PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Defensor
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SE NÃO FOSSE O ESPÍRITO SANTO

Se eu não for, não virá o Defensor até vocês (Jo 16, 7).
08 de abril de 2018.
Jesus estava dizendo aos discípulos que era mais vantajoso para eles que ele partisse, que fosse para o Pai. Só ele indo, viria o Espírito Santo. Por que será que Jesus disse isso? Porque ele precisava ir? Qual a vantagem da vinda do Espírito?
Bom, os discípulos tiveram a experiência maravilhosa de conviver com Jesus, de ouvi-lo, de ver suas atitudes e suas obras prodigiosas. Tudo bem. Mas, não chegavam a compreendê-lo profundamente, não entendiam o significado de sua mensagem e o alcance de suas palavras. Também eles não conseguiam captar o sentido de sua morte e de sua ressurreição. A morte de Jesus como um malfeitor foi uma tremenda decepção para eles. Eles também não chegavam a perceber como a pregação e a prática de Jesus eram uma novidade que punha em crise a sua prática religiosa judaica e gerava uma nova expressão religiosa.
Jesus ressuscitado voltou ao Pai e nos enviou o Espírito Santo. A presença do Santo Espírito fez a diferença na vida dos discípulos e do seu trabalho missionário. O Espírito Santo acompanhou a comunidade num verdadeiro salto de qualidade. O seu ponto de partida e a sua referência foram a herança de Jesus, isto é, suas palavras, seus ensinamentos, sua morte e ressurreição. Ele ajudou a comunidade a compreender mais profundamente quem era Jesus e o significado de suas palavras; inspirou os discípulos a interpretarem o verdadeiro alcance redentor da morte de Jesus; e, com eles, construiu a nova comunidade do novo testamento, com suas crenças, suas celebrações e seus compromissos no mundo.
Claro que foi bom que Jesus voltasse ao Pai. Sem o Espírito Santo, Jesus seria apenas um personagem da história, talvez um modelo de vida, um santo homem ou mesmo um deus que esteve conosco e se foi. Pela atuação do Santo Espírito, Jesus continua presente no meio dos seus. É viva a sua palavra. É permanente o seu sacrifício. Na força do Espírito, é Jesus quem lidera a sua Igreja e preside a história humana, conduzindo-a para um final feliz. É o Espírito Santo que atualiza a palavra e a presença de Jesus no meio de sua comunidade e no mundo. Pelo Espírito, os discípulos ficam sabendo quem é Jesus e o que significam suas palavras.
Sem o Espírito Santo, a comunidade dos discípulos teria permanecido trancada no cenáculo. E o cristianismo seria um culto quase secreto, sem repercussão no mundo externo. O Espírito Santo levou a Igreja a abrir as portas, sair às praças e atravessar os oceanos. A boa notícia é para todos e deve chegar a todos. O evangelho é fermento para a vida do mundo. Sua mensagem deve repercutir em todos os ambientes, em todas as atividades humanas, gerando fraternidade, solidariedade, justiça, paz, respeito à vida, tolerância, perdão. É o Espírito Santo quem dá vigor e atualidade à pregação do evangelho.
Vamos guardar a mensagem
Jesus nos enviou, da parte do Pai, o Espírito Santo, o outro Defensor. A sua vinda deu garantia de continuidade à missão de Jesus. Os discípulos puderam compreender quem é Jesus e o significado de seus ensinamentos. Assimilaram a sua morte e ressurreição como mistério de redenção, de sacrifício em favor dos pecadores. Com o Espírito, os seguidores de Jesus construíram uma nova expressão religiosa, onde se vive, se celebra e se anuncia a nova humanidade que começou na sua páscoa. O Espírito Santo é quem atualiza a palavra e a presença de Jesus e continuamente empurra a Igreja para as periferias do mundo.
Se eu não for, o Defensor não virá até vocês (Jo 16, 7).
Vamos rezar a palavra
Senhor Jesus,
O Espírito Santo nos faz compreender a tua morte. Se por um lado, ela foi obra do ódio do mundo contra Deus, por outro lado ela manifestou o amor de Deus pelo mundo. Que o teu Santo Espírito continue nos iluminando, nos inspirando, nos movendo para sermos tuas testemunhas nesse nosso mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Faça sua prece ao Espírito Santo. Ele mora em você. Fale e escute.

Pe. João Carlos Ribeiro – 08.05.2018

QUANDO VIER O OUTRO DEFENSOR



Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)


07 de maio de 2018.

Ontem, celebramos o 6º Domingo da Páscoa. E a grande palavra que ecoou na liturgia de ontem foi AMOR. Como o Pai amou Jesus, ele nos amou. Como Jesus nos amou, temos que nos amar uns aos outros. E nos perguntamos: Como foi que Jesus nos amou? Ele deu sua vida por nós. E nos deu o seu Espírito. No domingo da ressurreição, ele soprou sobre os apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito. No pentecostes, derramou o seu Espírito sobre toda a comunidade. No seu amor por nós, ele deu a vida e nos deu o seu Espírito.

Nesta cena da última ceia, Jesus está preparando os discípulos para acolher e entender a missão do Espírito Santo. Ele é o outro Defensor. Ele vem do Pai, como Jesus. E vem enviado pelo Pai e pelo Filho, na sua volta ao seio do Pai. E por que ele é chamado de Defensor? Porque atualizará o legado de Jesus que nos reconciliou com Deus, nos livrando do jugo do pecado; porque fortalecerá e defenderá os seguidores de Jesus nas provações, nas perseguições. Jesus o chamou de o Espírito da Verdade. Espírito da verdade porque ele revela aos discípulos quem é Jesus e os ajuda a compreender o significado de suas palavras. Ele é o animador número um da missão de Jesus que os discípulos vão continuar.

Jesus disse aos discípulos: “Ele dará testemunho de mim. E vocês também darão testemunho”. TESTEMUNHO é a palavra-chave do evangelho de hoje. Dar testemunho de Jesus é dizer claramente, e com conhecimento, quem é ele. É atestar, diante do mundo, o seu papel redentor. Dar testemunho é ficar firme e fiel na hora da provação e da perseguição. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus. Nós sozinhos não damos conta. Precisamos da presença e da atuação do Santo Espírito para nos fazer entender quem é Jesus, para compreender suas palavras, para atualizar sua presença no mundo, para nos sustentar na missão de anunciadores da salvação em Cristo. Nós e o Espírito Santo somos as testemunhas de Jesus no mundo de hoje.

Desde o começo, a comunidade compreendeu esse papel fundamental do Santo Espírito, como parceiro da missão. Quando os apóstolos e os anciãos tiveram que tomar uma decisão sobre a entrada dos pagãos na comunidade, eles rezaram e deliberaram. Depois, escreveram o seguinte na carta que foi enviada: ‘Pareceu bem a nós e ao Espírito Santo tomar a seguinte decisão’. Viu? O Espírito Santo e os seguidores de Jesus são parceiros no testemunho do Mestre.

Vamos guardar a mensagem

Jesus mandou o Espírito Santo, da parte do Pai, para garantir a continuidade de sua missão. Ele dá testemunho de Jesus. Nós também somos testemunhas de Jesus. A testemunha tem conhecimento de causa, por isso atesta publicamente, garante alguma coisa a partir de sua experiência. Nós conhecemos Jesus, e o anunciamos. O Espírito Santo é quem garante que o nosso testemunho seja verdadeiro e fiel nas provações. Ele é o parceiro da Igreja na sua grande missão, a evangelização. Nosso testemunho sobre Jesus, nós o damos todo dia, por onde andamos, com o que falamos, com o modo como nos conduzimos na vida. Quem nos inspira e nos sustenta no testemunho é o Espírito Santo.

Ele dará testemunho de mim (Jo 15, 26)

Vamos rezar a palavra

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Vamos viver a palavra

A dica de ontem foi ler Atos 10, a história de Cornélio. Nessa história, vê-se claramente como atua o Espírito Santo de Deus, alargando as fronteiras da missão. Se não leu, mais uma chance pra você. Leia, hoje, na sua Bíblia, todo o capítulo 10 do livro dos Atos dos Apóstolos.

Pe. João Carlos Ribeiro – 07.05.2018

O ESPÍRITO SANTO NOS ENSINARÁ TUDO

O Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo (Jo 14, 26).
30 de abril de 2018.
Aos poucos, neste tempo pascal, Jesus começa a nos apresentar a presença e a ação do Espírito Santo. Jesus parte da nossa comunhão com ele e com o Pai. Ele está no Pai, nós estamos nele e ele em nós. Essa nossa união com Cristo ficou bem explicada  quando ele usou a comparação com a videira. Ele é a videira. Nós somos os ramos, estamos enxertados na videira que é ele mesmo. Quanto mais estamos unidos à videira e limpos para aderir ao tronco, mais podemos dar frutos. Os frutos vêm dessa permanência em Cristo, dessa união prolongada nele.
Talvez você não tenha ainda se convencido suficiente disso. Você está unido(a) a Cristo, não por merecimento de sua parte, claro, mas pelo amor de Cristo. E sua união com Cristo, é, por ele, também comunhão com o Pai. O seu amor a Cristo manifesta-se na observância dos seus mandamentos. E o mandamento dele é o amor ao próximo, como ele nos amou. O mandamento não é uma obrigação. Faço a vontade de Deus, como Jesus a faz, na liberdade e no amor. Uno-me ao Pai e ao seu Filho, e realizo, no amor, a sua vontade.
Essas palavras de Jesus estão no contexto da despedida, capítulos  13 a 17 de São João. Por isso, Jesus revela que não nos deixará órfãos. Vai pedir e o Pai nos dará um outro Defensor. Ele é o Espírito da Verdade, que o mundo não conhece. Mas, nós o conhecemos. Nós o conhecemos porque ele permanece junto de nós e está em nós. O mundo é a humanidade decaída, subjugada pelo pecado, que reage contra Jesus e contra os seus seguidores. O mundo está sob o comando do pai da Mentira. Não reconhece Jesus que é a Verdade. Assim, não pode reconhecer o Espírito, que é o Espírito da Verdade. Mas, nós o conhecemos, porque conhecemos Jesus e seu amor por nós e pelo Pai.
Se voltarmos à comparação da Videira, podemos pensar que dessa sua comunhão com Cristo, como ramo na figueira, é-lhe comunicada a seiva, a vida. Podemos pensar no Espírito Santo, como essa comunicação da vida que lhe vem por meio de Jesus. Nas comunidades de Lucas, no seu evangelho e nos Atos dos Apóstolos, o Espírito é derramado no dia de Pentecostes. Mas, para o evangelista João, o Espírito nos é comunicado na cruz. É na cruz que o Senhor entrega o seu Espírito: “Pai, em tuas mãos, entrego o meu Espírito”. Do seu lado aberto, escorreram sangue e água: sangue do Sacrifício, que renovamos na Santa Missa; água da Vida Nova, que celebramos no Batismo. A carta de Pedro diz precisamente que Jesus morreu em sua existência humana, mas recebeu vida nova no Espírito. Foi o que aconteceu a você, no Batismo. Ali, foi-lhe aplicada a redenção que vem da cruz de Cristo e desceu sobre você a vida nova no seu Espírito. No batismo, a água é o sinal sacramental da ação do Espírito que nos regenera, nos dando vida nova.
Vamos guardar a mensagem
Então, podemos entender, com essas imagens do evangelho de São João, que o Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade Santa, está em nós, permanece em nós. É o dom da vida nova que Jesus nos comunicou, com sua morte redentora. E é ele quem atualiza a presença de Cristo entre nós. Por sua ação, o Pai escuta a nossa oração elevada em nome de Cristo; a Palavra de Jesus que nós lemos torna-se palavra viva; a presença de Cristo na Eucaristia torna-se real; a missão de Jesus continua sua marcha por nossas pobres mãos. É o Espírito quem atualiza a presença de Cristo entre nós. De fato, Jesus não nos deixou órfãos.
O Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo (Jo 14, 26).
Vamos rezar a Palavra
Vinde Espírito Santo,  enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor.  Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis, com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém
Vamos viver a Palavra
Durante o dia de hoje, invoque várias vezes o Espírito Santo. Jesus disse que ele nos ensinará tudo e nos recordará tudo quanto ele nos ensinou.

Pe. João Carlos Ribeiro – 30.04.2018

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