PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Dei Verbum
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DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS



23 de janeiro de 2022

3º. Domingo do Tempo Comum

Domingo da Palavra de Deus


EVANGELHO


Lc 1,1-4;4,14-21

1Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.
3Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. 4Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.
Naquele tempo, 4,14Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.
15Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam.
16E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.
17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.
Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

MEDITAÇÃO


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Este é o terceiro domingo comum. Hoje, celebramos o Domingo da Palavra de Deus. É verdade, todo domingo é da Palavra de Deus. Mas, hoje, de maneira especial, somos chamados a acolher e celebrar o encontro com o Senhor nas Escrituras Sagradas. É com esse olhar que vamos ouvir e meditar as leituras bíblicas de hoje. 

Nos dias de domingo, como hoje, particularmente nos bairros populares, você percebe um enorme vai-e-vem dos fieis que vão às suas igrejas. Os evangélicos, você logo os identifica. Carregam, invariavelmente, uma bíblia de capa preta. Os católicos, é difícil distinguir. No geral, vão de mãos abanando. Não levam nada, talvez um trocado no bolso para a hora da coleta. Na igreja, na maioria das comunidades, os fieis recebem um folheto litúrgico com as leituras e as orações da Missa do domingo. Nas celebrações, em todas as nossas comunidades, graças a Deus, as leituras bíblicas são feitas por ministros leitores em local apropriado (mesa da palavra ou ambão). em livros litúrgicos muito bem conservados e dignos. No evangelho, a comunidade se levanta, cantando o aleluia e após a proclamação, se senta para ouvir a homilia.

A Santa Missa tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Na Missa, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação como cristãos. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

Você já notou o rumo de nossa conversa de hoje!. Nas leituras bíblicas deste 3º domingo comum há uma mensagem forte sobre a valorização da Palavra de Deus em nossas celebrações. O livro de Neemias, do antigo testamento, nos conta como foi a acolhida da Palavra de Deus, quando o povo voltou do exílio da babilônia e estava se reorganizando. A decisão do povo e dos seus líderes foi voltar a viver na aliança com Deus, conhecendo e observando sua palavra. Todo mundo se reuniu na praça, naquela manhã. O sacerdote Esdras, subiu num estrado de madeira e abriu o livro da lei. O povo se levantou. Ele foi lendo e explicando as passagens. Desde cedinho até o meio dia, os levitas ajudaram a explicar ao povo o sentido do que estava escrito. O povo ficou muito feliz e emocionado. Muita gente começou a chorar, ouvindo aquelas palavras tão abençoadas. Pela Palavra, Deus mesmo se comunica com o seu povo.

No evangelho de São Lucas, Jesus, que ensinava nas sinagogas das cidades, estava naquele sábado na cidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

É surpreendente o que lemos no documento que citamos há pouco, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)



Guardando a mensagem

No livro de Neemias, vemos a comunidade que voltou do exílio se reencontrando com o livro santo da lei de Deus. Aquele povo ficou emocionado com os textos sagrados, pelos quais Deus se comunicava com tanto amor com eles. Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura bíblica e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Essas duas passagens chamam a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada desta vida. Chegando na celebração dominical ou na Santa Missa, acompanhe as leituras no folheto litúrgico, com muita atenção. O folheto é uma forma de facilitar o seu acesso ao texto sagrado. Mas, isso não lhe dispensa de abrir regularmente a sua Bíblia. Se, por acaso, não houver folheto litúrgico em sua comunidade, você pode ter uma assinatura do livrinho da liturgia diária ou baixar um aplicativo no seu celular para acompanhar as leituras nas celebrações. O que não pode acontecer é se ficar de cara pra cima, indiferente à santa palavra de Deus, com a qual o próprio Deus está se comunicando conosco. O que não pode acontecer é você entrar e sair da igreja, e não ficar nada daquela palavra no seu coração e na sua mente.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O Salmo 19 nos ajuda a rezar hoje: “A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz”. Tuas palavras, Senhor, são espírito e vida. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

A primeira coisa: ouvir e ler com atenção a Meditação de hoje. Ler ajuda a compreender melhor o que está sendo dito. Para ler a Meditação, basta tocar no link que lhe enviei. A segunda coisa: compartilhar a Meditação. Quem compartilha, evangeliza deixe de ler o evangelho de hoje, em sua Bíblia (Lucas 1, 1-4; e 4, 14-21)

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O PÃO QUE NOS ALIMENTA



30 de agosto de 2021


EVANGELHO


Lc 4,16-30


Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”.

20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?”

23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.

27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o Sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.


MEDITAÇÃO


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)


E neste finalzinho do mês de agosto, abrimos o Santo Livro para acompanhar Jesus na sinagoga de Nazaré. Ele vai ler as Escrituras. Assim, vamos nos preprando para o mês da Bíblia que começa quarta-feira. 


Jesus, estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, cumpre-se hoje.


As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.


As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da mesa do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.


É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)


Guardando a mensagem


Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Essa passagem desperta a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada.


Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.


Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)


Rezando a palavra


Senhor Jesus,

Tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra


E com o mês de setembro que está chegando, teremos o Mês da Bíblia. É bom você já ir destacando a sua Bíblia na sua casa ou no seu local de trabalho (onde isto for possível). Coloque-a num local de destaque, para ser vista e lida.


Em setembro, vamos continuar caminhando juntos, aqui na Meditação, crescendo no conhecimento e no amor ao Livro de nossa fé. O livro bíblico que será estudado neste mês de setembro na Igreja do Brasil é a Carta aos Gálatas.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb


AMOR À PALAVRA DE DEUS



Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

31 de agosto de 2020.

E neste último dia do mês de agosto, abrimos o Santo Livro para acompanhar Jesus na sinagoga de Nazaré. Ele vai ler as Escrituras. Assim, vamos nos preprando para o mês da Bíblia que começa amanhã. 

Jesus, estava, naquele sábado, na localidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

As Escrituras Sagradas do antigo povo de Deus ocupavam um lugar muito especial, nas sinagogas, no tempo de Jesus. Eram guardadas num lugar central à frente da assembleia, numa espécie de oratório que lembra os nossos sacrários de hoje. Nessa passagem do evangelho de São Lucas, o servidor lhe entregou o rolo do livro do profeta Isaías. Jesus o leu e depois o devolveu ao servidor, para que o guardasse. Aí, começou a explicar a leitura feita.

As Escrituras Sagradas dos cristãos compreendem os livros do antigo povo de Deus (o Antigo Testamento) e os escritos das comunidades cristãs do final do primeiro século (o Novo Testamento). Também para nós, as Escrituras Sagradas ocupam um lugar muito especial em nossas celebrações. A Missa, por exemplo, tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Assim, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da mesa do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

É surpreendente o que lemos neste documento do Concílio, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)

Guardando a mensagem

Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura na celebração e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Nesta véspera do início do mês da Bíblia, essa passagem desperta a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada. Na Igreja, esteja sempre atento(a) à palavra que está sendo proclamada. A celebração é, por excelência, o lugar onde Deus está instruindo o seu povo. Em casa, não esqueça sua Bíblia em qualquer gaveta. Conserve-a em lugar visível, digno. Leia-a todos os dias. Todo dia, um trechinho. Sendo o evangelho do dia, melhor ainda. Ao iniciar sua leitura, peça as luzes do Espírito Santo. É ele quem faz da palavra escrita um verdadeiro encontro com o Senhor da palavra.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Tu és a própria palavra de Deus, o verbo feito carne. Em ti, todas as palavras da Escritura ganham sentido e força. Todo o Antigo Testamento vive da promessa de tua vinda. Todo o Novo Testamento nos comunica tua presença redentora. Senhor, que o livro santo de tua palavra seja objeto de leitura e estudo de nossa parte, para o compreendermos sempre mais e nele te acolhermos como caminho, verdade e vida. Concede que cresçamos no conhecimento e na prática de tua palavra. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Amanhã, começa o Mês da Bíblia. Comece destacando a sua Bíblia na sua casa ou no seu local de trabalho (onde isto for possível). Coloque-a num local de destaque, para ser vista e lida.

Em setembro, vamos continuar caminhando juntos, aqui na Meditação, crescendo no conhecimento e no amor ao Livro de nossa fé. 

Podendo, me acompanhe no comentário sobre a Meditação de hoje, na Live da Oração da Noite no youtube e no facebook. Começo sempre às 21:30h. É só procurar @padrejoãocarlos. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



DE MÃOS ABANANDO

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

27 de janeiro de 2019.

Nos dias de domingo, como hoje, particularmente nos bairros populares, você percebe um enorme vai-e-vem dos fieis que vão às suas igrejas. Os evangélicos, você logo os identifica. Carregam, invariavelmente, uma bíblia de capa preta. Os católicos, é difícil distinguir. No geral, vão de mãos abanando. Não levam nada, talvez um trocado no bolso para a hora da coleta. Na igreja, na maioria das comunidades, os fieis recebem um folheto litúrgico com as leituras e as orações da Missa do domingo. Nas celebrações, em todas as nossas comunidades, graças a Deus, as leituras bíblicas são feitas por ministros leitores em local apropriado (mesa da palavra ou ambão). em livros litúrgicos muito bem conservados e dignos. No evangelho, a comunidade se levanta, cantando o aleluia e após a proclamação, se senta para ouvir a homilia.

A Santa Missa tem claramente duas partes distintas: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Na Missa, somos alimentados pelo pão da vida, Jesus Cristo, na mesa da palavra e na mesa da eucaristia. Olha o que diz a Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina (Dei Verbum): “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo” (DV 21). Deu para entender? “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor”. As leituras bíblicas, organizadas com muito cuidado pela Igreja para cada domingo e para cada dia da semana, são um alimento sagrado para a nossa edificação como cristãos. Somos alimentados pelo mesmo Cristo, palavra e pão.

Você já notou o rumo de nossa conversa de hoje!. Nas leituras bíblicas deste 3º domingo comum há uma mensagem forte sobre a valorização da Palavra de Deus em nossas celebrações. O livro de Neemias, do antigo testamento, nos conta como foi a acolhida da Palavra de Deus, quando o povo voltou do exílio da babilônia e estava se reorganizando. A decisão do povo e dos seus líderes foi voltar a viver na aliança com Deus, conhecendo e observando sua palavra. Todo mundo se reuniu na praça, naquela manhã. O sacerdote Esdras, subiu num estrado de madeira e abriu o livro da lei. O povo se levantou. Ele foi lendo e explicando as passagens. Desde cedinho até o meio dia, os levitas ajudaram a explicar ao povo o sentido do que estava escrito. O povo ficou muito feliz e emocionado. Muita gente começou a chorar, ouvindo aquelas palavras tão abençoadas. Pela Palavra, Deus mesmo se comunica com o seu povo.

No evangelho de São Lucas, Jesus, que ensinava nas sinagogas das cidades, estava naquele sábado na cidade onde se criara, Nazaré. Na Sinagoga, ele levantou-se para ler o livro da Palavra de Deus. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías.  Ele achou ali uma passagem muito especial. Ele leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres”. Quando terminou a leitura, ele sentou-se, como faziam os mestres. Todo mundo ficou na maior atenção. E ele começou a explicar como aquela passagem falava precisamente de sua missão. “Hoje, se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. A Palavra de Deus é atual, se cumpre hoje.

É surpreendente o que lemos no documento que citamos há pouco, a Dei Verbum: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; e é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que se torna o apoio vigoroso da Igreja, solidez da fé para os filhos da Igreja, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DV 21)

Guardando a mensagem

No livro de Neemias, vemos a comunidade que voltou do exílio se reencontrando com o livro santo da lei de Deus. Aquele povo ficou emocionado com os textos sagrados, pelos quais Deus se comunicava com tanto amor com eles. Em Nazaré, vemos Jesus, na sinagoga, fazendo a leitura bíblica e nos mostrando a atualidade da palavra. É hoje que Deus nos fala, é hoje que suas promessas se cumprem. Essas duas passagens chamam a nossa atenção para o valor que devemos dar à Sagrada Escritura. Na celebração dominical, a Palavra é proclamada, explicada, rezada. É o pão da vida, alimento sagrado para nos sustentar na caminhada desta vida. Chegando na celebração dominical ou na Santa Missa, acompanhe as leituras no folheto litúrgico, com muita atenção. O folheto é uma forma de facilitar o seu acesso ao texto sagrado. Mas, isso não lhe dispensa de abrir regularmente a sua Bíblia. Se, por acaso, não houver folheto litúrgico em sua comunidade, você pode ter uma assinatura do livrinho da liturgia diária ou  baixar um aplicativo no seu celular para acompanhar as leituras nas celebrações. O que não pode acontecer é se ficar de cara pra cima, indiferente à santa palavra de Deus, com a qual o próprio Deus está se comunicando conosco. O que não pode acontecer é você entrar e sair da igreja, e não ficar nada daquela palavra no seu coração e na sua mente.

Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabaram de ouvir (Lc 4, 21)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
O Salmo 19 nos ajuda a rezar hoje: “A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz”. Tuas palavras, Senhor, são espírito e vida. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Não deixe de ler o evangelho de hoje, em sua Bíblia (Lucas 1, 1-4; e 4, 14-21)

Pe. João Carlos Ribeiro – 27.01.2019 


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