PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

ELE NOS ESCOLHEU PRIMEIRO



07 de maio de 2021

EVANGELHO


Jo 15,12-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.
14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

MEDITAÇÃO


Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Que grande graça, nós sermos cristãos. Nós aceitamos seguir Jesus, nós o escolhemos como referência fundamental de nossa vida. É por isso que nos chamam de cristãos. Somos seus seguidores. Nós fizemos uma opção por ele, como nosso modelo e salvador. Mas, olha o que ele hoje está nos dizendo: “Não foram vocês que me escolheram, fui eu que escolhi vocês”. Ele nos amou e nos escolheu, por primeiro. O amor dele foi antes do nosso. Como disse o apóstolo: “Quando ainda éramos pecadores, ele nos amou e se entregou por nós”.

O amor de Deus nos precede. Ele deu o primeiro passo, quando ainda estávamos no pecado. A gente sempre pensa com uma lógica diferente. Um dia, meditando a história do filho pródigo (Lucas 15), me dei conta que o filho errado voltou pra casa, em primeiro lugar porque havia um pai misericordioso esperando-o. Esse amor, que ele já tinha experimentado quando estava em casa, vinha antes de sua própria conversão. Movido por esse amor, encorajado por ele, é que este filho pródigo se levantou arrependido e começou o seu caminho de retorno à casa do Pai. Não foi só a conversão que o levou de volta para casa. Em primeiro lugar, foi o amor do Pai que o atraiu e criou as condições para a sua volta. Meditando assim, compus aquela música ‘Meu Bom Deus’. “Meu bom Deus, o teu amor me trouxe aqui”. O amor de Deus é antes do nosso.

A Igreja, no Concílio de Trento, concluído em 1563, explicou que o início da justificação brota da graça preveniente de Deus, por Jesus Cristo, pela qual somos chamados, sem qualquer merecimento de nossa parte. Em resposta, podemos consentir livremente nesta graça e cooperar com ela (Cf Trento 797).

O mesmo mandamento do amor fraterno está baseado nesta experiência de termos sido amados por primeiro. “Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”. Aliás, esse amor vem bem antes no amor do Pai por Jesus: “Como o Pai me amou, eu amei vocês”.

Guardando a mensagem

No antigo catecismo de perguntas e respostas, nós decorávamos uma resposta muito especial. Éramos perguntados: “Você é cristão?”. Respondíamos em coro: “Sim, sou cristão pela graça de Deus”. É disso que nos fala o evangelho de hoje. A salvação é uma iniciativa de Deus que nos amou primeiro, vindo ao nosso encontro, nos oferecendo a graça da redenção em Cristo. Ele nos amou primeiro. Em resposta, acolhemos a graça do Senhor e procuramos, cheios de gratidão, viver como discípulos de Jesus, apoiados pela graça do seu Espírito em nós.

Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês (Jo 15, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Nós te bendizemos por nos teres escolhido como teus discípulos e discípulas. O Pai nos amou e te enviou para nossa salvação. Tu nos escolheste e nos designaste para darmos fruto. O fruto primeiro é nos tornarmos teus discípulos. Obrigado, Senhor. Dá-nos a graça de sermos perseverantes e fiéis no teu caminho. Senhor, neste momento de sofrimento que estamos enfrentando, dá que o teu povo realize a sua missão de ser luz do mundo. Que nós teus discípulos e discípulas, mostremo-nos responsáveis na proteção da vida, generosos na solidariedade e confiantes na misericórdia divina que não há de nos faltar. Nós te pedimos, Senhor, que cesse essa pandemia e que venha um tempo de paz e saúde para toda a humanidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Neste mês de maio, com toda a Igreja, estamos no grande Mutirão de Oração, pedindo a intercessão de Nossa Senhora pelo fim da pandemia, com a oração do Santo Rosário. A cada dia, um Santuário Mariano no mundo está escalado para liderar a oração do Terço Mariano. Nesta sexta-feira, quem lidera a oração mariana é o Santuário das Filipinas (Nossa Senhora da Paz e da Boa Viagem), rezando por nossas famílias tão duramente atingidas neste tempo de provação.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A MARCA DO AMOR


06 de maio de 2021
Dia de São Domingos Sávio

EVANGELHO


Jo 15,9-11

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.

MEDITAÇÃO


Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Podemos nos perguntar: Jesus falou do amor do Pai por ele. Como podemos ver esse amor do Pai por Jesus?  E a resposta  não é difícil: Na criação, o Pai já tinha demonstrado o seu amor pelo filho. Fez tudo pensando nele, nos criou à sua imagem e semelhança. No batismo de Jesus, vemos outra manifestação maravilhosa do amor do Pai. Ele declarou bem alto: “Este é o meu filho amado”. E derramou sobre ele o seu Espírito. Foi quando veio sobre Jesus o Espírito Santo, em forma de pomba.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês”. E como foi que Jesus nos amou? Mais fácil ainda de responder. Jesus se aproximou de nós, pela sua encarnação. Veio viver conosco, assumindo nossa condição humana. Mais? Ele nos anunciou o Reino de Deus, ele nos revelou o Pai e o seu projeto de salvação. E deu a prova maior de amor: deu a sua vida por nós. Foi assim que ele nos amou. E tem mais: ele também nos deu o seu Espírito. No domingo em que ressuscitou, se encontrou com a comunidade dos discípulos e soprou sobre eles, comunicando-lhes o Espírito Santo. E, cinquenta dias após a páscoa, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade.

O Pai amou Jesus. Jesus nos amou. E nos orientou a vivermos no amor. Deixou-nos o seu mandamento: “amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês”. O amor virou a marca da comunidade cristã. Logo as pessoas de fora começaram a reparar como, na comunidade eles se queriam bem, dividiam os seus bens, acudiam às necessidades dos mais pobres, rezavam juntos. “Um só coração e uma só alma”. São João escreveu na sua primeira carta: “Quem ama, nasceu de Deus, conhece Deus, porque Deus é amor". Na comunidade, procura-se viver o amor como o de Jesus: proximidade, acolhimento, inclusão, partilha, diálogo na verdade, perdão, comunhão.

Esse amor vivido na comunidade - expressão do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo – transborda do círculo comunitário para ser fermento no meio da sociedade. Os cristãos e suas comunidades vão fermentando o mundo com esse amor. Acompanham os doentes, visitam os presos, defendem os injustiçados. Com o amor de Jesus, estendem a mão aos moradores de rua, aos órfãos, aos dependentes químicos. No amor por Jesus e pelos irmãos, educam para a cidadania, fortalecem a luta pela paz e pela justiça, defendem a vida ameaçada. É o amor que se torna fermento no meio da sociedade.

Guardando a mensagem

A comunidade cristã, onde se incluem também as famílias dos cristãos, é o grande espaço do amor fraterno. Conhecemos aí o amor de Deus por nós. Nosso amor aos irmãos, como Jesus nos amou, é a nossa resposta ao amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Na comunidade, somos chamados a viver o amor como acolhimento, amizade, ajuda mútua, correção fraterna, perdão. Esse amor forma cada cristão e toda a comunidade para serem, na sociedade, uma força de transformação. O amor se torna um fermento de paz, de justiça e de solidariedade.

Como meu Pai me amou, assim também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor (Jo 15, 9)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Não somente nos mandaste amar, mas nos amar, como tu nos amaste. E tu nos amaste, sobretudo, sacrificando-se por nós. Amar é ficar feliz com a alegria do outro, vencendo o egoísmo. Amar é tomar como seu o sofrimento do outro, vencendo a indiferença. Amar é assumir o seu posto de cidadão pra melhorar o mundo, vencendo a alienação. Ajuda-nos, Senhor, a por em prática tua palavra, a viver no amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Neste mês de maio, com toda a Igreja, estamos no grande Mutirão de Oração, pedindo a intercessão de Nossa Senhora pelo fim da pandemia, com a oração do Santo Rosário. A cada dia, um Santuário Mariano no mundo está escalado para liderar a oração do Terço Mariano. Nesta quinta-feira, quem lidera a oração mariana é o nosso Santuário Nacional de Aparecida, rezando com toda a Igreja pelos jovens, eles também vítimas da Covid pelos prejuízos educacionais e sociais, entre outros, que marcarão sua geração.

Hoje é dia de um adolescente santo, São Domingos Sávio, jovenzinho que se envolveu, ao lado de Dom Bosco, no cuidado das vítimas da cólera-morbo, na cidade de Turim, em 1854. Nesta epidemia gravíssima, Dom Bosco e os seus jovens se colocaram sob a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora, procurando viver na graça de Deus e socorrer às vítimas daquela peste. Passada a epidemia, o saldo foi edificante: nenhum dos jovens do Oratório contraiu o mal.

Na Missa desta quinta-feira, transmitida pelas redes sociais, às 11 horas, vamos estar rezando pelos jovens, em sintonia com toda a Igreja. Vou deixar-lhe o link da transmissão, para o caso de você querer rezar conosco.

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

PERMANECER EM CRISTO




05 de maio de 2021

EVANGELHO


Jo 15,1-8

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

MEDITAÇÃO


Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês (Jo 15, 4)

Qual é a grande palavra de hoje? PERMANECER. ‘Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês’. Jesus está à mesa com os discípulos. No clima de intimidade da ceia, ele descreve a comunhão existente entre ele e os discípulos como a relação entre a videira e os ramos. A videira era já uma representação do povo de Deus, no Antigo Testamento. Ele lhes diz: “Eu sou a videira verdadeira, vocês são os ramos. Meu Pai é o agricultor”.

Jesus está unido ao Pai, permanece no Pai. E o Pai nele. Assim, os discípulos: permaneçam em Jesus, pois Jesus permanece neles. Como ramos, estejam inseridos na videira, profundamente, para dar frutos. O Pai poda os ramos para que dêem mais frutos e corta os que não dão fruto. Como bom agricultor, o Pai cuida da videira e é glorificado pelos frutos que colhe.

Mas, o que é ‘permanecer’? A imagem da videira nos ajuda a entender bem o que seja ‘permanecer’. Permanecer é estar inseridos em Cristo, em comunhão com ele, alimentando-nos dele e produzindo frutos.

Em primeiro lugar, PERMANECER EM CRISTO é estar em comunhão com ele, reconciliados e perseverantes na oração e na prática de sua palavra. “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto”. Estamos unidos a Cristo pela fé e pelo batismo. No batismo, fomos inseridos nele, enxertados como ramos na videira. O batismo foi o banho purificador, que nos lavou do pecado, inserindo-nos no mistério de sua morte e ressurreição. Jesus falou que o Pai limpa o ramo e que nós já estávamos limpos pela palavra que recebemos. É bom lembrar que eles estavam ali na ceia, e que a ceia começou com o lava-pés. Por sua morte e ressurreição, Jesus nos limpa, nos purifica, nos reconcilia. Permanecendo em Cristo, o que pedimos ao Pai, ele nos concede. Permanecendo nele, suas palavras permanecem em nós. Temos já uma primeira resposta: PERMANECER em Cristo é estar em comunhão com ele, reconciliados e perseverantes na oração e na prática de sua palavra.

Em segundo lugar, PERMANECER EM CRISTO é estar em comunhão com a sua Igreja, com a comunidade dos discípulos. Lemos no livro dos Atos dos Apóstolos (At 9), Saulo tinha chegado em Jerusalém, mas ninguém queria saber dele, a fama dele era de perseguidor. Barnabé o apresentou aos apóstolos e contou-lhes a sua conversão. Os apóstolos o acolheram. Ele integrou-se na comunidade e começou a pregar ao povo. Olha que grande lição. Quem está unido a Cristo, como Saulo já estava, precisa viver unido à comunidade dos discípulos, à Igreja, ser conhecido, participar, contribuir com a missão. Essa segunda resposta é muito valiosa: PERMANECER em Cristo é estar em comunhão com a sua Igreja, com a comunidade dos discípulos.

Em terceiro lugar, PERMANECER EM CRISTO é guardar os seus mandamentos. Lemos na primeira carta do apóstolo João: “Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus com ele” (1 Jo 3). E o apóstolo resume o mandamento de Deus: crer no nome do seu Filho e nos amarmos como irmãos. Jesus, de muitos modos, nos falou disso: o discípulo de verdade é o que faz a vontade de Deus, como ele. E ali na ceia, ele nos deu o mandamento do amor fraterno: “amem-se uns aos outros, como eu amei vocês”. Terceira resposta: PERMANECER em Cristo é guardar os seus mandamentos.

Guardando a mensagem

Como os ramos estão unidos à videira, assim nós estamos unidos a Cristo. Para dar frutos, isto é, para realizarmos nossa vocação de ramos precisamos permanecer nele. Permanecer é estar em comunhão com ele, participando de sua Igreja e praticando os seus mandamentos. Só assim podemos dar frutos. O grande fruto é nos tornarmos seus discípulos: andar nos seus caminhos, ter os seus mesmos sonhos, amar com o seu coração compassivo, servir aos sofredores como ele o fez, ter o seu mesmo compromisso com o Reino.

Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês (Jo 15, 4)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Pela fé e pelo batismo, estamos unidos a ti. Como ramos, fomos enxertados na videira verdadeira. Não é fácil, Senhor, manter essa comunhão contigo, permanecer na graça. São tantas as provações, as tentações que teimam em nos afastar de ti e da comunhão com a tua Igreja, o teu corpo místico. Ajuda-nos, Senhor, com a força do teu Espírito, a nos mantermos perseverantes e fiéis, alimentados pelo pão da Palavra e da Eucaristia, produzindo muitos frutos para a glória do Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

No grande mutirão de oração pelo fim da pandemia, toda a Igreja está rezando o Terço Mariano todos os dias deste mês, sob a liderança de 30 Santuários Marianos. Hoje, é o Santuário da Coreia do Sul que está conduzindo a oração, um santuário dedicado à Bem-Aventurada Virgem do Rosário. Amanhã, é a vez do Santuário Nacional de Aparecida, em nosso país. Una-se a este mutirão, rezando você também o Terço Mariano todos os dias deste mês.

E eu tenho um convite especial pra você: participe conosco do Show do dia 05 de junho, um evento online, exclusivo, pelo youtube. Veja o convite que estou lhe enviando, logo a seguir.

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

TEMPO DE PAZ



04 de maio de 2021

EVANGELHO


Jo 14,27-31a

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.

MEDITAÇÃO


Deixo-lhes a paz, a minha paz lhes dou. Mas não a dou como o mundo (Jo 14, 27)

Jesus nos dá a sua paz. O mundo também oferece a paz. Mas, Jesus nos dá a paz de maneira diferente, não como o mundo o faz. Que paz Jesus nos traz? Que paz o mundo nos dá?

As pessoas do antigo povo de Deus se saudavam ou se despediam com um Shalom. Shalom! É o desejo de saúde, harmonia, paz interior, calma, tranquilidade, bênção de Deus. Foi certamente essa saudação que fez Maria ao chegar à casa de Izabel. Essa saudação – Shalom – encheu o coração de Izabel de alegria e sua criança vibrou de satisfação no seu seio. Um shalom que manifesta a presença e o amor de Deus!

No tempo de Jesus, os romanos tinham dominado meio mundo e governavam os povos vencidos com uma dura legislação e com suas legiões de soldados. Também o Mar Mediterrâneo estava sob o controle dos romanos. Assim, se podia viajar por todo o mundo conhecido, sem fronteiras. Em todo o Império, reinava a paz, a pax romana. A pax romana era o resultado da total submissão dos povos e a cruel repressão a qualquer manifestação contra a ordem estabelecida. A paz do mundo é então a paz dos vencidos, dos dominados pelo mais forte. Como os romanos alcançaram a paz? Pelas guerras, pela invasão, pela repressão.

A paz de Jesus é de outra natureza. A sua obra foi a reconciliação. Estamos em paz com Deus e em paz entre nós. Ele fez as pazes entre nós e Deus, nos alcançando o perdão divino. Ele estabeleceu a paz entre o céu e a terra. No seu nascimento, cantaram os anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados”. E como Jesus nos deu a paz? Dando a sua vida por nós, morrendo em nosso lugar, oferecendo-se a si mesmo em sacrifício de expiação por nossos pecados.

Quando Jesus realizou a sua obra, apresentou-se à comunidade dos discípulos com a saudação “A paz esteja com vocês”, um shalom especial. Realmente, ele nos deu a paz, nos reconciliando com o Pai, em sua cruz.

Na Missa, antes da comunhão, somos convidados a nos comunicar mutuamente a paz. E dizemos: “A paz de Cristo!”. É uma forma de realçar que estamos em comunhão uns com os outros, estamos na paz que Cristo nos alcançou. E é assim, reconciliados com o Pai e entre nós, que nos aproximamos da mesa santa da comunhão.

Guardando a mensagem

A pax romana foi alcançada com guerras e o esmagamento do inimigo. A paz de Jesus foi alcançada com a doação de sua vida em favor dos pecadores. Por sua cruz, fomos reconciliados com Deus. Agora, estamos em paz com Deus e com os irmãos. Na Missa, nos preparamos para a comunhão eucarística com Cristo, nossa paz, nos comunicando mutuamente a sua paz: é o nosso compromisso de viver reconciliados e de cultivar a paz em nossos relacionamentos.

Deixo-lhes a paz, a minha paz lhes dou. Mas não a dou como o mundo (Jo 14, 27)

Rezando a palavra

Rezemos com as palavras da oração pela paz da Santa Missa:

Senhor Jesus Cristo,
dissestes aos vossos apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”, Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que, sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.

Vivendo a palavra

Acolher a paz de Jesus é vencer a agressividade presente em nossa cultura. A paz é o dom pelo qual nos reconhecemos reconciliados com Deus e com os irmãos. Hoje, cultive atitudes cordiais, mesmo que você não receba o mesmo tratamento. Diga: bom dia, boa tarde, boa noite, com licença, por favor, me desculpe. Difunda a paz de Jesus ao seu redor.

Se você tiver um tempinho, às 21:30h, a gente se encontra nas redes sociais para comentar essa palavra de hoje, na live da ORAÇÃO DA NOITE. É só procurar Padre João Carlos no youtube ou no facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

PRECIOSO ENSINAMENTO SOBRE A ORAÇÃO


03 de maio de 202,
Festa de São Felipe e São Tiago


EVANGELHO


Jo 14,6-14

Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: 6“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.
8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”.

MEDITAÇÃO

Se vocês pedirem algo em meu nome, eu o realizarei (Jo 14, 14)

Como estamos, hoje, celebrando os apóstolos Felipe e Tiago, retomamos o evangelho de João no capítulo 14. Felipe, antes de seguir Jesus, tinha sido discípulo de João Batista. Foi um dos primeiros seguidores do Mestre. Seguiu a indicação do profeta de que Jesus era o Messias. Tiago, filho de Alfeu, é chamado de “irmão do Senhor”, provavelmente um primo de Jesus. Foi uma grande liderança da Igreja em Jerusalém.

Na parábola da videira, Jesus fala da nossa comunhão com ele. Mas, ele sempre insiste na união que há entre ele e o Pai. Ao apóstolo Felipe, que estamos festejando hoje, ele disse: “Felipe, quem me viu, viu o Pai”. Na ceia, Jesus ficou insistindo que as suas palavras não as diz por si mesmo, mas são palavras que ouviu do Pai; e que o que pedirmos em seu nome, o Pai concederá. E disse: “acreditem-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim”.

Quando falou da videira, disse o seguinte: “se permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem e lhes será dado”. Como assim? Permanecer em Cristo é a condição para dar muito fruto. Que fruto será esse? Com certeza, tornar-se discípulo do Senhor. Esse é o maior fruto. Vejam o que ele disse: “Nisto meu Pai será glorificado: que vocês dêem muito fruto e se tornem meus discípulos”. Dar muito fruto é igual a tornar-se discípulo. De fato, essa é a dinâmica do ramo na videira. Quanto mais o ramo enxertado adere ao tronco, identifica-se com a videira, é um com ela, melhor fruto dará. Quanto mais o cristão une-se a Cristo, seu Senhor, identifica-se com ele, é um com ele, melhor discípulo se torna, mais fica parecido com o Mestre em suas atitudes e em suas opções. Nesta condição, tudo o que ele pede, o Pai concede, pois o Pai ama o Filho. E nós somos filhos no Filho, em Jesus. Em Cristo, o Pai nos ama e nos reconhece como filhos. E tudo nos concede, se pedirmos em seu nome.

Toda a oração da Igreja é feita ao Pai, por meio de Cristo. Assim, terminam as nossas orações: 'Por Cristo, nosso Senhor', ou 'Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo'. Tudo é por meio de Cristo. Ele mesmo disse: “Sem mim, vocês nada podem fazer”. Podemos dizer de outra forma: “Com ele, nós tudo podemos”.

Guardando a mensagem

O pedido do apóstolo Felipe foi verdadeiro: “Senhor, mostra-nos o Pai”. Conhecer a Deus é tudo o que queremos e precisamos. Mas Jesus lhe fez ver que nele, encontramos o Pai. É Jesus quem nos revela o Pai. E é por ele que chegamos ao Pai. Quanto mais estamos unidos e identificados com Cristo, mais fruto podemos dar, isto é, tornarmo-nos seus discípulos. E é na condição de discípulos, ramos identificados com a videira, que tudo o que pedimos ao Pai em nome de Cristo, ele nos atende.

Se vocês pedirem algo em meu nome, eu o realizarei (Jo 14, 14)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Vamos guardar, hoje, alguns belos ensinamentos do teu apóstolo Tiago, que hoje estamos celebrando. Em sua carta, no Novo Testamentom ele escreveu: "Bem-aventurado o homem que suporta com paciência a provação. Alguém, no meio de vocês, está sofrendo um contratempo? Recorra à oração. A oração fervorosa do justo tem grande poder."  (Tg 5).   Obrigado, Senhor, pelos ensinamentos dos pastores que pusestes à frente do teu rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Neste mês de maio, a Igreja em todo o mundo está pedindo a intercessão de Nossa Senhora pelo fim da pandemia, através da oração do Santo Rosário. Trinta santuários marianos foram escalados para liderar a oração do Terço Mariano, neste mês. Nesta segunda-feira, a liderança cabe ao Santuário de Czestochowa, na Polônia, rezando "pelos infectados e pelos doentes". 

Todos os dias, às 18 horas, rezamos o Terço Mariano, pela Rádio Tempo de Paz. Para participar conosco, baixe o aplicativo da rádio no seu celular. 

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

SEM MIM, VOCÊS NADA PODEM FAZER!



02 de maio de 2021

EVANGELHO


Jo 15,1-8

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais frutos ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.
4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados.
7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

MEDITAÇÃO


Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)

Como Israel era um povo agrícola, a Bíblia está cheia de comparações com plantas frutíferas: oliveira, videira, vinha, figueira... A vinha é uma imagem tradicional do povo de Deus. Deus plantou seu povo naquela terra abençoada de Canaã, como quem planta uma vinha, um parreiral, uma linda roça de uva.

Jesus falou de uma forma alegórica, dizendo que ele é a videira, o Pai é o agricultor e nós somos os ramos. A cultura agrícola do seu povo permitia um imediato entendimento dessa comparação. Uma imagem muita rica, cheia de detalhes a nos falar de nossa unidade com Cristo e de nosso crescimento na vida cristã. No batismo, fomos enxertados em Cristo, como ramos enxertados na videira. Somos filhos adotivos. Nossa identidade está ligada a Jesus Salvador. Sem essa vinculação permanente com a videira, não prosperamos do ponto de vista espiritual. Não damos frutos. Separados da videira, o ramo seca. É de se pensar que muitos se batizam, mas não continuam unidos a Cristo, alimentando-se de sua Palavra e da Eucaristia, integrado à sua comunidade eclesial.

“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Sem essa união com Cristo, videira verdadeira, não há como darmos fruto. O ramo não prospera separado da videira ou só aparentemente unido. Digo ‘aparentemente’, porque, em muitos casos, a pessoa não se mantém realmente vinculada a Cristo, não permanece unida a ele. O alerta de Jesus é sobre ‘permanecer’. Permanecer é perseverar na comunhão com ele, na comunhão com a comunidade dos discípulos e na prática dos seus mandamentos. Podemos desconfiar dessa vinculação com o Senhor quando a pessoa não tem uma vida de oração, não se alimenta da Palavra de Deus, não frequenta a celebração eucarística.

“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Fomos inseridos em Cristo pela fé e pelo batismo. Mas, isto não basta. A imagem da videira nos ajuda a perceber isso. Os frutos não surgem de repente, levam um tempo. Eles vêm, num certo momento do processo, num ramo que está profundamente unido ao tronco, alimentando-se permanentemente da seiva que vem dele e da fotossíntese que realiza na presença da luz solar. É preciso permanecer, crescer nele, para poder dar frutos.

“Nisto meu Pai é glorificado: que vocês deem muito fruto e se tornem meus discípulos”. Segundo essa palavra, dar fruto é o mesmo que tornar-se seus discípulos. De fato, que fruto maior se pode esperar de um filho de Deus, de uma filha de Deus senão tornar-se parecido com Jesus?! Tornar-se discípulo é chegar a pensar como Jesus, amar como ele e agir como ele; com o seu coração, com a sua entrega, com a sua fidelidade.

Guardando a mensagem

Jesus, em suas comparações, valia-se de imagens do ambiente conhecido pelo seu povo. A comparação com a videira já vinha do Antigo Testamento. Jesus falou de nossa comunhão com ele como a do ramo enxertado na videira. Se não permanecermos nele, não damos fruto. Para a aderência no tronco da videira, o ramo precisa ser limpo. Jesus nos limpou, nos purificou com sua morte redentora. A grande obra de nossa vida é nos tornarmos discípulos e discípulas do Senhor. E, assim, realizamos nossa vida, inspirada na sua, iluminada pelo seu exemplo, trilhando o seu caminho. Como discípulos, à imagem de Jesus, tudo o que fizermos agradará e glorificará o nosso Deus e Pai.

Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
A nossa união contigo está figurada na alegoria da videira. Tu és a videira, o tronco. Nós somos os ramos, os galhos. O Pai é o agricultor. Ele cuida da videira, do tronco e dos ramos. Somos um contigo, somos a tua Igreja. Estamos unidos a ti, como ramos enxertados. Quanto mais permanecemos em ti, mais podemos florescer como filhos de Deus, com atitudes e ações de discípulos teus. Concede-nos, Senhor, o teu Santo Espírito que nos une a ti, videira verdadeira. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A oração é uma forma de permanecermos em Cristo. Sem ele, nada podemos fazer. Reforce, hoje, seu compromisso com o seu momento diário de oração. Neste mês mariano, faça todo o esforço para rezar o terço de Nossa Senhora todos os dias.

Maio se apresenta também como uma grande oportunidade para você investir na evangelização de sua família. Veja se consegue que, ao menos uma vez por semana, vocês rezem juntos o terço mariano.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ABRINDO O MÊS DE MAIO



01 de maio de 2021

EVANGELHO


Jo 14,7-14

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.
11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.

MEDITAÇÃO


Senhor, mostra-nos o Pai (Jo 14,8)

Foi o pedido do apóstolo Felipe. Jesus tinha avisado que estava indo para o Pai. Nós todos também queremos ir para o Pai: lá é o nosso endereço definitivo, o lugar da plenitude de nossa vida humana divinizada. E como chegar lá? Tomando o caminho certo. E que caminho é esse? É o próprio Jesus. Ele nos disse “eu sou o caminho, a verdade, a vida. Ninguém vai ao Pai, a não ser por mim”. Foi aí que Felipe fez esse pedido: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.

De fato, Jesus nos revela o Pai, nos diz quem é ele, como ele nos ama, nos espera, nos perdoa, como o Pai do filho pródigo. Conhecer o Pai é antever o nosso futuro nele, é reconhecer que na comunhão com ele se realizam todos os nossos sonhos de felicidade, de imortalidade, de amor e liberdade. Só em Deus, saciamos por inteiro nossa sede de felicidade e plenitude. Se o encontramos, encontramos a fonte da vida, dele nós viemos. Encontrando-o, caminhamos com mais firmeza ao seu encontro. E o encontro com ele já é aqui e o será pleno e total na eternidade.

Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. Na compaixão de Jesus pelos sofredores e pelos pecadores, vemos o amor do Pai pelos seus filhos. O Pai nos amou com o coração de Jesus.

Jesus, caminho, verdade e vida, revela o Pai. Jesus está unido a ele, fala com ele diante de nós como um filho carinhoso e amado, ele nos leva ao Pai. Na parábola do filho pródigo, Jesus nos mostrou um pai respeitoso da nossa liberdade, paciente à espera de nossa volta, cheio de compaixão e amor ao correr para nos encontrar e abraçar ainda no caminho, generoso no perdão, festejando nossa volta e tentando convencer o irmão mais santo a nos acolher, mesmo tendo-lhe dado as costas.

Na oração que Jesus ensinou aos discípulos está uma relação amorosa e filial com Deus. Ele é o nosso Pai, a quem amamos de todo o coração. Ele conhece todas as nossas necessidades, ainda assim nós as apresentamos com toda confiança, já em ação de graças por sua proteção e por sua providência.

Guardando a mensagem

O pedido do apóstolo Felipe foi verdadeiro. Conhecer a Deus é tudo o que queremos. Deus é amor. Fomos criados por amor. Salvos por amor. Somos conduzidos pelo amor. Essa experiência de Deus misericordioso, amoroso muda a nossa vida. Jesus esclareceu a Felipe e nos esclarece hoje. Em suas palavras, em suas ações, em sua compaixão pelos sofredores podemos experimentar o Pai que nos fala, que cuida de nós, que nos ama. “Quem me viu, viu o Pai”.

Senhor, mostra-nos o Pai (Jo 14,8)

Rezando a palavra

Sendo hoje o Dia de São José Operário, rezemos a oração com o que o Papa Francisco encerrou a sua carta apostólica PATRIS CORDE, abrindo o Ano de São José:

Salve, guardião do Redentor
e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho;
em vós, Maria depositou a sua confiança;
convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José,
mostrai-vos pai também para nós
e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,
e defendei-nos de todo o mal. Amem.


E como estamos começando o mês de maio, saudemos a Virgem Santa: 


Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Debaixo de vossa proteção, nos refugiamos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos, sempre, de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. 


Vivendo a palavra

Estamos começando hoje o Mês de Maio, uma oportunidade preciosa para a evangelização de nossas famílias. O primeiro conselho é que, neste mês, tenha, em sua casa, um altarzinho dedicado a Nossa Senhora. E o segundo conselho: faça todo esforço para ser fiel à récita diária do terço mariano. 

Estou lhe deixando a relação dos mistérios para você, ao rezar o terço, sempre contemplar os mistérios. Hoje, por exemplo, sendo sábado, rezamos os mistérios gozosos. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

COMO REZAR O TERÇO




“PELO SINAL da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos”. “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”

Oferecimento do Terço
“Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa Redenção. Concedei-nos pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção. Oferecemos particularmente (colocam-se as intenções).”

Oração do Credo - (Na Cruzinha)
Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na Ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Oração do Pai-Nosso (em todas as bolinhas maiores)
Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Oração da Ave-Maria (em todas as dezenas - bolinhas menores)
Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai (ao final de cada dezena)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Jaculatória (após os Glória ao Pai)
Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.


CONTEMPLANDO OS MISTÉRIOS

Mistérios Gozosos (segunda e sábado)
1. No primeiro mistério contemplamos a Anunciação do anjo e a Encarnação do Verbo.
2. No segundo mistério contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.
3. No terceiro mistério contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
4. No quarto mistério contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora.
5. No quinto mistério contemplamos a perda e o encontro do Menino Jesus.

Mistérios Dolorosos (terça e sexta)
1. No primeiro mistério contemplamos a Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
2. No segundo mistério contemplamos a Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3. No terceiro mistério contemplamos a Coroação de espinhos de Nosso Senhor.
4. No quarto mistério contemplamos Nosso Senhor carregando penosamente a Cruz até o alto do Calvário.
5. No quinto mistério contemplamos a Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mistérios Gloriosos (quarta e domingo)
1. No primeiro mistério contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo.
2. No segundo mistério contemplamos a Ascensão de Jesus aos Céus.
3. No terceiro mistério contemplamos a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos no Cenáculo.
4. No quarto mistério contemplamos a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
5. No quinto mistério contemplamos a gloriosa coroação de Maria Santíssima como Rainha do Céu e da Terra.

Mistérios Luminosos (quinta)
1. No primeiro mistério contemplamos o Batismo de Jesus no rio Jordão.
2. No segundo mistério contemplamos a auto-revelação nas Bodas de Caná por intercessão da Virgem Maria.
3. No terceiro mistério contemplamos o Anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
4. No quarto mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus.
5. No quinto mistério contemplamos a instituição da Eucaristia

Agradecimento (Última oração ao final do terço)
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais. Dignai-vos, agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos agradecer, vos saudamos com uma Salve Rainha:

“SALVE RAINHA, Mãe de misericórdia, vida e doçura, esperança nossa Salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai-nos a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém”

Fonte: https://www.nospassosdemaria.com.br/04-ComoRezarTerco.html

JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA



30 de abril de 2021

EVANGELHO


Jo 14,1-6

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.
5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

MEDITAÇÃO

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14, 6)

Hoje, nos sentamos com os discípulos, para ouvir Jesus falando sobre sua partida e sobre a sua intimidade com o Pai. Morte-ressurreição-ascensão é a sua partida para o Pai. Quatro palavrinhas merecem uma atenção especial de nossa parte, neste início do capítulo 14 de São João: Pai, eu vou, moradas e caminho.

Comecemos pela palavra “Pai”. Jesus revelou que o Deus da Aliança é Pai. Não é só o criador. Ele é eternamente Pai em relação a seu Filho único. E o Filho é eternamente filho em sua relação com o Pai. Jesus revelou o Pai. O Pai se revelou em Jesus. As primeiras comunidades ficaram pensando em tudo isso que Jesus falou e amadureceram uma compreensão que transmitiram às gerações seguintes. No ano 325, no Concílio Ecumênico de Nicéia, a Igreja afirmou com toda clareza: o Filho é consubstancial ao Pai, quer dizer é um só Deus com ele.

Vamos à segunda palavra: “Vou”, eu vou, para onde eu vou. Ele está tendo uma conversa de despedida, com os discípulos. Um pouco antes, tinha dito que para onde estava indo, eles não podiam ir. Quando entenderam que Jesus estava falando de sua morte, claro, ficou aquele clima de tristeza no ar. Então, Jesus insistiu para que não ficassem com o coração perturbado, não tivessem medo. Ele iria para o Pai. A morte é a sua partida para o Pai, a sua páscoa. Como os hebreus partiram do Egito para a liberdade da terra prometida, assim Jesus iria partir, passando pela morte e ressurreição. Está indo para o Pai.

A terceira palavra é “moradas”. Na casa do meu Pai tem muitas moradas. “Casa do Pai” e “Moradas” falam da intimidade com Deus, da união com ele. Esta intimidade com Deus só poderia ser alcançada com a ida de Jesus, com a sua morte, ressurreição e retorno ao Pai. A sua morte nos reconciliou com o Pai. Podemos viver agora em comunhão com ele. Por isso, Jesus tem que ir na frente, para preparar um lugar. Sem ele passar pela morte, não temos comunhão com Deus. Depois, ele virá e nos levará consigo. As primeiras comunidades logo entenderam: um dia, muito em breve, ele vai voltar e, então, será definitiva nossa comunhão com Deus.

E a quarta palavra é “caminho”. Eu sou o caminho, a verdade, a vida. Você sabe que essa forma de falar “Eu sou” é uma fórmula de apresentação de sua condição divina, de sua união com Deus. Ele está se auto-revelando aos discípulos. Ele é o caminho que leva ao Pai. Para chegar à comunhão com Deus, para viver em comunhão com o Pai, é preciso segui-lo e viver os seus ensinamentos. Aliás, é mais do que isso: é imitá-lo. Ele não só nos ensina o caminho para chegar ao Pai, ele é o caminho; o único caminho.

Guardando a mensagem

Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. A sua morte-ressurreição-ascensão é a sua partida para a Casa do Pai. Com essa partida (a gente poderia dizer “com essa páscoa”), Jesus abriu as portas da Casa do Pai. Todos os filhos pródigos agora podem voltar para casa e serem acolhidos pela misericórdia do Pai. O caminho pra chegar lá é um só: Jesus Cristo. É ele que precisamos acolher, amar e imitar. Ele é o caminho. A comunhão com Deus, que começou em nós pelo batismo, será plena quando também nós partirmos para estar ao lado dele, nas moradas do Pai. Ele revela o Pai em suas palavras e em suas obras. Fala o que Pai mandou dizer e em suas ações, é o Pai quem age. Ele é um com o Pai. É um Só Deus com ele.

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14, 6)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tuas palavras dão sentido à nossa vida. Chamavam as primeiras comunidades de o povo do “caminho”. Tinham razão. Nós somos o povo do ‘caminho’, pois nossa vida ganha luz e sentido ao nos pormos em teu seguimento. Somos teus seguidores. Seguimos no teu caminho, acolhendo e vivendo tuas palavras, teus ensinamentos. Na verdade, fazemos um caminho de assimilação do teu modo de ser filho de Deus, de teus sentimentos de filho e irmão. Tu és o caminho, a verdade e a vida. Queremos chegar a dizer, um dia, como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reserve, hoje, mais uns minutinhos para a oração pessoal. Fale com Jesus, com a intimidade de quem o tem como companheiro de caminhada. Aproveite para perguntar aonde vai dar o caminho que você está percorrendo com ele.

Com o 1º de maio, sábado próximo, começa o mês mariano. Vou lhe deixar dois conselhos. O primeiro: faça um altarzinho com a imagem de N. Senhora, em sua casa. O segundo: em maio, reze, diariamente, o terço mariano. No quanto possível, procure envolver sua família. 

Você podendo, nos veremos às 21:30, na Live da Oração da Noite, no youtube ou no facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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