Jesus
chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e
para curarem todo tipo de doença e enfermidade (Mt 10,1).
Jesus fica com pena do seu povo. É o rebanho de Deus, mas se
apresenta assim tão abandonado, descuidado, desorientado... Ovelhas cansadas e
abatidas. Ovelhas sem pastor. Diante desse quadro, dessa percepção, Jesus é
tomado pela compaixão. É urgente que o rebanho conte com bons pastores, com
boas lideranças. Pastores que cuidem das ovelhas estropiadas, que recuperem as
desfalecidas, que lavem as sujas, que as defenda dos lobos. Esse povo que se
encontra nesta situação tão triste tem uma bela vocação: ser um reino de
sacerdotes, uma nação santa. É o povo que fez aliança com Deus, aos pés do
Sinai. É o que está lembrado no livro do Êxodo (primeira leitura).
Diante desse quadro tão doloroso (um povo humilhado, sem
liderança), Jesus toma três iniciativas. A primeira, recomendar que os
discípulos roguem ao Pai que ele mande essas lideranças que o seu povo está
precisando. A segunda iniciativa:
organizar o seu grande grupo de discípulos, nomeando doze líderes.
Chamou doze, porque estava simbolicamente reorganizando todo o rebanho de Deus,
o povo das doze tribos, que fora liderado por doze patriarcas. A terceira
iniciativa foi enviar os doze em missão.