PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

Encerramento do mês de maio.


31 de maio de 2025

  Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria.  

  Encerramento do mês mariano  



  Evangelho.  

Lc 1,39-56

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
46Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses

  Meditação.  


Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1, 43)

Foi assim que Izabel mostrou a sua alegria ao receber Maria em sua casa. Aliás, tudo o que Izabel disse naquele encontro foi muito precioso, porque, diz o evangelho, ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que ela disse foi: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu  ventre”,  louvação à Virgem que nós continuamos a fazer na Ave Maria.
Izabel tinha sido agraciada com a maternidade e já estava no sexto mês de gravidez. Ela estava vivendo dias de graça, de bênçãos. Depois de uma vida de humilhações pela esterilidade, já em idade avançada, estava gerando um filho anunciado pelo Anjo a Zacarias, seu esposo. Sua vida é, agora, uma emoção só. E com a chegada de Maria, ela se sente tomada de alegria, cheia do Espírito Santo, como diz o Evangelho.

Ao chegar, Maria lhe fez a saudação de praxe, o Shalom, a paz de Deus. E essa saudação provocou uma enorme alegria em Izabel e em sua criança que estremeceu em seu ventre. A visita de Maria não foi uma simples visita. Na Bíblia, o povo fala da intervenção salvadora de Deus como de uma visita. Quando Jesus esteve em Naim, e ressuscitou o filho da viúva, espalhou-se o comentário: “Deus visitou o seu povo”. Nesta visita de Maria, revela-se a visita de Deus. Ela leva a bênção de Deus, aliás, ela leva Deus mesmo, pois estava grávida de Jesus.

Maria foi à casa de Izabel, viajando de muito longe, para servir à sua prima idosa, naquela hora delicada de sua vida. Foi para oferecer sua companhia e seus préstimos, amparando a vida que estava chegando e a saúde de sua parente. Foi também levar o testemunho silencioso da obra de Deus em sua vida. E demorou-se por lá por três meses, os últimos meses de gravidez de Izabel até o parto. Talvez não haja nenhuma ligação, mas note que a visita de Jesus, isto é o seu ministério público, demorou três anos.




Guardando a mensagem

Como foi preciosa a visita da mãe do Senhor à família de Izabel. Ela não levou nenhum presente especial, a não ser o filho de Deus em suas primeiras semanas de gestação. Izabel reconheceu na visita de Maria uma graça especial de Deus, ficou radiante, sua criança pulou de alegria. Quem deu a Izabel o conhecimento de que Maria era a mãe do seu Senhor? Claro, o Espírito Santo. E nós precisamos hoje do Espírito Santo para reconhecer a graça da visita do Senhor em nossa vida. A palavra de Deus que proclamamos é como aquela saudação de Maria. Então, que ela encha o seu coração de alegria, a existência da luz de Deus. 

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1, 43)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
a visita de tua mãe Maria à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do canto de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada, então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Queremos, hoje, Senhor, reconhecer, como Izabel, a graça de Deus que nos visita. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

O que você poderia fazer neste último dia de maio em homenagem a Nossa Senhora, a mãe de Jesus e nossa? Uma rosa para ela? A récita do terço? Uma mensagem a alguém necessitado de atenção? Como disse o poeta: “Tudo vale a pena, se a alma não for pequena”.

Comunicando

No mês de maio, tivemos um desafio: rezar o terço, diariamente. É hora de saber quem tentou e quem conseguiu ou não realizar o desafio. Estou reenviando o formulário para colher a sua resposta, para o caso de você ainda não o ter respondido. Fique tranquilo, as respostas são anônimas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Nasceu a nova humanidade.



30 de maio de 2025

  Sexta-feira da 6a. Semana da Páscoa. 


     Evangelho.    


Jo 16,20-23a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. 21A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo.
22Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. 23aNaquele dia, não me perguntareis mais nada”.



   Meditação.    

Depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo (Jo 16, 21)

Essa palavra de Jesus é impressionante: uma comparação que ajudou os discípulos e as discípulas a entenderem o que estava acontecendo ou se prepararem para o que iria acontecer. A comunidade estava angustiada e sofrendo, porque chegara a hora de Jesus, a hora de sua paixão. Jesus comparou a situação da comunidade à mulher que está sentindo as contrações do parto.

No tempo de Jesus, não havia cesariana, nem anestesia. As mulheres davam à luz em casa, nem nenhuma assistência médica. As mães da idade de minha mãe, mesmo vinte séculos depois, também deram à luz em casa, apenas com a assistência de parteiras práticas. Essas mães podem dizer de que sentimentos eram tomadas na proximidade do parto: apreensão, angústia. E as dores que tinham que suportar no parto... É a essa angústia da chegada da hora que Jesus está se referindo.

Ele está falando de sua paixão e morte, da apreensão e do sofrimento que provocaram na comunidade dos discípulos. E olha que coisa incrível! Está falando de sua morte como de um parto, de um nascimento. “A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora”. Essa palavrinha ‘hora’ é usada muitas vezes por Jesus, no evangelho de João, para falar de sua paixão e morte. Por exemplo: “Pai, chegou a hora, glorifica o teu filho”. A hora é a hora de sua morte. E ele está comparando a comunidade dos discípulos com a parturiente. Quando a comunidade pressentiu que chegara a hora de Jesus, ficou triste, angustiada, sofrida.

E Jesus completou: “Mas, depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo”. A alegria de um homem ter vindo ao mundo. De que Jesus está falando? Está se referindo à sua ressurreição. A ressurreição está sendo comparada com um novo nascimento. A tristeza vai se transformar em alegria. A ressurreição é a vitória sobre a morte, a morte natural e a morte eterna. Na ressurreição, nasceu o homem novo, a nova criatura. Jesus ressuscitado é a pessoa humana que realizou plenamente a sua vocação de pessoa humana. Na ressurreição, nasceu a nova humanidade: a pessoa humana em paz com Deus, vencedora sobre o pecado e a morte. Renascemos na ressurreição de Jesus. Renascemos numa nova condição, a de filhos e irmãos reconciliados. Foi para isso que nascemos.





Guardando a mensagem

Jesus comparou a sua morte com o parto. Hora de angústia e sofrimento. Mas, a ressurreição trouxe muita alegria, pois significou a chegada de um novo momento na história. Com a ressurreição, a pessoa humana chegou naquele ponto de plenitude e realização para a qual foi criada. Pela comparação com a mulher em dores de parto, a gente logo entende o que ele queria dizer. Quando nasce a criança, a mãe se esquece das dores e do sofrimento, fica tomada de alegria. A tristeza é vencida pela alegria.

O que Jesus falou no contexto de sua morte e ressurreição, também serve para as situações de crise e sofrimento nas comunidades e na vida dos seus seguidores. Em todas as situações de angústia e sofrimento, você pode contar com a vitória de Deus em sua vida. Você que está passando por um momento de dor e sofrimento, acolha essa palavra de hoje, é palavra de Jesus. Persevere no bem, na verdade, no que é justo e certo, afaste-se do mal. Aguarde com paciência a hora de Deus. Mergulhe sua dor na paixão redentora do Senhor. O justo vive pela fé. O justo triunfa por sua fidelidade e pela fidelidade do seu Senhor.

Depois que a criança nasceu, a mulher já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo (Jo 16, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos pela tua vitória na cruz. Com ela, aprendemos que a vitória já está inscrita em nossa luta e nas horas turbulentas de nossas cruzes. Aprendemos também que a alegria da ressurreição, a alegria da vitória é sem tamanho, e que ninguém tirará essa nossa alegria. E ninguém a roubará, porque ela é vitória de Deus em nossas vidas de gente sofrida e pecadora. Apressa, Senhor, esse dia de vitória e alegria na vida de tantos irmãos e irmãs que estão vivendo dias de sofrimento e tribulação. Abençoa, Senhor Jesus, com a bênção da paciência e da fortaleza as pessoas que estão angustiadas por situações de família, de trabalho, de saúde. Dá a todos nós a tua paz e a alegria de tua ressurreição, da qual participamos desde o batismo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Inspirados no ensinamento de Jesus, aprendemos que precisamos enfrentar as situações de crise com paciência, humildade, confiança e esperança. Não perder a calma (é a paciência). Reconhecer a parte de responsabilidade que lhe cabe (é a humildade). Saber que não se está só, que se pode contar com outras pessoas e, especialmente, com Deus (é a confiança). E respirar a certeza de que vai dar certo, que a justiça vencerá, que, em Cristo, somos mais que vencedores (é a esperança).

Comunicando

No mês de maio, tivemos um desafio: rezar o terço, diariamente. É hora de saber quem tentou e quem conseguiu ou não realizar o desafio. Estou lhe enviando o formulário para colher a sua resposta. Não se preocupe, é anônimo. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Pouco tempo - a cara da crise.


29 de maio de 2025

  Quinta-feira da 6ª Semana da Páscoa.  


   Evangelho   


Jo 16,16-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
16“Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo”. 17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: “O que significa o que ele nos está dizendo: ‘Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo’, e: ‘Eu vou para junto do Pai?’”.
18Diziam, pois: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. 19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: ‘Estais discutindo entre vós porque eu disse: ‘Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis?’
20Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.

  Meditação. .


Vocês ficarão tristes, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria (Jo 16, 20).

Nós sempre enfrentamos crises, não é verdade? Crises vão e vêm. Elas podem ser momentos de crescimento, de superação. Crises são oportunidades, se bem aproveitadas. Quando se está num momento de crise, ela parece durar uma eternidade. Quando passa, nos damos conta que o tempo não era tão longo assim. A crise dá qualidade ao tempo que segue, o novo tempo, o tempo da superação.

“Pouco tempo”. Essa expressão domina o texto do evangelho de hoje. Se você contar direitinho, essa expressão se repete sete vezes no evangelho de hoje. É o tema da ausência de Jesus, de sua morte. E o tempo de sua nova presença, na condição de ressuscitado.

Vamos entender essa parte “Pouco tempo ainda e vocês já não me verão”. A paixão e morte de Jesus foi um tempo de desorientação para os discípulos, de desespero, de sofrimento. De repente, chegam os soldados, lá no Horto, e prendem Jesus e começa uma série triste de espancamento, interrogatório, julgamento e condenação; e a cruel execução de Jesus, acusado de tudo o que não presta, sem eles poderem fazer nada; e o sepultamento apressado; e o silêncio pesado daquele sábado. Um tempo de angústia, medo, desespero para os seus discípulos e discípulas. Uma crise sem precedentes. O desânimo tomou conta do grupo. Os dois de Emaús foram se embora. Judas se enforcou. O grupo se trancou, amedrontado, na casa que os acolhera para a última ceia. Esse é o pouco tempo da ausência de Jesus, um tempo que parecia uma eternidade, menos de três dias que transtornaram a vida dos discípulos. A ausência de Jesus foi uma morte para o grupo. “Pouco tempo ainda e vocês já não me verão”.

Vamos agora para a outra parte “E outra vez pouco tempo e me vocês me verão de novo”. Pode ser entendido como “Mas, um pouco mais tarde, vocês me verão”. Na madrugada do primeiro dia da semana, eis que Jesus ressuscita e começa a se encontrar com as discípulas e os discípulos. A superação do tempo ruim foi tão surpreendente que quase não acreditavam no que estavam vendo e tocando: o crucificado deu a volta por cima, ressuscitou, trazendo perdão aos pecadores. A morte não foi o fim. Pela morte, ele se apresentou em reparação dos pecados da humanidade. O novo tempo chegou: tempo de alegria, tempo de vitória, tempo de ressurreição. “E outra vez pouco tempo e me vocês me verão de novo”.

Numa de minhas canções, eu escrevi: “Não há tempestade sem bonança. Neste novo reino, em dor de parto, a esperança”. O poema traduz bem as palavras de Jesus no evangelho de hoje. Um tempo de ausência, pouco tempo, mesmo que pareça uma eternidade. E em pouco tempo, o tempo da presença, da superação, da ressurreição. Essa experiência com a morte e ressurreição de Jesus é modelo agora para toda crise que cada um de nós tenha e das crises que a comunidade cristã também passe. A comunidade também caminha por momentos de crise e de superação, de ausência ou proximidade do Senhor.




Guardando a mensagem

Jesus estava preparando os discípulos para a grande crise que seria a sua ausência, pela morte de cruz. Em pouco tempo, chegaria essa hora dolorosa. Mas, em pouco tempo ela passaria e daria lugar a outro momento, uma nova forma dele estar presente ainda mais eficaz e duradoura. Ressuscitado, ele comunicaria o Espírito Santo que atualizaria permanentemente sua presença. Momentos de crise também são vividos na vida pessoal de cada seguidor de Jesus. Você também já viveu momentos de crise e momentos de superação, tempos de tempestade e tempos de bonança. Se o seu momento atual for de angústia e sofrimento, escute o que Jesus está dizendo hoje.

Vocês ficarão tristes, mas a tristeza de vocês se transformará em alegria (Jo 16, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
dizia Dom Hélder Câmara: “quanto mais escura a noite, mais carrega em si a madrugada”. É que, vez por outra, passamos por noites escuras. Dá-nos, Senhor, não nos desesperarmos nesses momentos. Como disseste, é “pouco tempo”. Que não nos faltem paciência, humildade para revermos nossos erros e esperança para construirmos o novo momento que não tarda a chegar. E chegará, como bênção do alto, como madrugada depois de uma noite escura. Que tua morte e ressurreição, Senhor, seja a dinâmica a nos iluminar em nossas pequenas e grandes crises. Contigo, já somos mais que vencedores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Vou lhe dizer uma coisa que você já sabe. Você precisa ler o evangelho de cada dia. A meditação é sobre o evangelho que você lê. Leia na sua Bíblia ou siga o link que lhe envio pelo celular. O evangelho de hoje está em Jo 16,16-20. 

Comunicando

Como toda quinta-feira, hoje temos a Santa Missa às 11 horas. Para quem pode participar presencialmente: a Missa é na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a igreja dos Salesianos, no Recife. Para quem vai participar pelo Youtube ou pelo Rádio: Canal Padre João Carlos, Rádio Amanhecer e parceiras. 11 horas, toda quinta-feira, rezando por você.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O amor é a verdade completa.




28 de maio de 2025

  Quarta-feira da 6ª Semana da Páscoa. 



   Evangelho   


Jo 16,12-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.
14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.


   Meditação   


Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade (Jo 16, 13)

Tenho ainda muitas coisas a dizer a vocês, mas vocês não são capazes de compreender agora”, disse Jesus em clima de despedida, na ceia. A despedida é sempre uma hora muito difícil. Quem está se despedindo, você sabe, está preocupado com uma porção de coisas, não é verdade? Preocupa-se em garantir a continuidade dos seus trabalhos, em instruir sobre o que fazer quando aparecer esse ou aquele problema, em assegurar o amparo para aquele membro mais frágil da família... Enfim, enquanto coisas como essas não estejam resolvidas, a pessoa não pode partir em paz, seja para uma viagem curta, seja para a grande viagem. A despedida de Jesus leva vários capítulos, no evangelho de São João. É o momento de grandes revelações. E de orientações muito sérias.

Então, Jesus está se despedindo dos discípulos. Nessa hora de despedida, Jesus lhes faz, de maneira especial, uma revelação maravilhosa. Não os deixará órfãos. Ele irá e o Pai enviará o Espírito Santo. O novo enviado é o Espírito da Verdade que o mundo não conhece. E não o conhece porque não reconhece Jesus como enviado do Pai. Ele é o outro defensor ou consolador que o Pai enviará. E não virá para ficar no lugar de Jesus. Virá para dar eficácia à missão de Jesus, em sua ausência física. Jesus não estará mais presente fisicamente. Mas, vai estar realmente presente. O Espírito Santo é quem vai tornar isso possível. Mais: o Espírito vai ficar sempre ao lado dos discípulos, sempre conosco.

“Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade”. O Espírito vai ajudar os discípulos a entenderem quem é Jesus e qual o significado do seu ensinamento. Jesus disse que tinha muita coisa para comunicar, mas os discípulos não estavam em condições de entender... Jesus é a manifestação maior do amor de Deus. É o Espírito que vai nos conduzindo na compreensão de suas palavras, na acolhida da revelação que ele faz sobre o Pai, sobre a pessoa humana e sobre o mundo. Ele vai nos conduzindo para a verdade completa. Mas, a verdade plena não é um conhecimento. A plenitude da verdade é o amor. Deus é amor.

“Tudo o que o Pai possui é meu”, disse Jesus. O Espírito vai nos dar do que Jesus tem. É o Espírito que une Jesus ao Pai. Jesus está de tal modo identificado com o Pai, que ele e o Pai são um. A essa união profunda de Jesus com o Pai, pela mediação do Espírito Santo, chamamos AMOR. É também o Espírito que nos une a Jesus. Nossa comunhão com Jesus nos torna participantes do seu AMOR. É também o Espírito Santo que nos une uns aos outros com Cristo. Estamos unidos a Cristo e entre nós, formando o seu Corpo Místico, que é a Igreja. Essa comunhão entre nós e com Cristo, no seu Corpo Místico, é obra do Espírito Santo, participação no AMOR de Jesus e do Pai.




Guardando a mensagem

O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, vem depois de Jesus, como o novo enviado. E vem como Testemunha de Jesus. Ajudará os discípulos a conhecerem a revelação que Jesus fez sobre o Pai e o sobre seu projeto de amor. Ele, o Espírito Santo, vai estar ao lado dos discípulos, atualizando a palavra e a presença de Jesus e fortalecendo-os no testemunho que eles devem dar de Cristo, sobretudo nas horas de provação e perseguição. É ele quem une Jesus ao Pai. É ele quem nos une a Cristo. É ele quem nos possibilita viver em comunhão uns com os outros, como membros do Corpo Místico do Senhor. Ele nos leva à verdade completa: o AMOR.

Quando vier o Espírito da Verdade, ele conduzirá vocês à plena verdade (Jo 16, 13)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te bendizemos pela obra redentora que realizaste com tua presença entre nós, andando pelos nossos caminhos, instruindo-nos com a tua santa palavra e oferecendo-te em reparação pelos nossos pecados. Nós te bendizemos porque esta obra redentora continua na história sendo anunciada e atuada em favor dos pecadores, através de tua Igreja, pela presença e pela atuação do Espírito Santo. Ele é a tua testemunha. Ele está sempre conosco. Ele nos conduz à verdade plena, ao teu amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Nós recebemos o Espírito Santo no nosso batismo e, de maneira muito especial, no sacramento da confirmação ou crisma. Mas, podemos sempre invocá-lo e pedir que renove sua presença em nossa vida. Ele nos conduz à verdade, ao amor. 

Comunicando

No mês de junho, faço show em Palmeira dos Índios, AL (domingo próximo, dia 1º), Urucará, AM (dia 8), Camela, PE (dia 15), Jeromoabo, BA (dia 24). Em São José do Rio Preto, SP, vou estar no dia 28. Em Campinas, SP, no dia 29. No mês de julho, temos Porto Velho, RO, no dia 12, em Recife, PE, no dia 14, Mazagão Velho, AP, no dia 15, no Congresso de Maria Auxiliadora no Recife, no dia 26.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb  

Porque Jesus queria que o Espírito Santo viesse.



27 de maio de 2025

  Terça-feira da 6ª Semana da Páscoa.  


    Evangelho.   


Jo 16,5-11

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.

   Meditação.   


É bom para vocês que eu parta. Se eu não for, não virá o Defensor até vocês (Jo 16, 7).

Jesus estava dizendo aos discípulos que era mais vantajoso para eles que ele partisse, que fosse para o Pai. Só ele indo, viria o Espírito Santo. Por que será que Jesus disse isso? Porque ele precisava ir? Qual a vantagem da vinda do Espírito?

Bem, os discípulos tiveram a experiência maravilhosa de conviver com Jesus, de ouvi-lo, de ver suas atitudes e suas obras prodigiosas. Tudo bem. Mas, não chegavam a compreendê-lo profundamente, não entendiam o significado de sua mensagem e o alcance de suas palavras. Eles também não conseguiam captar o sentido de sua morte e de sua ressurreição. A morte de Jesus como um malfeitor foi uma tremenda decepção para eles. Eles também não chegavam a perceber como a pregação e a prática de Jesus eram uma novidade que punha em crise a sua prática religiosa judaica e gerava uma nova expressão religiosa.

Jesus ressuscitado voltou ao Pai e nos enviou o Espírito Santo. A presença do Santo Espírito fez a diferença na vida dos discípulos e do seu trabalho missionário. O Espírito Santo acompanhou a comunidade em um verdadeiro salto de qualidade. O seu ponto de partida e a sua referência foram a herança de Jesus, isto é, suas palavras, seus ensinamentos, sua morte e ressurreição. Ele ajudou a comunidade a compreender mais profundamente quem era Jesus e o significado de suas palavras; inspirou os discípulos a interpretarem o verdadeiro alcance redentor da morte de Jesus; e, com eles, construiu a nova comunidade do Novo Testamento.

Claro que foi bom que Jesus voltasse ao Pai. Sem o Espírito Santo, Jesus seria apenas um personagem da história, talvez um modelo de vida, um santo homem ou mesmo um deus que esteve conosco e se foi. Pela atuação do Santo Espírito, Jesus continua presente no meio dos seus. É viva a sua palavra. É permanente o seu sacrifício. Na força do Espírito, é Jesus quem lidera a sua Igreja e preside a história humana, conduzindo-a para um final feliz. É o Espírito Santo que atualiza a palavra e a presença de Jesus no meio de sua comunidade e no mundo. Pelo Espírito, os discípulos ficam sabendo quem é Jesus e o que significam suas palavras.

Sem o Espírito Santo, a comunidade dos discípulos teria permanecido trancada no cenáculo. E o cristianismo seria um culto quase secreto, sem repercussão no mundo externo. O Espírito Santo levou a Igreja a abrir as portas, sair às praças e atravessar os oceanos. A boa notícia é para todos e deve chegar a todos. O evangelho é fermento para a vida do mundo. Sua mensagem deve repercutir em todos os ambientes, em todas as atividades humanas, gerando fraternidade, solidariedade, justiça, paz, respeito à vida, tolerância, perdão. É o Espírito Santo quem dá vigor e atualidade à pregação do evangelho.




Guardando a mensagem

Jesus nos enviou, da parte do Pai, o Espírito Santo, o outro Defensor. A sua vinda deu garantia de continuidade à sua missão. Os discípulos puderam compreender quem é Jesus e o significado de seus ensinamentos. Assimilaram a sua morte e ressurreição como mistério de redenção, de sacrifício em favor dos pecadores. Com o Espírito, os seguidores de Jesus construíram uma nova expressão religiosa, onde se vive, se celebra e se anuncia a nova humanidade que começou na sua páscoa. O Espírito Santo é quem atualiza a palavra e a presença de Jesus e continuamente empurra a Igreja para as periferias do mundo.

É bom para vocês que eu parta. Se eu não for, não virá o Defensor até vocês (Jo 16, 7).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o Espírito Santo nos faz compreender a tua morte e a tua ressurreição. Se por um lado, a cruz foi obra do ódio do mundo contra Deus, por outro lado ela manifestou o amor de Deus pelo mundo. Que o teu Santo Espírito continue nos iluminando, nos inspirando, nos movendo para sermos tuas testemunhas nesse nosso mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No dia de hoje, em atenção à Palavra do Senhor, tente dar maior espaço ao Santo Espírito em sua vida. Reze pedindo que ele oriente os seus passos, dê maior compreensão diante dos problemas, inspire suas decisões.  

Comunicando

A Segunda Bíblica de ontem, no Youtube, foi um recomeço. Apresentei um resumão dos 10 encontros que já tivemos. Assim, você pode nos acompanhar tranquilamente a partir de agora. Já entregamos o e-book da síntese dos 10 encontros nos grupos de quem está inscrito. Você pode inscrever-se pelo site Sympla.com.br (procure Segunda Bíblica) ou pelo whatsapp da AMA (81 8942-6406). É uma única e pequena taxa para o ano todo. Inscrever-se é comprometer-se com o estudo semanal da Palavra de Deus. 

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Pe. João Carlos Ribeiro,SDB 


Testamento fiel e verdadeiro.


26 de maio de 2025

  Segunda-feira da 6ª Semana da Páscoa.  

Dia de São Felipe Néri


  Evangelho.


Jo 15,26–16,4a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.



   Meditação.  


Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Ontem, celebramos o 6º Domingo da Páscoa. E a grande palavra que ecoou na liturgia de ontem foi AMOR. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). Como o Pai amou Jesus, Jesus nos amou. E como Jesus nos amou, precisamos nos amar uns aos outros. E nos perguntamos: Como foi que Jesus nos amou? Ele deu sua vida por nós. E nos deu o seu Espírito. No domingo da ressurreição, ele soprou sobre os apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito. No Pentecostes, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade. No seu amor por nós, ele deu a vida e nos deu o seu Espírito.

No texto de hoje, ainda na última ceia, Jesus está preparando os discípulos para acolher e entender a missão do Espírito Santo. Ele é o outro Defensor. Ele vem do Pai, como Jesus. E vem enviado pelo Pai e pelo Filho, na sua volta ao seio do Pai. E por que ele é chamado de Defensor? Porque atualizará o legado de Jesus que nos reconciliou com Deus, nos livrando do jugo do pecado; porque fortalecerá e defenderá os seguidores de Jesus nas provações, nas perseguições. Jesus o chamou de o Espírito da Verdade. Espírito da verdade porque ele revela aos discípulos quem é Jesus e os ajuda a compreender o significado de suas palavras. Ele é o animador número um da missão de Jesus que os discípulos vão continuar.

Desde o começo, a comunidade compreendeu esse papel fundamental do Santo Espírito, como parceiro da missão. Quando os apóstolos e os anciãos tiveram que tomar uma decisão sobre a entrada dos pagãos na comunidade, eles rezaram e deliberaram. Depois, escreveram o seguinte na carta que foi enviada: ‘Pareceu bem a nós e ao Espírito Santo tomar a seguinte decisão’. Viu? O Espírito Santo e os seguidores de Jesus são parceiros no testemunho do Mestre.

Se a palavra de ontem foi AMOR, hoje a palavra é TESTEMUNHO. O Espírito dá testemunho de Jesus. Nós também damos testemunho dele. Com nossas palavras e atitudes, dizemos a todos que Jesus é o pastor que o Pai enviou para cuidar de nós, para nos conduzir; que ele, como bom pastor, deu sua vida para nos resgatar; que ele, por sua ressurreição, nos comunicou a vida nova da graça e da comunhão com Deus. E o nosso testemunho fica ainda mais forte nas horas difíceis de nossa vida: na doença, no sofrimento, na perseguição, na morte. O Espírito Santo, Deus em nós, é o nosso parceiro. Ele nos sustenta no testemunho diário, fiel e verdadeiro que nós damos sobre Jesus. 




Guardando a mensagem

O Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho, veio para garantir a continuidade da missão. Ele dá testemunho de Jesus. Nós também somos testemunhas de Jesus. A testemunha tem conhecimento de causa, por isso atesta publicamente, garante alguma coisa a partir de sua experiência. Nós conhecemos Jesus e o anunciamos. O Espírito Santo é quem garante que o nosso testemunho seja verdadeiro e fiel, particularmente nas provações. Ele é o parceiro da Igreja na sua grande missão, a evangelização. Nosso testemunho sobre Jesus, nós o damos todo dia, por onde andamos, com o que falamos, com o modo como nos conduzimos na vida. Quem nos inspira e nos sustenta no testemunho é o Espírito Santo.

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Rezando a palavra

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso Senhor. Amém.


Vivendo a palavra

Talvez, hoje, apareça uma boa oportunidade pra você falar de Jesus a alguém. É só mostrar o seu amor por ele, sua vinculação com a comunidade dos seus discípulos, a Igreja. Uma hora para o testemunho. Hora do Espírito Santo.

Comunicando

E hoje é dia de Segunda Bíblica. Vou lhe dar uma razão para você estar conosco neste estudo do Livro dos Atos dos Apóstolos. No nosso encontro de hoje, no YouTube, vamos fazer um resumão dos 10 encontros que já tivemos. Se você não tiver participado ainda, vai ficar em dia com o conteúdo que já estudamos. Estando inscrito, você vai receber o e-book do resumo dos 10 primeiros encontros, a Etapa de Jerusalém. Vou deixar aqui o link pra você dar uma olhada agora mesmo no recado que gravei pra você. Aproveite para se inscrever no canal e marcar para ser notificado quando começarmos o encontro.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O novo Tabernáculo, você!




25 de maio de 2025

  6º Domingo da Páscoa.    



  Evangelho  


Jo 14,23-29

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.
25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.


  Meditação.  


Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada (Jo 14, 23)

Jesus continua à mesa com os discípulos. Estão na ceia de páscoa. O pano de fundo é a páscoa do povo de Deus, a saída da escravidão do Egito. Deus manifestou seu amor por aquele povo, resgatando-o daquela situação. E ficou presente em seu meio, na dura travessia do deserto, na Tenda do Tabernáculo que era armada em cada parada, em cada acampamento. Deus caminhou com o seu povo. Na vitória daquele gente, Deus manifestou sua glória. E deu a eles uma Lei, uma forma concreta de viver no seu amor.

O que Jesus está dizendo, ali na mesa, fica bem entendido no clima da páscoa do seu povo. Passando pela morte, ele vai conduzir o seu povo para a liberdade. A sua passagem pela morte é a páscoa verdadeira. Nela, nasce o novo povo de Deus. Nela, o amor do Pai se manifesta completamente em Jesus, em sua entrega total. E isso muda tudo.

Até agora, procuramos Deus em algum lugar, em algum templo, para honrá-lo com nossas preces e oferendas. Sabemos que ele mora num lugar muito santo e separado deste mundo em que vivemos. E nos esforçamos para cumprir as suas ordens e mandamentos, para agradá-lo e obter dele os favores que precisamos. Ele nos criou e nós nos sentimos seus servos. Com a páscoa de Jesus, isso não é mais assim. Ou, ao menos, não deveria ser mais assim.

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). 

Jesus fez uma experiência de Deus muito especial. Ele, sendo humano como nós, sem deixar de ser Deus, experimentou que o Pai o amava muito. Mas, muito, mesmo. E nos amava, também. Por isso, O Pai o enviou a nós. Por amor. Por sua morte, Jesus nos aproximou do Pai, nos reconciliou com ele, nos fez seus filhos. Assim, se alguém o ama, o Pai o amará. E não só. O Pai e o Filho passam a ficar com essa pessoa, morar com ela, habitar nela. Quem ama Jesus é um novo tabernáculo, no acampamento do deserto, no mundo, um lugar onde Deus está. Não sentimos mais Deus longe de nós, num lugar separado para onde peregrinamos. Ele está em nós que amamos Jesus.

Na páscoa de Jesus (sua morte e ressurreição), experimentamos quem é Deus. Ele é amor, é dom total de si. Ele não nos quer para si, como seus servos. Impressionante. O amor dele não anula você, não o torna seu servo. O amor dele faz de você um filho, uma filha, objeto do seu amor imenso. Ele está agora em você que ama Jesus. E você está unido a ele como filho, como filha. Você é o novo tabernáculo. Por meio de você, Deus está presente no mundo. O mundo já não é o lugar da perdição. O mundo é o lugar onde você atualiza a presença de Deus, manifesta o seu amor. O mundo é de Deus, porque você está nele. Esse amor precisa ser comunicado: é a mensagem, o seu Evangelho. Esse amor precisa ser vivido como norma de vida, são os seus Mandamentos. Esse amor tem um dinamismo de restauração, de renovação de tudo em Cristo, é a presença do Espírito Santo.

“Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (Jo 14, 26). 

Toda essa nova realidade, nascida na páscoa de Jesus (sua morte e ressurreição), poderia se perder, se essa novidade ficasse parada no tempo. Poderíamos apenas contemplá-la. Mas, não. Veio o Espírito Santo, enviado pelo Pai, a pedido do filho. Ele é o próprio dinamismo do amor do Pai pelo Filho e vice-versa. O Espírito mantém viva a memória de Jesus. Ele nos ajuda a atualizar a boa notícia de sua vida, morte e ressurreição. Ele nos leva a compreender e interpretar a boa notícia de Jesus nas novas situações e desafios do mundo. Ele é grande animador da comunidade dos discípulos, dos filhos e filhos de Deus. Ele também nos habita. E anima a caminhada de todos os que amam Jesus e guardam sua palavra.




Guardando a Mensagem

Na conversa que Jesus está tendo, ao redor da mesa da última ceia, ele fala do sentido de sua morte, dentro do contexto da páscoa do povo de Deus. Como por aquela saída, à noite, o povo foi libertado da escravidão do Egito, por sua páscoa, rompendo as trevas e a morte, nasceria o novo povo de Deus. Em sua morte, sua entrega total, ficou manifesto o amor do Pai por nós e como ele é verdadeiramente amor, entrega total de si. Quem ama Jesus, fica conhecendo Deus que é amor. O Pai, o Filho e o Espírito estão naquele que ama Jesus. E ele se torna um novo tabernáculo, lugar onde Deus está e se manifesta. Vindo o Espírito Santo, essa obra de Jesus não fica no esquecimento. O Espírito é o dinamismo do amor que atualiza as palavras e a presença de Jesus. Ele nos leva a realizar bem nossa vocação: sermos discípulos e discípulas de Jesus, amarmos como ele amou.

Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada (Jo 14, 23)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
amar-te é amar como tu amaste. Tu te entregaste por nós, deste a tua vida em nosso favor. Como teus seguidores, experimentamos que Deus é amor e assim vamos superando o desamor que há em nós: o individualismo, a indiferença, o egoísmo, o espírito de vingança, os preconceitos... E formando uma grande frente de superação do desamor presente em nosso mundo, em nossa cultura: as relações de injustiça e exploração, a manipulação das pessoas, a opressão dos mais fracos, a exclusão social, a violência de todo tipo. O teu Santo Espírito, Senhor, mantém viva a tua memória em nós e na grande comunidade dos discípulos, a Igreja. Ele é o dinamismo do amor de Deus que, em tua pessoa, renova todas as coisas. Nós te amamos, Jesus, e queremos guardar tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Na Missa, fazemos memória da morte e ressurreição de Jesus, celebramos a sua páscoa. Participar da Santa Missa não é um simples compromisso semanal. É um direito sagrado dos que estão unidos a Cristo pela fé e pelo batismo. É a congregação festiva dos que amam Jesus.

Comunicando

Amanhã, é dia de Segunda Bíblica. Vou lhe dar uma razão para você estar conosco neste estudo do Livro dos Atos dos Apóstolos. No nosso encontro de amanhã, no YouTube, vamos fazer um resumão dos 10 encontros que já tivemos. Se você não tiver participado ainda, vai ficar em dia com o conteúdo que já estudamos. Estando inscrito, você vai receber o e-book do resumo dos 10 primeiros encontros, a Etapa de Jerusalém.  Vou deixar aqui o link pra você dar uma olhada agora no recado que gravei pra você. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



O mundo só gosta do que é seu.



24 de maio de 2025

   Sábado da 5ª Semana da Páscoa.  

Dia de Nossa Senhora Auxiliadora 



   Evangelho.  


João 15,18-21

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
18. "Se o mundo vos odeia,
sabei que primeiro me odiou a mim.
19  Se fôsseis do mundo,
o mundo gostaria daquilo que lhe pertence.
, porque não sois do mundo,
porque eu vos escolhi e apartei do mundo,
o mundo por isso vos odeia.
20  Lembrai-vos daquilo que eu vos disse:
'O servo não é maior que seu senhor'.
Se me perseguiram a mim,
também perseguirão a vós.
Se guardaram a minha palavra,
também guardarão a vossa.
21. Tudo isto eles farão contra vós, por causa do meu nome,
porque não conhecem aquele que me enviou".
Palavra da Salvação.


   Meditação  


Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

Quando você começa a se comportar como um cristão de verdade, muita gente estranha. É o que Jesus está nos dizendo hoje: “o mundo gosta do que é seu”. No evangelho de João, fica bem clara a oposição que o mundo faz a Jesus. O mundo, na compreensão desse evangelho, são as pessoas e as estruturas que se opõem a Deus. É bem verdade que Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único para salvá-lo. Mas, nem todo mundo acolheu Jesus. E, na verdade, boa parte de seu mundo estranhou sua mensagem e suas atitudes e o rejeitou, levando-o à morte de malfeitor na cruz.

O mundo está dominado pelo pecado e, portanto, está sempre na oposição a Deus, em oposição ao Deus verdadeiro revelado por Jesus. O mundo pode até formar para si uma imagem falsa de Deus, ter um deus que lhe convenha. Pode ver que as pessoas que tramaram a morte de Jesus eram pessoas religiosas, mas serviam a uma falsa imagem de Deus. Sentiram-se ameaçadas pelo jeito de Jesus falar de Deus e tratar os sofredores e, em nome do seu deus, mataram-no.

O cristão é alguém que é tirado do mundo. É bom explicar melhor isso. Jesus falou assim: “O mundo odeia vocês porque eu os escolhi e os apartei do mundo”. Jesus nos escolheu, nos chamou. Ser escolhido por Jesus, seguir Jesus é afastar-se do mundo, isto é, desvincular-se do mal do mundo. Dá pra entender? Não é que o cristão possa viver fora do mundo. Ele afasta-se do mal que está no mundo, mas vive no mundo. Na ceia, Jesus pediu ao Pai: “Eu não peço que os tires do mundo, mas que os livres do maligno”. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.

O mundo perseguiu Jesus. E desconfia de qualquer um que se pareça com Jesus. Olha o que ele fala no evangelho de hoje: “Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro ele me odiou”. E por que o mundo odeia Jesus? Pela mesma razão que o mundo do tempo de Jesus o odiou e o matou. A mensagem de Jesus e o seu modo de se conduzir na vida eram uma permanente denúncia contra o egoísmo, a dominação, a manipulação, a alienação que movem o mundo. Jesus vivia e pregava radicalmente a fraternidade, a prioridade dos pequenos e sofredores, a liberdade, o amor a Deus e aos irmãos, a vida segundo a vontade de Deus. A vida dos cristãos devia ser uma pregação permanente (mesmo sem sermão) contra a infidelidade, a desonestidade, a busca de privilégios, a exploração; uma pregação em favor da santidade do matrimônio, da sacralidade da vida, da justiça e do perdão como caminho para a paz. Quem anda assim, afastou-se do mundo, mesmo vivendo nele.

Sair do mundo é como a saída do povo do cativeiro do Egito. É obra de Deus em nós. Jesus disse isso a Nicodemos: “tem que nascer de novo”. Sair do mundo é um êxodo, é um novo nascimento. Obra de Deus, com nossa adesão.




Guardando a mensagem

O seguidor de Jesus, a seguidora de Jesus, pautando-se pelo seu evangelho, com certeza, pelo estranhamento do mundo, vai sofrer incompreensão, pode sofrer rejeição e até perseguição. Foi assim com Jesus. Se o comportamento e as palavras de um cristão não incomodam o mundo, tem alguma coisa errada nele. Não porque procuremos oposição e encrenca. Jesus não procurou confronto e briga. Mas, o mundo só gosta do que é seu.

Se o mundo odeia vocês, saibam que primeiro me odiou (Jo 15, 18)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste “se me perseguiram, também perseguirão vocês”. E estamos começando a entender o porquê: porque o cristão não pertence mais ao mundo, não pensa e não age mais como o mundo. Agora, isso não é fácil, Senhor. É verdade, tu não nos disseste que seria fácil. Na verdade, nos ensinaste a tomar o caminho estreito, pois larga é a estrada que conduz à perdição. Continua, Senhor, rezando por nós ao Pai, pedindo que não nos tire do mundo, mas que nos livre do mal que está nele. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Hoje é dia de Nossa Senhora Auxiliadora, um título mariano que sublinha a relação de Maria com a Igreja, como sua intercessora, defensora, protetora. 
Nos tempos em que Dom Bosco propagou esta devoção (que já existia), a Igreja estava sob fortes críticas e ataques do poder civil. O santo educador construiu uma linda Basílica em Turim e a dedicou a Nossa Senhora Auxiliadora, explicando que vivia-se tempos difíceis e era necessário pedir o auxílio de Nossa Senhora para salvaguardar a fé. 

Comunicando

Com o povo da AMA-Associação Missionária Amanhecer, hoje, estamos em um dia de peregrinação ao Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora em Jaboatão, área metropolitana do Recife. Na programação: Missa na Basílica, Terço na Gruta, Queima das cartinhas em frente à Réplica da Casa de Dom Bosco, Trilha da Espiritualidade Salesiana, Adoração Eucarística e Consagração a Nossa Senhora Auxiliadora. Você pode nos acompanhar pela Rádio Amanhecer ou pelo Canal do Youtube.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb





Pela graça de Deus.



23 de maio de 2025

  Sexta-feira da 5ª Semana da Páscoa   


  Evangelho 


Jo 15,12-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.
14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

  Meditação  


Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Que grande graça, nós sermos cristãos. Nós aceitamos seguir Jesus, nós o escolhemos como referência fundamental de nossa vida. É por isso que nos chamam de cristãos. Somos seus seguidores. Nós fizemos uma opção por ele, como nosso modelo e salvador. Mas, olha o que ele hoje está nos dizendo: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. Ele nos amou e nos escolheu, por primeiro. O amor dele foi antes do nosso. Como disse o apóstolo: “Quando ainda éramos pecadores, ele nos amou e se entregou por nós”.

O amor de Deus nos precede. Ele deu o primeiro passo, quando ainda estávamos no pecado. A gente sempre pensa com uma lógica diferente. Um dia, meditando a história do filho pródigo (Lucas 15), me dei conta que o filho errado voltou pra casa, em primeiro lugar porque havia um pai misericordioso esperando-o. Esse amor, que ele já tinha experimentado quando estava em casa, vinha antes de sua própria conversão. Movido por esse amor, encorajado por ele, é que este filho pródigo se levantou arrependido e começou o seu caminho de retorno à casa do Pai. Não foi só a conversão que o levou de volta para casa. Em primeiro lugar, foi o amor do Pai que o atraiu e criou as condições para a sua volta. Meditando assim, compus aquela música ‘Meu Bom Deus’. “Meu bom Deus, o teu amor me trouxe aqui”. O amor de Deus é antes do nosso.

A Igreja, no Concílio de Trento, concluído em 1563, explicou que o início da justificação brota da graça preveniente de Deus, por Jesus Cristo, pela qual somos chamados, sem qualquer merecimento de nossa parte. Em resposta, podemos consentir livremente nesta graça e cooperar com ela (Cf Trento 797).

O mesmo mandamento do amor fraterno está baseado nesta experiência de termos sido amados por primeiro. “Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”. Aliás, esse amor vem bem antes no amor do Pai por Jesus: “Como o Pai me amou, eu amei vocês”.





Guardando a mensagem

No antigo catecismo de perguntas e respostas, nós decorávamos uma resposta muito especial. Éramos perguntados: “Você é cristão?”. Respondíamos, em coro: “Sim, sou cristão pela graça de Deus”. É disso que nos fala o evangelho de hoje. A salvação é uma iniciativa de Deus que nos amou primeiro, vindo ao nosso encontro, nos oferecendo a graça da redenção em Cristo. Ele nos amou primeiro. Em resposta, acolhemos a graça do Senhor e procuramos, cheios de gratidão, viver como discípulos de Jesus, apoiados pela graça do seu Espírito em nós.

Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te bendizemos por nos teres escolhido como teus discípulos e discípulas. O Pai nos amou e te enviou para nossa salvação. Tu nos escolheste e nos designaste para darmos fruto. O fruto primeiro é nos tornarmos teus discípulos. Obrigado, Senhor. Dá-nos a graça de sermos perseverantes e fiéis no teu caminho. Senhor, nos dias de hoje, mesmo no meio de dificuldades, dá que o teu povo realize a sua missão de ser luz do mundo. Que nós teus discípulos e discípulas, mostremo-nos responsáveis na proteção da vida, generosos na solidariedade e confiantes na misericórdia divina. É assim que vamos manifestando amor uns pelos outros e revelando ao mundo o amor com que nos escolheste e amaste. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu caderno espiritual, comente a palavra de hoje: "Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês".

Comunicando

Hoje é o 9º e último dia da Novena de N. Sra. Auxiliadora. Você está acompanhando? Está no Youtube, no Canal Padre João Carlos. O tema de hoje é Ser filhos - construção e sonho. Vamos contar a história da devoção a N. Sra. Auxiliadora. Clique no link que estou lhe enviando. 
 
Pe. João Carlos Ribeiro, sdb





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