PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: parábola do semeador
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A SEMENTE NA ESTRADA

Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).
Jesus contou a história da semente que foi plantada em vários terrenos. Quatro terrenos. À beira da estrada, em terra muita pedregosa, em um terreno coberto de espinhos e em uma terra boa, bem preparada. E aí, é claro, colheu somente no bom terreno. E explicou o que significam os terrenos e a semente. A semente é a palavra de Deus. E os terrenos representam o modo como nós recebemos a Palavra.
Eu nunca prestei muita atenção nessa parte da semente que caiu à beira da estrada. Mas, outro dia fiquei pensando no assunto, e concluí que se trata de uma coisa bastante comum em nossa vida. É que, às vezes, estamos tão distraídos, que não fica nada do que foi semeado. Ou então deixamos todo mundo passar por nós e pisotear tudo o que nos é caro. É por isso que Jesus falou da semente que caiu no caminho: é que nossa vida assim vira um estrada, onde todo mundo passa, onde todo mundo pisa. A palavra semeada nem tem a chance de germinar. Como disse Jesus, vêm os pássaros e a comem. Os homens passam e a pisoteiam. A semeadura à beira da estrada não produz nada.
É de se pensar: você não tem uma área de sua vida reservada, o melhor de você mesmo para acolher o que Deus lhe diz? Você não tem um cantinho importante de sua vida, onde ninguém pisa, onde ninguém manda, um lugar reservado onde você pensa sua vida e toma suas decisões? Sabe o porquê dessa essa pergunta? Porque se a gente escuta todo mundo, e qualquer opinião nos influencia, no meio de tantas vozes cada um puxando para o seu lado, a voz de Deus fica apenas mais uma opinião. A gente vira um caminho onde todo mundo passa, uma passarela de opiniões, onde tudo parece ter o mesmo peso... e a voz de Deus, que seria a nossa referência maior, não é mais ouvida ou não é levada a sério.
Você conhece a ventoinha, aquele espécie de bandeira-saquinho que marca a direção do vento nos aeroportos. A ventoinha enche-se de ar e fica a favor do vento. Mostra a direção da corrente de ar. Pra onde o vento der, ela se vira. Quem manda é o vento. Uma pessoa não pode ser uma ventoinha. Muda de opinião, faz opções segundo o vento, isto é, a opinião pública, o quê os outros estão valorizando ou o que a mídia define como o melhor. Uma pessoa precisa ter um rumo certo pra seguir, valores onde afirmar a própria caminhada. Só a voz de Deus pode dar um rumo certo à minha vida. O seu Espírito, que me habita desde o batismo, é quem vai dialogando comigo, no meu íntimo, e me ajudando a andar no rumo certo. Eu não sou uma ventoinha. E a minha vida não pode ser uma estrada onde todo mundo pisa.
Vamos guardar a mensagem de hoje
Uma parte da semente caiu à beira do caminho. As sementes foram pisadas. Os pássaros a comeram. Jesus explicou que se trata de quem ouviu a Palavra, mas o diabo a tirou do coração dele. Há pessoas recebendo a Palavra de Deus como um caminho. A Palavra é só mais uma entre tantas, não reservaram o melhor de sua atenção e do seu coração para acolhê-la. Por esse caminho todo mundo anda e pisa. E claro, não faltam passarinhos para roubar a semente. Os passarinhos são as distrações ou mesmo pequenas preocupações que nos fazem esquecer a Palavra que recebemos.
Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram (Lc 8, 5).

Vamos guardar a mensagem de hoje com uma prece

Senhor Jesus,
Às vezes, recebemos a tua Palavra como um caminho, uma estrada, por onde circula gente pisando a terra e onde a Palavra fica vulnerável à investida dos pássaros. Assim, a Palavra não tem a chance de germinar, brotar, crescer e frutificar. É diferente quando a gente reserva um terreno bom para receber a Palavra. E um terreno bom significa tempo que eu dedico para ouvir e meditar a Palavra, a importância e o peso que eu dou a esta Palavra e o cuidado para que nem a opinião dos outros, nem as distrações ou as preocupações da vida roubem os preciosos ensinamentos do nosso Deus. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Pe. João Carlos Ribeiro – 13.07.2014/23.09.2017

TERRENO BOM

A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto (Mt 13, 23).

Com certeza, você tem tido muitas oportunidades de ouvir a Palavra de Deus, não é verdade? Na leitura pessoal da Bíblia, na pregação da Missa, na Meditação (Leitura orante), na conversa com outras pessoas... de muitas maneiras, a Palavra vem sendo semeada em sua vida. E você fica feliz e agradece a Deus por isso, estou certo? Agora, essa Palavra tem feito algum efeito em sua vida? Essa é a pergunta desse 15º Domingo Comum. Essa Palavra tem produzido alguma mudança em sua vida?

Jesus estava falando com o povo exatamente sobre isso: sobre como cada um estava recebendo a mensagem do Reino de Deus. Foi assim que ele contou uma parábola, uma história de agricultor. Era como se ele estivesse dividindo as pessoas ali presentes em quatro grupos, em quatro terrenos. Cada grupo, cada terreno é uma resposta à pergunta: “A Palavra tem produzido alguma mudança em sua vida?”.

Primeiro grupo. Veja se não é esse o seu caso. Quem está neste grupo, responde assim: ‘Sabe de uma coisa, eu não compreendo a Bíblia, é uma coisa muito complicada. Na verdade, de tudo que eu escuto, não fica quase nada ’. É o seu caso? Jesus comparou essa primeira situação com a semente que caiu à beira do caminho. Vieram os pássaros, comeram a semente. E, claro, não nasceu nada.  Sabe o que é isso?  Não compreender o que é anunciado.  E o recado é simples: prestar atenção, dedicar-se mais à escuta da Palavra, pedir a assistência do Espírito Santo. Sem compreender, não se pode dar nem o primeiro passo.

Segundo grupo. Pode ser o seu caso. Quem está neste grupo, diz assim: “Ah, eu fico muito feliz em ouvir a Palavra de Deus. Eu gosto demais. Se ela faz algum efeito? Acho que pouco. Na verdade, quando a gente volta para a vida real, nem se lembra mais”. É o seu caso? Jesus comparou essa segunda situação com a semente que caiu num terreno pedregoso. Nasceu, mas não pode se enraizar. Morreu queimada pelo sol. A Palavra precisa se enraizar na vida da gente. Qual é o problema? A superficialidade. Não deixar que a Palavra penetre na própria vida. O recado é simples: dedicar mais tempo à Palavra de Deus, rezar mais. Isso é como liberar terreno para que a Palavra se enraíze.

Terceiro grupo. Vai ver que esse é que é o seu caso. A pessoa diz assim: ‘Olha, é uma bênção a Palavra de Deus na minha vida. Na hora, é aquela alegria que me dá! Agora, tudo aquilo que eu ouço, que eu entendo, que eu abraço, acaba se esvaziando no meu corre-corre, no meio de tanta preocupação, de tantas distrações’.  É esse o seu caso? Jesus comparou essa terceira situação com a semente que caiu no meio de espinhos. Ela germinou, cresceu, mas não deu frutos, porque os espinhos a sufocaram. E os espinhos, o que seria? Ele lembrou duas coisas: as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza. Isso  tudo sufoca a Palavra que está no nosso coração e a torna estéril. O recado é simples: a Palavra seja a primeira na sua vida, a luz mais importante. A Palavra ajuda você a conhecer a vontade de Deus. É com essa luz que você vai olhar tudo ao seu redor, sua família, seu trabalho, seu lazer.

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