PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: maria e josé
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A VINDA DO EMANUEL


Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco (Mt 1, 23)


22 de dezembro de 2019 - 4º Domingo do Advento


Nesse trecho tão breve do Evangelho de Mateus, temos o drama tão maravilhoso e fundamental da história da nossa salvação. A iniciativa do Pai, a ação do Espírito que gera a vida, a colaboração de Maria e de José e a vinda e a atuação salvadora de Jesus.

O Pai envia Jesus, por amor ao mundo, para nossa salvação. Diz o evangelho de São João: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu filho único”. O Espírito Santo é quem fecunda o seio virginal de Maria (“e ela concebeu do Espírito Santo”). Jesus aceitou a missão que o Pai lhe confiou. Como diz o Salmo: “Vim com prazer, ó Pai, para fazer a vossa vontade”. Então, a vinda de Jesus na carne é obra do Pai (que o enviou), dele próprio o Filho (ao aceitar a missão confiada pelo Pai) e do Espírito Santo (que fecunda o ventre materno). Na encarnação, vemos a atuação das três pessoas da Trindade Santa.

Mas, na história de nossa salvação, o Deus onipotente quer contar também com a participação humana. Na vinda de Jesus, o Pai solicitou a participação de Maria e de José. Contemplemos a colaboração de Maria e de José no plano do Pai. “Ela dará à luz um filho”, diz o anjo: essa é a colaboração de Maria. E a participação de José está clara nessa palavra do anjo: “Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus”. Na comunidade judaica, o pai reconhece o filho ao lhe atribuir o nome. Isso quer dizer que José recebeu o menino como filho, assumiu responsabilidade de pai em relação à criança que Maria gerou.

Vemos, nessa breve passagem, a iniciativa do Pai, a obediência do Filho e a comunicação da vida pelo Espírito Santo. Com a colaboração de Maria e de José, Jesus vem a nós como Salvador de nossa história humana. É maravilhoso e desconcertante que Deus precise de nós para levar adiante o seu projeto de salvação.  Ao final desse tempo do Advento, Maria e José nos estão sendo apresentados como modelo de como podemos participar da obra de Deus, na fé, na generosidade, e em espírito de obediência. Generosamente, eles põem-se a serviço da causa de Deus, que é a salvação do seu povo.

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco (Mt 1, 23)







9º Dia da Novena de Natal

O TESTEMUNHO DO NASCITURO

Bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1, 42) 

Apresentação do tema 

Ao chegar à casa de Isabel, Maria saudou a sua prima com um 'Shalom', como todo hebreu piedoso fazia. Esta saudação provocou uma revolução em Isabel e no seu bebê de seis meses de gestação. Ele se contorceu de alegria. Ela ficou cheia do Espírito Santo. E uma das coisas que proclamou com entusiasmo foi “bendito é o fruto do teu ventre”. E mais: que Maria era a mãe do seu Senhor. Conclusão: neste embriãozinho, em suas primeiras semanas de gestação, Isabel, iluminada pelo Espírito, já enxerga o seu Senhor, o Messias. Que grande lição para nossa sociedade que caminha a passos acelerados para a liberalização do aborto. A vida humana existe desde a concepção. Nosso dever é protegê-la.

O testemunho de Isabel sobre Jesus é maravilhoso: ele é o bendito fruto de Maria, a bendita entre as mulheres. Ele é o Senhor, em sua origem é divino. E ela o reconhece, pelo Espírito Santo, em suas primeiras semanas de vida uterina. A vida humana já existe desde a concepção. A vida é sagrada. Sejamos seus guardiões. 

Bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1, 42) 

Oração do dia 

Senhor Jesus,
a visita de tua mãezinha à sua prima necessitada, em sua condição de idosa e gestante, era já uma imagem de tua visita à nossa humanidade. Inclusive, ela se demorou lá por três meses, como tu te demoraste por três anos em teu ministério público. Na oração diária, sempre repetimos as palavras do cântico de Zacarias: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Tua primeira vinda foi celebrada então, como uma visita, “a visita do sol nascente que vem iluminar os que estão nas trevas”. Obrigado, Senhor, por tua visita, por tua primeira vinda. Agora, toda a Igreja aguarda e clama por tua segunda vinda. Vem, Senhor Jesus! 

Bênção 

O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. 

Vivência

Como podemos expressar nossa proximidade junto a alguma gestante que conhecemos? 

Terminamos a nossa novena de natal – a novena das testemunhas. Amanhã, segunda-feira, antevéspera do natal, vamos fazer aqui um momento de oração por sua família. Pode ser? 

Então, a gente se encontra amanhã. 







Pe. João Carlos Ribeiro -22 de dezembro de 2019.

AS SURPRESAS DE UM FILHO ADOLESCENTE

Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, à tua procura! (Lc 2, 48)
09 de junho de 2018.
Em sintonia com o dia de hoje, dedicado ao Sagrado Coração de Maria, lemos, na liturgia da Igreja, esse texto que nos relata a perda e o encontro do adolescente Jesus no Templo.
Quando eu estive em Jerusalém, no muro das lamentações, vi uma cena que me fez entender o que aconteceu com Jesus no Templo, aos 12 anos. Vi garotos de 12 anos participando de pequenas procissões, conduzindo festivamente rolos da Lei. Só para lembrar: os livros do Antigo Testamento foram escritos em rolos. Livro é uma coisa moderna. Bom, os meninos levavam rolos da Lei em procissão, todos vestidos de branco, acompanhados de músicos e instrumentos. Depois, eles liam em público, pela primeira vez, uma passagem da Torá. A Torá corresponde aos primeiros cinco livros da Bíblia.  Nessa idade, os meninos passam por uma cerimônia pela qual são integrados como membros adultos na comunidade do povo de Deus. A cerimônia se chama Bar Mitzvá. Doze anos é a idade da maturidade. Passam, a partir de então, a ter aliança com Deus e ter obrigações como adultos no conhecimento, no estudo e na prática dos mandamentos da Lei de Deus.
Jesus vai  com os pais para a peregrinação da Páscoa, em Jerusalém. Está com 12 anos. Doze anos é a idade de sua integração como adulto no povo da Aliança. Qualquer menino ficava fora de si, de tanta alegria, num momento como esse. Ficava de maior, no sentido da lei judaica. Assim, Jesus, encantado com tudo aquilo, vai ficando por ali, nas rodas de debate que os mestres da Lei promoviam em vários pontos do Templo. Segundo o texto, escutava, fazia perguntas, dava respostas inteligentes. Encantava a todos, com sua sabedoria e seu interesse. Claro, está empolgado, sente-se por dentro dos costumes judaicos... por um momento, os laços familiares se enfraquecem... sua consciência de que é o filho de Deus está crescendo, suas descobertas mais amplas do mundo judeu, sua compreensão das coisas de Deus se aguçando...
Quando seus pais chegam, angustiados, sua mãe reclama. “Meu filho, porque agiste assim conosco?”. E ele, sentindo-se agora adulto, responde que eles deviam saber que ele devia estar na casa do Pai dele. Uma forma surpreendente de se referir a Deus: “o meu Pai”.  É a sua consciência de filho que está emergindo naquele clima de festa e de aprofundamento do judaísmo. É verdade que ele voltou para casa, com os pais, em completa obediência. Mas, que sua cabeça tinha mudado muito, isso lá tinha.
Vamos guardar a mensagem
A passagem para a vida adulta não é fácil para o adolescente, nem para os pais. É tempo de rebeldia, de afirmação da própria autonomia. No tempo de Jesus, talvez essa fase da adolescência nem existisse. Aos 12 anos, o menino já se tornava adulto, integrado plenamente no mundo religioso, por uma cerimônia familiar no Templo. Maria e José, mesmo conhecendo as origens do seu filho, se surpreenderam com o seu nível de autonomia e de consciência. Maria, sábia educadora, como seu esposo, no dizer da palavra, “conservava todas essas coisas no coração”. Quanto os pais podem aprender com os seus filhos! A pessoa humana é sempre um mistério surpreendente. Mas, isso não fez de Jesus um jovenzinho rebelde, mal-educado e desrespeitoso com os seus pais. Nada disso. Voltou pra casa, na companhia deles, em completa obediência e comunhão.
Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, à tua procura! (Lc 2, 48)
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
É surpreendente essa tua ida a Jerusalém naquela Páscoa em que ficaste no Templo, depois que teus pais e parentes voltaram para Nazaré. Tu te sentiste em casa, no meio daqueles mestres que explicavam a lei de Deus ao povo. Como todos os meninos daquela tua idade de 12 anos, passaste formalmente a ter parte na aliança com Deus e a responder pela Lei de Deus como uma pessoa adulta, emancipada. Impressiona a tua consciência de filho de Deus, o teu amor à Casa do teu Pai. Essa consciência de filho e esse teu amor pela Casa do Pai, também nós precisamos ter. Senhor, queremos hoje te pedir, de maneira especial, pelos adolescentes de nossas famílias. Que eles também, com o teu mesmo zelo e o teu mesmo entusiasmo, se encantem pelas coisas de Deus e experimentem a grande alegria de serem filhos de Deus e membros do seu povo. Amém.
Vamos viver a palavra
Hoje é dia dos mistérios gozosos no terço de Nossa Senhora. Se não puder rezar o terço todo, recite pelo menos o terceiro mistério, onde contemplamos a perda e o encontro do adolescente Jesus no Templo.
Aproveito para agradecer as muitas manifestações de amizade, que muitos de vocês me dirigiram ontem, pela passagem do meu aniversário. Como eu lhes disse, além de uma prece em meu favor, o melhor presente seria inscrever-se na AMA, para estarmos juntos na evangelização nos meios de comunicação.

Pe. João Carlos Ribeiro – 09.06.2018

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