PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Madalena
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MARIA MADALENA E OS SETE PASSOS PARA A LUZ

Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito (Jo 20, 18)
03 de abril de 2018.
Madalena não é só uma personagem da história de Jesus. Ela, com certeza, é uma representante da primeira comunidade cristã. Nesse texto, ela pode estar representando a própria comunidade dos seguidores de Jesus, nos seus inícios. Quem é Madalena? Uma discípula. Uma pessoa resgatada por Jesus. Marcos e Lucas relatam que Jesus a libertou de sete demônios. João não menciona isso. Lucas relata que um grupo de mulheres andava com Jesus, várias delas libertadas de enfermidades ou de espíritos maus. Afinal, o que era a comunidade cristã, senão um grupo de pessoas resgatadas por Jesus da doença, da opressão da Lei, da exclusão social, do pecado? É isso que é a Igreja, o povo redimido, lavado do pecado no Batismo. Um povo de pecadores restaurados na graça de Deus, uma comunidade chamada Madalena.
A cena mostra sete passos da caminhada que a comunidade fez até descobrir que Jesus havia ressuscitado e anunciá-lo abertamente. Madalena representa a comunidade. Olha os passos... 1º. Ela vai ao túmulo, ainda escuro. 2º. Ela vê que a pedra foi retirada do túmulo. 3º. Ela sai correndo para avisar que tiraram o corpo de Jesus. 4º. Ela vê dois anjos vestidos de branco sentados no lugar do corpo. 5º. Ela viu Jesus de pé, achando que ele era o jardineiro. 6º. Ela reconheceu Jesus ao ouvi-lo chamar seu nome. 7º. Ela foi anunciar aos discípulos: Eu vi o Senhor. Sete passos de Madalena, sete passos da comunidade cristã na descoberta de Jesus ressuscitado.
Veja que, no começo, tudo está escuro. São os primeiros passos. Foi ao túmulo, quando ainda estava escuro, diz o texto.  Esse é começo de nossa caminhada de fé, não é verdade? Muita gente hoje só vê a morte de Jesus. Não é à toa que a sexta-feira da paixão reúne mais gente que o sábado de aleluia. Nesse texto, as palavras ‘túmulo’ e ‘choro’ se repetem várias vezes. O começo é ainda a escuridão da noite da dor, do sofrimento. A primeira descoberta é que o túmulo está aberto. Um pouco mais adiante, percebe que o túmulo está vazio. Depois, lá pelo quarto passo, vem o encontro com a tradição da fé que pode iluminar a compreensão da comunidade. Qual é, no fundo, o drama? Pelo pecado, fomos expulsos do paraíso. Conta o livro do Gênesis, que ficaram dois anjos na porta do Éden para não deixar ninguém entrar. Mas, Jesus veio para reabrir as portas do paraíso, da graça de Deus.  Com ele, chegou o Reino de Deus. Os dois anjos estão ali, perguntando se ainda há razões para chorar. Da escuridão para a luz ... é o caminho de Madalena, é o caminho da comunidade. Bom, até aqui foram quatro passos.
Prosseguindo um pouco mais, é o quinto passo, ela encontra Jesus. Ela o encontra, mas pensa que é o jardineiro e quer saber onde ele colocou o morto. Está perto de Jesus, mas não o encontrou de verdade. Olha que tem muita gente nesse ponto! Mas, olha o sexto passo: ela voltou-se ao ouvir o seu nome, pronunciado por Jesus. É aqui que o laço se desata: em sentir-se conhecida e amada por Jesus. Aí o coração finalmente encontra o Mestre. E é aí que o discípulo se torna missionário. ‘Vai dizer aos meus irmãos que eu vou subir para o meu Pai e vosso Pai’... disse Jesus, é a missão. E o sétimo passo é esse mesmo: anunciar aos outros “Eu vi o Senhor!”

Vamos guardar a mensagem
Madalena é uma discípula de Jesus. É uma mulher resgatada pelo amor de Cristo, como nós que fomos restaurados como novas criaturas, no batismo. Podemos pensar que, nesse texto, ela esteja representando a comunidade cristã, a de ontem e as de hoje. Podemos ver neste evangelho, sete passos ...  o caminho da comunidade que aos poucos vai assimilando a obra redentora de Jesus, realizada por sua morte e ressurreição. Da escuridão inicial (a não compreensão, a falta de fé), cada discípulo vai progredindo passo a passo, passando pela luz da Palavra de Deus, até chegar a um encontro pessoal com o Senhor e se tornar seu missionário, anunciador de sua vitória sobre o mundo.
Vamos rezar a Palavra
Senhor Jesus,
No evangelho de hoje, contemplamos, em Madalena, a caminhada que cada um de nós vai fazendo para te encontrar e te anunciar aos irmãos. No começo, ela viu que a pedra foi retirada do túmulo. Foi uma primeira descoberta. Depois, ela viu que o túmulo estava vazio. Foi aí que ela viu os anjos de branco, a Palavra de Deus ajudando a enxergar melhor e ver que as portas do paraíso foram reabertas. Finalmente, tendo te encontrado, ela pode ser tua testemunha: Eu vi o Senhor! Ajuda-nos, Jesus, a não ficar marcando o passo, mas progredir no conhecimento da verdade, para que ela nos ilumine e com ela possamos iluminar os outros. Tu és o caminho, a verdade, a vida. Amém.
Vamos viver a Palavra
No seu diário espiritual (no seu caderno), anote os sete passos de Madalena. Eles são os sete passos do seu crescimento em Cristo.

Pe. João Carlos Ribeiro – 02.04.2018

AS MULHERES E OS GUARDAS

As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos (Mt 28, 8).
02 de abril de 2018.
Segunda-feira da oitava da páscoa. Acabamos de celebrar o domingo da ressurreição e a grande alegria dessa solenidade se estende por oito dias, a oitava de Páscoa.
No evangelho de hoje, Maria Madalena e outra Maria vão ao sepulcro, no domingo, cedinho. E têm uma grande surpresa. O anjo do Senhor remove a pedra do túmulo e lhes diz que Jesus não está mais ali. E que elas vão avisar aos discípulos que ele ressuscitou. As duas Marias partem depressa do sepulcro para avisar a Pedro e seus companheiros.  Aí, elas têm uma segunda surpresa: o próprio Jesus vem ao encontro delas. “Alegrem-se”, disse ele. E elas se prostram e se abraçam com Jesus. E ele lhes diz que não tenham medo e que vão avisar aos discípulos para eles irem para a Galileia. Lá eles o encontrarão.
Os soldados que montavam guarda no túmulo de Jesus também vêem o anjo que removeu a pedra e ficam com muito medo. Alguns vão logo contar o acontecido às autoridades de Jerusalém. Os chefes do Templo combinam de dar uma grande quantia em dinheiro aos soldados para eles darem outra versão ao ocorrido. Os soldados então espalham que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo.
A ressurreição de Jesus foi uma boa notícia para os discípulos, para as mulheres que o seguiam, para o povo que o amava. A ressurreição de Jesus foi uma má notícia para os sumo-sacerdotes e anciãos do Templo de Jerusalém, para os seus opositores e para as forças militares que o executaram.
No caso das mulheres, a ressurreição foi motivo de encorajamento, alegria e disponibilidade para a Missão. Tanto o anjo, como Jesus, lhes disseram que não tivessem medo. Vencer o medo foi a primeira reação das mulheres. A segunda reação foi a alegria que tomou conta do coração delas. O próprio Jesus as convidou a alegrarem-se. E, diante da missão recebida, de comunicar aos  discípulos a boa nova, elas movimentaram-se com presteza, com disponibilidade. Partiram depressa.
Vamos guardar a mensagem
Estas são as três atitudes que precisamos cultivar nestes dias da Páscoa do Senhor: o encorajamento, a alegria e a disponibilidade para a missão. Vencer o temor, pela certeza de que Deus está ao lado dos sofredores e lhes dá vitória. Encher o coração de alegria pela nossa participação na vitória de Cristo. E colocarmo-nos à disposição para levar essa boa notícia a outros.
Já das três atitudes dos soldados que guardavam o túmulo, precisamos tomar distância: o medo, o suborno e a mentira. Ao ver o anjo removendo a pedra, os guardas ficaram morrendo de medo. Os chefes resolveram dar-lhes um bom dinheiro em troca do seu silêncio. E eles aceitaram ser subornados.  E deviam espalhar uma mentira, uma fakenews - notícia falsa - tão em moda hoje: dizer que os discípulos roubaram o corpo, enquanto eles dormiam.
As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos (Mt 28, 8).
Vamos rezar a Palavra
Senhor Jesus,
Infelizmente, vemos, todo dia, muita gente, longe da vida nova que trouxeste, movendo-se nas sombras para fazer valer seus interesses, semeando medo, promovendo suborno e espalhando mentiras. Que o mal não prevaleça sobre nós, Senhor. Livra-nos do mal.  Dá-nos, sim, imitar, as atitudes das mulheres que te encontraram naquela manhã de domingo: o encorajamento, a alegria e a disponibilidade para a missão. Assim, poderemos ser testemunhas de tua vitória e de nossa vitória contigo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
No seu diário espiritual (ou no seu caderno de anotação), responda a esta pergunta: Por que a Páscoa é tão importante para você?

Pe. João Carlos Ribeiro – 01.04.2018

UMA COMUNIDADE CHAMADA MADALENA

Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito (Jo 20, 18)

Sendo hoje o dia de Santa Maria Madalena, a Igreja nos apresenta essa bela página do evangelho de São João. Madalena não é só uma personagem da história de Jesus. Ela, com certeza, é uma representante da primeira comunidade cristã. Nesse texto, ela pode estar representando a própria comunidade dos seguidores de Jesus, nos seus inícios. Quem é Madalena? Uma discípula. Uma pessoa resgatada por Jesus. Marcos e Lucas relatam que Jesus a libertou de sete demônios. João não fala disso. Lucas relata que um grupo de mulheres andava com Jesus, várias delas libertadas de enfermidades ou de espíritos maus. Afinal, o que era a comunidade cristã, senão um grupo de pessoas resgatadas por Jesus da doença, da opressão da Lei, da exclusão social, do pecado? É isso que é a Igreja, o povo redimido, lavado do pecado no Batismo. Um povo de pecadores restaurados na graça de Deus. Uma comunidade chamada Madalena.

A cena mostra sete passos da caminhada que a comunidade fez até descobrir que Jesus havia ressuscitado e anunciá-lo abertamente. Madalena representa a comunidade. Olha os passos... 1º. Ela vai ao túmulo, ainda escuro. 2º. Ela vê que a pedra foi retirada do túmulo. 3º. Ela sai correndo para avisar que tiraram o corpo de Jesus. 4º. Ela vê dois anjos vestidos de branco sentados no lugar do corpo. 5º. Ela viu Jesus de pé, achando que ele era o jardineiro. 6º. Ela reconheceu Jesus ao ouvi-lo chamar seu nome. 7º. Ela foi anunciar aos discípulos: Eu vi o Senhor. Sete passos de Madalena, sete passos da comunidade cristã na descoberta de Jesus ressuscitado.

Veja que, no começo, tudo está escuro. Foi ao túmulo, quando ainda estava escuro, diz o texto.  Esse é começo de nossa caminhada de fé, não é verdade? Muita gente hoje só vê a morte de Jesus. Não é à toa que a sexta-feira da paixão reúne mais gente que o sábado de aleluia. Nesse texto, a palavra ‘túmulo’ ocorre 5 vezes. ‘Choro’ também se repete 4 vezes. O começo é ainda a escuridão da noite da dor, do sofrimento. A primeira descoberta é que o túmulo está aberto. Um pouco mais adiante, percebe que o túmulo está vazio. Depois vem o encontro com a tradição da fé que pode iluminar a compreensão da comunidade. Qual é, no fundo, o drama? Pelo pecado, fomos expulsos do paraíso. Ficaram dois anjos na porta do Éden para não deixar ninguém entrar. Mas, Jesus veio para reabrir as portas do paraíso, da graça de Deus.  Com ele, chegou o Reino de Deus. Os dois anjos estão ali, perguntando se ainda há razões para chorar. Da escuridão para luz ... é o caminho de Madalena, é o caminho da comunidade. Bom, até aqui foram quatro passos.

Prosseguindo um pouco mais, é o quinto passo, ela encontra Jesus. Ela o encontra, mas pensa que é o jardineiro e quer saber onde ele colocou o morto. Está perto de Jesus, mas não o encontrou de verdade. Olha que tem muita gente nesse passo. Mas, olha o sexto passo: ela voltou-se ao ouvir o seu nome, pronunciado por Jesus. É aqui que o laço se desata: em sentir-se conhecida e amada por Jesus. Aí o coração finalmente encontra o Mestre. E é aí que o discípulo se torna missionário. ‘Vai dizer aos meus irmãos que eu vou subir para o meu Pai e vosso Pai’... disse Jesus, é a missão. E o sétimo passo é esse mesmo: anunciar aos outros “Eu vi o Senhor!”

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