PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: educação
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Você e o seu filho

A educação dos filhos nunca foi uma tarefa fácil. E hoje em dia, parece que a coisa está ainda mais difícil. Como o mundo está mudando muito depressa, os pais ficam inseguros e até se sentem mal preparados para essa função. E não somente os pais, mas nós educadores também. Por isso, a gente procura ajuda com quem tem mais experiência. Em matéria de educação de adolescentes e jovens, há uma figura muito especial com quem podemos aprender muito: Dom Bosco. Ele dedicou a vida inteira a esse ministério e deixou preciosos ensinamentos, como herança para os pais e educadores.

Estamos precisando de guias

Uma coisa é dar informação, outra coisa é ser guia. Eu quero, por exemplo, ir a um lugar que não conheço bem. Alguém pode me dar uma informação: vá por ali, dobre à direita, siga em frente, etc. Outra coisa é se alguém puder me acompanhar até lá onde eu quero ir. Uma coisa é dar informação, outra coisa é ser guia: acompanhar até onde se precisa ir.

A limonada

Apresentaram um limão a duas pessoas. O que fazer com um limão? Uma fez cara feia: azedo, nem pensar! O outro abriu um sorriso, teve uma ideia: vai dar uma gostosa limonada. O primeiro teve um olhar negativo, deixou-se levar peloimpacto da ideia que lhe veio em mente: o sabor azedo. O outro teve um olhar positivo, viu possibilidades naquele limão: uma gostosa limonada.

 

O que para um parece uma dificuldade, para outro revela-se uma oportunidade. A dificuldade, o problema pode se tornar em uma oportunidade de crescimento, de uma nova solução, de um salto adiante. É preciso superar obstáculos, superando-se na própria percepção dos problemas. Porque problemas não faltam na vida de ninguém. E é possível que um problema possa gerar novas soluções, novas oportunidades.

 

Fico olhando para Jesus na Última Ceia e me encanto em ver como ele fez da traição de Judas uma oportunidade para sua missão. "Um que come comigo, levantou contra mim o calcanhar". Era Judas, preparando-se para oferecer sua consultoria aos chefes do Templo de Jerusalém. Pelos seus serviços de entrega de Jesus no Horto, receberia 30 moedas de prata. E olha que Judas tinha sido escolhido por Jesus e o tinha acompanhado nos três anos de missão. Vira Jesus preocupado com o povo, defendendo os fracos e curando os doentes. Ainda assim, venceu nele o instinto de busca de interesse pessoal, suas expectativas de se dar bem a qualquer custo. Traiu o Mestre. Entregou-o aos seus inimigos. E Jesus ficou um tanto triste na Ceia, mas logo se recuperou. Aproveitaria da mancada do discípulo para oferecer a sua própria vida em remissão dos pecados do povo. Judas ajudou Jesus a realizar sua tarefa até o fim. De uma dificuldade, Jesus fez uma oportunidade. Da traição de um discípulo, Jesus deu uma finalização redentora à sua paixão e morte. Ninguém tomaria a pulso sua vida, ele a entregaria livremente.

 

E a história dos discípulos Paulo e Barnabé em Antioquia da Pisídia. Paulo pregou na Sinagoga. Os judeus de lá ficaram primeiro curiosos, mas depois sentiram-se ameaçados. E não permitiram mais que falasse. Rejeitaram sua pregação em que anunciava Jesus como o filho de Deus enviado para a salvação do povo. Proibiram que os apóstolos falassem. Paulo deu a volta por cima. "Já que vocês judeus não querem saber dessa boa notícia, vamos anuncia-la aos pagãos". E olha que a acolhida dos pagãos foi entusiasta, muitos se converteram e se batizaram. O cristianismo espalhou-se por todo o mediterrâneo entre uma grande maioria pagã. De uma dificuldade, Paulo fez uma grande oportunidade. De barrada nas sinagogas dos judeus, a Palavra penetrou em amplos ambientes do mundo greco-romano.

 

"Quando se fecha uma porta, Deus abre uma janela", é a sabedoria popular. E São Paulo: "Tudo concorre para o bem daqueles  que amam a Deus" (Rm 8,28). Então, em vez de pensar que tudo está perdido, procure logo onde apoiar os pés para um salto de qualidade. E, afinal, transformar o azedo do limão numa gostosa limonada.

Pe. João Carlos – 20.05.2011

A verdade na web

Acabamos de celebrar o Dia Mundial das Comunicações. A igreja faz coincidir essa data com a festa da ascensão do Senhor. Jesus, ao elevar-se aos céus, aos olhos dos discípulos, lhes deixou um mandato: ir pelo mundo todo e fazer discípulos seus entre todas as nações. Para este 45º Dia Mundial das Comunicações, o Papa Bento XVI focou o tema: Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital.

 

Está em curso uma enorme mudança cultural e social operada pelas transformações no campo das comunicações, constata o Pontífice em mensagem. Ele encontrou um paralelo na história: a revolução industrial. Com a revolução industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, a sociedade mudou radicalmente. Com a era digital, está mudando até o modo de aprender e de pensar. Cabeça boa tem esse Papa de 84 anos.

 

Quais seriam os grandes valores que a rede mundial de computadores, com seus revolucionários aplicativos, nos traz? Responde o Pontífice: muitos, a difusão de informações e conhecimentos e, sobretudo, enormes oportunidades de aproximação das pessoas e de construção de comunhão.

 

Mas, nem tudo são flores, pensa o Pontífice. Há também limites e perigos. Entre eles: a tentação de uma interação superficial e parcial entre as pessoas, o risco de a pessoa isolar-se num mundo paralelo ou expor-se excessivamente no mundo virtual. Bento XVI, em sua mensagem, mostrou também preocupação com o risco da atenção fragmentada e a sempre possível fuga do real. Foi o que ele escreveu: o contato virtual não pode nem deve substituir o contato humano direto com as pessoas.

 

Num ambiente tão promissor e pluralista das redes sociais, o cristão tem que estar aí como cristão. Escreveu o Papa: o estilo cristão de presença, também no mundo digital, traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitosa do outro. Comunicar o Evangelho nas novas mídias não significa só falar de Deus, mas no modo de se comunicar, escolher, emitir opinião o cristão tem que ser coerente com o Evangelho. Não pode haver anúncio de uma mensagem, sem um testemunho coerente, mesmo na grande rede mundial.

 

Somos chamados a anunciar nossa fé, também nesse mundo em que a web está contribuindo para novas formas de consciência intelectual e espiritual, é o que escreve o Papa.  Cristo é a resposta plena ao desejo autêntico do ser humano de relacionamento, de comunhão e de sentido. E mais: a verdade que procuramos partilhar não depende de popularidade. A verdade do Evangelho não é um objeto de consumo, é um dom que requer uma resposta livre do interlocutor.

 

Por fim, Bento XVI convida os jovens a fazer bom uso de sua presença neste areópago digital. Aliás, a juventude é o grande sujeito dessa fantástica mudança na comunicação. E recomenda aos agentes de comunicação: consciência e profissionalidade. Bela mensagem esta do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações.

 

Pe. João Carlos Ribeiro – 06/06/20


A limonada

Apresentaram um limão a duas pessoas. O que fazer com um limão? Uma fez cara feia: azedo, nem pensar! O outro abriu um sorriso, teve uma ideia: vai dar uma gostosa limonada. O primeiro teve um olhar negativo, deixou-se levar peloimpacto da ideia que lhe veio em mente: o sabor azedo. O outro teve um olhar positivo, viu possibilidades naquele limão: uma gostosa limonada.

 

O que para um parece uma dificuldade, para outro revela-se uma oportunidade. A dificuldade, o problema pode se tornar em uma oportunidade de crescimento, de uma nova solução, de um salto adiante. É preciso superar obstáculos, superando-se na própria percepção dos problemas. Porque problemas não faltam na vida de ninguém. E é possível que um problema possa gerar novas soluções, novas oportunidades.

 

Fico olhando para Jesus na Última Ceia e me encanto em ver como ele fez da traição de Judas uma oportunidade para sua missão. "Um que come comigo, levantou contra mim o calcanhar". Era Judas, preparando-se para oferecer sua consultoria aos chefes do Templo de Jerusalém. Pelos seus serviços de entrega de Jesus no Horto, receberia 30 moedas de prata. E olha que Judas tinha sido escolhido por Jesus e o tinha acompanhado nos três anos de missão. Vira Jesus preocupado com o povo, defendendo os fracos e curando os doentes. Ainda assim, venceu nele o instinto de busca de interesse pessoal, suas expectativas de se dar bem a qualquer custo. Traiu o Mestre. Entregou-o aos seus inimigos. E Jesus ficou um tanto triste na Ceia, mas logo se recuperou. Aproveitaria da mancada do discípulo para oferecer a sua própria vida em remissão dos pecados do povo. Judas ajudou Jesus a realizar sua tarefa até o fim. De uma dificuldade, Jesus fez uma oportunidade. Da traição de um discípulo, Jesus deu uma finalização redentora à sua paixão e morte. Ninguém tomaria a pulso sua vida, ele a entregaria livremente.

 

E a história dos discípulos Paulo e Barnabé em Antioquia da Pisídia. Paulo pregou na Sinagoga. Os judeus de lá ficaram primeiro curiosos, mas depois sentiram-se ameaçados. E não permitiram mais que falasse. Rejeitaram sua pregação em que anunciava Jesus como o filho de Deus enviado para a salvação do povo. Proibiram que os apóstolos falassem. Paulo deu a volta por cima. "Já que vocês judeus não querem saber dessa boa notícia, vamos anuncia-la aos pagãos". E olha que a acolhida dos pagãos foi entusiasta, muitos se converteram e se batizaram. O cristianismo espalhou-se por todo o mediterrâneo entre uma grande maioria pagã. De uma dificuldade, Paulo fez uma grande oportunidade. De barrada nas sinagogas dos judeus, a Palavra penetrou em amplos ambientes do mundo greco-romano.

 

"Quando se fecha uma porta, Deus abre uma janela", é a sabedoria popular. E São Paulo: "Tudo concorre para o bem daqueles  que amam a Deus" (Rm 8,28). Então, em vez de pensar que tudo está perdido, procure logo onde apoiar os pés para um salto de qualidade. E, afinal, transformar o azedo do limão numa gostosa limonada.


Pe. João Carlos – 20.05.2011




MAIS UMA PÁGINA PARA FALAR DO AMOR

As novas mídias, em pleno desenvolvimento, abrem para os cristãos de hoje imensas possibilidades. A urgente tarefa de “ir a todas as criaturas” ficou certamente até mais fácil. A evangelização pode contar com novos recursos tecnológicos. O importante agora é lançar mão destes novos recursos com qualidade. Qualidade quer dizer, neste caso, especialmente conteúdo, além de sua forma de apresentação.

E olha que os cristãos têm algo de muito importante a comunicar ao mundo. Algo precioso e decisivo para a felicidade das pessoas. Definitivo para o rumo da história. Desejamos falar de Jesus, a quem encontramos em nossa experiência pessoal e comunitária de fé. De Jesus, modelo acabado de pessoa humana, Deus feito homem, para nos conduzir à plenitude.

Aqui neste site, ponho o desejo de comunicar esta boa notícia, no meu compromisso diário com a educação e a evangelização. E particularmente com a música cristã que o Senhor me inspira a escrever e a cantar para viver e comunicar a felicidade que nele encontro.

Agradeço sua visita a esta página. E peço que a recomende aos seus amigos.

O que os filhos aprendem com os pais

Aqui está a grandeza e, ao mesmo tempo, o perigo de ser pai ou mãe: serem capazes de despertar admiração nos filhos. E é isso que contribui decisivamente para a sua educação. Não é tanto o que se diz: uma reprimenda, um conselho, um sermão. O que realmente educa é o modo de ser pai ou mãe. Educação só acontece no encontro de pessoas: pais e filhos. Encontro de pessoas quer dizer encontros de vida: pais e filhos que se revelam como realmente são.

Os pais têm, é claro, um papel a cumprir: suprir as necessidades materiais da família; cuidar da casa, do cumprimento das obrigações escolares dos filhos, dos seus horários; proporcionar-lhes tempos de lazer, pagar as contas, zelar pela segurança da casa e das pessoas. É um papel social que pai e mãe cumprem, mesmo que os filhos maiores colaborem. Isto cria um ambiente organizado, disciplinado, que funciona. Mas, isto não é tudo. O que realmente educa é quando, fazendo tudo isto, os pais conseguem estar junto de seus filhos como pessoas: com sua história, suas dificuldades, seus sonhos. Quando se revelam como pessoas reais, com seus dramas e esperanças. Quando abrem o livro de sua vida, partilham o seu dia-a-dia. Sem isso, fazem apenas o papel que lhes cabe como chefes de família, apenas um papel social. O papel de educadores, não. E não se educa sem encontro de pessoas, sem partilha de vida.

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