PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: cafarnaum
Mostrando postagens com marcador cafarnaum. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cafarnaum. Mostrar todas as postagens

O SEGUNDO SINAL DE JESUS

O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora (Jo 4, 50)
12 de março de 2018.
O evangelista disse que este foi o segundo sinal de Jesus. O primeiro foi nas bodas de Caná, a água transformada em vinho. Agora, é contado o segundo sinal: Um pai intercedeu pelo filho doente junto a Jesus e foi atendido. Vou logo lhe explicando que o evangelista João registrou, em seu evangelho, sete sinais na ação de Jesus. Os sinais são ações maravilhosas de Jesus que revelam a sua pessoa e o seu projeto missionário, que é o Reino de Deus. Por esses sinais, a comunidade pode reconhecer quem é Jesus e o que ele veio fazer.  Por que sete? Porque sete é o número da obra perfeita. a exemplo da obra da criação, que foi em sete dias.
Vou contar com sua curiosidade e já vou escutando sua pergunta: quais seriam os sete sinais de Jesus, no evangelho de São João? Posso lhe dizer agora (vá fazendo a conta): Jesus transforma a água em vinho – cura o filho do funcionário real – cura o enfermo na piscina de Siloé – multiplica os pães – caminha sobre as águas -  cura o cego de nascença – ressuscita Lázaro. Quantos sinais? Isso, sete. É a obra perfeita de Jesus, pela qual podemos conhecê-lo na sua compaixão pelos sofredores e na realização da missão que o Pai lhe confiou.
Bom, voltemos ao evangelho de hoje. É o segundo sinal. Jesus chegou de novo em Caná da Galileia. E veio um homem de Cafarnaum pedir por seu filho que estava doente. Cafarnaum devia ficar a uns 30 km de Caná, segundo os estudiosos. Aquele pai aflito pediu a Jesus para ele ir a Cafarnaum curar o seu filhinho que estava morrendo. Olha o que ele disse: “Senhor, desce a Cafarnaum, antes que meu filho morra!”. Jesus lhe respondeu: “Você pode ir, seu filho está vivo”. O homem entendeu o que Jesus lhe disse: que ele podia voltar pra casa, porque o filho já estava curado. E ele acreditou. E voltou pra casa, em Cafarnaum. Antes que chegasse em casa, seus empregados o encontraram para avisá-lo da melhora do filho. Procurou saber a que horas o menino tinha ficado bom. E constatou: foi mesmo na hora em que Jesus tinha dito ‘pode ir, seu filho está vivo”. Aquele homem e sua família tornaram-se discípulos de Jesus, abraçaram a fé.
O evangelho relaciona as sete ações daquele pai. Ele era um funcionário do rei e o seu filho estava morrendo. O que ele fez? Suas ações são uma grande lição para todos nós. Vá fazendo a conta: Ele, saindo de sua cidade, foi ao encontro de Jesus – Pediu a Jesus para fosse a Cafarnaum curar o filho – Insistiu no pedido, mesmo diante das palavras meio reticentes de Jesus – Acreditou na palavra de Jesus e voltou pra casa – No caminho, foi informado da cura do filho – Reconheceu que aquilo fora obra de Jesus – Abraçou a fé com toda a sua família. Contou as ações? Sete, é o número da obra perfeita.
Vamos guardar a mensagem  
Aquele pai procurou Jesus numa hora de aflição. E acreditou na sua palavra. E, ao receber a graça da cura do seu filho, cheio de reconhecimento, abraçou a fé, junto com  sua família. Isto quer dizer: eles tornaram-se discípulos, membros da comunidade de Jesus. Muita gente pede ao Senhor pelas necessidades e dramas de seus filhos, de seus pais, parentes e amigos. Pede, até com insistência. E está muito bem. Precisamos mesmo recorrer ao Senhor, em nossas aflições, com humildade e fé. Agora, segundo a passagem de hoje, faltam ainda dois passos a serem dados: reconhecer a obra de Deus naqueles pelos quais intercedemos: a saúde, o livramento, a libertação. E abraçar a fé, isto é, tornar-se discípulo do Senhor, membro de sua comunidade. Pediu uma graça, alcançou, reconheça a intervenção divina e glorifique o Senhor por isso. E não se esqueça: torne-se um cristão amoroso e fiel. Você e sua casa.
O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora (Jo 4, 50)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Quase todos os dias, te apresentamos nossas situações de sofrimento e aflição e pedimos tua intervenção. Intercedemos pelas nossas necessidades e as dos outros. E estás nos dizendo que isso está muito certo, se o fizermos com humildade e com fé. Mas, estás nos dizendo ainda mais: ao recebermos a graça que pedimos, precisamos ser reconhecidos e agradecidos; e que essa ação de Deus em nossa vida, esse sinal, deve nos levar a uma resposta muito especial: abraçar a fé, entrar para a comunidade, tornarmo-nos discípulos. Dá-nos, Senhor, a graça de aprender e imitar as atitudes de humildade, fé, reconhecimento e adesão ao evangelho que aquele pai de Cafarnaum nos dá hoje. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Você tem uma coisa especial para pedir ao Senhor, hoje, em favor de alguém de sua família ou de sua amizade? Então, peça com humildade, fé e perseverança. E não se esqueça de reconhecer a obra de Deus na solução do seu problema e de renovar seu compromisso de viver na fé na sua Igreja.

Pe. João Carlos Ribeiro – 11.03.2018

LIÇÕES DE UM PAGÃO


MEDITAÇÃO
PARA A SEGUNDA-FEIRA,
DIA 04 DE DEZEMBRO
Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Mt 8, 8)
Foi isso que o oficial romano disse a Jesus, lá em Cafarnaum. Ele foi falar sobre o seu empregado que estava de cama, na casa dele, sofrendo com uma paralisia. Olha a resposta de Jesus: “Vou curá-lo”. Foi quando o oficial disse que não era digno que Jesus entrasse em sua casa. Bastaria que dissesse uma só palavra e o seu empregado ficaria curado. Jesus se admirou e comentou com os discípulos que ainda não tinha encontrado alguém com tanta fé no meio do seu povo.
A fé demonstrada pelo oficial chamou a atenção de Jesus, que o apontou como exemplo. Ele veio ao seu encontro, contou-lhe a situação do seu servo e não se achou digno que o Mestre fosse à sua casa. Achou que era suficiente uma palavra de Jesus para a cura do seu empregado. Como ele estava acostumado a dar ordens a seus soldados e a seus servos e ser prontamente atendido, assim sabia que Jesus mandando, a doença obedeceria. Uma fé que não precisava de gestos especiais junto ao leito do doente, só uma palavra e à distância.
Agora, olha a humildade deste homem: uma pessoa importante, um centurião romano, com soldados às suas ordens e escravos lhe servindo em casa. E, mesmo sendo um estrangeiro, estando em posição de poder, no comando de forças de ocupação, está pedindo com humildade a Jesus. Nesta narração de Mateus, ele não manda chamar Jesus. Ele vai pessoalmente pedir a Jesus. E ainda reconhece que não é digno de recebê-lo em sua casa.
Jesus admirou-se com a sua fé. E certamente também com a sua humildade. Como romano, ele era um pagão, servia aos deuses do império. Pelas normas religiosas de então, um judeu contraía uma impureza muito séria ao entrar na casa de um pagão. Ele reconheceu, então, nessa atitude, sua condição de pagão, de alguém longe da santidade do Deus de Israel.
“Eu não sou digno que entres em minha casa”. Esta palavra do pagão, nós a repetimos na Santa Missa. Estando para receber a sagrada comunhão - Jesus mesmo presente no sacramento do pão, nos damos conta, como o romano, que não somos dignos, que é grande demais a graça de recebê-lo em nossa própria morada... Com essa oração, manifestamos nossa fé na presença real de Jesus que vem a nós e imitamos o centurião também na sua humildade.
Além da fé e da humildade, com certeza, outra coisa chamou a atenção de Jesus: a compaixão do chefe militar pelo servo doente. Ele foi interceder por seu empregado acamado, sofrendo terrivelmente com uma paralisia. Compaixão era o que Jesus sempre demonstrava pelos sofredores. Foi o que o oficial romano demonstrou também pelo seu servo. Certamente, foi diante dessa solidariedade com o doente, que Jesus se prontificou a acompanhá-lo à sua casa.
Vamos guardar a mensagem de hoje
No encontro do oficial romano com Jesus, admiramos três coisas que devemos imitar e praticar no nosso encontro com o Senhor: a compaixão que ele demonstrou pelo seu servo; a humildade, com que ele reconheceu sua condição de pagão diante da santidade do Deus de Israel; e a fé, pela qual confiava na autoridade de Jesus para curar o seu servo com uma simples ordem. Nos nossos encontros com o Senhor, na oração, seremos atendidos se nos apresentamos com os mesmos sentimentos do oficial: compaixão pelos sofredores por quem intercedemos; humildade, reconhecendo nossa condição de pecadores diante da misericórdia de Deus; e fé pela qual reconhecemos que Jesus é o Senhor e nosso Salvador.

Postagem em destaque

O que é permanecer em Cristo?

01 de maio de 2024 Dia de São José Operário. Dia do Trabalhador. Abertura do Mês Mariano.   Quarta-feira da 5ª Semana da Páscoa.     Evangel...

POSTAGENS MAIS VISTAS