PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Lc 16
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APRENDENDO SEMPRE



06 de novembro de 2020

EVANGELHO


Lc 16,1-8

Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!” O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.

MEDITAÇÃO


Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz (Lc 16, 8)

Jesus contou uma história onde o patrão elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Não aprovou a desonestidade dele. Mas, louvou a sua esperteza, isto é, a maneira inteligente com que soube se safar de uma grande dificuldade. Foi demitido e, antes de deixar o cargo, encontrou uma forma de não ficar desamparado. Bom, vamos explicar melhor. O empregado foi acusado de esbanjar os bens do patrão e o patrão pediu contas da administração e o demitiu. Portanto, era um sujeito desonesto. E, em vias de ser demitido, ainda arrumou um jeito de se dar bem. Negociou débitos de credores com a empresa, dando-lhes um bom desconto. Assim, saindo, haveria sempre alguém que poderia lhe dar um emprego ou algum amigo a quem recorrer. Jesus chamou a atenção sobre a sagacidade desse mau empregado. Soube se sair bem, o sujeito.

O que queria Jesus com essa observação? Chamar a atenção dos filhos de Deus para sermos igualmente criativos e estratégicos, na hora de enfrentar as dificuldades. Sermos igualmente capazes de dar a volta por cima nos desafios da vida, com inteligência, com jogo de cintura.  Evidentemente, Jesus não nos quer desonestos, corruptos, fraudulentos como aquele sujeito da parábola. Mas, está nos estimulando a sermos propositivos, a não ficarmos esperando que o pior nos aconteça. Ele nos quer gente esperta, construindo saídas, fazendo boas parcerias, planejando novas estratégias. Nada mais triste do que ver cristãos paralisados diante de uma dificuldade, acovardados diante de um problema. É pra gente não se deixar vencer pelos problemas, mas agir com confiança, dando a volta por cima.

Jesus disse: ‘Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz’. E será que podemos aprender alguma coisa  com os filhos deste mundo? Parece que sim. Por exemplo, eles parecem planejar bem suas ações e encontram um jeito de financiar os seus projetos. É claro que não é para nós imitarmos o modo como eles conseguem recursos, mas podemos ser mais organizados e mais sérios na área financeira. Eles fazem aliança entre si e se protegem. Precisamos ser mais unidos, fazer mais parcerias, trabalhar juntos, nos apoiar mutuamente. Eles planejam o mal contra a família, contra a vida, contra a dignidade humana. O bem também precisa ser planejado, precisamos agir com propósitos, com metas, com organização.

Guardando a mensagem

Jesus elogiou a esperteza do administrador desonesto. Não aprovou a sua desonestidade, mas a sua esperteza. Fez uma constatação: ‘Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz’ (Lc 16, 8). Ele está dizendo isso para os filhos da luz se tocarem. Olhando para os espertos deste mundo, algumas coisas nós poderíamos aprender deles, sem ser a sua desonestidade. Ser bons não significa ser bobos e desorganizados. Nós podemos ser mais espertos, mais organizados e mais propositivos... É assim, que com a graça de Deus, o bem vai triunfar.

Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz (Lc 16, 8)

Rezando a palavra 

Senhor Jesus,

Olhando ao nosso redor, notamos que as coisas poderiam andar melhor em nossa sociedade, se os bons fossem mais unidos; se as pessoas de bem agissem mais em conjunto, de maneira mais organizada; se os cristãos renunciassem ao ciúme, às queixas de uns contra os outros, ao isolamento de cada grupo para atuarmos em conjunto. Tu tens razão, Senhor, se a gente não se junta, não se organiza, não se mexe... os maus tomam conta, decidem, destroem. Culpa nossa. Falta-nos, Senhor, conversão: conversão ao teu amor, compromisso com a paz, com a família, com a vida, com a justiça, com a fraternidade. Tua palavra, hoje, Senhor, nos inspira, nos alerta, nos impulsiona... Ajuda-nos, pelo teu Santo Espírito, a pô-la em prática. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Talvez você deva sair de um certo isolamento e se juntar a outros irmãos para uma atuação em conjunto mais proveitosa para a evangelização.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O POBRE CHAMADO LÁZARO

Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico (Lc 16, 20).

12 de março de 2020.


Neste 16º dia da Quaresma, uma insistência da palavra do Senhor sobre a caridade. Amar o pobre, acolher o mais fraco, incluir o marginalizado.



Por que será que o rico foi parar no inferno? Estou falando da parábola que Jesus contou. O rico foi parar no inferno, puxa vida! Jesus começou descrevendo o rico: roupas finas e elegantes, e todo dia dava esplêndidos banquetes. E o pobre: coberto de feridas, sentado à porta do rico. Ele tinha nome, Lázaro. Jesus não colocou um nome no rico, por alguma razão ficou anônimo. O pobre com fome, coitado, esperando pelo menos as migalhas que caíam da mesa do banquete do rico. E nada. Morreram os dois. Um se encontrou no calorão, em meio às chamas, lá em baixo. O outro, no bem-bom, lá em cima, no lugar do consolo, junto do pai Abraão. O rico gritou lá de baixo, pedindo ajuda. Não há jeito, foi a resposta de Abraão. Pelo menos, implorou o desafortunado, mande Lázaro avisar aos meus cinco irmãos. Não dá, voltou a resposta, os seus cinco irmãos já têm Moisés e os Profetas. Moisés e os Profetas é um modo de se referir à Torá, à Palavra de Deus. Eles têm a Palavra de Deus que orienta, exorta, indica o caminho certo. Que a escutem!

A pergunta permanece: afinal, por que o rico foi parar no inferno? Não se pode dizer que foi porque ele tinha muitos bens, porque era muito rico. Talvez isso lhe tenha fechado o coração. Mas, a parábola de Jesus só diz que o pobre Lázaro, à sua porta, não conseguia nem as migalhas que caíam de sua mesa, nem os restos. Nada. Só cães para lamberem as suas feridas. O rico nem notou a sua presença, não o amou, não o ajudou, não o incluiu em suas festas. O rico não teve misericórdia do pobre.

E ser misericordioso era tudo o que Jesus estava ensinando. Sejam misericordiosos, como o pai do céu é misericordioso. Amem, ajudem, emprestem, doem, perdoem, defendam... isto é ser misericordioso, explicava Jesus. Dá pra lembrar aquela cena do julgamento, desenhada pelo próprio Jesus. Venham para o repouso que lhes foi preparado, porque eu tive fome e vocês me deram de comer; era peregrino, e vocês me acolheram; estive doente e preso, e vocês me visitaram. E vão para o castigo eterno vocês que não me fizeram isso. Toda vez que não fizeram isso ao menor dos meus irmãos, não o fizeram a mim. Então, deixando de servir a Lázaro, o pobre pestilento sentado à sua porta, o tal rico deixou de servir e honrar o próprio Senhor.

Guardando a mensagem

Por que o rico foi parar no inferno? Porque não repartiu sua mesa farta com Lázaro, um irmão menor do Senhor. Deixou de dar de comer ao próprio Jesus. Porque não amou seu irmão pobre. Porque o desprezou, não o enxergou, não o acudiu, não o incluiu. Provou que não amava a Deus, pois não amava seu irmão. Não honrava a Deus, prestigiando seu irmão. Aliás, o homem disse que tinha cinco irmãos, mas se enganou. Ele tinha seis irmãos. E quem era o sexto irmão? Lázaro. Ele pensou que eram seis filhos, ele e mais cinco irmãos, engano. Aliás, o número seis na Bíblia não é um número bom, é um número falho, um número imperfeito. Não eram seis filhos, eram sete: o rico, os seus cinco irmãos e Lázaro. Sete! E sete, na Escritura, é um número perfeito . O rico da história de Jesus foi parar no inferno porque não reconheceu Lázaro como seu irmão, o sétimo filho. Não o reconheceu como um irmão, membro da única família de Deus.

Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico (Lc 16, 20).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

Tu nos disseste que temos Moisés e os Profetas, isto é, temos a tua santa Palavra a nos indicar o bom caminho. Não é possível, nem necessário, que venha um morto nos avisar que estamos procedendo de maneira errada em nossa vida. A tua Palavra proclamada pela Igreja já nos avisa, nos corrigindo, nos chamando à comunhão com Deus. É hora de levarmos a sério o mandamento da caridade, do amor aos irmãos. Dá-nos, Senhor, a graça da conversão. Que nesta quaresma, não esqueçamos o pobre do lado de fora. Que não façamos pouco caso da Campanha da Fraternidade sobre a Vida, como Dom e Compromisso. Abre, Senhor, nossos olhos para ver as necessidades dos nossos irmãos e irmãs, sobretudo dos mais pobres e marginalizados. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Comente, hoje, essa história contada por Jesus sobre Lázaro com algum dos seus amigos ou amigas. Jesus vai gostar de ver você comentando a sua palavra e participando com ele da evangelização.

12 de março de 2020.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ESPERTOS, PROPOSITIVOS, ORGANIZADOS


Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz (Lc 16, 8)

08 de novembro de 2019.

Jesus contou uma história onde o patrão elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Não aprovou a desonestidade dele. Mas, louvou a sua esperteza, isto é, a maneira inteligente com que soube se safar de uma grande dificuldade. Foi demitido e, antes de deixar o cargo, encontrou uma forma de não ficar desamparado. Bom, vamos explicar melhor. O empregado foi acusado de esbanjar os bens do patrão e o patrão pediu contas da administração e o demitiu. Portanto, era um sujeito desonesto. E, em vias de ser demitido, ainda arrumou um jeito de se dar bem. Negociou débitos de credores com a empresa, dando-lhes um bom desconto. Assim, saindo, haveria sempre alguém que poderia lhe dar um emprego ou algum amigo a quem recorrer. Jesus chamou a atenção sobre a sagacidade desse mau empregado. Soube se sair bem, o sujeito.

O que queria Jesus com essa observação? Chamar a atenção dos filhos de Deus para sermos igualmente criativos e estratégicos, na hora de enfrentar as dificuldades. Sermos igualmente capazes de dar a volta por cima nos desafios da vida, com inteligência, com jogo de cintura.  Evidentemente, Jesus não nos quer desonestos, corruptos, fraudulentos como aquele sujeito da parábola. Mas, está nos estimulando a sermos propositivos, a não ficarmos esperando que o pior nos aconteça. Ele nos quer gente esperta, construindo saídas, fazendo boas parcerias, planejando novas estratégias. Nada mais triste do que ver cristãos paralisados diante de uma dificuldade, acovardados diante de um problema. É pra gente não se deixar vencer pelos problemas, mas agir com confiança, dando a volta por cima.

Jesus disse: ‘Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz’. E será que podemos aprender alguma coisa  com os filhos deste mundo? Parece que sim. Por exemplo, eles parecem planejar bem suas ações e encontram um jeito de financiar os seus projetos. É claro que não é para nós imitarmos o modo como eles conseguem recursos, mas podemos ser mais organizados e mais sérios na área financeira. Eles fazem aliança entre si e se protegem. Precisamos ser mais unidos, fazer mais parcerias, trabalhar juntos, nos apoiar mutuamente. Eles planejam o mal contra a família, contra a vida, contra a dignidade humana. O bem também precisa ser planejado, precisamos agir com propósitos, com metas, com organização.

Guardando a mensagem

Jesus elogiou a esperteza do administrador desonesto. Não aprovou a sua desonestidade, mas a sua esperteza. Fez uma constatação: ‘Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz’ (Lc 16, 8). Ele está dizendo isso para os filhos da luz se tocarem. Olhando para os espertos deste mundo, algumas coisas nós poderíamos aprender deles, sem ser a sua desonestidade. Ser bons não significa ser bobos e desorganizados. Nós podemos ser mais espertos, mais organizados e mais propositivos... É assim, que com a graça de Deus, o bem vai triunfar.

Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz (Lc 16, 8)

Rezando a palavra 

Senhor Jesus,

Olhando ao nosso redor, notamos que as coisas poderiam andar melhor em nossa sociedade, se os bons fossem mais unidos; se as pessoas de bem agissem mais em conjunto, de maneira mais organizada; se os cristãos renunciassem ao ciúme, às queixas de uns contra os outros, ao isolamento de cada grupo para atuarmos em conjunto. Tu tens razão, Senhor, se a gente não se junta, não se organiza, não se mexe... os maus tomam conta, decidem, destroem. Culpa nossa. Falta-nos, Senhor, conversão: conversão ao teu amor, compromisso com a paz, com a família, com a vida, com a justiça, com a fraternidade. Tua palavra, hoje, Senhor, nos inspira, nos alerta, nos impulsiona... Ajuda-nos, pelo teu Santo Espírito, a pô-la em prática. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Talvez você deva sair de um certo isolamento e se juntar a outros irmãos para uma atuação em conjunto mais proveitosa para a evangelização.

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A gente se encontra, às 10 da noite, no facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro – 08 de novembro de 2019.

ESTE AÍ É MEU IRMÃO


Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias (Lc 16,19).

29 de setembro de 2019.

Por que o rico se deu mal? Porque não se  incomodou com a miséria do seu irmão. Não se assuste, por favor. É o recado das leituras bíblicas deste domingo. O rico se deu mal porque não se incomodou com a miséria do seu irmão. Não porque era rico, mas porque a sua condição social e financeira fechou o seu coração para o pobre, seu irmão.

Jesus contou uma história chocante. Um rico, elegantemente vestido e rodeado de amigos do seu nível, vivia de festas e comilanças. Na sua porta, havia um miserável coberto de feridas, sentado no chão. Da mesa do rico, nunca chegou uma sobrinha de comida para aquele faminto, de nome Lázaro. A vida foi assim. O rico em seus banquetes, todo dia. O pobre com seu cachorro, no abandono da fome e da doença. Morreram os dois. Lázaro foi para o céu. O rico para o inferno. Das profundezas, o rico avistou Lázaro ao lado de Abraão. E gritou pedindo ajuda. Queria que Lázaro levasse um pouco d’água para refrescá-lo naquelas chamas. Queria que Lázaro avisasse seus cinco irmãos para não fazerem como ele e terminarem naquele lugar tão triste. Os pedidos foram negados. E Abraão explicou o porquê: o abismo é grande demais, não dá para passar; os seus irmãos devem escutar a pregação dos profetas.

Esse é o tipo do evangelho que muita gente não quer nem ouvir. Claro, nele Jesus faz uma denúncia muito séria sobre o perigo da riqueza seduzir de tal modo uma pessoa ou uma classe social que leve essa pessoa a se esquecer dos seus irmãos desempregados, subnutridos, enfermos nos corredores dos hospitais. Muita gente preferia que Jesus não tratasse desses assuntos. Falasse do Reino dos céus e se esquecesse dos problemas aqui de baixo, ora essa. Mas, Jesus fez o contrário: desceu do céu e veio para a terra, assumindo nossa condição humana. É aqui que está faltando fraternidade. É aqui que está sobrando injustiça. E a sua palavra nos convoca a todos à conversão, à mudança de vida.

Há uma palavra que define essa situação abordada pelo evangelho de hoje: i-n-d-i-f-e-r-e-n-ç-a. Pela indiferença, nos acostumamos com o sofrimento e a miséria da maioria. Não nos preocupam mais a fome, a violência, a perda de direitos. Quem está numa situação melhor, fecha-se no seu mundo e se esquece do seu irmão que continua sentado e faminto à sua porta. No evangelho não se diz que o rico tenha maltratado o pobre ou o enxotado da porta de casa ou chamado a polícia para tirá-lo dali. Nada disso. Ele simplesmente o ignorou, não partilhou com ele suas abundantes iguarias, não o incluiu de alguma forma na sua vida. Indiferença!

A profecia de Amós, lida hoje, vai na mesma linha: ‘Ai dos que vivem bem e não se preocupam com a miséria dos seus irmãos’. O profeta se refere às classes dirigentes do seu tempo que, apesar de viverem na abundância, terminaram na primeira fila dos exilados, quando os assírios impuseram uma penosa derrota ao país. O Salmo 145, rezado hoje, traça um belo perfil de Deus que ama os pobres. O Senhor nosso Deus faz justiça aos oprimidos,  sacia os famintos, protege o migrante, ampara a viúva e o órfão. É um convite para honrarmos o Senhor, imitando-o no seu amor pelos pequenos.  

Guardando a mensagem

O rico se deu mal porque ignorou a miséria de Lázaro, porque viveu em completa indiferença ao sofrimento do seu irmão. Por falar em irmão, ele disse que tinha cinco irmãos. O número perfeito é sete. Então, para a conta ser mesmo certa, seu pai não teria tido apenas seis filhos: ele e seus cinco irmãos. Faltava um, faltava o sétimo. Claro, é o que estava sentado à sua porta. O irmão que ele não reconheceu, não amou, não acudiu é Lázaro. Todo ser humano é nosso irmão. Não esqueçamos os pobres. Não deixemos que os bens deste mundo nos fechem o coração para os desempregados, os doentes, os famintos, os sem teto.

Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias (Lc 16,19).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Que belas as palavras do Salmo 145: “O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos oprimidos, dá alimento aos famintos. É o Senhor quem liberta os cativos. Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus”.  Esse é o nosso modelo, o Deus que ergue os caídos. Senhor, queremos tomar para nós o conselho do apóstolo Paulo a Timóteo: “Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão”. Esse é o caminho que queremos seguir, Senhor, o da fraternidade e da justiça. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Hoje, ao ouvir ou ler alguma notícia nos jornais ou em outros meios de comunicação, tente olhar a mesma notícia do ponto de vista de quem está à margem, dos excluídos da mesa farta, dos Lázaros de hoje. Jesus nos pede uma nova atitude, uma nova mentalidade. Não se trata de uma cesta básica, apenas. Trata-se de vencer a indiferença pela inclusão, pela justiça, pelo reconhecimento do seu irmão.

Pe. João Carlos Ribeiro – 29 de setembro de 2019.

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