PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: 84 anos
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Ana tem uma boa notícia pra você.

 



   30 de dezembro de 2023.   

Sábado da Oitava de Natal

   Evangelho.   


Lc 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

   Meditação.   


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)

A passagem do evangelho de São Lucas em que aparecem dois profetas idosos – Simeão e Ana – é uma verdadeira surpresa. Há, no início da história de Jesus, uma valorização clara dos idosos, das gerações mais velhas. A passagem de hoje concentra-se, particularmente, em Ana. 

Primeiro, apresenta essa idosa. E depois, diz o que ela fez de tão especial, no dia em que José e Maria levaram seu bebê para apresentá-lo no Templo. Vamos à apresentação de quem era Ana: “Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois, ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”. 

Esta breve biografia de Ana está construída com sete informações. Como numa moldura, estão duas informações sobre seu papel religioso: uma profetisa judia que não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus, com jejuns e orações. Coisa rara se encontrar na Bíblia a figura de uma mulher profetisa. Bom, tem muitas outras, tudo bem. Mas, convenhamos, são raras. E essa - maravilhemo-nos - vivia no Templo, servindo a Deus.

Outras duas informações são sobre sua idade: idosa de oitenta e quatro anos. Um número altamente simbólico. Dividindo oitenta e quatro por dois, resulta 42. 40 anos é o tempo da peregrinação no deserto que precedeu a entrada na terra prometida. Ao se referir ao número 40 ou aproximado, todo membro do povo de Deus estremecia numa só sintonia: a caminhada não fora em vão, já se estava avistando a terra da promessa. É como se dissesse: chegamos ao final de nossa viagem tão sofrida; agora, é a hora da posse dos bens que Deus nos prometeu. Ao dizer que ela estava com oitenta e quatro anos, o leitor da Bíblia fica avisado: depois de ter atravessado o deserto de tantas incertezas e sofrimentos, agora ela vai conhecer a realização das promessas de Deus. 

Duas outras informações são sobre seu estado de vida: quando jovem tinha sido casada e depois ficara viúva. Casamento é um tema frequente também no Novo Testamento. O evangelho de São João começa com o casamento de Caná. A imagem do casamento remete ao tema da Aliança. Deus fez uma aliança com Israel, do jeito de um casamento. A informação foi que quando jovem, tinha sido casada – claro, Israel celebrou seu casamento com Deus, bem nos inícios. Mas, depois ficara viúva. Verdade, a aliança foi enfraquecida e esquecida pela infidelidade de Israel. É bom lembrar que a missão de Jesus seria restaurar esses laços, reconstruir o casamento, celebrar uma nova e eterna aliança de Deus com o seu povo. 

A sétima informação é como a cereja no bolo: ela vivera sete anos com o marido. O que é que o leitor da Bíblia entende com essa informação? Vamos testar: que viveu bem ou viveu mal?... Claro, viveu bem. Sete é número perfeito. Ela foi muito feliz com seu esposo, viveu intensamente feliz aquele tempo. E o que houve? Ficou viúva, ficou sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu marido. Foi assim que Jesus encontrou o seu povo: ovelhas sem pastor, bodas sem vinho, casamento sem os convidados, viúvas sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu esposo.




Guardando a mensagem

Ana, a idosa profetisa viúva pode estar representando o próprio povo de Deus. A aliança com Deus, o seu casamento feliz, se perdeu por causa de sua infidelidade. Mas, a idade de Ana, 84 anos, sugere que depois de uma longa peregrinação no deserto, chegara a hora de ingressar na terra prometida.  Chegara a hora da realização das promessas de Deus. E Deus tinha prometido um Salvador, alguém que restauraria definitivamente a aliança. O próprio texto nos ajuda a entender essa novidade: “Ana chegou nesse momento e põe-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Como Simeão, ela também reconheceu, naquela criança, a realização das promessas de Deus, a chegada do prometido. E assim, louvou muito a Deus e saiu evangelizando seu povo, comunicando-lhe essa boa notícia.


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)

Vivendo a palavra

Senhor Jesus, 
ficamos felizes de compreender, em tua palavra de hoje, o sentido de tua vinda ao mundo. Em Simeão e Ana, vemos o teu povo abrindo os braços para te acolher. Ele, reconhecendo que Deus tinha te enviado como Luz para as Nações. Ela, reconhecendo que Deus te enviou para restaurar a aliança. És o salvador prometido a Israel, teu povo. És o salvador deste mundo que se afastou de Deus e nem mais o conhece e ama. Vieste para nos reconciliar com o nosso Criador e Pai, para nos reintegrar em nosso lugar de filhos amados, exilados daí pelo pecado. Obrigado, Senhor. Que este tempo de natal nos ajude a compreender o sentido de tua vinda. E a te acolher de todo coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Para você entender melhor a explicação de hoje, peço que , além de ouvir, você l-e-i-a esta Meditação, atentamente. Quando lhe envio a meditação, sempre faço uma pequena apresentação indicando o link para o texto. É só você clicar no link e já estará em meu blog www.padrejoaocarlos.com. É lá que está o texto. Bom proveito. 

Comunicando

No comecinho do ano novo, estaremos juntos assistindo o show do meu novo trabalho musical "Quando eu quero falar com Deus". É quarta-feira próxima, dia 03 de janeiro, às 10 da noite, na Rede Vida de Televisão. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ANA ACOLHE A CRIANÇA DE BELÉM




30 de dezembro de 2021

EVANGELHO


Lc 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

MEDITAÇÃO


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)


A passagem do evangelho de São Lucas em que aparecem dois profetas idosos – Simeão e Ana – é uma verdadeira surpresa. Há, no início da história de Jesus, uma valorização clara dos idosos, das gerações mais velhas. A passagem de hoje concentra-se, particularmente, em Ana. 


Primeiro, apresenta essa idosa. E depois, diz o que ela fez de tão especial, no dia em que José e Maria levaram seu bebê para apresentá-lo no Templo. Vamos à apresentação de quem era Ana: “Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois, ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”. 

Esta breve biografia de Ana está construída com sete informações. Como numa moldura, estão duas informações sobre seu papel religioso: uma profetisa judia que não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus, com jejuns e orações. Coisa rara se encontrar na Bíblia a figura de uma mulher profetisa. Bom, tem muitas outras, tudo bem. Mas, convenhamos, são raras. E essa - maravilhemo-nos - vivia no Templo, servindo a Deus.

Outras duas informações são sobre sua idade: idosa de oitenta e quatro anos. Um número altamente simbólico. Dividindo oitenta e quatro por dois, resulta 42. 40 anos é o tempo da peregrinação no deserto que precedeu a entrada na terra prometida. Ao se referir ao número 40 ou aproximado, todo membro do povo de Deus estremecia numa só sintonia: a caminhada não fora em vão, já se estava avistando a terra da promessa. É como se dissesse: chegamos ao final de nossa viagem tão sofrida; agora, é a hora da posse dos bens que Deus nos prometeu. Ao dizer que ela estava com oitenta e quatro anos, o leitor da Bíblia fica avisado: depois de ter atravessado o deserto de tantas incertezas e sofrimentos, agora ela vai conhecer a realização das promessas de Deus. 

Duas outras informações são sobre seu estado de vida: quando jovem tinha sido casada e depois ficara viúva. Casamento é um tema frequente também no Novo Testamento. O evangelho de São João começa com o casamento de Caná. A imagem do casamento remete ao tema da Aliança. Deus fez uma aliança com Israel, do jeito de um casamento. A informação foi que quando jovem, tinha sido casada – claro, Israel celebrou seu casamento com Deus, bem nos inícios. Mas, depois ficara viúva. Verdade, a aliança foi enfraquecida e esquecida pela infidelidade de Israel. É bom lembrar que a missão de Jesus seria restaurar esses laços, reconstruir o casamento, celebrar uma nova e eterna aliança de Deus com o seu povo. 

A sétima informação é como a cereja no bolo: ela vivera sete anos com o marido. O que é que o leitor da Bíblia entende com essa informação? Vamos testar: que viveu bem ou viveu mal?... Claro, viveu bem. Sete é número perfeito. Ela foi muito feliz com seu esposo, viveu intensamente feliz aquele tempo. E o que houve? Ficou viúva, ficou sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu marido. Foi assim que Jesus encontrou o seu povo: ovelhas sem pastor, bodas sem vinho, convidados ausentes da festa do casamento. 


Guardando a mensagem

Ana, a idosa profetisa viúva pode estar representando o próprio povo de Deus. A aliança com Deus, o seu casamento feliz, se perdeu por causa de sua infidelidade. Mas, a idade de Ana, 84 anos, sugere que depois de uma longa peregrinação no deserto, chegara a hora de ingressar na terra prometida; chegara a hora da realização das promessas de Deus. E Deus tinha prometido um Salvador, alguém que restauraria definitivamente a aliança. O próprio texto nos ajuda a entender essa novidade: “Ana chegou nesse momento e põe-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Como Simeão, ela também reconheceu, naquela criança, a realização das promessas de Deus, a chegada do prometido. E assim, louvou muito a Deus e saiu evangelizando seu povo, comunicando-lhe essa boa notícia.


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)

Vivendo a palavra

Senhor Jesus, 
Ficamos felizes de compreender, em tua palavra de hoje, o sentido de tua vinda ao mundo. Em Simeão e Ana, vemos o teu povo abrindo os braços para te acolher. Ele, reconhecendo que Deus tinha te enviado como Luz para as Nações. Ela, reconhecendo que Deus te enviou para restaurar a aliança. És o salvador prometido a Israel, teu povo. És o salvador deste mundo que se afastou de Deus e nem mais o conhece e ama. Vieste para nos reconciliar com o nosso Criador e Pai, para nos reintegrar em nosso lugar de filhos amados, exilados daí pelo pecado. Obrigado, Senhor. Que este tempo de natal nos ajude a compreender o sentido de tua vinda. E a te acolher de todo coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Para você entender melhor a explicação de hoje, peço que , além de ouvir, você l-e-i-a esta Meditação, atentamente. Quando lhe envio a meditação, sempre faço uma pequena apresentação indicando o link para o texto. É só você clicar no link e já estará em meu blog www.padrejoaocarlos.com. É lá que está o texto. Bom proveito. 

E eu tenho um convite especial para você, neste penúltimo dia do ano velho: participe conosco da Santa Missa que celebraremos hoje, às 11 horas da manhã, pelas redes sociais. Será a Santa Missa da Gratidão. Toda Missa é de ação de graças, claro, mas nesta queremos louvar o Senhor particularmente por todas as bênçãos e graças recebidas neste ano. Mesmo se não for possível acompanhar a Santa Missa, apresente os seus motivos de ação de graças neste formulário que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



O TESTEMUNHO DE ANA


30 de dezembro de 2020

EVANGELHO



Lc 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

MEDITAÇÃO


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38) 


A passagem do evangelho de São Lucas em que aparecem dois profetas idosos – Simeão e Ana – é uma verdadeira surpresa. Há, no início da história de Jesus, uma valorização clara dos idosos, das gerações mais velhas. A passagem de hoje concentra-se, particularmente, em Ana. 

Primeiro, apresenta essa idosa. E depois, diz o que ela fez de tão especial, no dia em que José e Maria levaram seu bebê para apresentá-lo no Templo. Vamos à apresentação de quem era Ana: “Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois, ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”. 

Esta breve biografia de Ana está construída com sete informações. Como numa moldura, estão duas informações sobre seu papel religioso: uma profetisa judia que não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus, com jejuns e orações. Coisa rara se encontrar na Bíblia a figura de uma mulher profetisa. Bom, tem muitas outras, tudo bem. Mas, convenhamos, são raras. E essa - maravilhemo-nos - vivia no Templo, servindo a Deus.

Outras duas informações são sobre sua idade: idosa de oitenta e quatro anos. Um número altamente simbólico. Dividindo oitenta e quatro por dois, resulta 42. 40 anos é o tempo da peregrinação no deserto que precedeu a entrada na terra prometida. Ao se referir ao número 40 ou aproximado, todo membro do povo de Deus estremecia numa só sintonia: a caminhada não fora em vão, já se estava avistando a terra da promessa. É como se dissesse: chegamos ao final de nossa viagem tão sofrida; agora, é a hora da posse dos bens que Deus nos prometeu. Ao dizer que ela estava com oitenta e quatro anos, o leitor da Bíblia fica avisado: depois de ter atravessado o deserto de tantas incertezas e sofrimentos, agora ela vai conhecer a realização das promessas de Deus. 

Duas outras informações são sobre seu estado de vida: quando jovem tinha sido casada e depois ficara viúva. Casamento é um tema frequente também no Novo Testamento. O evangelho de São João começa com o casamento de Caná. A imagem do casamento remete ao tema da Aliança. Deus fez uma aliança com Israel, do jeito de um casamento. A informação foi que quando jovem, tinha sido casada – claro, Israel celebrou seu casamento com Deus, bem nos inícios. Mas, depois ficara viúva. Verdade, a aliança foi enfraquecida e esquecida pela infidelidade de Israel. É bom lembrar que a missão de Jesus seria restaurar esses laços, reconstruir o casamento, celebrar uma nova e eterna aliança de Deus com o seu povo. 

A sétima informação é como a cereja no bolo: ela vivera sete anos com o marido. O que é que o leitor da Bíblia entende com essa informação? Vamos testar: que viveu bem ou viveu mal?... Claro, viveu bem. Sete é número perfeito. Ela foi muito feliz com seu esposo, viveu intensamente feliz aquele tempo. E o que houve? Ficou viúva, ficou sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu marido. Foi assim que Jesus encontrou o seu povo: ovelhas sem pastor, bodas sem vinho, convidados ausentes da festa do casamento. 

Guardando a mensagem

Ana, a idosa profetisa viúva pode estar representando o próprio povo de Deus. A aliança com Deus, o seu casamento feliz, se perdeu por causa de sua infidelidade. Mas, a idade de Ana, 84 anos, sugere que depois de uma longa peregrinação no deserto, chegara a hora de ingressar na terra prometida; chegara a hora da realização das promessas de Deus. E Deus tinha prometido um Salvador, alguém que restauraria definitivamente a aliança. O próprio texto nos ajuda a entender essa novidade: “Ana chegou nesse momento e põe-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Como Simeão, ela também reconheceu, naquela criança, a realização das promessas de Deus, a chegada do prometido. E assim, louvou muito a Deus e saiu evangelizando seu povo, comunicando-lhe essa boa notícia.

Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38) 


Vivendo a palavra

Senhor Jesus, 
Ficamos felizes de compreender, em tua palavra de hoje, o sentido de tua vinda ao mundo. Em Simeão e Ana, vemos o teu povo abrindo os braços para te acolher. Ele, reconhecendo que Deus tinha te enviado como Luz para as Nações. Ela, reconhecendo que Deus te enviou para restaurar a aliança. És o salvador prometido a Israel, teu povo. És o salvador deste mundo que se afastou de Deus e nem mais o conhece e ama. Vieste para nos reconciliar com o nosso Criador e Pai, para nos reintegrar em nosso lugar de filhos amados, exilados daí pelo pecado. Obrigado, Senhor. Que este tempo de natal nos ajude a compreender o sentido de tua vinda. E a te acolher de todo coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Para você entender melhor a explicação de hoje, peço que você, além de ouvir, l-e-i-a esta Meditação, atentamente. Quando lhe envio a meditação, sempre faço uma pequena apresentação indicando o link para o texto. É só você clicar no link e já estará em meu blog www.padrejoaocarlos.com. É lá que está o texto. Bom proveito. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

OS IDOSOS, TESTEMUNHAS DO SENHOR

MEDITAÇÃO PARA A SEXTA-FEIRA, 02 DE FEVEREIRO DE 2018.

Meus olhos viram a tua salvação (Lc 2, 30).
Hoje, celebramos a festa da apresentação do Senhor. Maria e José levam seu menino ao Templo. Lá, vão cumprir uma prescrição da lei de Moisés, o resgate do primogênito. Esse rito, pelo qual se consagrava a Deus o primeiro filho, estava ligado à saída do povo do Egito. Naquela noite da páscoa, Deus poupou os primogênitos de Israel da grande mortandade que se abateu sobre os filhos dos egípcios.
No Templo, Simeão, idoso, movido pelo Espírito, reconheceu nele a luz da salvação que chegara para toda a humanidade. Ele disse, na sua oração, que agora, sim, podia partir em paz... Também uma senhora idosa, Ana, octogenária, participou desse momento de júbilo.
O texto de Lucas dá detalhes sobre essa senhora, oferecendo sobre ela sete informações: era uma profetisa; se chamava Ana, filha de Fanuel da tribo de Aser; quando jovem tinha vivido casada por sete anos; estava viúva; tinha 84 anos; não saía do Templo, dia e noite; servindo a Deus com jejuns e orações. Então, era uma pessoa de Deus, idosa, viúva, de alguma forma ligada ao Templo.
Vamos examinar a informação sobre a sua idade. Tinha 84 anos. Divida essa idade por 2 e teremos 42+ 42. ‘Quarenta’ é o número de anos da peregrinação do povo no deserto até a entrada na terra prometida. Ana também está contemplando agora a terra prometida, como Moisés que a viu de longe e encheu-se de alegria. Com a chegada de Jesus, chegou a salvação para o seu povo, a hora da entrada na terra prometida. Simeão disse a Deus, em sua prece, que finalmente seus olhos estavam vendo a salvação. Vivera para isso. Ana não disse com as palavras. Disse com sua idade. Depois da longa peregrinação no deserto (quarenta anos vezes dois), está avistando a terra prometida.
Bom, esse foi o clima de fé que cercou a consagração do Menino Jesus no Templo. E esse clima de fé, de exultação com a obra de Deus, José e Maria levaram para casa. E é nesse ambiente de fé que Jesus cresce. Diz o texto: “O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele”.
Vamos guardar a mensagem
José e Maria levam o menino Jesus para ser apresentado no Templo. É a consagração do primogênito, o resgate do primeiro filho que devia ser de Deus. Os pais de Jesus são judeus piedosos e, com esse rito, estão inserindo seu filho na história da salvação do seu povo. O clima dessa consagração é de fé e oração. Dois idosos reconhecem naquela criança o Messias prometido. Foi esse clima de fé que Jesus respirou na casa dos seus pais em Nazaré. Foi nesse ambiente que ele cresceu. No batismo, de certa forma, o casal cristão imita Maria e José, inserindo seu filho, sua filha na salvação em Cristo. Os padrinhos, os avós, os idosos da família ou da comunidade são testemunhas de Cristo que reforçam o ambiente cristão no qual cresce uma criança que foi batizada.
Meus olhos viram a tua salvação (Lc 2, 30).
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
A tua consagração no Templo foi cercada pelo testemunho de pessoas de fé, como Simeão e Ana; pessoas idosas, sofridas, mas cheias da esperança de Deus. E nesse clima de fé e obediência a Deus, teus pais te viram crescer física e espiritualmente. É isso que nós queremos para as crianças de hoje: que, como tu, cresçam sadias e santas, cheias da graça de Deus. Senhor, abençoa os Simeões e Anas de hoje que são os avós e idosos de fé de nossas comunidades. Que eles, com a grande experiência que acumularam, saibam reconhecer os sinais de Deus nas novas gerações e passar para elas sua fé e a sua confiança em Deus.  Abençoa, também, Senhor, as irmãs e os irmãos da vida consagrada e seus institutos e congregações. Hoje, estamos celebrando o 22º dia mundial da vida consagrada, com o tema “Vocações que anunciam a alegria do evangelho e o amor de Deus”. Reforça-os, Senhor, com novas vocações para renovarem o rosto da Igreja e do mundo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a Palavra
Em sintonia com o evangelho que apresenta testemunhas de Jesus na sua apresentação e com o dia da vida consagrada, hoje, reze pelos consagrados (os irmãos e irmãs dos institutos, ordens e congregações religiosas) e cumprimente ao menos um deles pela data de hoje.

Pe. João Carlos Ribeiro – 30.12.2017

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