“Meus queridos jovens amigos,
Se vocês vissem a minha Bíblia, talvez vocês não ficariam por nada
tocados. Diriam: “O que? Esta é a Bíblia do Papa? Um livro assim velho, assim
usado!”. Poderiam também me presentear uma nova, quem sabe uma de 1.000 euros:
não, não gostaria. Amo a minha velha Bíblia, aquela que me acompanhou metade da
minha vida. Viu a minha alegria, foi banhada pelas minhas lágrimas: é o meu
inestimável tesouro. Vivo dela e por nada no mundo eu faria menos dela.
A Bíblia para os jovens, que vocês apenas abriram, me agrada muito: é
tão vivaz, tão rica de testemunhos de santos, de jovens, que dá vontade de
lê-la de uma só vez, desde o início até a última página. E depois? Depois a
escondem, desaparece numa prateleira de uma biblioteca, quem sabe atrás, na
terceira fila, acabando por encher-se de poeira. Até o dia em que os vossos filhos a venderão num mercadinho de usados. Não,
isto não pode ser!