PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Jo 12
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Imitar Jesus: a prova dos nove.



25 de março de 2024

   Segunda-feira da Semana Santa.   

  Evangelho.  


Jo 12,1-11

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.
7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

  Meditação.  


A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo (Jo 12, 3)

Seis dias antes da Páscoa, Jesus hospeda-se na casa de Marta, Maria e Lázaro, seus amigos e discípulos. Prepararam um bom jantar para receber Jesus e o seu grupo. Muita gente curiosa apareceu por lá. É que esse Lázaro era aquele que Jesus tinha ressuscitado. 

Durante o jantar, aconteceu uma coisa muito curiosa. Marta estava servindo. Lázaro estava à mesa com Jesus, com outras pessoas. Aí Maria veio com meio litro de perfume de nardo puro, muito caro e ungiu os pés de Jesus. A casa ficou cheia do perfume de Maria. Judas ficou incomodado. Ele calculou que aquilo estaria custando umas 300 moedas de prata. Fez logo um aparte: era melhor ter vendido aquele perfume para ajudar os pobres. Conversa daquele dissimulado, ele estava de olho no dinheiro que o perfume poderia render.

Maria representa quem aprendeu a amar como Jesus. O perfume é coisa que fala de amor, de carinho. Lavar os pés do visitante era um gesto de serviço, trabalho de criados. O que ela fez foi um gesto de amor, de gratuidade, de serviço. Com certeza, ela empregou um bom dinheiro para comprar aquele perfume e o derramou sem pena nos pés do Mestre. Foi um gesto de gratuidade, de um amor generoso que não faz as contas de quanto está gastando, quanto está empenhando, quanto está colocando de si. Amor gratuito, como o de Jesus que estava para dar a própria vida, sem reserva, sem fazer contas. Dar a própria vida: ninguém tem maior amor.

Judas representa quem não é capaz de amar como Jesus; ou quem não quer acolher o amor de Jesus, assim tão generoso e gratuito como é. Por isso, ele reclama do desperdício de derramar aquele perfume todo ou mesmo o dinheiro que poderia ter sido economizado para ajudar os pobres. Judas não entendeu: não se trata apenas de ajudar os pobres. Trata-se de amar os pobres, sendo solidários com eles com a própria vida. Como Jesus, comprometendo a própria vida, numa atitude de serviço gratuito e generoso.




Guardando a mensagem

Maria ungiu os pés de Jesus com um perfume super caro. Jesus disse que ela fez isso já antecipando o dia do seu sepultamento. É como se já estivesse preparando o corpo do Mestre para a sepultura. Na proximidade da morte de Jesus, temos aqui duas visões, a de Maria e a de Judas. Pelo seu gesto, vê-se que Maria intui que, na morte, Jesus realiza radicalmente a entrega de si mesmo em favor dos outros. Ele é o ungido (é o que quer dizer Messias) para servir e dar a sua vida em favor da humanidade. Pela conversa interesseira de Judas, sua percepção é que Jesus é uma oportunidade para se ganhar dinheiro. Ficou de olho no valor de 300 moedas de prata. Vendeu Jesus, depois, por 30 moedas de prata. Maria mostrou sua compreensão de Jesus como servidor até o fim. Estava pronta para segui-lo até à cruz. Judas mostrou sua compreensão de Jesus como uma oportunidade de um bom negócio. Não tinha mesmo condição de seguir Jesus até à cruz.

A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo (Jo 12, 3)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
tua discípula Maria, naquele jantar de Betânia, mostrou que aprendeu contigo, assimilou bem tua vida. O perfume do seu amor e de sua fidelidade encheu a casa toda, encantando a todos. Teu discípulo Judas Iscariotes, naquela mesma mesa, mostrou que não aprendeu as tuas lições, não assimilou teu estilo de vida. Ele revelou o sentimento mesquinho de quem está interessado mesmo é no seu próprio bolso e não está disposto a por-se a serviço dos outros. Ajuda-nos, Senhor, a participar dessa Semana Santa com o desejo sincero de realizar tua palavra e de imitar teu modo de ser filho de Deus e irmão nosso, pela amorosa doação de si mesmo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Com o Domingo de Ramos, começamos a Semana Santa. Procuremos vivê-la intensamente. Comecemos, inspirados no evangelho de hoje, a examinar em que medida temos assimilado o caminho de Jesus. Maria ofereceu o perfume do seu amor e do seu serviço, com largueza e generosidade. Quanto você tem oferecido a Jesus e ao seu evangelho de si mesmo(a), de suas iniciativas, dos seus recursos, do seu tempo? Pense nisso.

Comunicando

Nesta quarta-feira santa, vamos realizar, com a AMA, a nossa 25ª Via Sacra da Fraternidade, no centro da cidade do Recife. A concentração será no Pátio de São Pedro, começando às sete da manhã. Haverá coleta de alimentos para entidade beneficente: o abrigo São Francisco do Cabo. Depois de percorrermos as 14 estações em ruas do centro da cidade, chegaremos à Basílica da Penha, para o encerramento com a Santa Missa presidida pelo arcebispo metropolitano Dom Paulo Jackson.

Hoje é dia de Segunda Bíblia, nosso terceiro encontro bíblico no Youtube sobre o livro do Profeta Ezequiel. Canal Padre João Carlos, 20:30h. Só está faltando você!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Jesus, o grão de trigo que gera vida.




   17 de março de 2024.   

5° Domingo da Quaresma


   Evangelho.   


Jo 12,20-33

Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.
22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!”
29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.
Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).



   Meditação.   


Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).

O pão é um alimento universal. Quase todo mundo gosta de pão e de tudo o que se faz com a farinha de trigo: macarrão, bolo, bolachas, biscoitos. Tudo começa com o grão de trigo plantado na terra. O grãozinho, dentro da terra, em temperatura adequada, encontrando água, vai se umedecendo até que se rompe a sua casca, de dentro pra fora. Entrando oxigênio e água nas suas células, vai brotando um início de raiz que vai buscar água e minerais na terra para se desenvolver. Vai nascendo, então, um caulezinho e a plantinha começa a crescer. Essa planta, o trigo, vai dar muitas espigas. E as espigas maduras serão colhidas e trituradas para fazer a farinha de trigo. Da farinha, sairá o pão e tudo o mais.

Olha a dinâmica maravilhosa da obra de Deus, neste exemplo da germinação da semente de trigo. Da morte, nasce a vida. O grão de trigo enterrado na terra morre, se arrebenta de dentro pra fora. É assim que gera a plantinha, o pé de trigo. Só morrendo, dando-se a si mesmo, pode produzir fruto, chegar à nossa mesa como alimento para saciar a fome.

Foi o que Jesus disse: ‘Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto’ (Jo 12, 24). Ele é o grão de trigo que cai na terra e morre para gerar muito fruto. Não se poupa a si mesmo, dá-se por completo. Não está procurando salvar a sua pele, está dando-se sem reservas pelo bem dos outros. E é isso que o seu servidor precisa saber. É isso que o seu seguidor precisa imitar.

Na festa de Jerusalém, apareceram alguns gregos que falaram com dois dos discípulos, querendo conhecer Jesus. “Queremos ver Jesus”. Felipe e André foram falar com o mestre. Esse modo de dizer que eles eram “gregos” quer dizer que eles não eram judeus, eram de outra nacionalidade. Estavam também naquela festa religiosa, certamente, porque eram simpatizantes do judaísmo. E se sentiram atraídos por Jesus, queriam ser apresentados a ele. O que Jesus disse aos discípulos é o que todos precisamos saber: os que lhe têm simpatia e os que pertencemos a ele, como membros de sua Igreja.

E o que Jesus disse? Que ele era o grão de trigo que cai na terra e morre, e assim gera vida; que aqueles que o servem, o seguem na imitação desta dinâmica de entrega de sua vida; que quando fosse elevado, atrairia todos a si. Elevado, se entende em primeiro lugar na sua morte de cruz. É por sua morte que trará vida. Não é à toa que o símbolo de nossa fé católica é a cruz. Jesus é o grão de trigo que cai na terra e morre para nos dar a vida.




Guardando a mensagem

Aos discípulos e aos gregos, simpatizantes do judaísmo, que estavam querendo conhecê-lo, Jesus falou de si como grão de trigo que morre para gerar muitos frutos. E falou que quem quiser servi-lo, precisa segui-lo pelos caminhos dele, imitá-lo em sua entrega pelos outros. Isso que Jesus disse ecoa de uma maneira muito especial nos dias de hoje. Estamos mergulhados em uma cultura que supervaloriza o sucesso individual, a busca do bem-estar e do prazer. Estamos bem longe do evangelho. O ideal, em nosso mundo, é eu me dar bem, fugindo de qualquer sacrifício ou sofrimento, pouco me importando com o sofrimento dos outros. Por que muita gente não quer ter filhos? Porque ter filho obriga os pais a viverem voltados para um outro, não para si mesmos. Por que muitos jovens refutam a vocação de consagração na Igreja? Porque este é o estilo de vida onde se vive para os outros, não para si mesmos. Por que boa parte dos matrimônios entra em crise? Porque um não quer sacrificar-se pelo bem do outro. Ainda somos grãos de trigo que, caindo na terra, negamo-nos a nos entregar, a nos sacrificar, a morrer para gerar vida.

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).

Rezando a Palavra

Vamos rezar com as palavras da Carta aos Hebreus.

Senhor Jesus,
“Mesmo sendo filho, aprendeste o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreste. Mas, na consumação de tua vida, te tornaste causa de salvação eterna para todos os que te obedecem” (Hb 5, 8-9). Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

Em nosso caminho quaresmal, recolhamos a lição de hoje da Palavra do Senhor: como seguidores de Cristo, aprendamos a nos sacrificar pelos outros. Assim, imitamos o grão de trigo que gera vida, Jesus, que a si mesmo não se poupou em nosso favor. Sacrificar-se pelos outros.

Integrando

Dentro dos festejos de São José, faço show, hoje, na cidade de Surubim; e amanhã, em Vertentes, cidades da Diocese de Nazaré da Mata. Não deixe de ler o evangelho deste domingo. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A NOSSA RESPOSTA À PALAVRA DO SENHOR




11 de maio de 2022

4ª Semana da Páscoa

EVANGELHO


Jo 12,44-50

Naquele tempo, 44Jesus exclamou em alta voz: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. 45Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50E eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou”.



MEDITAÇÃO


Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)

Palavras preciosas de Jesus, ditas à multidão: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar”.

Há, de verdade, uma realidade de descrença, de gente que não escuta Jesus e não o segue; não integra o seu rebanho, não faz parte de suas ovelhas. Pela fé, nos aproximamos de Jesus. A fé é um dom de Deus. Mas, um dom, um presente pode não ser recebido, pode ser rejeitado. É que fomos criados na liberdade. Sem liberdade, não há amor. Sem liberdade, não se pode crer, porque crer é uma acolhida incondicional, uma entrega pessoal. Não se pode crer, nem amar por obrigação. Crer é um ato de liberdade.

Há quem realmente não creia. E há muita gente que, mesmo crendo, não permite que sua fé oriente a sua vida. É uma espécie de ateísmo prático. Até crê, mas a fé não é a luz que ilumina os seus passos. Vive como quem não crê, como quem não tem esperança, como quem não conheceu Jesus. Em Jesus, ficamos sabendo que Deus nos ama e o enviou para nos resgatar, nos conduzir para a vida plena. E, sobre isso, não podemos ficar indiferentes. Essa novidade pode mudar a nossa vida, pode ser uma revolução em nossa existência.

Não basta que Jesus seja o bom pastor e nos conheça e dê sua vida por nós. É necessário que nós, em resposta a esse amor do bom pastor escutemos a sua voz e, na fé, o sigamos. Ele disse: “As minhas ovelhas escutam a minha voz”. É preciso ouvir a sua voz. A oração diária do povo de Jesus incluía uma passagem do livro do Deuteronômio: “Ouve, Israel, o Senhor teu Deus é o único Senhor”. Ouve, Israel. É preciso escutar. A fé é a nossa resposta ao que ouvimos. O salmo 94 traz uma chamada de atenção: “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”. A palavra nos pede para não fechar o coração como o povo antigo que tanto entristeceu o Senhor por sua desobediência. “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”.



Guardando a mensagem

Escutar a voz do bom pastor é reconhecê-lo como orientação da própria vida, crer nele, assumindo sua palavra como guia de sua existência. Foi exatamente isso que Maria disse aos serventes nas Bodas de Caná: “Façam tudo o que ele lhes disser”. O que Jesus diz, precisamos escutar, acolher, praticar. Crer é a nossa resposta à sua palavra, pela qual nos revela o amor de Deus por nós.

Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
infelizmente, hoje, como no teu tempo, há muita gente que não te escuta de verdade. Uns permanecem indiferentes à tua voz, à tua Palavra; não a distinguem no meio de tantas vozes do mundo de hoje. Outros te escutam com ouvido de mercador: não te levam em conta, não te ouvem com seriedade; não se deixam conquistar pelo amor de Deus que tu anuncias. Mas, que bom que muitos te escutam e te seguem. Peço-te, Senhor, que eu e minha casa estejamos sempre no número dos que te ouvem, te conhecem e te seguem. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Minha sugestão é que você transcreva e reze a oração que Jesus rezava todo dia: Deuteronômio 6, 4-9. Ela começa convidando o povo de Deus a escutar, a ouvir uma coisa muito importante.

Comunicando

Todos os dias, junto com o áudio, nós enviamos também o texto da Meditação. Lendo, a gente percebe e guarda melhor a mensagem. Muita gente não abre o texto para ler. Quer um conselho? Hoje, abra o link que estamos lhe enviando e leia o Evangelho e a Meditação. 


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb.

NÓS CONHECEMOS, OUVIMOS E SEGUIMOS JESUS



28 de abril de 2021

EVANGELHO


Jo 12,44-50

Naquele tempo, 44Jesus exclamou em alta voz: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. 45Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50E eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou”.


MEDITAÇÃO


Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)

Palavras preciosas de Jesus, ditas à multidão: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar”.

Há, de verdade, uma realidade de descrença, de gente que não escuta Jesus e não o segue; não integra o seu rebanho, não faz parte de suas ovelhas. Pela fé, nos aproximamos de Jesus. A fé é um dom de Deus. Mas, um dom, um presente pode não ser recebido, pode ser rejeitado. É que fomos criados na liberdade. Sem liberdade, não há amor. Sem liberdade, não se pode crer, porque crer é uma acolhida incondicional, uma entrega pessoal. Não se pode crer, nem amar por obrigação. Crer é um ato de liberdade.

Há quem realmente não creia. E há muita gente que, mesmo crendo, não permite que sua fé oriente a sua vida. É uma espécie de ateísmo prático. Até crê, mas a fé não é a luz que ilumina os seus passos. Vive como quem não crê, como quem não tem esperança, como quem não conheceu Jesus. Em Jesus, ficamos sabendo que Deus nos ama e o enviou para nos resgatar, nos conduzir para a vida plena. E, sobre isso, não podemos ficar indiferentes. Essa novidade pode mudar a nossa vida, pode ser uma revolução em nossa existência.

Não basta que Jesus seja o bom pastor e nos conheça e dê sua vida por nós. É necessário que nós, em resposta a esse amor do bom pastor escutemos a sua voz e, na fé, o sigamos. Ele disse: “As minhas ovelhas escutam a minha voz”. É preciso ouvir a sua voz. A oração diária do povo de Jesus incluía uma passagem do livro do Deuteronômio: “Ouve, Israel, o Senhor teu Deus é o único Senhor”. Ouve, Israel. É preciso escutar. A fé é a nossa resposta ao que ouvimos. O salmo 94 traz uma chamada de atenção: “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”. A palavra nos pede para não fechar o coração como o povo antigo que tanto entristeceu o Senhor por sua desobediência. “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”.

Guardando a mensagem

Escutar a voz do bom pastor é reconhecê-lo como orientação da própria vida, crer nele, assumindo sua palavra como guia de sua existência. Foi exatamente isso que Maria disse aos serventes nas Bodas de Caná: “Façam tudo o que ele lhes disser”. O que Jesus diz, precisamos escutar, acolher, praticar. Crer é a nossa resposta à sua palavra, pela qual nos revela o amor de Deus por nós.

Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Infelizmente, hoje, como no teu tempo, há muita gente que não te escuta de verdade. Uns permanecem indiferentes à tua voz, à tua Palavra; não a distinguem no meio de tantas vozes do mundo de hoje. Outros te escutam com ouvido de mercador: não te levam em conta, não te ouvem com seriedade; não se deixam conquistar pelo amor de Deus que tu anuncias. Mas, que bom que muitos te escutam e te seguem. Peço-te, Senhor, que eu e minha casa estejamos sempre no número dos que te ouvem, te conhecem e te seguem. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Minha sugestão é que você transcreva e reze a oração que Jesus rezava todo dia: Deuteronômio 6, 4-9. Ela começa convidando o povo de Deus a escutar, a ouvir uma coisa muito importante.

Vá pensando como vai ser o Mês de Maio aí em sua casa. O Mês de Maria pode muito bem ser um tempo precioso de evangelização de sua família.

A gente se reencontra às 21:30, na live da Oração da Noite, nas redes sociais: youtube e facebook.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb.

SACRIFICAR-SE PELOS OUTROS



21 de março de 2021
5° Domingo da Quaresma

EVANGELHO


Jo 12,20-33

Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.
22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!”
29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer. 
Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).

MEDITAÇÃO 


Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).

O pão é um alimento universal. Quase todo mundo gosta de pão e de tudo o que se faz com a farinha de trigo: macarrão, bolo, bolachas, biscoitos. Tudo começa com o grão de trigo plantado na terra. O grãozinho, dentro da terra, em temperatura adequada, encontrando água, vai se umedecendo até que se rompe a sua casca, de dentro pra fora. Entrando oxigênio e água nas suas células, vai brotando um início de raiz que vai buscar água e minerais na terra para se desenvolver. Vai nascendo, então, um caulezinho e a plantinha começa a crescer. Essa planta, o trigo, vai dar muitas espigas. E as espigas maduras serão colhidas e trituradas para fazer a farinha de trigo. Da farinha, sairá o pão e tudo o mais.

Olha a dinâmica maravilhosa da obra de Deus, neste exemplo da germinação da semente de trigo. Da morte, nasce a vida. O grão de trigo enterrado na terra morre, se arrebenta de dentro pra fora. É assim que gera a plantinha, o pé de trigo. Só morrendo, dando-se a si mesmo, pode produzir fruto, chegar à nossa mesa como alimento para saciar a fome.

Foi o que Jesus disse: ‘Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto’ (Jo 12, 24). Ele é o grão de trigo que cai na terra e morre para gerar muito fruto. Não se poupa a si mesmo, dá-se por completo. Não está procurando salvar a sua pele, está dando-se sem reservas pelo bem dos outros. E é isso que o seu servidor precisa saber. É isso que o seu seguidor precisa imitar.

Na festa de Jerusalém, apareceram alguns gregos que falaram com dois dos discípulos, querendo conhecer Jesus. “Queremos ver Jesus”. Felipe e André foram falar com o mestre. Esse modo de dizer que eles eram “gregos” quer dizer que eles não eram judeus, eram de outra nacionalidade. Estavam também naquela festa religiosa, certamente, porque eram simpatizantes do judaísmo. E se sentiram atraídos por Jesus, queriam ser apresentados a ele. O que Jesus disse aos discípulos é o que todos precisamos saber: os que lhe têm simpatia e os que pertencemos a ele, como membros de sua Igreja.

E o que Jesus disse? Que ele era o grão de trigo que cai na terra e morre, e assim gera vida; que aqueles que o servem, o seguem na imitação desta dinâmica de entrega de sua vida; que quando fosse elevado, atrairia todos a si. Elevado, se entende em primeiro lugar na sua morte de cruz. É por sua morte que trará vida. Não é à toa que o símbolo de nossa fé católica é a cruz. Jesus é o grão de trigo que cai na terra e morre para nos dar a vida.

Guardando a mensagem

Aos discípulos e aos gregos, simpatizantes do judaísmo, que estavam querendo conhecê-lo, Jesus falou de si como grão de trigo que morre para gerar muitos frutos. E falou que quem quiser servi-lo, precisa segui-lo pelos caminhos dele, imitá-lo em sua entrega pelos outros. Isso que Jesus disse ecoa de uma maneira muito especial nos dias de hoje. Estamos mergulhados em uma cultura que supervaloriza o sucesso individual, a busca do bem-estar e do prazer. Estamos bem longe do evangelho. O ideal, em nosso mundo, é eu me dar bem, fugindo de qualquer sacrifício ou sofrimento, pouco me importando com o sofrimento dos outros. Por que muita gente não quer ter filhos? Porque ter filho obriga os pais a viverem voltados para um outro, não para si mesmos. Por que muitos jovens refutam a vocação de consagração na Igreja? Porque este é o estilo de vida onde se vive para os outros, não para si mesmos. Por que boa parte dos matrimônios entra em crise? Porque um não quer sacrificar-se pelo bem do outro. Ainda somos grãos de trigo que, caindo na terra, negamo-nos a nos entregar, a nos sacrificar, a morrer para gerar vida.

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto (Jo 12, 24).

Rezando a Palavra

Vamos rezar com as palavras da Carta aos Hebreus.

Senhor Jesus,
“Mesmo sendo filho, aprendeste o que significa a obediência a Deus por aquilo que sofreste. Mas, na consumação de tua vida, te tornaste causa de salvação eterna para todos os que te obedecem” (Hb 5, 8-9). Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Em nossa escadaria quaresmal, hoje, vamos subir o 33º degrau. Estamos quase chegando, a escadaria tem 40 degraus. O passo de hoje é este: Sacrificar-se pelos outros. Assim, imitamos o grão de trigo que gera vida, Jesus, que a si mesmo não se poupou em nosso favor. Sacrificar-se pelos outros.

Dois convites pra tarde de hoje. A novena de Nossa Senhora Auxilidora, às 14:30, pelas redes sociais, e a Santa Missa às 17 horas. No 7º encontro da novena, rezaremos pelos que perderam seu emprego, nesta pandemia. A Santa Missa do 5º Domingo da Quaresma começa às cinco da tarde. Para acompanhar, baixe o aplicativo da Rádio Tempo de Paz, no seu celular. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

GRÃO DE TRIGO, COMO JESUS


Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (Jo 12, 24)

10 de agosto de 2020 – Dia de São Lourenço, mártir.

Neste 10 de agosto, as leituras bíblicas apontam o exemplo de um mártir do século III da era cristã: São Lourenço. Ele era diácono da Igreja de Roma, coordenava um amplo atendimento aos pobres da cidade e assistia o Papa nas celebrações, junto com outros diáconos. Era o tempo do Papa Sisto II, tempo do Imperador Valeriano, feroz perseguidor da Igreja. O Papa estava celebrando nas catacumbas, com alguns diáconos, quando foi surpreendido pela polícia do império romano. Foi preso e martirizado. Em seguida, veio a prisão do diácono Lourenço. O prefeito da cidade exigiu os tesouros da Igreja. Lourenço prometeu apresentar-lhes toda a riqueza da Igreja. No dia combinado, reuniu uma multidão de assistidos (viúvas, pobres, cegos, aleijados, órfãos, idosos) e os apresentou ao prefeito ”Está aí o tesouro da Igreja”. Seu fim, depois de muitas torturas, foi a morte numa grelha de ferro sobre um braseiro. O tempo todo, Lourenço ficou rezando pela conversão do povo romano. Numa certa hora, chamou os algozes e sugeriu que o virassem de lado, pois já estava bem assado daquela parte. Um homem forte, cheio de fé, bem humorado, oferecendo sua vida por Cristo, como Cristo o fez por ele. 

No evangelho de hoje, Jesus diz: ”Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto” (Jo 12). Olha a dinâmica maravilhosa da obra de Deus no exemplo da germinação da semente de trigo. Da morte, nasce a vida. O grão de trigo enterrado na terra morre, se arrebenta de dentro pra fora. É assim que gera a plantinha, o pé de trigo. Só morrendo, dando-se a si mesmo, pode produzir uma planta que vai crescer e produzir espigas e chegar à nossa mesa como alimento para saciar a fome.

Jesus falava de si mesmo. Em sua paixão, ele foi o grão de trigo que caiu na terra e morreu para gerar muito fruto. Não se poupou a si mesmo, deu-se por completo. Não procurou salvar a sua pele, mas entregou-se sem reservas pelo bem dos outros. Jerus, assim, estava falando de sua morte, propriamente do sentido de sua vida e de sua morte. Sua morte não seria o fim. Seria o coroamento de sua missão, o ápice do seu serviço. Como escreveu São Paulo: “Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza” (2 Cor 9).

Esse exemplo de Jesus, o grão de trigo, o próprio Jesus o aplicou aos seus seguidores. Disse ele: “Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna”. Se o grãozinho de trigo semeado nega-se a se entregar, a abrir-se à terra, a dar-se por completo, permanecerá apenas um grãozinho estéril, e daí a pouco será assimilado pela terra. Nada sobrará. Mas, se generosamente se entregar, se se abrir de dentro pra fora, morrendo na sua condição de grão, vai gerar uma nova planta que vai dar muitas espigas, multiplicar-se, alimentar muita gente. A morte da semente é a geração de uma nova vida, é o milagre do renascimento. Olha que sábia comparação essa de Jesus. A morte já contém a vida, se a vida for vivida com sentido.

Guardando a mensagem

Aos discípulos, Jesus fala de si como grão de trigo que morre para gerar muitos frutos. E fala que quem quiser servi-lo, precisa segui-lo pelos seus caminhos, imitá-lo em sua entrega pelos outros. Isso que Jesus disse ecoa de uma maneira muito especial nos dias de hoje. Estamos mergulhados em uma cultura que supervaloriza o sucesso individual, a busca do bem-estar e do prazer. O ideal, em nosso mundo, é ‘eu me dar bem’, fugindo de qualquer sacrifício ou sofrimento, pouco me importando com o sofrimento dos outros. Por que muita gente não quer ter filhos? Porque ter filho obriga os pais a viverem voltados para um outro, não para si mesmos. Por que muitos jovens refutam a vocação de consagração na Igreja? Porque este é o estilo de vida onde se vive para os outros, não para si mesmos. Por que boa parte dos matrimônios entra em crise? Porque um não quer sacrificar-se pelo bem do outro. Ainda somos grãos de trigo que, caindo na terra, negamo-nos a nos entregar, a nos sacrificar, a morrer para gerar vida.

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (Jo 12, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Vemos hoje, na figura do diácono Lourenço, alguém que viveu esta tua palavra sobre o grão de trigo. O Papa São Leão Magno disse sobre ele que “as chamas não puderam vencer a caridade de Cristo; e o fogo que o queimava fora era mais fraco do que aquele que ardia dentro dele”. Contigo, Senhor, e com teu diácono Lourenço, recolhemos muitas lições para a nossa vida. Não é nos guardando, nos poupando que vamos gerar vida. Uma família não se constrói com gente comprometida apenas pela metade, poupando-se, fazendo o mínimo. Na verdade, nenhuma vocação – a do casamento, a do serviço do altar, a da consagração – nenhuma vocação é fecunda sem entrega, sem dedicação, sem renúncia. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Dentro desta semana nacional da família, é bom você fazer, hoje, um exame de consciência. Que tipo de grão de trigo você está sendo em sua casa?

Na novena de Dom Bosco que estamos fazendo em nossos programas de rádio, o tema de hoje é o amor a Jesus Cristo. Você encontra a novena no final da Meditação de hoje no meu blog padrejoaocarlos.com . Quem recebe a meditação no celular, é só clicar no link que enviei.

Contagem regressiva para a nossa próxima live musical solidária. Faltando 06 dias. É sábado próximo. É bom se inscrever ainda hoje no meu canal do youtube. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


NOVENA DE DOM BOSCO 

Primeiro dia


Tema: O amor a Jesus Cristo Salvador

Escreveu São João Bosco: “A nossa regra viva é Jesus Cristo”

ORAÇÃO
Oh! Dom Bosco Santo! Pelo amor ardente que tiveste a Jesus Sacramentado e pelo zelo com que propagaste seu culto, sobretudo com a assistência à Santa Missa, com a comunhão frequente e com a Visita cotidiana; alcança-nos a graça de crescer cada vez mais no amor e prática de tão santas devoções e de terminar nossos dias fortalecidos e confortados pelo celestial alimento da Santa Eucaristia.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

São João Bosco – rogai por nós.

OUVIR, CRER, SEGUIR

Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)


06 de maio de 2020.

Palavras preciosas de Jesus, ditas à multidão: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar”. 

Há, de verdade, uma realidade de descrença, de gente que não escuta Jesus e não o segue; não integra o seu rebanho, não faz parte de suas ovelhas. Pela fé, nos aproximamos de Jesus. A fé é um dom de Deus. Mas, um dom, um presente pode não ser recebido, pode ser rejeitado. É que fomos criados na liberdade. Sem liberdade, não há amor. Sem liberdade, não se pode crer, porque crer é uma acolhida incondicional, uma entrega pessoal. Não se pode crer, nem amar por obrigação. Crer é um ato de liberdade.

Há quem realmente não creia. E há muita gente que, mesmo crendo, não permite que sua fé oriente a sua vida. É uma espécie de ateísmo prático. Até crê, mas a fé não é a luz que ilumina os seus passos. Vive como quem não crê, como quem não tem esperança, como quem não conheceu Jesus. Em Jesus, ficamos sabendo que Deus nos ama e o enviou para nos resgatar, nos conduzir para a vida plena. E, sobre isso, não podemos ficar indiferentes. Essa novidade pode mudar a nossa vida, pode ser uma revolução em nossa existência.

Não basta que Jesus seja o bom pastor e nos conheça e dê sua vida por nós. É necessário que nós, em resposta a esse amor do bom pastor escutemos a sua voz e, na fé, o sigamos. Ele disse: “As minhas ovelhas escutam a minha voz”. É preciso ouvir a sua voz. A oração diária do povo de Jesus incluía uma passagem do livro do Deuteronômio: “Ouve, Israel, o Senhor teu Deus é o único Senhor”. Ouve, Israel. É preciso escutar. A fé é a nossa resposta ao que ouvimos. O salmo 94 traz uma chamada de atenção: “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”. A palavra nos pede para não fechar o coração como o povo antigo que tanto entristeceu o Senhor por sua desobediência. “Oxalá vocês ouçam hoje a sua voz”.

Guardando a mensagem

Escutar a voz do bom pastor é reconhecê-lo como orientação da própria vida, crer nele, assumindo sua palavra como guia de sua existência. Foi exatamente isso que Maria disse aos serventes nas Bodas de Caná: “Façam tudo o que ele lhes disser”. O que Jesus diz, precisamos escutar, acolher, praticar. Crer é a nossa resposta à sua palavra, pela qual nos revela o amor de Deus por nós.

Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12, 46)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Infelizmente, hoje, como no teu tempo, há muita gente que não te escuta de verdade. Uns permanecem indiferentes à tua voz, à tua Palavra; não a distinguem no meio de tantas vozes do mundo de hoje. Outros te escutam com ouvido de mercador: não te levam em conta, não te ouvem com seriedade; não se deixam conquistar pelo amor de Deus que tu anuncias. Mas, que bom que muitos te escutam e te seguem. Peço-te, Senhor, que eu e minha casa estejamos sempre no número dos que te ouvem, te conhecem e te seguem. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Minha sugestão é que você transcreva e reze a oração que Jesus rezava todo dia: Deuteronômio 6, 4-9. Ela começa convidando o povo de Deus a escutar, a ouvir uma coisa muito importante.

A gente se reencontra às 22 horas, na live da Oração da Noite, nas redes sociais: youtube, facebook, instagram e no aplicativo Tempo de Paz. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb.

MARIA E JUDAS NA SEMANA DA PAIXÃO

A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo (Jo 12, 3)

06 de abril de 2020


Seis dias antes da Páscoa, Jesus hospeda-se na casa de Marta, Maria e Lázaro, seus amigos e discípulos. Prepararam um bom jantar para receber Jesus e o seu grupo. Muita gente curiosa apareceu por lá. É que esse Lázaro era aquele que Jesus tinha ressuscitado. Durante o jantar, aconteceu uma coisa muito curiosa.

Marta estava servindo. Lázaro estava à mesa com Jesus, com outras pessoas. Aí Maria veio com meio litro de perfume de nardo puro, muito caro e ungiu os pés de Jesus. A casa ficou cheia do perfume de Maria. Judas ficou incomodado. Ele calculou que aquilo estava custando umas 300 moedas de prata. Fez logo um aparte: era melhor ter vendido aquele perfume para ajudar os pobres. Conversa daquele dissimulado, ele estava de olho no dinheiro que o perfume poderia render.

Maria representa quem aprendeu a amar como Jesus. O perfume é coisa que fala de amor, de carinho. Lavar os pés do visitante era um gesto de serviço, trabalho de criados. O que ela fez foi um gesto de amor, de gratuidade, de serviço. Com certeza, ela empregou um bom dinheiro para comprar aquele perfume e o derramou sem pena nos pés do Mestre. Foi um gesto de gratuidade, de um amor generoso que não faz as contas de quanto está gastando, quanto está empenhando, quanto está colocando de si. Amor gratuito, como o de Jesus que estava para dar a própria vida, sem reserva, sem fazer contas. Dar a própria vida: ninguém tem maior amor.

Judas representa quem não é capaz de amar como Jesus; ou quem não quer acolher o amor de Jesus, assim tão generoso e gratuito como é. Por isso, ele reclama do desperdício de derramar aquele perfume todo ou mesmo o dinheiro que poderia ter sido economizado para ajudar os pobres. Judas não entendeu: não se trata apenas de ajudar os pobres. Trata-se de amar os pobres, sendo solidários com eles com a própria vida. Como Jesus, comprometendo a própria vida, numa atitude de serviço gratuito e generoso.

Guardando a mensagem

Maria ungiu os pés de Jesus com um perfume super caro. Jesus disse que ela fez isso já antecipando o dia do seu sepultamento. É como se já estivesse preparando o corpo do Mestre para a sepultura. Na proximidade da morte de Jesus, temos aqui duas visões, a de Maria e a de Judas. Pelo seu gesto, vê-se que Maria intui que, na morte, Jesus realiza radicalmente a entrega de si mesmo em favor dos outros. Ele é o ungido (é o que quer dizer Messias) para servir e dar a sua vida em favor da humanidade. Pela conversa interesseira de Judas, sua percepção é que Jesus é uma oportunidade para se ganhar dinheiro. Ficou de olho no valor de 300 moedas de prata. Vendeu Jesus, depois, por 30 moedas de prata. Maria mostrou sua compreensão de Jesus como servidor até o fim. Estava pronta para segui-lo até à cruz. Judas mostrou sua compreensão de Jesus como uma oportunidade de um bom negócio. Não tinha mesmo condição de seguir Jesus até à cruz.

A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo (Jo 12, 3).

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,

Tua discípula Maria, naquele jantar de Betânia, mostrou que aprendeu contigo, assimilou bem tua vida. O perfume do seu amor e de sua fidelidade encheu a casa toda, encantando a todos. Teu discípulo Judas Iscariotes, naquela mesma mesa, mostrou que não aprendeu as tuas lições, não assimilou teu estilo de vida. Ele revelou o sentimento mesquinho de quem está interessado mesmo é no seu próprio bolso e não está disposto a por-se a serviço dos outros. Ajuda-nos, Senhor, a participar dessa Semana Santa com o desejo sincero de realizar tua palavra e de imitar teu modo de ser filho de Deus e irmão nosso, pela amorosa doação de si mesmo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Responda no seu caderno espiritual. Maria ofereceu o perfume do seu amor e do seu serviço, com largueza e generosidade. Quanto você tem oferecido de si mesmo, dos seus recursos, do seu tempo para o serviço de Deus e dos seus irmãos?

A gente se encontra às 10 da noite, no facebook. 

Pe. Joao Carlos Ribeiro, sdb

UM GRÃO DE TRIGO QUE DEU CERTO

Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (Jo 12, 24)
10 de agosto de 2019 – Dia de São Lourenço, mártir.
Neste 10 de agosto, as leituras bíblicas apontam o exemplo de um mártir do século III da era cristã: São Lourenço. Ele era diácono da Igreja de Roma, coordenava um amplo atendimento aos pobres da cidade e assistia o Papa nas celebrações, junto com outros diáconos. Era o tempo do Papa Sisto II, tempo do Imperador Valeriano, feroz perseguidor da Igreja. O Papa estava celebrando nas catacumbas, com alguns diáconos, quando foi surpreendido pela polícia do império romano. Foi preso e martirizado. Em seguida, veio a prisão do diácono Lourenço. O prefeito da cidade exigiu os tesouros da Igreja. Lourenço prometeu apresentar-lhes toda a riqueza da Igreja. No dia combinado, reuniu uma multidão de assistidos (viúvas, pobres, cegos, aleijados, órfãos, idosos) e os apresentou ao prefeito ”Está aí o tesouro da Igreja”. Seu fim, depois de muitas torturas, foi a morte numa grelha de ferro sobre um braseiro. O tempo todo, Lourenço ficou rezando pela conversão do povo romano. Numa certa hora, chamou os algozes e sugeriu que o virassem de lado, pois já estava bem assado daquela parte. Um homem forte, cheio de fé, bem humorado, oferecendo sua vida por Cristo, como Cristo o fez por ele.  
No evangelho de hoje, Jesus diz: ”Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto” (Jo 12). Olha a dinâmica maravilhosa da obra de Deus no exemplo da germinação da semente de trigo. Da morte, nasce a vida. O grão de trigo enterrado na terra morre, se arrebenta de dentro pra fora. É assim que gera a plantinha, o pé de trigo. Só morrendo, dando-se a si mesmo, pode produzir uma planta que vai crescer e produzir espigas e chegar à nossa mesa como alimento para saciar a fome.
Jesus falava de si mesmo. Em sua paixão, ele foi o grão de trigo que caiu na terra e morreu para gerar muito fruto. Não se poupou a si mesmo, deu-se por completo. Não procurou salvar a sua pele, mas entregou-se sem reservas pelo bem dos outros. Jerus, assim, estava falando de sua morte, propriamente do sentido de sua vida e de sua morte. Sua morte não seria o fim. Seria o coroamento de sua missão, o ápice do seu serviço. Como escreveu São Paulo: “Quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”  (2 Cor 9).
Esse exemplo de Jesus, o grão de trigo, o próprio Jesus o aplicou aos seus seguidores. Disse ele: “Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna”. Se o grãozinho de trigo semeado nega-se a se entregar, a abrir-se à terra, a dar-se por completo, permanecerá apenas um grãozinho estéril, e daí a pouco será assimilado pela terra. Nada sobrará.  Mas, se generosamente se entregar, se se abrir de dentro pra fora, morrendo na sua condição de grão, vai gerar uma nova planta que vai dar muitas espigas, multiplicar-se, alimentar muita gente. A morte da semente é a geração de uma nova vida, é o milagre do renascimento. Olha que sábia comparação essa de Jesus. A morte já contém a vida, se a vida for vivida com sentido.
Guardando a mensagem
Aos discípulos, Jesus fala de si como grão de trigo que morre para gerar muitos frutos. E fala que quem quiser servi-lo, precisa segui-lo pelos seus caminhos, imitá-lo em sua entrega pelos outros. Isso que Jesus disse ecoa de uma maneira muito especial nos dias de hoje. Estamos mergulhados em uma cultura que supervaloriza o sucesso individual, a busca do bem-estar e do prazer.  O ideal, em nosso mundo, é ‘eu me dar bem’, fugindo de qualquer sacrifício ou sofrimento, pouco me importando com o sofrimento dos outros. Por que muita gente não quer ter filhos? Porque ter filho obriga os pais a viverem voltados para um outro, não para si mesmos. Por que muitos jovens refutam a vocação de consagração na Igreja? Porque este é o estilo de vida onde se vive para os outros, não para si mesmos. Por que boa parte dos matrimônios entra em crise? Porque um não quer sacrificar-se pelo bem do outro. Ainda somos grãos de trigo que, caindo na terra, negamo-nos a nos entregar, a nos sacrificar, a morrer para gerar vida.
Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (Jo 12, 24)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Vemos hoje, na figura do diácono Lourenço, alguém que viveu esta tua palavra sobre o grão de trigo. O Papa São Leão Magno disse sobre ele que “as chamas não puderam vencer a caridade de Cristo; e o fogo que o queimava fora era mais fraco do que aquele que ardia dentro dele”. Contigo, Senhor, e com teu diácono Lourenço, recolhemos muitas lições para a nossa vida. Não é nos guardando, nos poupando que vamos gerar vida. Uma família não se constrói com gente comprometida apenas pela metade, poupando-se, fazendo o mínimo. Na verdade, nenhuma vocação – a do casamento, a do serviço do altar, a da consagração – nenhuma vocação é fecunda sem entrega, sem dedicação, sem renúncia. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
É bom você fazer, hoje, um exame de consciência. Que tipo de grão de trigo você está sendo?

Pe. João Carlos Ribeiro – 10 de agosto de 2019.

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