PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: juventude
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O grupo garante a Jornada

A Jornada Mundial da Juventude foi um sucesso, um grande sucesso. A juventude acorreu numerosa, em número superior a três milhões, superando todas as expectativas. O Papa Francisco conquistou a todos pela simpatia, pela humildade e pelas propostas de uma Igreja mãe e servidora. Agora, é hora de cuidar da herança deixada pela JMJ, isto é, trabalhar para que o que foi plantado dê frutos. Um fruto esperado é com certeza o fortalecimento da articulação e da ação dos jovens na pastoral de juventude, em todas as comunidades e dioceses.

A tragédia dos jovens

O incêndio na boate Kiss, que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos na cidade de Santa Maria (RS), completa um ano neste 27 de janeiro. 

Sinceramente, eu até estava achando a campanha da Pastoral de Juventude do ano passado um tanto exagerada. E os jovens continuam martelando o tema do extermínio de jovens no país. Eles andam preocupados porque vem morrendo muita gente nova e de muitas formas. No trânsito, o maior número de vítimas é de jovens, especialmente em acidentes de moto. Nas cenas de violência urbana – assaltos, roubos, arrastões, depredações – a grande maioria das vítimas e também dos agressores é de jovens. E a quase totalidade dos dependentes químicos, quem são? Pois é, as comunidades terapêuticas estão lotadas de jovens. E as cracolândias, mais ainda.

E como tudo isso vai acabar?

Pe. João Carlos Ribeiro - padrejcarlos@hotmail.com


É claro que não é apenas o aumento das passagens que está em jogo. O aumento das passagens de ônibus é a cereja do bolo. O bolo é a grande insatisfação com a deficiência da infraestrutura nas cidades, comparando-as com os investimentos nos grandes estádios construídos para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo FIFA. A indignação dos jovens vem de longe e vem se acumulando há muito tempo, só estava esperando uma válvula de escape. Há um desencanto histórico com os políticos  e governantes, agravado pela corrupção, pela impunidade e pelo retorno da inflação.

A verdade na web

Acabamos de celebrar o Dia Mundial das Comunicações. A igreja faz coincidir essa data com a festa da ascensão do Senhor. Jesus, ao elevar-se aos céus, aos olhos dos discípulos, lhes deixou um mandato: ir pelo mundo todo e fazer discípulos seus entre todas as nações. Para este 45º Dia Mundial das Comunicações, o Papa Bento XVI focou o tema: Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital.

 

Está em curso uma enorme mudança cultural e social operada pelas transformações no campo das comunicações, constata o Pontífice em mensagem. Ele encontrou um paralelo na história: a revolução industrial. Com a revolução industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, a sociedade mudou radicalmente. Com a era digital, está mudando até o modo de aprender e de pensar. Cabeça boa tem esse Papa de 84 anos.

 

Quais seriam os grandes valores que a rede mundial de computadores, com seus revolucionários aplicativos, nos traz? Responde o Pontífice: muitos, a difusão de informações e conhecimentos e, sobretudo, enormes oportunidades de aproximação das pessoas e de construção de comunhão.

 

Mas, nem tudo são flores, pensa o Pontífice. Há também limites e perigos. Entre eles: a tentação de uma interação superficial e parcial entre as pessoas, o risco de a pessoa isolar-se num mundo paralelo ou expor-se excessivamente no mundo virtual. Bento XVI, em sua mensagem, mostrou também preocupação com o risco da atenção fragmentada e a sempre possível fuga do real. Foi o que ele escreveu: o contato virtual não pode nem deve substituir o contato humano direto com as pessoas.

 

Num ambiente tão promissor e pluralista das redes sociais, o cristão tem que estar aí como cristão. Escreveu o Papa: o estilo cristão de presença, também no mundo digital, traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitosa do outro. Comunicar o Evangelho nas novas mídias não significa só falar de Deus, mas no modo de se comunicar, escolher, emitir opinião o cristão tem que ser coerente com o Evangelho. Não pode haver anúncio de uma mensagem, sem um testemunho coerente, mesmo na grande rede mundial.

 

Somos chamados a anunciar nossa fé, também nesse mundo em que a web está contribuindo para novas formas de consciência intelectual e espiritual, é o que escreve o Papa.  Cristo é a resposta plena ao desejo autêntico do ser humano de relacionamento, de comunhão e de sentido. E mais: a verdade que procuramos partilhar não depende de popularidade. A verdade do Evangelho não é um objeto de consumo, é um dom que requer uma resposta livre do interlocutor.

 

Por fim, Bento XVI convida os jovens a fazer bom uso de sua presença neste areópago digital. Aliás, a juventude é o grande sujeito dessa fantástica mudança na comunicação. E recomenda aos agentes de comunicação: consciência e profissionalidade. Bela mensagem esta do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações.

 

Pe. João Carlos Ribeiro – 06/06/20


Onde nasce a vocação

Achei inspiradora a reflexão que o Papa Bento XVI escreveu para o dia mundial de oração pelas vocações deste ano. Com grande sensibilidade pastoral, em linhas de grande simplicidade, explicou que a vocação dos discípulos nasce no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. Eu nunca tinha pensado nisso. A vocação dos discípulos nasce no diálogo íntimo de Jesus com o Pai.

De fato, antes de escolher os seus apóstolos, ele passou uma noite em oração no monte. E olha que ele tinha uma escolha difícil para fazer. Queria escolher sua equipe de liderança dentre o seu numeroso grupo de discípulos, de seguidores. Doze. Doze, por ser o número da organização do povo de Deus, na linha das doze tribos que formavam Israel. Com que critérios selecionar, qual o melhor perfil, que tarefas teria o grupo, como seria formado.... tudo isso, com certeza, passou a noite pensando, decidindo, em oração. Não foi uma reunião de gabinete, foi uma noite de oração.

Uma noite de oração, quer dizer, uma prolongada conversa com o Pai. Prolongada e íntima. Filial. Alguém poderia logo pensar, ele já sabia tudo, ele não precisava quebrar muito a cabeça. Engano. Ele passou uma noite rezando, conversando com o Pai. E outro poderia também imaginar: com certeza, o Pai que tudo vê e tudo sabe, comunicou sua vontade e Jesus, sempre obediente, anotou tudo e pronto. Mas não foi assim.

Jesus não assumiu nossa humanidade de brincadeira. Ele, apesar de ser Deus, era homem. E gente fica em dúvida, não tem clareza em tudo, quebra a cabeça para acertar. E o Pai não fez de conta que enviou o seu filho ao mundo. Ele foi o primeiro a valorizar a sua encarnação. Deixou Jesus pensar bem, ponderar tudo, não antecipou as respostas. Estava ao seu lado, dialogando com ele, mas a decisão era do filho.

Olha só o que Papa pensou: a vocação dos discípulos nasce no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. Desse diálogo, em uma noite de conversa-oração, partiu a decisão de Jesus de chamar alguns para a condição e o serviço de apóstolo. Quando de manhã, desceu do monte, convocou todos os discípulos e chamou pelo nome os 12 dentre eles. A vocação é um chamado de Deus. Pede uma resposta da gente. Mas, nasce do diálogo do filho com o Pai.

Se a vocação é, em primeiro lugar, uma iniciativa de Deus, Jesus tinha razão quando pediu pra gente rezar ao Pai. Ele disse: peçam ao dono da messe, que mande operários para a sua messe. Deus é quem chama. Ele é quem põe no coração da gente o desejo da consagração, o elã do serviço, a inclinação para nos unirmos a Jesus no seu ministério em favor do povo. A resposta é com a gente, pode até ser negativa. Mas o chamado é de Deus. E nasce da conversa íntima de Jesus com o Pai. É verdade que esse chamado chega até pela mediação de muita gente, de muitos sinais, de muitas situações. Alguém nos transmite esse convite, pelo testemunho, pelo estímulo. As urgências das situações também nos transmitem o convite de Deus. Mas, é verdade, a escolha é, por primeiro, uma iniciativa de Deus. E nasce do diálogo íntimo de Jesus com o Pai.  

 
Pe. João Carlos – 14.05.2011

Domngo de Ramos e da Juventude

Assisti hoje, 16 de março, às cerimônias do Domingo de Ramos, na praça de São Pedro, no Vaticano. A comemoração do domingo de Ramos tem sido também a data para a celebração da Jornada Mundial da Juventude. A data celebrada em todas as dioceses prestigia a juventude, como aconteceu hoje aqui em Roma, com milhares de jovens presentes à celebração de Ramos e da Paixão, presidida pelo Papa Bento XVI. Em preparação à grande jornada mundial que vai acontecer em julho próximo em Sidney, na Austrália, o Papa divulgou uma mensagem de preparação com o tema “Vocês receberão a força do Espírito Santo que descerá sobre vocês e serão minhas testemunhas”. Na Praça de São Pedro, no final da celebração, o Papa cumprimentou os jovens europeus presentes e insistentemente os convidou ao grande encontro de Sidney: “Lá os espero, numerosos”.

Gostei muito da celebração, da participação das pessoas, especialmente do clima de oração e atenção que os numerosos adolescentes e jovens mostraram. Sobre propriamente a ocorrência da celebração da Jornada da Juventude, havia um sub-título no livrinho que foi distribuído para o acompanhamento da liturgia, a mensagem do Papa para esta XXIII Jornada (várias páginas, em preparação do grande encontro de Sidney) e palavras de saudação, em várias línguas, estimulando a preparação para o encontro da Austrália. E um grupo bom de jovens tomou parte na procissão com os ramos em direção ao altar. Pena que nenhum jovem participou como leitor, ou mesmo na procissão do ofertório e nas preces. Foram mais figurantes que pessoas envolvidas ativamente na liturgia. Menos mal que ao final, mostraram sua presença com gritos e vivas e manifestações barulhentas de apreço ao Papa. Mas, no mais, foram bons expectadores. Poderiam ter tido mais espaço, penso eu.

E você, o que pensa? O que pode partilhar conosco a respeito deste assunto?
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