Você me acompanha no Canal Padre João Carlos, às 20 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro , sdb

O 9º passo de nossa caminhada quaresmal

 


02 de março de 2023

Quinta-feira da 1ª Semana da Quaresma


EVANGELHO


Mt 7,7-12

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.



MEDITAÇÃO


Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! (Mt 7, 7)

E a quaresma vai avançando. Já estamos no nono dia, o nono passo da escada de 40 degraus. Quando começamos esta caminhada, ouvimos três recomendações: a oração, a penitência e a caridade. A cada dia, a Palavra vai nos explicando melhor essas três práticas. Ultimamente, ouvimos Jesus nos indicando uma escola de oração, na prece do Pai Nosso. Uma prece com sete pedidos, três para a glória de Deus e quatro para o nosso bem.

Escutemos hoje, o próprio Senhor nos indicando a oração de súplica: “Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta!”. Bom, em matéria de pedir, nós já somos bem treinados, não é verdade? Mas, podemos aprender muito mais com o Senhor.

Em primeiro lugar, pedimos a quem? Eu queria muito ouvir sua resposta, pedir a quem? A Deus, claro. Melhor dizendo, ao Pai. A oração de Jesus e a oração dos seus seguidores dirige-se, em primeiro lugar, ao Pai. Ele é a fonte de todo o bem, ele é o Criador e Pai de todos nós. Claro, também pedimos a Jesus.

E por que o Pai nos atende? Porque é ele bom, primeira resposta. Jesus comentou: “vocês, que não são lá essas coisas, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai dá coisas boas a quem lhe pede”. Por que o Pai nos atende? Porque estamos unidos a Jesus, o seu filho unigênito, segunda resposta. Desde o batismo, temos parte com ele, somos membros do seu corpo. Olhando para nós, o Pai nos reconhece seus filhos, unidos a Cristo, em comunhão com ele. Por que o Pai nos atende? Porque vivemos na fé, terceira resposta. “A fé é uma adesão filial a Deus, acima daquilo que sentimos e compreendemos” (Catecismo da Igreja Católica 2608). Pela fé, abrimos as portas de nossa vida para a ação de Deus.

E o que pedimos a Deus? A primeira coisa que pedimos ao Senhor, porque o amamos como nosso Deus e Pai, é a sua honra, a sua glória: “venha a nós o vosso Reino”. Em primeiro lugar, queremos que Deus seja amado, respeitado, obedecido. Esse é o primeiro desejo de um filho que venceu o impulso egoísta de apenas querer tirar proveito dos seus pais. A segunda coisa que pedimos ao Senhor, reconhecendo nossa fragilidade, são os bens necessários para a nossa vida e nossa realização: o trabalho, a saúde, a segurança, o perdão, a superação das adversidades. A terceira coisa que pedimos a Deus, como filhos na comunhão dos irmãos, é o bem dos outros, sobretudo dos mais frágeis e desprotegidos.

E como pedimos a Deus? Com a confiança de filhos amados. Com a humildade de quem reconhece não ter merecimentos, mas contar unicamente com a misericórdia e o amor do seu Pai. Com a perseverança da fé, sabendo que a provação purifica o coração. E em nome de Cristo, certos do que ele nos disse: “E o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14,13).



Guardando a mensagem

Jesus nos ensina a rezar. Hoje, nos estimula a fazer oração de súplica, a pedir, a bater, a procurar. Nós nos dirigimos, em súplica, ao Pai, mas também a Jesus. O Pai nos atende porque ele é bom, porque estamos em comunhão com Cristo, porque temos fé. Pedimos a Deus, em primeiro lugar, a sua glória; e depois, o nosso próprio bem e o bem dos outros, intercedendo em favor de suas necessidades. Pedimos, com confiança, com humildade, com perseverança e em nome de Cristo.

Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! (Mt 7, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aprendemos a rezar, contigo, como os primeiros discípulos. Aprendemos com teus ensinamentos e, sobretudo, com o teu modo de rezar. Aprendeste com Maria e com José, e com tua comunidade de Nazaré, a rezar com o livro santo da Palavra de Deus. De tua comunhão com o Pai, brotava uma oração filial comprometida com a glória de Deus e a felicidade e salvação dos teus irmãos. Em todos os momentos de decisão, te encontramos rezando no Monte, deixando-te conduzir pelo Santo Espírito. Obrigado, Senhor, pelas lições de tua vida e de tuas palavras sobre a oração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Repita, hoje, muitas vezes, essa prece a Jesus, como os discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar!” (Lc 11,1). O 9º passo de nossa caminhada quaresmal é fazer um pedido a Deus, em nome de Cristo, exercitando a oração de intercessão.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, hoje, temos a Santa Missa às 11 horas, com transmissão pelo rádio e pelas redes sociais. A presidência da celebração de hoje é do Pe. Francisco Demontier. Coloque sua intenção no formulário.

Amanhã, sexta-feira, celebro a Santa Missa no Santuário Dom Bosco, em Brasília, às 18 horas.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Qual é o alicerce de sua vida?


01 de dezembro de 2022

Quinta-feira da 1ª Semana do Advento

EVANGELHO

Mt 7,21.24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

MEDITAÇÃO


Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Você está construindo sua casa sobre a areia ou sobre a rocha? Sua casa é o que você constrói na vida: sua educação, sua profissão, o seu casamento, a educação dos seus filhos... Qual é o alicerce de sua vida?

Eu vou lhe dizer uma coisa: construir em cima de um terreno firme, como uma rocha, é uma coisa muito trabalhosa. É trabalhoso e demorado. Exige muito esforço e perseverança. Você gasta muito e demora mais. Mas tem uma vantagem: ninguém derruba.

Pense no que é construir um casamento feliz, uma família à prova de vendavais e tempestades; ou uma profissão bem sucedida; ou ainda a educação dos filhos. Tem-se que por um alicerce firme, como quem constrói em cima de uma rocha. E alicerce firme quer dizer: preparar o futuro com seriedade: estudo sério, educação para o trabalho honesto; fidelidade aos compromissos assumidos, pontualidade no desempenho dos próprios deveres, capacidade de renúncia e disciplina... E isso exige esforço, persistência, sacrifício.

O alicerce não se vê, mas é ele que sustenta a casa. É ele que garante a construção nos dias adversos das chuvas torrenciais e das ventanias fortes, como disse Jesus no evangelho. E nem vou falar do contrário. Quanta fachada bonita, com graves falhas nos alicerces! Casamentos que vão fracassar na primeira crise. Rostos jovens e bonitos que serão presas fáceis do consumismo ou até das drogas. Profissionais despreparados e mercenários. Casas sem alicerce. Vidas edificadas sobre o mais fácil e prazeroso, seguindo a lei do menor esforço.








Guardando a mensagem

Acolher e praticar a Palavra de Deus, com dedicação e perseverança, é construir o alicerce de sua própria vida sobre uma rocha firme. Ouvir a palavra e não pô-la em prática é construir sua casa sobre terreno sem consistência, é expor-se ao fracasso. A diferença está, então, em praticar a palavra, isto é, em fazer da vivência do evangelho o alicerce da própria vida.

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
cada dia mais, tua Palavra nos encanta. Mas, é claro, não basta ouvi-la e conhecê-la. É preciso praticá-la. A prática de tua Palavra é o alicerce firme que pomos na construção de nossa vida. Exige esforço, decisão, perseverança. A tua graça nos faz novas criaturas. A tua palavra nos vai edificando como pessoas renascidas na fé, libertas do pecado e de todos os vícios do homem velho. É uma construção que nos pede renúncia, conversão, empenho diário. A prática de tua palavra, isto é, viver segundo a boa notícia do amor do nosso Deus, é uma parceria entre nosso esforço e a tua graça, entre a nossa luta diária para vencer o mal e praticar o bem e a ação do Santo Espírito que nos purifica, nos renova e nos edifica como filhos de Deus. Obrigado, Senhor. Bendito seja o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você, com certeza, conhece alguma família que esteja passando por um momento de tempestade. Hoje, reze por essa família.

Comunicando

Toda quinta-feira, celebramos a Santa Missa das 11 horas, em favor de todos vocês que nos acompanham na meditação, no rádio, nas redes sociais. Dedicamos, particularmente, a celebração aos associados da AMA. E ficaremos felizes se você apresentar seu pedido de oração para a Santa Missa, através do formulário que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

TRATAR COMO GOSTARÍAMOS DE SER TRATADOS





21 de junho de 2022

Terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Mt 7,6.12-14

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem.
12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!



MEDITAÇÃO


Tudo quanto vocês querem que os outros lhes façam, façam também a eles (Mt 7, 12).

Jesus disse que ‘fazer aos outros aquilo que queremos que nos façam’ realiza o núcleo da Lei e dos Profetas. ‘A Lei e os Profetas’ – é uma forma de falar da própria Palavra de Deus, da Bíblia. Fazer o bem aos outros é uma forma de realizar integralmente a palavra de Deus.

"Faça aos outros aquilo que você deseja que lhe façam" é outra forma de dizer "ame o seu próximo como a si mesmo". Faço ao outro aquilo que eu quero que façam a mim. Como eu acho que sou merecedor de atenção, de respeito, de consideração, assim devo tratar os outros, com atenção, respeito, consideração, em qualquer circunstância.

Na verdade, por trás de uma pessoa que humilha, menospreza ou desdenha do seu semelhante há uma pessoa mal resolvida. Uma pessoa que age com rispidez e ignorância com os outros revela alguém com déficit de humanidade. Sua ação grosseira e ferina reflete seu estado interior depauperado.

Fazer aos outros o que nós queremos que façam conosco. Não é fazer com os outros o que fazem conosco. Fazer o queremos que façam conosco. Isso quer dizer que mesmo que alguém me maltrate, me trate com indiferença, eu preciso tratá-la(lo) como eu gostaria de ser tratado. E isso não é fácil, e nem parece muito natural. Normal seria responder com a mesma moeda, no mesmo tom de voz, jogar com as mesmas armas. Mas não é o que Jesus falou. Ele disse pra gente tratar os outros como nós merecemos ser tratados. Responder a um tratamento ríspido, descortês, grosseiro com um tratamento educado, respeitoso, cordial. É assim que gostaríamos de ser tratados. Então, é assim que temos que responder.

E por que isso? O cristão tem várias motivações para seguir esse conselho de Jesus. Primeiro, porque o outro é uma pessoa humana, merecedora de respeito e consideração em qualquer situação. Pode ser questionado, repreendido, corrigido, mas sempre com educação, com cordialidade, com o respeito que merece uma pessoa humana. Segundo, porque nele eu posso identificar a semelhança de Deus que toda pessoa humana carrega. Ele nos fez à sua imagem e semelhança. Menosprezando um irmão ou uma irmã, eu estou desonrando o próprio Deus criador. Terceiro, porque Jesus se identificou com o outro, especialmente com o mais abandonado e sofrido (o faminto, o doente, o prisioneiro). Ele disse: o que você fez a um desses irmãos fez a mim.



Guardando a mensagem

Fazer aos outros o que nós queremos que façam a nós mesmos é a regra de ouro. Humaniza nossas relações. Estende a boa imagem que faço de mim mesmo, de minha dignidade, de meus direitos aos outros. Faz-me dar o primeiro passo, como construtor de relacionamentos respeitosos e humanizadores. Fazer aos outros o que nós queremos que façam a nós mesmos é uma forma de realizar o mandamento do amor ao próximo. Agindo assim dou testemunho do meu amor a Cristo Jesus que assumiu nossa humanidade e se fez solidário com os últimos e os pecadores.

Tudo quanto vocês querem que os outros lhes façam, façam também a eles (Mt 7, 12).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tratavas todo mundo bem. Não fazias acepção de pessoas. Aliás, aos que a sociedade menos considerava, a eles tu te dirigias com maior deferência e atenção. Dá-nos, Senhor, a graça de tratar a todos com o reconhecimento da grandeza de sua dignidade, vendo em cada um a imagem e semelhante do nosso Criador e Pai e honrando a tua própria presença neles, sobretudo nos mais humildes e discriminados. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Como todos os dias, hoje, você pode encontrar alguém que trate você com indiferença, desatenção ou falta de consideração. Seu esforço vai ser tratar bem, como gostaria de ser tratado.

Comunicando

Todas as terças-feiras, às 20 horas, apresento o Programa Encontros, no meu canal do Youtube. Quando tiver um tempinho, dê uma olhada. Canal Padre João Carlos.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

É FÁCIL ACHAR DEFEITO NA VIDA DOS OUTROS






20 de junho de 2022

Segunda-feira da 12ª Semana do Tempo Comum




EVANGELHO

Mt 7,1-5

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.
3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.


MEDITAÇÃO


Tira primeiro a trave do teu próprio olho (Mt 7, 5)

A sensação de se ter um cisco no olho é uma coisa muito chata. É o tal do argueiro. E a pessoa mesma pode tirar o cisco do seu próprio olho, banhando os olhos com água na torneira, no chuveiro ou derramando água no olho com um copo, por exemplo. Mas, nada de ficar esfregando o olho. E todo cuidado com as mãos sujas: elas podem aumentar o problema, irritando os olhos ou transmitindo doenças. Normalmente, a pessoa precisa da ajuda de alguém para remover o cisco do seu olho. Mas, quem vai ajudar tem que estar com as mãos bem lavadas com sabão, e precisa identificar onde está o cisco, o argueiro. Tem que olhar bem, abaixando a pálpebra do olho e pedindo à pessoa para mover o olho para um lado e para o outro. Identificando o cisco – um cílio, um lixinho ou o que seja – precisa ajudar a pessoa a lavar os olhos com água. Não tendo jeito, tem que levar logo num posto de saúde .

Dessa experiência tão simples, a do argueiro, Jesus tira uma lição muito séria: “Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” Achar defeito na vida dos outros, bem que é fácil. Difícil é identificar os próprios erros e querer consertá-los. É claro que os outros precisam de nós, de nossa amizade, de nossa proximidade, de nossa correção também. Por isso, precisamos estar em condições de ajudar. Mas, ajuda a tirar o cisco do olho do outro ou da outra quem está enxergando bem, não é verdade? Você estando com a sua vista prejudicada, como se tivesse uma trave de madeira nela, não vá se meter a tirar o argueiro do olho do seu irmão!

Alguém que chega atrasado todo dia no trabalho não vai poder corrigir um colega que um dia se atrasou. Primeiro, cuide de andar no horário. Um pai que chama palavrão na vista dos filhos não tem moral para reclamar de um filho que soltou um palavrão. Primeiro, tirar a trave do seu olho para ajudar a tirar o cisco do olho do filho. E aquele outro que não pisa na Igreja, mas fica cobrando que os filhos não percam a Missa no domingo. Isso tudo fica bem claro com o que se recomenda no avião. Se houver uma despressurização, cairão as máscaras de oxigênio. Primeiro, você deve colocar a própria máscara. Só depois, ajudar quem estiver ao seu lado. É preciso estar em condições para ajudar os outros.


Guardando a mensagem

Facilmente, percebemos os erros alheios. E os repreendemos. Ajudar os outros a se consertar é uma coisa importante e necessária. Somos responsáveis uns pelos outros. Mas, para tirar o cisco do olho de alguém, preciso estar vendo bem. Acontece que, muitas vezes estamos com uma falha pior do que a que queremos consertar na vida de outrem. A hipocrisia é justamente estranhar o malfeito do outro, quando a nossa vida não é nada exemplar. Realmente, precisamos ajudar quem está ao nosso lado. Mas, primeiro consertemos a nossa vida.

Tira primeiro a trave do teu próprio olho (Mt 7, 5)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Com certeza, em nossa vida há muito a corrigir, por isso nos convidas à conversão todos os dias. Não podemos ensinar sem viver. Não podemos cobrar dos outros o que nós mesmos não fazemos. Ajuda-nos, Senhor, a reconhecer a trave, que talvez tenhamos em nossos olhos, que nos impede de estar em condições de ajudar os outros. Como estás ensinando, um cego não pode guiar outro cego. Dá-nos, especialmente, pela presença do teu Santo Espírito, que não nos arvoremos em juízes de ninguém, que não julguemos para não sermos julgados com a mesma medida. Dá-nos, Senhor, um coração generoso e bom como o teu, para respeitar, amar e perdoar os nossos irmãos em suas faltas e em suas fraquezas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você lembra o que é Exame de Consciência? É examinar a própria vida, pra ver onde está acertando e onde está desviando-se do caminho de Deus. Hoje, arrume um tempinho pra fazer o seu Exame de Consciência.

Comunicando

Estejamos sintonizados, nesta semana, com o X Encontro Mundial das Famílias, realizando-se em Roma e em todas as Dioceses, de quarta a domingo próximo, com o tema: “Amor em Família: vocação e caminho de santidade".

Pe. João Carlos Ribeiro , sdb

O JEITO CERTO DE SE PEDIR A DEUS



10 de março de 2022

9º dia da Quaresma

EVANGELHO


Mt 7,7-12

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.

MEDITAÇÃO


Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! (Mt 7, 7)

E a quaresma vai avançando. Já estamos no nono dia, o nono passo da escada de 40 degraus. Quando começamos esta caminhada, ouvimos três recomendações: a oração, a penitência e a caridade. A cada dia, a Palavra vai nos explicando melhor essas três práticas. Ultimamente, ouvimos Jesus nos indicando uma escola de oração, na prece do Pai Nosso. Uma prece com sete pedidos, três para a glória de Deus e quatro para o nosso bem.

Escutemos hoje, o próprio Senhor nos indicando a oração de súplica: “Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta!”. Bom, em matéria de pedir, nós já somos bem treinados, não é verdade? Mas, podemos aprender muito mais com o Senhor.

Em primeiro lugar, pedimos a quem? Eu queria muito ouvir sua resposta, pedir a quem? A Deus, claro. Melhor dizendo, ao Pai. A oração de Jesus e a oração dos seus seguidores dirige-se, em primeiro lugar, ao Pai. Ele é a fonte de todo o bem, ele é o Criador e Pai de todos nós. Claro, também pedimos a Jesus.

E por que o Pai nos atende? Porque é ele bom, primeira resposta. Jesus comentou: “vocês, que não são lá essas coisas, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai dá coisas boas a quem lhe pede”. Por que o Pai nos atende? Porque estamos unidos a Jesus, o seu filho unigênito, segunda resposta. Desde o batismo, temos parte com ele, somos membros do seu corpo. Olhando para nós, o Pai nos reconhece seus filhos, unidos a Cristo, em comunhão com ele. Por que o Pai nos atende? Porque vivemos na fé, terceira resposta. “A fé é uma adesão filial a Deus, acima daquilo que sentimos e compreendemos” (Catecismo da Igreja Católica 2608). Pela fé, abrimos as portas de nossa vida para a ação de Deus.

E o que pedimos a Deus? A primeira coisa que pedimos ao Senhor, porque o amamos como nosso Deus e Pai, é a sua honra, a sua glória: “venha a nós o vosso Reino”. Em primeiro lugar, queremos que Deus seja amado, respeitado, obedecido. Esse é o primeiro desejo de um filho que venceu o impulso egoísta de apenas querer tirar proveito dos seus pais. A segunda coisa que pedimos ao Senhor, reconhecendo nossa fragilidade, são os bens necessários para a nossa vida e nossa realização: o trabalho, a saúde, a segurança, o perdão, a superação das adversidades. A terceira coisa que pedimos a Deus, como filhos na comunhão dos irmãos, é o bem dos outros, sobretudo dos mais frágeis e desprotegidos.

E como pedimos a Deus? Com a confiança de filhos amados. Com a humildade de quem reconhece não ter merecimentos, mas contar unicamente com a misericórdia e o amor do seu Pai. Com a perseverança da fé, sabendo que a provação purifica o coração. E em nome de Cristo, certos do que ele nos disse: “E o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14,13).


Guardando a mensagem

Jesus nos ensina a rezar. Hoje, nos estimula a fazer oração de súplica, a pedir, a bater, a procurar. Nós nos dirigimos, em súplica, ao Pai, mas também a Jesus. O Pai nos atende porque ele é bom, porque estamos em comunhão com Cristo, porque temos fé. Pedimos a Deus, em primeiro lugar, a sua glória; e depois, o nosso próprio bem e o bem dos outros, intercedendo em favor de suas necessidades. Pedimos, com confiança, com humildade, com perseverança e em nome de Cristo.

Peçam e lhes será dado! Procurem e acharão! Batam e a porta lhes será aberta! (Mt 7, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
aprendemos a rezar, contigo, como os primeiros discípulos. Aprendemos com teus ensinamentos e, sobretudo, com o teu modo de rezar. Aprendeste com Maria e com José, e com tua comunidade de Nazaré, a rezar com o livro santo da Palavra de Deus. De tua comunhão com o Pai, brotava uma oração filial comprometida com a glória de Deus e a felicidade e salvação dos teus irmãos. Em todos os momentos de decisão, te encontramos rezando no Monte, deixando-te conduzir pelo Santo Espírito. Obrigado, Senhor, pelas lições de tua vida e de tuas palavras sobre a oração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Repita, hoje, muitas vezes, essa prece a Jesus, como os discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar!” (Lc 11,1).

Como todas as quintas-feiras, hoje, celebramos a Santa Missa às 11 horas, com transmissão pelo rádio e pelas redes sociais. Para colocar sua intenção, use o formulário que está no final do texto da Meditação. Siga o link que estou lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


CONSTRUIR EM BASES FIRMES

 



Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Jaboatão, PE, 
uma "casa" construída sobre a rocha.

02 de dezembro de 2021


EVANGELHO


Mt 7,21.24-27

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

MEDITAÇÃO

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Você está construindo sua casa sobre a areia ou sobre a rocha? Sua casa é o que você constrói na vida: sua educação, sua profissão, o seu casamento, a educação dos seus filhos... Qual é o alicerce de sua vida?

Eu vou lhe dizer uma coisa: construir em cima de um terreno firme, como uma rocha, é uma coisa muito trabalhosa. É trabalhoso e demorado. Exige muito esforço e perseverança. Você gasta muito e demora mais. Mas tem uma vantagem: ninguém derruba.

Pense no que é construir um casamento feliz, uma família à prova de vendavais e tempestades; ou uma profissão bem sucedida; ou ainda a educação dos filhos. Tem-se que por um alicerce firme, como quem constrói em cima de uma rocha. E alicerce firme quer dizer: preparar o futuro com seriedade: estudo sério, educação para o trabalho honesto; fidelidade aos compromissos assumidos, pontualidade no desempenho dos próprios deveres, capacidade de renúncia e disciplina... E isso exige esforço, persistência, sacrifício.

O alicerce não se vê, mas é ele que sustenta a casa. É ele que garante a construção nos dias adversos das chuvas torrenciais e das ventanias fortes, como disse Jesus no evangelho. E nem vou falar do contrário. Quanta fachada bonita, com graves falhas nos alicerces! Casamentos que vão fracassar na primeira crise. Rostos jovens e bonitos que serão presas fáceis do consumismo ou até das drogas. Profissionais despreparados e mercenários. Casas sem alicerce. Vidas edificadas sobre o mais fácil e prazeroso, seguindo a lei do menor esforço.

Guardando a mensagem

Acolher e praticar a Palavra de Deus, com dedicação e perseverança, é construir o alicerce de sua própria vida sobre uma rocha firme. Ouvir a palavra e não pô-la em prática é construir sua casa sobre terreno sem consistência, é expor-se ao fracasso. A diferença está, então, em praticar a palavra, isto é, em fazer da vivência do evangelho o alicerce da própria vida.

Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha (Mt 7, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Cada dia mais, tua Palavra nos encanta. Mas, é claro, não basta ouvi-la e conhecê-la. É preciso praticá-la. A prática de tua Palavra é o alicerce firme que pomos na construção de nossa vida. Exige esforço, decisão, perseverança. A tua graça nos faz novas criaturas. A tua palavra nos vai edificando como pessoas renascidas na fé, libertas do pecado e de todos os vícios do homem velho. É uma construção que nos pede renúncia, conversão, empenho diário. A prática de tua palavra, isto é, viver segundo a boa notícia do amor do nosso Deus, é uma parceria entre nosso esforço e a tua graça, entre a nossa luta diária para vencer o mal e praticar o bem e a ação do Santo Espírito que nos purifica, nos renova e nos edifica como filhos de Deus. Obrigado, Senhor. Bendito seja o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você, com certeza, conhece alguma família que esteja passando por um momento de tempestade. Hoje, reze por essa família.

Toda quinta-feira, celebramos a Santa Missa das 11 horas.  em favor de todos vocês que nos acompanham na Meditação, no Rádio, nas Redes Sociais. Dedicamos, particularmente, a celebração aos associados da AMA. E f. icaremos felizes se você apresentar seu pedido de oração para a Santa Missa, através do formulário que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO!



23 de junho de 2021

EVANGELHO


Mt 7,15-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis”.

MEDITAÇÃO


Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vocês vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes (Mt 7, 15)

Por que Jesus comparou falsos profetas com lobos vestidos de ovelhas? Vou tentar explicar. O profeta, na Bíblia, é o homem da palavra de Deus, fala em nome de Deus. É o pregador, certo?! Encontramos no Antigo Testamento, a imagem do profeta vestido com um manto de pele de carneiro. A roupa já mostra a vida de austeridade do profeta e a distância que ele toma da corte dos reis. O profeta Elias, por exemplo, vestia um manto de lã de carneiro. João Batista, parecido com Elias, trajava-se de pele de camelo. Uma vez, Jesus perguntou: ‘O que vocês foram ver no deserto? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios reais. Afinal, o que foram ver? Um profeta?!” (Mt 11).

Então, a imagem do profeta é do homem de Deus vestido de pele de carneiro ou de ovelha. Assim, já dá para entender melhor o que Jesus disse. “O falso profeta é o lobo vestido de ovelha”. Ele apresenta-se como homem de Deus, como líder no meio do rebanho, mas não é profeta coisa nenhuma, é lobo. Está vestido de ovelha, isto é, traja-se com um manto de lã de carneiro, mas não é um profeta de verdade. Na verdade, esconde sua real identidade e seus verdadeiros interesses. Não é profeta. É lobo.

E, por que será que Jesus estava preocupado com os falsos profetas? Porque o rebanho pode ser enganado facilmente. Porque existem, infelizmente, esses aproveitadores. E, certamente, porque a comunidade deve ficar sempre em atitude de alerta, uma vez que esse perigo é permanente. Cuidado com os falsos profetas! São Paulo, na segunda carta aos Coríntios, falou da existência de operários enganadores no meio da comunidade, disfarçados de apóstolos de Cristo (2 Cor 11).

Que interesses poderiam mover um falso líder religioso, um pseudo-pregador da palavra de Deus? Três interesses movem o mundo. O primeiro é o dinheiro, o enriquecimento. O segundo é o poder, o prestígio. O terceiro interesse é desfrutar de uma vida de prazeres na comida, na cama e nos divertimentos. Esses são os interesses que movem o mundo. Podem mover também um falso líder.

Muita gente se ilude. Pensa: se está falando de Deus, então é coisa boa. Atenção, nem tudo que reluz é ouro. É melhor seguir a dica de Jesus. Pelo fruto se conhece a árvore. Árvore boa dá fruto bom. Árvore má dá fruto ruim. Os bons frutos confirmam que se trata de uma boa árvore, um profeta de verdade. A pregação do Evangelho produz frutos muito claros: o primeiro é a conversão e a santidade de vida; o segundo fruto é o compromisso com a fraternidade e o amor ao próximo. A falsa pregação produz frutos podres: a cristalização do egoísmo e do individualismo; a relação comercial com Deus; a instrumentalização da fé para outros interesses.

Guardando a mensagem

Jesus nos orienta para termos cuidado com os falsos profetas. Profeta é o pregador, é quem fala em nome de Deus. O cuidado é porque o falso profeta é um lobo em pele de ovelha. Ele move-se por interesses não confessos, particularmente o dinheiro e o poder. Como reconhecer o falso profeta? Pelo fruto se conhece a árvore. O fruto da pregação do evangelho é a conversão, a santidade de vida e o compromisso com o bem do próximo, sobretudo dos mais desamparados. Se as pessoas estão ficando mais egoístas e mais interesseiras não é um bom sinal. Se a pregação está servindo a outros interesses que não seja a glória de Deus, tem lobo na história.

Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vocês vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes (Mt 7, 15)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu és o nosso pastor, nosso profeta, nosso mestre. Tu és o modelo para todos os ministros do teu povo. Tu anunciaste o Reino de Deus entre nós. A tua coerência e a tua fidelidade foram provadas na paixão e na cruz. Os teus profetas trilham o teu caminho, imitam o teu modo de agir na defesa do rebanho. Dá-nos, Senhor, a lucidez necessária para nos precavermos contra lobos travestidos de ovelhas. Eles não são profetas verdadeiros. Que estejamos sempre atentos ao tipo de fruto que produz a pregação, para não sermos enganados por falsos profetas. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

‘Pelos frutos, se conhece a árvore’. Aparecendo uma oportunidade, hoje, comente com alguém essa palavra de Jesus.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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