PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Jo 3
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A ALEGRIA DO AMIGO DO NOIVO

Esta é a minha alegria, e ela é completa (Jo 3, 29)

11 de janeiro de 2020

Outro dia, eu presenciei o reencontro de uma professora minha amiga com sua antiga aluna. A professora, agora recém-aposentada e a aluna psicóloga, agora, em plena atuação profissional. Professora e ex-aluna ficaram felizes e eufóricas ao se reconhecerem e se reencontrarem. A Professora, muito feliz por encontrar sua antiga aluna tão bem colocada profissionalmente. 

Eu fiquei olhando a reação da professora. Talvez alguém em seu lugar tivesse se lamentado, imaginando que sua aluna podia estar numa posição melhor do que a sua. Mas, ela nem de longe demonstrou esse sentimento mesquinho de quem se sente deixado pra trás. Ela gostava de ensinar e tinha sido uma boa educadora. Foi sua missão. E a missão deu certo, pois uma aluna como aquela tinha encontrado seu lugar na sociedade. Nada de inveja, nada de complexo de inferioridade. A professora ficou feliz, muito feliz. Feliz por sua missão ter se realizado tão bem como demonstrava o êxito de sua aluna. 

Essa cena ilustra o evangelho de hoje. Os discípulos de João Batista vieram lhe contar que um dos que estivera com ele agora estava também batizando em outro local. Eles estavam irritados com isso: ‘João Batista deu todo cartaz a ele, deu testemunho sobre ele, até o tinha batizado. Agora, ele está reunindo muita gente e batizando’. Você nem precisa ler o evangelho de hoje para saber quem era esse pregador que estava despontando. Jesus, claro. 

João Batista pode ser comparado com a professora recém-aposentada. Ele recebeu com alegria a notícia de que Jesus, que ele batizara e apontara como Cordeiro de Deus, agora, estava reunindo muita gente e batizando. João Batista não ficou enciumado. Ficou feliz. Ele comentou que já lhes tinha dito que não era o Cristo, mas tinha sido enviado adiante dele. E se comparou com o amigo do noivo que fica responsável pela festa do casamento. Ele toma todas as providências para que tudo saia bem e que o noivo, seu amigo, fique satisfeito. Quando o noivo chega, ele sabe que sua missão está terminada. E fica particularmente feliz porque sua missão chegou ao ponto mais alto. Se a missão que recebera era preparar a chegada do Messias, missão cumprida. Ele chegou. Alegria completa. 

João Batista não se sentiu ameaçado ou traído por causa da atuação profética de Jesus, que estava aparentemente fazendo como ele, pregando e batizando. Sentiu-se feliz, reconhecendo que a tarefa que tinha recebido de Deus era preparar os caminhos para ele. E reconheceu, diante do povo e dos discípulos, ser apenas um servidor, indigno mesmo de desatar as correias de suas sandálias. Jesus, conhecido e reverenciado por tanta gente, também não se esqueceu de seu predecessor, nem desconsiderou a influência que teve o Batista na sua formação. 

Guardando a mensagem 

Os discípulos de João ficaram incomodados com o fato de Jesus estar reunindo o povo, pregando e batizando. Acharam que João ficaria aborrecido com essa atuação de Jesus, uma vez que o tinha batizado e recomendado ao povo. O Batista não se deixou guiar por esse sentimento mesquinho de ciúme ou de exclusividade. Soube reconhecer a grandeza de sua missão, que era preparar o povo para receber o Messias. Uma vez que o noivo chegou, o amigo do noivo que ficou responsável pela festa do casamento sabe, com humildade e alegria, que a sua missão está cumprida. 

Esta é a minha alegria, e ela é completa (Jo 3, 29)

Rezando a palavra 

Senhor Jesus, 

Foi bonito ver a professora ficar radiante com o reencontro com sua antiga aluna, agora uma psicóloga. Ela ficou feliz com o êxito de sua missão estampada na realização profissional de sua aluna. Foi o que aconteceu com o profeta João Batista ao ter conhecimento do sucesso que estavas alcançando com tuas pregações e curas. Ele soube, naquele momento, que sua missão estava plenamente realizada. Como ele disse: “minha alegria está completa”. Senhor, livra-nos desses sentimentos mesquinhos de inveja, ciúme, despeito pelos quais nos sentimos ameados pelo crescimento dos outros e entristecidos pelo seu sucesso. Dá-nos a alegria de ver nossa missão cumprida no êxito de nossos filhos, alunos, dependentes. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

Amanhã, celebraremos a festa do Batismo do Senhor. Festeje também o seu batismo. Amanhã, não falte à celebração de sua comunidade. 

11 de janeiro de 2020

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 



A EVANGELIZAÇÃO NOS COBRA UMA RESPOSTA

Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna (Jo 3, 36).
02 de maio de 2019.
A religião cristã anuncia Jesus Cristo, filho de Deus, que assumindo nossa humanidade, por sua morte e ressurreição, nos trouxe a paz, a reconciliação com Deus e com os irmãos, pelo perdão dos nossos pecados. Mas, você é livre de aceitar ou não o dom da salvação. Deus nos criou livres, capazes de escolha. Há quem escolha permanecer no pecado. E até opor resistência e perseguir quem espalha essa boa notícia.
De fato, a pregação do evangelho sempre encontrou muita resistência. É por isso que existem os mártires, os que sendo perseguidos, ficaram fiéis à sua fé até o fim. Aliás, o próprio Cristo foi incompreendido, perseguido e morto. O anúncio da ressurreição de Jesus foi motivo de grande alegria para os seus discípulos e seguidores que se viram frustrados, acusados e humilhados por seu julgamento e por sua execução pública. Por outro lado, esse mesmo anúncio da ressurreição foi uma acusação fortíssima à má conduta das lideranças do povo de Deus e de todos os que se deixaram manipular por elas ou se opuseram a Jesus.
Em Jerusalém, depois da ressurreição, os apóstolos foram presos e proibidos de ensinar em nome de Jesus. Foram julgados no Sinédrio, como Jesus. Claro, os chefes compreenderam que o anúncio da ressurreição era uma acusação contra eles. Disseram aos apóstolos detidos: “além de desobedecerem às nossas ordens de não pregar em nome desse homem, vocês querem nos tornar responsáveis pela morte dele”. O testemunho dos apóstolos foi forte também naquela ocasião: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, pregando-o numa cruz”.
O fato é que frente à pregação do evangelho, não se pode ficar neutro. A pregação pede uma decisão: a conversão ou a rejeição. Crer em Jesus ou rejeitá-lo. No texto do evangelho de hoje, Jesus reclama de quem não acolhe o seu testemunho. Ele vem do alto, vem do céu, ele é o enviado de Deus. Deus lhe deu a plenitude do Espírito Santo. E ele dá testemunho do que viu e ouviu.  Quem aceita o seu testemunho, quem acredita no Filho possui a vida eterna. Toma posse, então, do perdão dos seus pecados e entra na dinâmica da graça e da comunhão com Deus. Mas, há quem o rejeite. Como explicou Jesus, aquele que o rejeita não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele, isto é ele permanece na condenação que já tinha com o pecado.
Guardando a mensagem
O mundo já está na divisão, por causa do pecado. O que divide não é Jesus ou o seu evangelho. O pecado é que afasta o homem de Deus e nos põe uns contra os outros, porque fomenta a desunião, a inveja, a desigualdade, a injustiça. O testemunho sobre Jesus crucificado por nossos pecados e ressuscitado para nossa salvação é uma notícia maravilhosa para o pecador (que aceita a conversão, que põe sua fé em Cristo). Mas, também pode ser ocasião de rejeição para quem não quer sair do seu pecado e, assim, dispensa a extraordinária graça da reconciliação e da eterna felicidade que ele alcançou para nós.
Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna (Jo 3, 36).
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
A evangelização nos põe diante de uma decisão. Não é uma ilustração para o nosso simples deleite. Põe-nos diante de uma decisão com repercussões no nosso futuro. A evangelização nos apresenta a tua pessoa. Tu és o enviado de Deus e, ao mesmo tempo, a sua mensagem dirigida a nós.
Dá-nos a graça, Senhor, de sermos prontos e generosos na acolhida da Palavra que nos liberta, da verdade de Deus que nos comunicas. E que, como teus discípulos, encontremos a vida plena e verdadeira, realização das promessas do Pai e participação na tua herança de Filho unigênito.
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
No seu caderno espiritual, transcreva este versículo, como está na sua Bíblia: João 3, 36.

Pe. João Carlos Ribeiro – 02.05.2019

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