PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: vida eterna
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GUARDE A PALAVRA DE JESUS

Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte (Jo 8, 51)
22 de março de 2018.
Por causa dessa palavra, discutiram com Jesus, e, no final da discussão, pegaram em pedras para apedrejá-lo.  Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte (Jo 8, 51).
A morte, disse Paulo, é o salário do pecado. Ele escreveu assim na carta aos Romanos: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 6, 23).  Jesus veio para nos libertar desse laço, dessa condenação. Alcançando-nos o perdão dos pecados em sua morte redentora, ele nos livrou do pecado e de sua consequência, a morte. Na verdade, ele morreu em nosso lugar. Tomou o nosso lugar de condenados, na cruz. Carregou-se de nossas dores, de nossas enfermidades, como o descreveu o profeta Isaías.  Tomou para si a carga que nos pesava nos ombros, a morte.
Por sua morte, Jesus nos comunicou a vida plena: a vida em Deus, agora e na eternidade. A morte já não nos aniquila, já não é o nosso destino final. Agora, é apenas uma porta, uma passagem.
A nossa parte agora, como disse Jesus, a obra que o Pai espera de nós é a fé no Senhor Jesus, é acreditar nele, acolhê-lo como o enviado do Pai para nossa salvação. E crer é aderir de coração à sua pessoa e à sua palavra. Portanto, guardando a palavra de Jesus temos a vida eterna que nela está prometida. Guardar a palavra é viver em aliança com o Senhor.
Toda aliança tem um contrato, uma lei. Na aliança de Deus com o seu povo, no Antigo Testamento, a lei de Moisés era o contrato, a norma a ser seguida. No Novo Testamento, a palavra de Jesus, os seus ensinamentos, o seu Evangelho é o contrato da Nova Aliança. Nós vivemos em comunhão com o Senhor, vivendo a sua Palavra. E se vivemos a sua Palavra, temos a vida em nós, acolhemos a graça da cruz que nos salvou da morte eterna que o pecado produz, o afastamento de Deus.
A relação que Jesus tem com o Pai é um exemplo, um modelo para nossa relação com ele, o nosso redentor. Ele conhece o Pai e guarda sua palavra. Aqueles que lhe fizeram oposição e até quiseram apedrejá-lo, claro, não conheciam o Pai, não guardavam os seus mandamentos. Quem não guarda a sua Palavra, ao invés de ter a vida, produz a morte. Não é à toa que queriam apedrejar Jesus.
Vamos guardar a mensagem
Guardar a Palavra de Jesus significa conhecê-lo, amá-lo, segui-lo, tornar-se seu discípulo. Reconhecê-lo como o enviado do Pai, o Messias. Amá-lo, porque veio do Pai para o nosso bem, a nossa libertação da escravidão do pecado. Segui-lo, praticando sua Palavra, como expressão da vontade de Deus. Sendo seus discípulos.  Como ele disse: “Se permanecerem na minha palavra, vocês serão verdadeiramente meus discípulos, e conhecerão a verdade e a verdade libertará vocês”. A morte é o fim do pecador, o seu afastamento de Deus, a sua perdição. Guardando a Palavra de Jesus, que nos liberta, que nos redime, encontramos a vida plena, a vida eterna. Assim, vencemos a morte.
Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte (Jo 8, 51)
Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus,
Disseste aos judeus que já existias antes de Abraão. Abraão foi o fundador do povo de Deus, ele está na origem do povo eleito. Mas, tu, és o senhor de Abraão.  Por meio de ti, o Pai estabeleceu a nova e eterna aliança com os seus filhos. Esta aliança no teu sangue coroa a aliança com Abraão e sua descendência e a aliança com o povo eleito através de Moisés.  Como tu guardas a palavra do Pai e a cumpres fielmente, queremos conhecer e guardar a tua Palavra. Guardando tua palavra, encontramos a vida, vencemos a morte. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.  
Vamos viver a Palavra
Na Meditação de ontem, você fez as contas? A palavra escravo aparece três vezes. Livres ou libertar aparecem quatro vezes. Quatro + três = sete – Sete, a obra perfeita: Jesus nos redime da escravidão, ele nos faz livres.
‘Guardar a Palavra’ se repete três vezes no texto de hoje. No seu diário espiritual (ou no seu caderno de anotações) tente explicar o que seria “guardar a Palavra”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 21.03.2018

É lá que eu quero morar

Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! (Mc 12, 26-27)

Um grupo de saduceus traz uma questão a Jesus, como se fazia nos debates dos rabinos. Até chamam Jesus de ‘Mestre’. Os saduceus eram uma espécie de partido político-religioso, com forte influência no Sinédrio. O Sinédrio era um plenário das lideranças do povo de Israel. Eram saduceus os sumos-sacerdotes, escribas e os anciãos, representantes da aristocracia rural que faziam parte do Sinédrio. Os saduceus discordavam dos fariseus em vários pontos. Um deles era a ressurreição dos mortos. Para eles, gente rica e preocupada com a manutenção de sua condição social, a vida termina por aqui mesmo.

Trazem, então, uma questão, que com certeza, já tinham debatido com os fariseus. A Lei do Levirato do tempo de Moisés mandava o irmão se casar com a cunhada viúva, no caso de ela não ter filhos, isso para garantir a propriedade dos bens do falecido, uma vez que a mulher não tinha direito de posse. Mas isso, claro, não impedia desse irmão ter sua família. No caso inventado pelos saduceus, um irmão morreu, o outro teve se casar com a cunhada viúva. Morreu também esse, e lá foi o outro se casar com ela. Afinal, a mulher terminou se casando com os sete irmãos – olha que história! Se existir outra vida, pensavam, vai ser uma confusão: de quem essa mulher vai ser esposa? Isso prova, pensavam eles, que não existe outra vida depois da morte, não tem ressurreição coisa nenhuma.

Jesus explicou duas coisas: 1ª – Deus é Deus dos vivos. Há ressurreição, sim senhor. 2ª – Na ressurreição, não tem mais casamento. Estamos todos na casa do Pai, como irmãos.

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