PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: primeiros discípulos
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Permaneçam na minha Palavra.



    21 de janeiro de 2024    

3º Domingo do Tempo Comum

Domingo da Palavra de Deus 

    Evangelho.   


Mc 1,14-20

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus.

    Meditação.   


Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Este é o terceiro Domingo do Tempo Comum. Hoje, celebramos o Domingo da Palavra de Deus. "Permaneçam na minha Palavra" (cf. Jo 8, 31). É este o lema deste 5º Domingo da Palavra de Deus. É verdade, todo domingo é da Palavra de Deus. Mas, hoje, de maneira especial, somos chamados a acolher e celebrar o encontro com o Senhor nas Escrituras Sagradas. É com esse olhar que vamos ouvir e meditar as leituras bíblicas de hoje. 

O evangelho nos fala do início da atividade missionária de Jesus. Ele, após a prisão de João, começou a pregar o Evangelho de Deus. E o “Evangelho de Deus”, a boa notícia da qual ele se fez portador, está descrito em duas palavras: O Tempo se cumpriu – O Reino chegou. E a acolhida dessa boa notícia, desse evangelho, está também descrita em duas palavras: Convertam-se – Creiam no Evangelho. Com Jesus, chega o Reino de Deus, cumprem-se as promessas. A esse evangelho, essa notícia maravilhosa, respondemos com a fé e a conversão. 

O evangelho de Deus, como o evangelista falou, é a sua própria comunicação. Deus, de muitos modos e muitas vezes, falou aos pais pelos profetas. Agora, nos fala por meio do seu filho. É assim que começa a carta aos Hebreus. O que Deus quer nos dizer, ele o está dizendo pela boca de Jesus. Na verdade, pela boca e pelas mãos dele, por suas palavras e por suas obras. E, como pensou São João, a boa notícia, afinal, é ele mesmo. Jesus é a comunicação completa e amorosa de Deus. Ele é o próprio evangelho. 

Na história do povo antigo, contava-se sobre o profeta Jonas. Ele foi levar uma mensagem de Deus ao povo de Nínive. E, como a cidade era muito grande, precisou de três dias para atravessá-la. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. E a mensagem comoveu a cidade pagã. Os ninivitas acreditaram em Deus e fizeram muitas obras de conversão. E Deus suspendeu a ameaça de destruição que fora comunicada pelo profeta. 

A mensagem de Deus que Jesus estava entregando não era de destruição, mas de restauração, de salvação. Ele peregrinou na terra dos judeus por três anos, comunicando-lhes este evangelho. É verdade que não encontrou aquela conversão generosa da história de Jonas. Mas, nos quatro primeiros discípulos, vemos o tipo de resposta positiva que se espera da pregação do evangelho.

Nos quatro primeiros convocados pela palavra, vemos a resposta positiva de todos os seguidores de Jesus. Quatro é um número de totalidade, como os pontos cardeais. Estamos todos representados nos quatro primeiros seguidores: Simão e André, Tiago e João. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. Respondendo ao convite de Jesus, eles deixaram de ser pescadores do mar para ser pescadores de gente, com Jesus. Eles logo deixaram as redes, o pai, os empregados. Isto quer dizer: deram novo significado à sua vida, à sua relação com a família, à sua relação com o trabalho. 




Guardando a mensagem

Neste Domingo da Palavra de Deus, vemos Jesus anunciando o evangelho, a boa notícia que o Reino de Deus chegou. Tudo o que coração humano sempre sonhou, tudo que os profetas anunciaram, agora está se realizando: a proximidade amorosa do Pai que reconcilia seus filhos e filhas e os restaura e liberta. A boa notícia é Jesus entre nós, suscitando um novo momento na história: a presença do Reino de Deus. Ele não é só portador desta notícia, ele mesmo é a boa notícia. A resposta ao anúncio dessa boa notícia, desse evangelho de Deus, é a fé e a conversão. Crer e mudar de vida é dar um novo rumo à própria vida, seguindo Jesus. No seguimento do Mestre, damos um novo significado à nossa vida, à nossa relação com a família, com o trabalho e com o mundo. E nos tornamos, com ele e como ele, anunciadores deste evangelho de Deus. 

Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
estamos todos reunidos ao redor da Mesa de tua Palavra, ouvindo teu evangelho, acolhendo o teu convite para dar novo sentido à nossa vida, como teus seguidores. O casamento, as alegrias, as preocupações, os negócios, tudo precisa ser iluminado e transfigurado pelo evangelho da proximidade amorosa de Deus, como nos explicou São Paulo na primeira carta aos Coríntios. Com este Domingo da Palavra de Deus, queremos aumentar em nosso coração o amor ao livro santo e reafirmar nosso compromisso diário com o conhecimento e a vivência de tua palavra. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a ouvir sempre com muita atenção tua palavra proclamada na Santa Missa e venerar tua presença nas Escrituras, com o mesmo amor com que honramos tua presença eucarística na comunhão, como nos ensinou o Concílio Vaticano II. Abençoa, Senhor, todos os que, em tua Igreja, estão encarregados da proclamação, do ensino e da pregação de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

O Domingo da Palavra de Deus é mais um estímulo para vivermos todos os dias sob a luz da palavra divina. O Dicastério para a Evangelização deixou uma sugestão para a família ir pensando como ter a Palavra no centro do seu domingo.

Dedicar um tempo em família para uma breve leitura de uma passagem da Escritura, por exemplo, o Evangelho dominical. Escolher um lugar confortável e tranquilo em casa, longe das distrações da televisão e dos celulares. Começar com uma oração pedindo ao Espírito Santo que abra os seus corações à Palavra de Deus. Ler a passagem em voz alta e depois dar algum tempo para a família refletir e partilhar as suas impressões. Terminar com uma oração em conjunto, para que esta Palavra dê fruto em suas vidas, ajudando-os a caminhar para a santidade. 

Uma dica maravilhosa: pense em realizá-la qualquer dia desses.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O pescador que virou apóstolo.

  



   30 de novembro de 2023.  

Festa do apóstolo Santo André


   Evangelho   


Mt 4,18-22

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

   Meditação.   


Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4,20)

Sendo hoje o Dia do Apóstolo Santo André, a Igreja nos abre o evangelho de Mateus para revisitarmos o seu primeiro encontro com Jesus. Ele e seu irmão Simão estavam pescando, quando foram surpreendidos pelo chamado do Mestre. Eles, que eram pescadores de peixe aprenderiam com Jesus a ser pescadores de gente. Um pouco mais adiante, Jesus chamou outros dois irmãos: Tiago e João. Estavam na barca, com o pai, consertando as redes.

É muito interessante que Jesus tenha escolhido seus primeiros discípulos, que depois se tornaram apóstolos, entre os que estavam trabalhando no mar da Galileia. O mar é uma representação judaica do mundo. E a pesca, uma forma de representar a atividade missionária. O primeiro pescador é Jesus que, no mar, pesca discípulos, por assim dizer. Jesus é assim o primeiro pescador. Chama/pesca seus primeiros discípulos no mar.

Esses quatro primeiros discípulos – André, Simão, Tiago e João - são como que representantes de todos nós discípulos e discípulas, igualmente chamados por Jesus. O Senhor nos encontra no mar do mundo e nos chama para o seu seguimento. Seguir Jesus altera o nosso modo de ser e de viver. Ele nos tira do mar, nos separa do mundo. O Papa Francisco, em sua homilia, na Capela da Casa Santa Marta, disse: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da vida”. Ele se referia exatamente a essa condição de termos sido chamados do mundo para viver na dinâmica do Reino de Deus. Mesmo sem sair do mundo, não lhe pertencemos mais. Não podemos continuar pensando e agindo mundanamente, pagãmente.

Nesta mesma cena do evangelho, está o modelo de resposta para todos os que forem chamados a ser discípulos de Jesus: deixar tudo e segui-lo. As duas duplas – André e Pedro; Tiago e João - responderam com a mesma generosidade: imediatamente deixaram tudo para seguir Jesus. Eles deixaram as redes, o barco e até o pai. Essa resposta pronta, generosa é um modelo para todos os convocados, para nós. É assim que temos que responder ao chamado de Cristo.

‘Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de gente’, disse-lhes Jesus. Eles até poderão fazer a mesma coisa que faziam antes. Mas, de uma nova forma, com um novo objetivo. Lembrando que o mar representa o mundo, os discípulos ao se tornaram apóstolos, missionários, aprenderão a ser pescadores de gente no mar do mundo. O cristão é o discípulo, tirado do mundo para ser seguidor de Jesus. E, claro, voltará ao mundo, mas, agora, como pescador do Reino, como missionário.





Guardando a mensagem

Nesta cena do evangelho de hoje, está um modelo do chamado de todo discípulo. O Senhor nos chama do meio do mundo, da normalidade da vida. Não deixamos o mundo, mas o chamado nos faz viver e agir no mundo de outra forma, como sal e luz de Deus. Neste texto, também encontramos um modelo de resposta a este chamado: ‘deixaram tudo e o seguiram’. É assim que temos que responder ao convite de Jesus. Surpreendentemente, ele que nos separou do mundo, nos devolve ao mundo, como missionários, como apóstolos. De pescadores de peixe, nos tornamos pescadores do Reino.

Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
neste dia da festa do apóstolo André, o primeiro a ser chamado no mar da Galiléia, nós te agradecemos, divino pescador, por nos teres chamado ao teu seguimento. És tu que tomas a iniciativa, que dás o primeiro passo, que vens nos chamar. Tu nos disseste um dia: ‘não foram vocês que me escolheram. Fui eu que escolhi vocês’. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a corresponder a esse divino chamamento. Nós te rendemos graças também porque nos envias permanentemente como teus missionários ao mundo. Continuamos a trabalhar, a constituir família, a viver como cidadãos, mas com uma nova qualidade, com a perspectiva do Reino do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Aparecendo hoje uma boa ocasião, aconselhe alguém a responder com generosidade ao chamado que o Senhor lhe faz para segui-lo.

No comentário escrito, além do evangelho e da Meditação, deixei algumas informações sobre o apóstolo Santo André, irmão de Simão Pedro, inclusive porque, em sua imagem, ele é apresentado com duas traves de madeira. Leia tudo em meu blog: www.padrejoaocarlos.com. Para quem recebe a Meditação, é só seguir o link.

Comunicando

Como todas as quintas-feiras, às 11 horas, celebramos a Santa Missa na intenção dos associados, dos ouvintes, de todos os que acompanham a Meditação. Por favor, nos mande o seu pedido de oração e, podendo, acompanhe a celebração no meu Canal do Youtube ou pela Rádio Amanhecer.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




  O APÓSTOLO SANTO ANDRÉ.  


André e seu irmão Simão Pedro eram de Betsaida, uma cidade às margens do Mar da Galileia. Jesus os chamou para serem seus discípulos e, como ele, pescadores de homens. Depois da morte do Senhor, o apóstolo André pregou por muitos lugares na Ásia Menor. Por sua peregrinação anunciando o evangelho, é padroeiro da Romênia e da Rússia. Santo André é reconhecido como o fundador da Igreja em Constantinopla, sede do patriarcado. Como Pedro é o apóstolo de referência na Igreja Cristã Latina (a Igreja com sede em Roma), assim André é o apóstolo de referência da Igreja do Oriente (a Igreja Cristã Ortodoxa). Santo André foi martirizado, em Patros, na Acaia. Morreu crucificado numa cruz em forma de “X”. No tempo das cruzadas, no século XIII, os cruzados subtraíram relíquias do corpo de Santo André e de sua cruz e levaram para Roma. O Papa Paulo VI, em 1961, num gesto de reaproximação com a Igreja do Oriente, mandou tudo de volta. No dia de hoje, festa de Santo André, uma delegação da Igreja de Roma participa da festa do patriarcado de Constantinopla. O mesmo faz a Igreja de lá na festa de São Pedro, manda uma delegação participar da festa deste apóstolo, em Roma.

Convocados por Cristo para o seguimento e a missão

 



30 de novembro de 2022

Dia do apóstolo Santo André


EVANGELHO


Mt 4,18-22

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

MEDITAÇÃO


Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4,20)

Sendo hoje o Dia do Apóstolo Santo André, a Igreja nos abre o evangelho de Mateus para revisitarmos o seu primeiro encontro com Jesus. Ele e seu irmão Simão estavam pescando, quando foram surpreendidos pelo chamado do Mestre. Eles, que eram pescadores de peixe aprenderiam com Jesus a ser pescadores de gente. Um pouco mais adiante, Jesus chamou outros dois irmãos: Tiago e João. Estavam na barca, com o pai, consertando as redes.

É muito interessante que Jesus tenha escolhido seus primeiros discípulos, que depois se tornaram apóstolos, entre os que estavam trabalhando no mar da Galileia. O mar é uma representação judaica do mundo. E a pesca, uma forma de representar a atividade missionária. O primeiro pescador é Jesus que, no mar, pesca discípulos, por assim dizer. Jesus é assim o primeiro pescador. Chama/pesca seus primeiros discípulos no mar.

Esses quatro primeiros discípulos – André, Simão, Tiago e João - são como que representantes de todos nós discípulos e discípulas, igualmente chamados por Jesus. O Senhor nos encontra no mar do mundo e nos chama para o seu seguimento. Seguir Jesus altera o nosso modo de ser e de viver. Ele nos tira do mar, nos separa do mundo. O Papa Francisco, em sua homilia, na Capela da Casa Santa Marta, disse: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da vida”. Ele se referia exatamente a essa condição de termos sido chamados do mundo para viver na dinâmica do Reino de Deus. Mesmo sem sair do mundo, não lhe pertencemos mais. Não podemos continuar pensando e agindo mundanamente, pagãmente.

Nesta mesma cena do evangelho, está o modelo de resposta para todos os que forem chamados a ser discípulos de Jesus: deixar tudo e segui-lo. As duas duplas – André e Pedro; Tiago e João - responderam com a mesma generosidade: imediatamente deixaram tudo para seguir Jesus. Eles deixaram as redes, o barco e até o pai. Essa resposta pronta, generosa é um modelo para todos os convocados, para nós. É assim que temos que responder ao chamado de Cristo.

‘Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de gente’, disse-lhes Jesus. Eles até poderão fazer a mesma coisa que faziam antes. Mas, de uma nova forma, com um novo objetivo. Lembrando que o mar representa o mundo, os discípulos ao se tornaram apóstolos, missionários, aprenderão a ser pescadores de gente no mar do mundo. O cristão é o discípulo, tirado do mundo para ser seguidor de Jesus. E, claro, voltará ao mundo, mas, agora, como pescador do Reino, como missionário.




Guardando a mensagem

Nesta cena do evangelho de hoje, está um modelo do chamado de todo discípulo. O Senhor nos chama do meio do mundo, da normalidade da vida. Não deixamos o mundo, mas o chamado nos faz viver e agir no mundo de outra forma, como sal e luz de Deus. Neste texto, também encontramos um modelo de resposta a este chamado: ‘deixaram tudo e o seguiram’. É assim que temos que responder ao convite de Jesus. Surpreendentemente, ele que nos separou do mundo, nos devolve ao mundo, como missionários, como apóstolos. De pescadores de peixe, nos tornamos pescadores do Reino.

Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
neste dia da festa do apóstolo André, o primeiro a ser chamado no mar da Galiléia, nós te agradecemos, divino pescador, por nos teres chamado ao teu seguimento. És tu que tomas a iniciativa, que dás o primeiro passo, que vens nos chamar. Tu nos disseste um dia: ‘não foram vocês que me escolheram. Fui eu que escolhi vocês’. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a corresponder a esse divino chamamento. Nós te rendemos graças também porque nos envias permanentemente como teus missionários ao mundo. Continuamos a trabalhar, a constituir família, a viver como cidadãos, mas com uma nova qualidade, com a perspectiva do Reino do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Aparecendo hoje uma boa ocasião, aconselhe alguém a responder com generosidade ao chamado que o Senhor lhe faz para segui-lo.

No comentário escrito, além do evangelho e da Meditação, deixei algumas informações sobre o apóstolo Santo André, irmão de Simão Pedro, inclusive porque, em sua imagem, ele é apresentado com duas traves de madeira. É só seguir o link.

Comunicando

O Blog da Meditação www.padrejoaocarlos.com alcançou a marca de 20 milhões de visualizações. No blog, publicamos o texto da Meditação do Evangelho de cada dia. Atualmente, são cerca de 500 mil visualizações por mês. Que tal você também fazer uma visita? www.padrejoaocarlos.com

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



SANTO ANDRÉ


André e seu irmão Simão Pedro eram de Betsaida, uma cidade às margens do Mar da Galileia. Jesus os chamou para serem seus discípulos e, como ele, pescadores de homens. Depois da morte do Senhor, o apóstolo André pregou por muitos lugares na Ásia Menor. Por sua peregrinação anunciando o evangelho, é padroeiro da Romênia e da Rússia. Santo André é reconhecido como o fundador da Igreja em Constantinopla, sede do patriarcado. Como Pedro é o apóstolo de referência na Igreja Cristã Latina (a Igreja com sede em Roma), assim André é o apóstolo de referência da Igreja do Oriente (a Igreja Cristã Ortodoxa). Santo André foi martirizado, em Patros, na Acaia. Morreu crucificado numa cruz em forma de “X”. No tempo das cruzadas, no século XIII, os cruzados subtraíram relíquias do corpo de Santo André e de sua cruz e levaram para Roma. O Papa Paulo VI, em 1961, num gesto de reaproximação com a Igreja do Oriente, mandou tudo de volta. No dia de hoje, festa de Santo André, uma delegação da Igreja de Roma participa da festa do patriarcado de Constantinopla. O mesmo faz a Igreja de lá na festa de São Pedro, manda uma delegação participar da festa deste apóstolo, em Roma.

O EVANGELHO DE DEUS




24 de janeiro de 2021

EVANGELHO


Mc 1,14-20

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus. 19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus.


MEDITAÇÃO


“Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Este é o terceiro domingo comum. Hoje, celebramos o Domingo da Palavra de Deus. É verdade, todo domingo é da Palavra de Deus. Mas, hoje, de maneira especial, somos chamados a acolher e celebrar o encontro com o Senhor nas Escrituras Sagradas. É com esse olhar que vamos ouvir e meditar as leituras bíblicas de hoje. 

O evangelho nos fala do início da atividade missionária de Jesus. Ele, após a prisão de João, começou a pregar o Evangelho de Deus. E o “Evangelho de Deus”, a boa notícia da qual ele se fez portador, está descrito em duas palavras: O Tempo se cumpriu – O Reino chegou. E a acolhida dessa boa notícia, desse evangelho, está também descrita em duas palavras: Convertam-se – Creiam no Evangelho. Com Jesus, chega o Reino de Deus, cumprem-se as promessas. A esse evangelho, essa notícia maravilhosa, respondemos com a fé e a conversão. 

O evangelho de Deus, como o evangelista falou, é a sua própria comunicação. Deus, de muitos modos e muitas vezes, falou aos pais pelos profetas. Agora, nos fala por meio do seu filho. É assim que começa a carta aos Hebreus. O que Deus quer nos dizer, ele o está dizendo pela boca de Jesus. Na verdade, pela boca e pelas mãos dele, por suas palavras e suas obras. E, como pensou São João, a boa notícia, afinal, é ele mesmo. Jesus é a comunicação completa e amorosa de Deus. Ele é o próprio evangelho. 

Na história do povo antigo, contava-se sobre o profeta Jonas. Ele foi levar uma mensagem de Deus ao povo de Nínive. E, como a cidade era muito grande, precisou de três dias para atravessá-la. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. E a mensagem comoveu a cidade pagã. Os ninivitas acreditaram em Deus e fizeram muitas obras de conversão. E Deus suspendeu a ameaça de destruição que fora comunicada pelo profeta. 

A mensagem de Deus que Jesus estava entregando não era de destruição, mas de restauração, de salvação. Ele peregrinou na terra dos judeus por três anos, comunicando-lhes este evangelho. É verdade que não encontrou aquela conversão generosa da história de Jonas. Mas, nos quatro primeiros discípulos, vemos o tipo de resposta positiva que se espera da pregação do evangelho.

Nos quatro primeiros convocados pela palavra, vemos a resposta positiva de todos os seguidores de Jesus. Quatro é um número de totalidade, como os pontos cardeais. Estamos todos representados nos quatro primeiros seguidores: Simão e André, Tiago e João. A pregação é um convite à conversão e à vida nova. Respondendo ao convite de Jesus, eles deixaram de ser pescadores do mar para ser pescadores de gente, com Jesus. Eles logo deixaram as redes, o pai, os empregados. Isto quer dizer: deram novo significado à sua vida, à sua relação com a família, à sua relação com o trabalho. 

Guardando a mensagem

Neste Domingo da Palavra de Deus, vemos Jesus anunciando o evangelho, a boa notícia que o Reino de Deus chegou. Tudo o que coração humano sempre sonhou, tudo que os profetas anunciaram, agora estava se realizando: a proximidade amorosa do Pai que reconcilia seus filhos e filhas e os restaura e liberta. A boa notícia é Jesus entre nós, suscitando um novo momento na história: a presença do Reino de Deus. Ele não é só portador desta notícia, ele mesmo é a boa notícia. A resposta ao anúncio dessa boa notícia, desse evangelho de Deus, é a fé e a conversão. Crer e mudar de vida é dar um novo rumo à própria vida, seguindo Jesus. No seguimento do Mestre, damos um novo significado à nossa vida, à nossa relação com a família, o trabalho e o mundo. E nos tornamos, com ele e como ele, anunciadores deste evangelho de Deus. 

Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus (Mc 1, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Estamos todos reunidos ao redor da Mesa de tua Palavra, ouvindo teu evangelho, acolhendo o teu convite para dar novo sentido à nossa vida, como teus seguidores. O casamento, as alegrias, as preocupações, os negócios, tudo precisa ser iluminado e transfigurado pelo evangelho da proximidade amorosa de Deus, como nos explicou São Paulo na primeira carta aos Coríntios. Com este Domingo do Palavra de Deus, queremos aumentar em nosso coração o amor ao livro santo e reafirmar nosso compromisso diário com o conhecimento e a vivência de tua palavra. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a ouvir sempre com muita atenção tua palavra proclamada na Santa Missa e venerar tua presença nas Escrituras, com o mesmo amor com que honramos tua presença eucarística na comunhão, como nos ensinou o Concílio Vaticano II. Abençoa, Senhor, todos os que, em tua Igreja, estão encarregados da proclamação, do ensino e da pregação de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

A primeira coisa: ouvir e ler com atenção a Meditação de hoje. Ler ajuda a compreender melhor o que está sendo dito. Para ler a Meditação, basta tocar no link que lhe enviei. Vou deixar também um texto com outras explicações sobre o evangelho de hoje. Podem lhe ser úteis. A segunda coisa: compartilhar a Meditação. Quem compartilha, evangeliza. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



CHEGOU O REINO DE DEUS 


O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no Evangelho! (Mc 1, 15)

Houve um momento em que Jesus começou a sua pregação. Ele tinha uma notícia pra dar. E quando chegou a hora, ele soltou o verbo. Avisou a todo mundo: O REINO DE DEUS CHEGOU. O marco divisor, o fato que empurrou Jesus, por assim dizer, para encarar de vez a sua missão foi a prisão do profeta João, pelo violento tetrarca Herodes. Esse poderia ser o fim do movimento do Batista, o colapso daquela ebulição religiosa que preparava o povo para a chegada do Messias. Quando o horizonte parecia se fechar, Jesus voltou para a Galileia e começou o seu ministério público.

Na sua pregação, Jesus começou dizendo quatro coisas: “O tempo já se completou, o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no evangelho”. Este é um resumo de tudo o que ele anunciaria com palavras e obras, nos três anos seguintes. Finalmente, as promessas estavam se cumprindo: chegara a hora do reinado de Deus. Por sua presença de enviado e Messias, o novo tempo estava começando. Chegara o tempo da reconciliação, do perdão, da graça.

Diante dessa boa notícia, a liturgia da Palavra deste terceiro domingo do tempo comum, nos recomenda três atitudes: CONVERSÃO, DESINSTALAÇÃO e NOVA DIREÇÃO.

CONVERSÃO. O anúncio do Reino é um convite à mudança de vida. Pede-nos conversão. O livro do profeta Jonas dá o tom. Jonas percorre a cidade de Nínive por três dias, comunicando uma notícia não muito promissora. Deus iria destruir a cidade. A resposta do povo de Nínive foi generosa e radical: jejum, penitência, obras de conversão. Vendo que se afastavam do mau caminho, Deus desistiu da punição. Jesus percorreu o país por três anos, sem ameaças, comunicando a todos o novo tempo de Deus que precisava ser acolhido pela CONVERSÃO.

DESINSTALAÇÃO. O anúncio do Reino é um convite para o seguimento de Jesus. Pede-nos desinstalação. O evangelho de Marcos narra, simbolicamente, os quatro primeiros chamados e as suas respostas. Quatro é um número de totalidade, é a resposta que se espera de todos. Simão e André deixaram imediatamente as redes e seguiram a Jesus. Tiago e João deixaram o pai, na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus. O convite de Jesus para o seu seguimento pede pressa (O tempo se completou). Há uma urgência. Não se pode deixar pra depois. Acolher o convite de Jesus exige desapego, DESINSTALAÇÃO. 

NOVA DIREÇÃO. O anúncio do Reino nos comunica um sentido novo para a nossa vida. Dá-nos uma nova direção naquilo que somos e fazemos. Paulo escreveu aos coríntios, lembrando-lhes que o tempo é breve. O casamento, o trabalho, o lazer, as tarefas do dia-a-dia devem agora estar iluminados pelo Reino de Deus. É nele que encontram sentido e plenitude. Vivemos para Deus. Acolher o evangelho é dar um novo sentido aos nossos compromissos, à nossa vida nesse mundo. É viver agora numa nova direção.

Guardando a mensagem

Jesus, ao começar a pregação do evangelho, comunicou ao povo: “O templo se completou, o Reino de Deus se aproxima. Convertam-se e creiam no evangelho”. Esse é um resumo de todo o evangelho. O anúncio é o do novo tempo que começou com sua presença de enviado e Messias: tempo de manifestação do amor de Deus na reconciliação, no perdão, na vida da graça. O reino de Deus estava próximo das pessoas. Esse anúncio nos pede conversão e fé no evangelho. Como você vai responder a esse anúncio de Jesus, isto é ao seu evangelho? Sua resposta pode ser pensada em três momentos: conversão (mudança de vida), desinstalação (renúncia, disponibilidade), nova direção (dar aos compromissos do dia-a-dia uma nova direção, um novo sentido).

O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no Evangelho! (Mc 1, 15)

Rezando a palavra

Rezemos com as palavras do salmo 24, o salmo de hoje

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação.

— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Leia o evangelho de hoje, na sua Bíblia (Mc 1, 14-20).

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ANDRÉ E O MAR

Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4,20)
30 de novembro de 2018.

Sendo hoje o Dia do Apóstolo Santo André, a Igreja nos abre o evangelho de Mateus para revisitarmos o seu primeiro encontro com Jesus. Ele e seu irmão Simão estavam pescando, quando foram surpreendidos pelo chamado do Mestre. Eles, que eram pescadores de peixe aprenderiam com Jesus a ser pescadores de gente. Um pouco mais adiante, Jesus chamou outros dois irmãos: Tiago e João. Estavam na barca, com o pai, consertando as redes.  
É muito interessante que Jesus tenha escolhido seus primeiros discípulos, que depois se tornaram apóstolos, entre os que estavam trabalhando no mar da Galileia. O mar é uma representação judaica do mundo. E a pesca, uma forma de representar a atividade missionária. O primeiro pescador é Jesus que, no mar, pesca discípulos, por assim dizer. Jesus é assim o primeiro pescador. Chama/pesca seus primeiros discípulos no mar.
Esses quatro primeiros discípulos – André, Simão, Tiago e João - são como que representantes de todos nós discípulos e discípulas, igualmente chamados por Jesus. O Senhor nos encontra no mar do mundo e nos chama para o seu seguimento. Seguir Jesus altera o nosso modo de ser e de viver. Ele nos tira do mar, nos separa do mundo. Ainda ontem, o Papa Francisco, em sua homilia, na Capela da Casa Santa Marta, disse: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da vida”. Ele se referia exatamente a essa condição de termos sido chamados do mundo para viver na dinâmica do Reino de Deus. Mesmo sem sair do mundo, não lhe pertencemos mais. Não podemos continuar pensando e agindo mundanamente, pagãmente.
Nesta mesma cena do evangelho, está o modelo de resposta para todos os que forem chamados a ser discípulos de Jesus: deixar tudo e segui-lo. As duas duplas – André e Pedro; Tiago e João - responderam com a mesma generosidade: imediatamente deixaram tudo para seguir Jesus. Eles deixaram as redes, o barco e até o pai. Essa resposta pronta, generosa é um modelo para todos os convocados, para nós. É assim que temos que responder ao chamado de Cristo.
‘Sigam-me, eu farei de vocês pescadores de gente’, disse-lhes Jesus. Eles até poderão fazer a mesma coisa que faziam antes. Mas, de uma nova forma, com um novo objetivo. Lembrando que o mar representa o mundo, os discípulos ao se tornaram apóstolos, missionários, aprenderão a ser pescadores de gente no mar do mundo. O cristão é o discípulo, tirado do mundo para ser seguidor de Jesus. E, claro, voltará ao mundo, mas, agora, como pescador do Reino, como missionário.
Guardando a mensagem
Nesta cena do evangelho de hoje, está um modelo do chamado de todo discípulo. O Senhor nos chama do meio do mundo, da normalidade da vida. Não deixamos o mundo, mas o chamado nos faz viver e agir no mundo de outra forma, como sal e luz de Deus. Neste texto, também encontramos um modelo de resposta a este chamado: ‘deixaram tudo e o seguiram’. É assim que temos que responder ao convite de Jesus. Surpreendentemente, ele que nos separou do mundo, nos devolve ao mundo, como missionários, como apóstolos. De pescadores de peixe, nos tornamos pescadores do Reino.
Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram (Mt 4, 20)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
neste dia da festa do apóstolo André, o primeiro a ser chamado no mar da Galileia, nós te agradecemos, divino pescador, por nos teres chamado ao teu seguimento. És tu que tomas a iniciativa, que dás o primeiro passo, que vens nos chamar. Tu nos disseste um dia: ‘não foram vocês que me escolheram. Fui eu que escolhi vocês’. Ajuda-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, a corresponder a esse divino chamamento. Nós te rendemos graças também porque nos envias permanentemente como teus missionários ao mundo. Continuamos a trabalhar, a constituir família, a viver como cidadãos, mas com uma nova qualidade, com a perspectiva do Reino do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Aparecendo hoje uma boa ocasião, aconselhe alguém a responder com generosidade ao chamado que o Senhor lhe faz para segui-lo.

Pe. João Carlos Ribeiro – 30.11.2018

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