PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: oitava do natal
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Colocando o ano sob a proteção de Santa Maria, Mãe de Deus.


   1º de janeiro de 2024.   

Dia de Santa Maria, Mãe de Deus

Dia Mundial da Paz

   Evangelho   


Lc 2,16-21

Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

   Meditação.   


Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração (Lc 2,19)

Apesar de não ser uma festa religiosa, a passagem de ano desperta em nós muitos sentimentos religiosos. Deus é o senhor do tempo e da eternidade. Ele é o Criador de tudo. E ainda estamos sob o impacto da grande festa do natal. A vinda do Salvador ao mundo, isso sim, é um novo começo para a humanidade. Nesse clima, fechamos hoje a oitava do natal, com a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

Festejando a maternidade divina de Maria, continuamos de olhos fixos no presépio, contemplando o grande mistério da encarnação do Verbo. Deus realizou a promessa de enviar o Messias. São Paulo, na carta aos Gálatas, explicou: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva”.

Ao tornar-se humano, encarnando-se no seio da Virgem, o Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, não deixou de ser Deus. Ele é, agora, inseparavelmente, homem e Deus. Por isso, reconhecemos a maternidade divina de Maria. Ela é mãe de Jesus, que é verdadeiramente homem e Deus.

No clima do natal, contemplamos, hoje, a Virgem Maria e observamos, com admiração, suas atitudes e seus sentimentos em relação a esse mistério que estamos celebrando, a encarnação e nascimento de Jesus. O evangelho de hoje nos leva a Belém, junto com os pastores. De fato, natal é Belém. Se esse tempo de festas não nos leva à manjedoura da Gruta de Belém, podemos estar celebrando o natal de qualquer um, menos o de Jesus.

Contemplemos a mãe de Deus nessa cena de Belém. Aprendamos com ela a acolher e admirar esse mistério da encarnação do Filho de Deus. Três atitudes suas nos chamam a atenção, hoje.

Primeira atitude. A atitude de testemunha de Jesus. Os pastores a encontram ao lado da manjedoura, junto com seu esposo José. É ali que, mesmo sem muitas palavras, ela está nos falando da obra de Deus que enviou o seu Filho ao mundo, por meio dela. É nela que o Verbo se fez carne. Ela é a testemunha da humanidade de Jesus. Ele é de nossa raça humana, por meio dela. Um Jesus sem Maria não é o Jesus do evangelho. No nascimento, na infância, no ministério público, na cruz... Maria está sempre presente. Ela é a testemunha da humanidade do Senhor.

Segunda atitudeA atitude de contemplação da obra de Deus. Quantas experiências de fé a jovem mãe já coleciona! A anunciação do anjo, a visita à Isabel, os acontecimentos de Belém... e tudo isso ela guarda e medita no coração. Medita para compreender a vontade de Deus. Medita para admirar a obra de Deus. Tem um coração contemplativo, orante, uma caixa de ressonância da obra de Deus. Um natal sem oração, sem meditação da palavra de Deus não é o de Belém. Não é o de Maria.

Terceira atitude. A atitude de educadora do enviado de Deus. Apesar dos sinais maravilhosos de Deus, Maria e seu esposo José prosseguem sua vida, com grande simplicidade. Oito dias depois do parto, circuncidam o menino, como mandava a lei de Israel. Dão-lhe o nome que o anjo indicou: Jesus. Assim, vão integrando sua criança na herança do povo que vivia em aliança com Deus. A encarnação é também a inserção da criança naquela cultura, na fé dos patriarcas. Assim, o filho de Deus será também o filho de Davi. Natal sem memória não é o natal de Jesus. Natal sem a palavra de Deus não é o natal de Maria.




Guardando a mensagem

A solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, neste primeiro dia do ano, nos dá a oportunidade de ingressar no novo ano com os sentimentos e atitudes da Mãe do Salvador. Como ela, renovemos nosso compromisso de ser testemunhas do Senhor, onde estivermos, todos os dias deste ano. Cabe-nos, igualmente, uma atitude de contemplação da obra do Pai que enviou o seu Filho para nossa salvação. É o nosso compromisso com o conhecimento da Palavra de Deus e do seu sentido para nossa vida. A Santa Mãe também nos inspira na arte de sermos bons educadores da nova geração de filhos de Deus. As crianças e adolescentes de hoje dependem do nosso testemunho e de nossa mediação educativa para conhecerem, amarem e seguirem Jesus, o filho de Deus e de Maria.

Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração (Lc 2,19)

Rezando a palavra

ORAÇÃO PARA O ANO NOVO:

Deus e Senhor nosso,
Senhor do tempo e da eternidade, 
a ti, toda honra e toda glória,agora e para sempre.
Nós te consagramos, Senhor, todos os dias deste novo ano, colocando sob tua proteção todos os nossos passos, propósitos, projetos e sonhos.
Derrama agora, Pai Santo, 
tuas bênçãos de saúde, paz e sabedoria
sobre nós, nossas famílias e todos os que nós amamos.
Que este novo ano, com a tua graça, seja de paz,
de crescimento na fé e de prosperidade
para todos nós, teus filhos e filhas.
Que em nossa vida, em todos os dias do novo ano,
brilhe a luz do teu filho Jesus, nosso Salvador,
Iluminando nossos caminhos
e nos conduzindo no teu amor.
A Virgem Maria, mãe de Deus e nossa, nos sustente 
com seu exemplo e sua intercessão. Amém. 

Vivendo a palavra

Neste Dia Mundial da Paz, dirija uma prece especial à santa mãe do Príncipe da Paz, em favor da paz no mundo. 

Com minhas preces, receba votos de um Feliz Ano Novo, com paz, saúde e prosperidade.

Até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Ana tem uma boa notícia pra você.

 



   30 de dezembro de 2023.   

Sábado da Oitava de Natal

   Evangelho.   


Lc 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

   Meditação.   


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)

A passagem do evangelho de São Lucas em que aparecem dois profetas idosos – Simeão e Ana – é uma verdadeira surpresa. Há, no início da história de Jesus, uma valorização clara dos idosos, das gerações mais velhas. A passagem de hoje concentra-se, particularmente, em Ana. 

Primeiro, apresenta essa idosa. E depois, diz o que ela fez de tão especial, no dia em que José e Maria levaram seu bebê para apresentá-lo no Templo. Vamos à apresentação de quem era Ana: “Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois, ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”. 

Esta breve biografia de Ana está construída com sete informações. Como numa moldura, estão duas informações sobre seu papel religioso: uma profetisa judia que não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus, com jejuns e orações. Coisa rara se encontrar na Bíblia a figura de uma mulher profetisa. Bom, tem muitas outras, tudo bem. Mas, convenhamos, são raras. E essa - maravilhemo-nos - vivia no Templo, servindo a Deus.

Outras duas informações são sobre sua idade: idosa de oitenta e quatro anos. Um número altamente simbólico. Dividindo oitenta e quatro por dois, resulta 42. 40 anos é o tempo da peregrinação no deserto que precedeu a entrada na terra prometida. Ao se referir ao número 40 ou aproximado, todo membro do povo de Deus estremecia numa só sintonia: a caminhada não fora em vão, já se estava avistando a terra da promessa. É como se dissesse: chegamos ao final de nossa viagem tão sofrida; agora, é a hora da posse dos bens que Deus nos prometeu. Ao dizer que ela estava com oitenta e quatro anos, o leitor da Bíblia fica avisado: depois de ter atravessado o deserto de tantas incertezas e sofrimentos, agora ela vai conhecer a realização das promessas de Deus. 

Duas outras informações são sobre seu estado de vida: quando jovem tinha sido casada e depois ficara viúva. Casamento é um tema frequente também no Novo Testamento. O evangelho de São João começa com o casamento de Caná. A imagem do casamento remete ao tema da Aliança. Deus fez uma aliança com Israel, do jeito de um casamento. A informação foi que quando jovem, tinha sido casada – claro, Israel celebrou seu casamento com Deus, bem nos inícios. Mas, depois ficara viúva. Verdade, a aliança foi enfraquecida e esquecida pela infidelidade de Israel. É bom lembrar que a missão de Jesus seria restaurar esses laços, reconstruir o casamento, celebrar uma nova e eterna aliança de Deus com o seu povo. 

A sétima informação é como a cereja no bolo: ela vivera sete anos com o marido. O que é que o leitor da Bíblia entende com essa informação? Vamos testar: que viveu bem ou viveu mal?... Claro, viveu bem. Sete é número perfeito. Ela foi muito feliz com seu esposo, viveu intensamente feliz aquele tempo. E o que houve? Ficou viúva, ficou sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu marido. Foi assim que Jesus encontrou o seu povo: ovelhas sem pastor, bodas sem vinho, casamento sem os convidados, viúvas sem marido. A infidelidade à aliança afastou Israel do seu Deus, do seu esposo.




Guardando a mensagem

Ana, a idosa profetisa viúva pode estar representando o próprio povo de Deus. A aliança com Deus, o seu casamento feliz, se perdeu por causa de sua infidelidade. Mas, a idade de Ana, 84 anos, sugere que depois de uma longa peregrinação no deserto, chegara a hora de ingressar na terra prometida.  Chegara a hora da realização das promessas de Deus. E Deus tinha prometido um Salvador, alguém que restauraria definitivamente a aliança. O próprio texto nos ajuda a entender essa novidade: “Ana chegou nesse momento e põe-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Como Simeão, ela também reconheceu, naquela criança, a realização das promessas de Deus, a chegada do prometido. E assim, louvou muito a Deus e saiu evangelizando seu povo, comunicando-lhe essa boa notícia.


Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38)

Vivendo a palavra

Senhor Jesus, 
ficamos felizes de compreender, em tua palavra de hoje, o sentido de tua vinda ao mundo. Em Simeão e Ana, vemos o teu povo abrindo os braços para te acolher. Ele, reconhecendo que Deus tinha te enviado como Luz para as Nações. Ela, reconhecendo que Deus te enviou para restaurar a aliança. És o salvador prometido a Israel, teu povo. És o salvador deste mundo que se afastou de Deus e nem mais o conhece e ama. Vieste para nos reconciliar com o nosso Criador e Pai, para nos reintegrar em nosso lugar de filhos amados, exilados daí pelo pecado. Obrigado, Senhor. Que este tempo de natal nos ajude a compreender o sentido de tua vinda. E a te acolher de todo coração. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Para você entender melhor a explicação de hoje, peço que , além de ouvir, você l-e-i-a esta Meditação, atentamente. Quando lhe envio a meditação, sempre faço uma pequena apresentação indicando o link para o texto. É só você clicar no link e já estará em meu blog www.padrejoaocarlos.com. É lá que está o texto. Bom proveito. 

Comunicando

No comecinho do ano novo, estaremos juntos assistindo o show do meu novo trabalho musical "Quando eu quero falar com Deus". É quarta-feira próxima, dia 03 de janeiro, às 10 da noite, na Rede Vida de Televisão. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Ele viu e acreditou.




   27 de dezembro de 2023.   

Terça-feira da Oitava do Natal

Dia de São João, apóstolo e evangelista


   Evangelho.   

Jo 20,2-8

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

   Meditação.   


Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

No dia em que celebramos o apóstolo João, lemos o trecho do seu evangelho que fala do túmulo de Jesus. O que tem João com esse tempo do Natal? E o que essa cena do túmulo nos inspira neste final de ano? Um pouco de paciência e a gente chega lá...

O evangelho que São João escreveu é um livro maravilhoso, inspirado pelo Espírito Santo como os outros evangelhos, claro, mas que tem uma contribuição muito original. Mais do que contar episódios da vida de Jesus, ele faz uma leitura do significado de sua missão. O prólogo, por exemplo, que nós lemos no dia de natal, nos diz, de uma maneira poética, que a vinda de Jesus é a realização da promessa que Deus fez, desde o início na criação. Lá, ele prometeu um salvador para a humanidade que se afastou da amizade com o Criador, pelo pecado. O filho, que já existia em Deus, como sua palavra criadora, fez-se carne e habitou entre nós. Jesus é a descendência da mulher que vai esmagar a cabeça da serpente, isto é, que veio vencer o mal, o pecado e a morte. Essa pregação de São João, portanto, tem tudo a ver com o natal do Senhor, meditando sobre o significado de sua encarnação.

Na cena do evangelho de hoje, ele e Pedro foram correndo ao túmulo, onde Jesus fora sepultado. Era a madrugada do domingo. E Madalena viera correndo avisar que tinham roubado o corpo do Senhor. Ele chegou primeiro do que Pedro ao túmulo, claro, corria mais rápido, era mais jovem. Mas, não entrou, esperou Pedro chegar. Nesse gesto, ele está reconhecendo o papel de liderança de Pedro. Ele viu o túmulo vazio, as faixas de linho no chão. As faixas enrolavam todo o corpo do morto. Pedro, entrando no túmulo, viu também o pano que cobria a cabeça do morto dobrado num canto. Os dois entraram... Pedro não sabia o que pensar... Mas, João não teve dúvida: viu e creu. Viu e acreditou: Jesus havia ressuscitado como tinha anunciado.

Nesse primeiro momento, eles não viram Jesus ressuscitado. Madalena imaginou que tinham roubado o corpo. Pedro ficou sem saber o que pensar... Mas, João, diante dos sinais, acreditou: Jesus está vivo, ressuscitou. Os sinais estavam ali... João é que captou o significado deles. O túmulo vazio, as faixas de linho no chão, o pano do rosto dobrado num canto... sinais a indicar uma realidade surpreendente: a ressurreição do Senhor, a sua vitória sobre a morte e sobre o pecado e o mal.




Guardando a mensagem

Olha que lição especial o jovem apóstolo João está nos deixando hoje... há tanta crise nesse mundo, tanto sonho sepultado, tantos dramas na vida das pessoas, pode ser até o seu caso... Nessa situação, as lágrimas, a dor podem enuviar, embaçar nossos olhos... e sermos levados a enxergar apenas o fim, a destruição, o túnel sem saída. Madalena e Pedro estavam assim... na sua dor, no seu desalento, não enxergaram o que os sinais estavam indicando. O túmulo vazio, as faixas pelo chão, o pano dobrado num canto estavam indicando uma virada, uma revolução, a vitória de Jesus, a sua ressurreição. João viu aquilo e acreditou. Encheu seu coração de esperança.

Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
como Pedro e Maria Madalena, muitas vezes ficamos como cegos diante dos sinais de Deus que age em nossa vida e em nossa história. Dá-nos, Senhor, a fé do teu jovem apóstolo João, que viu no túmulo vazio um indício claro de que tu não estavas mais na morte, mas tinhas ressuscitado. A vitória da justiça, da paz, da verdade, da honestidade está sinalizada em pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia. Dá-nos, Senhor, olhos para ver que a criança na manjedoura é, na verdade, o rei no seu trono, reinando a partir dos humildes e desprezados, na surpreendente lógica do amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu diário espiritual, aquele caderno que você ficou de adquirir, escreva uma pequena oração a Jesus no seu presépio.

Comunicando

Última quarta-feira do ano. Hoje temos o programa no Youtube. É o Programa Encontros. Hoje, vamos receber o comunicador e educador financeiro Alex Moriá. Claro, precisamos organizar as finanças pessoais e as de nossa casa. E, assim, começar o ano novo com o pé direito. O programa no Canal Padre Joao Carlos do Youtube começa às oito da noite.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Não vai ser fácil o caminho de Jesus.


   26 de dezembro de 2023.   

Dia do Protomártir Santo Estêvão

  Evangelho.  


Mt 10,17-22

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

   Meditação.   


Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).

Estamos na oitava do natal. E já celebrando o primeiro mártir cristão: Estêvão, o diácono Estêvão que pregou o nome de Jesus. Ele denunciou aqueles que levaram Jesus à cruz por conivência com o poder e em rejeição à manifestação de Deus no seu filho amado. Mas, o que essa comemoração do mártir Estêvão tem com o Natal do Senhor que estamos celebrando nesta oitava?

A cena do presépio nos parece doce e poética. Na verdade, ali está representada a forma como a humanidade, a começar pelo seu próprio povo, tratou Jesus. E o tratamento que ele recebeu no seu nascimento foi de exclusão. Nasceu na estrebaria dos animais porque não havia lugar para ele nas casas de família e na hospedaria. Não acolheram o casal em dificuldade, chegando de uma longa viagem, a mulher em dores de parto, uma criancinha por nascer... Na falta de espaço em suas casas, ou melhor, de prioridade dos humildes em suas vidas, alguém lhes indicou a gruta dos animais. Está certo que a criança e seus pais tiveram a atenção dos pastores naquela noite. Mas, os pastores encontraram a criança e seus pais na maior pobreza. E não foi só isso... com a visita dos Magos do Oriente, José foi avisado que o rei Herodes procurava a criança para eliminá-la. E lá se vai a sagrada família, frente à iminente perseguição dos soldados do rei, migrando penosamente para as bandas do Egito. Exclusão e perseguição são as marcas da vida de Jesus, desde o início.

Jesus tinha avisado aos seus discípulos que eles seriam perseguidos. No evangelho de hoje, estão muitas de suas palavras sobre isso: “Levarão vocês presos para comparecerem diante de autoridades. Serão denunciados aos tribunais, açoitados nas sinagogas. Mas, não se intimidem, nem se desesperem. O Espírito Santo vai fazer a defesa de vocês. Ele falará em nome de vocês. Vejam que a perseguição pode sair até de dentro de sua própria casa. Vocês serão odiados. Mas, quem ficar perseverante até o fim, esse vencerá”. Foi o que Jesus falou.

As primeiras gerações de cristãos logo conheceram o sentido dessas palavras de Jesus. Estêvão era um dos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos. A primeira proposta era organizar a distribuição de alimentos para as viúvas e para os pobres. Mas, os diáconos foram especialmente pregadores da Palavra de Deus. Continuaram a pregação de Jesus. Enquanto Estêvão estava só organizando a distribuição das feiras e outras ajudas às famílias pobres, todo mundo gostava. Quando começou a anunciar Jesus e denunciar os motivos de sua morte na cruz, aí começaram a persegui-lo. Estêvão é só um exemplo dos cristãos que continuam hoje a ser perseguidos por causa de sua fé, aliás, um bom exemplo, pois, enquanto estava sendo apedrejado, perdoou os seus algozes e entregou o seu espírito a Deus, imitando o próprio Jesus.



Guardando a mensagem

Estamos na oitava do Natal. No natal de Jesus, apesar do clima de poesia com que hoje o revestimos, vemos nele os sinais da exclusão e da violência. Foi assim desde o começo até à sua morte. Hoje, festejamos o primeiro mártir seguidor de Cristo, Estêvão. Ele foi perseguido e apedrejado por causa de sua fé e de sua pregação sobre o Senhor Jesus. Como seguidor de Jesus (ou sua seguidora), você também pode sofrer incompreensão, discriminação e até perseguição. Nessas condições, muita gente desiste, se acovarda, dissimula ou adoça o seu discurso. O que aprendemos no presépio e, hoje com Estêvão, é a fidelidade até o fim.

Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos por tua encarnação. Tu, o salvador enviado pelo Pai, nos surpreendeste nascendo entre os pobres, em completa solidariedade com os excluídos e sofredores deste mundo. Assim, nos indicaste o caminho que devemos percorrer nesta vida e o caminho que tu és como nosso Mestre e Senhor. Nós te bendizemos pelos irmãos e irmãs que enfrentam com fidelidade e destemor os sofrimentos e perseguições por causa de sua fé. Nós te bendizemos por Estêvão, o mártir celebrado hoje. E, por sua intercessão, pedimos a bênção para todos os diáconos da Igreja e suas famílias. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelas pessoas que estão passando dificuldades e sofrendo por causa de sua fé em Cristo.

Comunicando

Em janeiro, vamos comemorar 10 anos do Programa Tempo de Paz, no rádio, em rede de mais de uma centena de emissoras. Vamos festejar os 10 anos com Missa de Ação de Graças no dia 15 e Show de Lançamento do meu novo álbum musical no dia 28. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

As três atitudes de Maria no Natal do Senhor


1º de janeiro de 2023

Dia de Santa Maria, Mãe de Deus

Dia Mundial da Paz

EVANGELHO


Lc 2,16-21

Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

MEDITAÇÃO


Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração (Lc 2,19)

Apesar de não ser uma festa religiosa, a passagem de ano desperta em nós muitos sentimentos religiosos. Deus é o senhor do tempo e da eternidade. Ele é o Criador de tudo. E ainda estamos sob o impacto da grande festa do natal. A vinda do Salvador ao mundo, isso sim, é um novo começo para a humanidade. Nesse clima, fechamos hoje a oitava do natal, com a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

Festejando a maternidade divina de Maria, continuamos de olhos fixos no presépio, contemplando o grande mistério da encarnação do Verbo. Deus realizou a promessa de enviar o Messias. São Paulo, na carta aos Gálatas, explicou: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva”.

Ao tornar-se humano, encarnando-se no seio da Virgem, o Filho, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, não deixou de ser Deus. Ele é, agora, inseparavelmente, homem e Deus. Por isso, reconhecemos a maternidade divina de Maria. Ela é mãe de Jesus, que é verdadeiramente homem e Deus.

No clima do natal, contemplamos, hoje, a Virgem Maria e observamos, com admiração, suas atitudes e seus sentimentos em relação a esse mistério que estamos celebrando, a encarnação e nascimento de Jesus. O evangelho de hoje nos leva a Belém, junto com os pastores. De fato, natal é Belém. Se esse tempo de festas não nos leva à manjedoura da Gruta de Belém, podemos estar celebrando o natal de qualquer um, menos o de Jesus.

Contemplemos a mãe de Deus nessa cena de Belém. Aprendamos com ela a acolher e admirar esse mistério da encarnação do Filho de Deus. Três atitudes suas nos chamam a atenção, hoje.

Primeira atitude. A atitude de testemunha de Jesus. Os pastores a encontram ao lado da manjedoura, junto com seu esposo José. É ali que, mesmo sem muitas palavras, ela está nos falando da obra de Deus que enviou o seu Filho ao mundo, por meio dela. É nela que o Verbo se fez carne. Ela é a testemunha da humanidade de Jesus. Ele é de nossa raça humana, por meio dela. Um Jesus sem Maria não é o Jesus do evangelho. No nascimento, na infância, no ministério público, na cruz... Maria está sempre presente. Ela é a testemunha da humanidade do Senhor.

Segunda atitude. A atitude de contemplação da obra de Deus. Quantas experiências de fé a jovem mãe já coleciona! A anunciação do anjo, a visita à Isabel, os acontecimentos de Belém... e tudo isso ela guarda e medita no coração. Medita para compreender a vontade de Deus. Medita para admirar a obra de Deus. Tem um coração contemplativo, orante, uma caixa de ressonância da obra de Deus. Um natal sem oração, sem meditação da palavra de Deus não é o de Belém. Não é o de Maria.

Terceira atitude. A atitude de educadora do enviado de Deus. Apesar dos sinais maravilhosos de Deus, Maria e seu esposo José prosseguem sua vida, com grande simplicidade. Oito dias depois do parto, circuncidam o menino, como mandava a lei de Israel. Dão-lhe o nome que o anjo indicou: Jesus. Assim, vão integrando sua criança na herança do povo que vivia em aliança com Deus. A encarnação é também a inserção da criança naquela cultura, na fé dos patriarcas. Assim, o filho de Deus será também o filho de Davi. Natal sem memória não é o natal de Jesus. Natal sem a palavra de Deus não é o natal de Maria.


Guardando a mensagem

A solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, neste primeiro dia do ano, nos dá a oportunidade de ingressar no novo ano com os sentimentos e atitudes da Mãe do Salvador. Como ela, renovemos nosso compromisso de ser testemunhas do Senhor, onde estivermos, todos os dias deste ano. Cabe-nos, igualmente, uma atitude de contemplação da obra do Pai que enviou o seu Filho para nossa salvação. É o nosso compromisso com o conhecimento da Palavra de Deus e do seu sentido para nossa vida. A Santa Mãe também nos inspira na arte de sermos bons educadores da nova geração de filhos de Deus. As crianças e adolescentes de hoje dependem do nosso testemunho e de nossa mediação educativa para conhecerem, amarem e seguirem Jesus, o filho de Deus e de Maria.

Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração (Lc 2,19)

Rezando a palavra

ORAÇÃO PARA A PASSAGEM DO ANO:

Deus e Senhor nosso,
Senhor do tempo e da eternidade, 
a ti, toda honra e toda glória,agora e para sempre.
Nós te consagramos, Senhor, todos os dias deste novo ano, colocando sob tua proteção todos os nossos passos, propósitos, projetos e sonhos.
Derrama agora, Pai Santo, 
tuas bênçãos de saúde, paz e sabedoria
sobre nós, nossas famílias e todos os que nós amamos.
Que este novo ano, com a tua graça, seja de paz,
de crescimento na fé e de prosperidade
para todos nós, teus filhos e filhas.
Que em nossa vida, em todos os dias do novo ano,
brilhe a luz do teu filho Jesus, nosso Salvador,
Iluminando nossos caminhos
e nos conduzindo no teu amor.
A Virgem Maria, mãe de Deus e nossa, nos sustente 
com seu exemplo e sua intercessão. Amém. 

Vivendo a palavra

Neste Dia Mundial da Paz, dirija uma prece especial à santa mãe do Príncipe da Paz, em favor da paz no mundo. Rezemos também pelo descanso eterno do nosso Papa emérito Bento XVI. O Senhor, na sua misericórdia, acolha este santo operário de sua vinha.

Com minhas preces, receba votos de um Feliz Ano Novo, com paz, saúde e prosperidade.

Até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A boa nova que ilumina a passagem de ano



31 de dezembro de 2022

Sábado da Oitava do Natal

Dia de São Silvestre

EVANGELHO


Jo 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

MEDITAÇÃO


E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade (Jo 1, 14)

Véspera de ano novo. Um dia de muitas tarefas e contatos. Uma noite longa, de muitas expectativas, a noite da virada de ano. 

E eu vou aproveitar para lhe agradecer a acolhida diária da Meditação da Palavra, pedindo ao Senhor que, no novo ano, você continue a caminhar sob a luz de Cristo e sua Palavra. Quero também louvar a Deus pelo zelo com que você recebe e compartilha com outras pessoas a sua preciosa palavra de Salvação.

Vamos meditar a palavra de hoje na abertura do evangelho de São João. O prólogo, essa abertura solene do seu evangelho, começa com as mesmas palavras do início da Bíblia: “No princípio, era a Palavra”. A Bíblia, no livro do Gênesis, começa assim: “No princípio, Deus criou o céu e a terra”. Ao escrever assim, o evangelista está nos dizendo que, com Jesus, está começando um novo tempo. A criação, obra perfeita de Deus, teve seu ponto alto na criação do homem e da mulher. Mas, veio o pecado que desfigurou essa obra divina. Agora, chegou Jesus para levar à perfeição a obra do Criador. Ele veio nos reconciliar. A obra da redenção será a coroação da obra criadora do Pai.

Então, essa é a boa notícia, por excelência, na história da humanidade. Com Jesus, a história se acerta, é um novo começo. Essa boa notícia, que enche nossa história de esperança, já ressoou no natal. Deus mesmo veio morar com a gente. E em que isso faz a diferença? É que se há um ideal a ser seguido, ele não está mais nas nuvens, no além, nos livros, nas promessas. O ideal de humanidade ética, solidária, espiritualizada não é apenas um projeto. É uma pessoa. Os ideais de bondade, comunhão, fraternidade, justiça, verdade podem ser vistos, tocados na vida e na experiência de uma pessoa humana: Jesus de Nazaré, Deus e Homem a um só tempo. O verbo eterno que estava desde sempre ao lado do Pai entrou na história humana, solidário com todo ser humano, particularmente com o mais sofrido e desprezado.
Foi o que São João escreveu na abertura do seu evangelho: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade”. Jesus é essa verdade maravilhosa de Deus ao nosso alcance, Deus que veio a nós. O inefável que se deixou tocar. Essa é a boa notícia do natal jorrando luz para iluminar essa passagem de ano, o ano novo e toda a nossa história.

 
Guardando a mensagem

A novidade que revolucionou a história é a presença de Jesus entre nós. Deus se fez humano, entrou em nossa história. Agora, temos um modelo, um guia, um caminho para seguir. A certa altura de sua vida humana, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Agora, podemos saber como é que um filho de Deus nessa terra pode manter-se em comunhão com o Pai e com os seus irmãos, ser-lhes fiel, encontrar realização e felicidade em sintonia com a vontade divina. “Vem e segue-me”. É assim que ele continua nos convidando a viver como ele, a tê-lo como regra de vida, a imitá-lo em sua vida humana de filho de Deus. Por sua obra redentora, ele nos reconcilia com Deus e nos põe em comunhão uns com os outros. Nele, realmente tudo pode ser novo, até esse ano velho.

E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade (Jo 1, 14)

Rezando a palavra

ORAÇÃO PARA A PASSAGEM DO ANO:

Deus e Senhor nosso,
Senhor do tempo e da eternidade, 
a ti, toda honra e toda glória,
Agora e para sempre.
Nós te consagramos, 
Senhor, todos os dias deste novo ano,
colocando sob tua proteção 
todos os nossos passos, 
propósitos, projetos e sonhos.
Derrama agora, 
Pai Santo, tuas bênçãos de saúde, paz e sabedoria 
sobre nós, nossas famílias e todos os que amamos.
Que este novo ano, com a tua graça, seja de paz, 
de crescimento na fé e de prosperidade 
para todos nós, teus filhos e filhas.
Que em nossa vida, em todos os dias do novo ano,
brilhe a luz do teu filho Jesus, nosso Salvador,
Iluminando nossos caminhos 
e nos conduzindo no teu amor.
A Virgem Maria, nossa mãe, 
diga conosco: Amém.

Vivendo a palavra

Durante este último dia do ano, reserve um tempinho para sua oração pessoal. Agradeça por todas as realizações deste ano, reconhecendo a mão de Deus em tudo na sua vida.

Outra sugestão é a oração da passagem de ano, que acabamos de rezar. Eu a estou enviando, à parte, para você voltar a rezá-la depois da meia noite ou no dia de ano. E compartilhá-la com os seus contatos. Você pode encontrá-la também em nossas redes sociais.

Comunicando

Para o caso de você não ter companhia na virada do ano, estarei conduzindo uma hora de oração na Rádio Amanhecer, começando às 11 da noite. Para ter a Rádio Amanhecer no seu celular é só baixar o aplicativo Rádio Amanhecer ou Radiosnet. Tendo dificuldade, peça ajuda a alguém por aí. 

Feliz Ano Novo!
E até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

As três lições da festa da Sagrada Família

 



30 de dezembro de 2022

Sexta-feira da Oitava do Natal 

Festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José


EVANGELHO


Mt 2,13-15.19-23

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.


MEDITAÇÃO

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito (Mt 2, 14)

Dentro da oitava do natal, celebramos, hoje, a Festa da Sagrada Família, a família de Jesus, Maria e José. Celebrando a família de Nazaré, celebramos a nossa própria família, que é também sagrada, berço da fé, igreja doméstica.
Abramos o coração para acolher as lições da Palavra de Deus para nossa vida em família e para iniciarmos bem o ano novo de 2022 que se aproxima. Ao menos três lições, podemos recolher da Palavra de Deus no dia de hoje. 

Vamos à primeira lição. Colhamos o primeiro ensinamento no Evangelho de São Mateus. Na história do nascimento de Jesus, houve este fato triste: Herodes mandou matar as criancinhas de Belém e arredores de até dois anos de vida. Muitos pais se sentem como José e Maria, nos dias de hoje, porque parece pesar uma ameaça de morte contra sua criança. São muitas as ameaças contra a vida da criança e o seu crescimento sadio: a tentação do aborto, o alcoolismo, o desemprego, o ambiente insalubre de moradia, as brigas dentro de casa, a falta de atendimento médico adequado... Mas, os pais não estão sozinhos. No evangelho de hoje, o anjo do Senhor orienta José a fugir com a família. Avisa do mal que está para acontecer. E dirá a hora certa de voltar. É uma grande lição. Os pais não estão sozinhos na luta pelo bem dos seus filhos. Deus está com eles. Deus é o nosso protetor. Com a orientação de Deus, é preciso “fugir”, isto é, não se acomodar à situação, mas buscar uma saída, "ir para o Egito". Para o Egito, migraram Jacó e seus filhos, no início do povo de Deus, durante uma grande fome em Canaã. ... “Fugir” pode ser mudar de profissão, mudar de endereço, buscar melhorias em outra região. Primeira lição: Nas dificuldades, não se acomodar... e fugir do mal, sob a orientação de Deus.

Vamos à segunda lição. Ela vem do Livro do Eclesiástico e fala da atenção dos filhos aos seus pais. Os filhos devem amor, respeito, obediência aos seus pais. Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da Lei de Deus. Particularmente, essa santa obrigação continua quando os pais envelhecem. É preciso cuidar deles, com todo o carinho e paciência. Vivemos numa sociedade que valoriza quem é jovem e produtivo, descartando os idosos. Olha a palavra de hoje, no livro do Eclesiástico (Eclo 3): “Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo com ele. Não o humilhes em nenhum dos seus dias. A caridade feita a teu pai não será esquecida”. Segunda lição: Os filhos devem amor e respeito aos seus pais, sempre, e devem cuidar deles, com o mesmo carinho, quando eles envelhecerem.

Vamos à terceira lição. Ela vem da Carta aos Colossenses e diz respeito à nossa convivência em família. Diz o apóstolo (Cl 3) “Revistam-se de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-se uns aos outros e perdoando-se mutuamente se um tiver queixa contra o outro”. Olha que belo programa de convivência em família! Somos responsáveis uns pelos outros. São sete atitudes que o apóstolo está recomendando: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, tolerância e perdão. Terceira lição: Começar a caridade cristã em casa.


Guardando a mensagem

O Senhor, hoje, nos brinda com muitos conselhos e recomendações sobre a nossa vida em família. Com a fuga para o Egito, aprendemos que Deus está ao lado da família, sempre e particularmente nas horas difíceis. Nestas horas, ele nos indica que não nos acomodemos. Ele nos assiste na busca de novas soluções, novas possibilidades, novas saídas para superar o mal. Com a tradição da fé, recordamos que os filhos devem amar e respeitar os seus pais, sempre, e cuidar deles com paciência e respeito na sua velhice. E o apóstolo nos recomendou que a caridade cristã comece em casa: misericórdia, humildade, paciência, perdão. Nesse finalzinho de ano, em família e no encontro com os parentes, temos muito a exercitar.

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito (Mt 2, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu que quiseste habitar numa família humana, abençoa os pais, na sua busca de proteção dos seus filhos. Abençoa os filhos, no aprendizado do teu mandamento de honrar pai e mãe com seu amor, seu respeito e sua obediência. Afasta de nossas famílias a desunião, a discórdia, a descrença. Continua, Senhor, nos ensinando a enfrentar o mal com sabedoria e destemor. Que em nossas famílias, brilhe a tua Palavra como luz e o teu evangelho como caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Você certamente tem um parente que precisa muito de sua oração. Hoje, ore especialmente por ele (ou por ela).

Comunicando

A Rede Vida de Televisão exibe hoje, dia 30, o Especial de Fim de Ano, com o Pe. João Carlos, às 22 horas. Por favor, divulgue com os seus contatos esta chamada da Rede Vida que estou lhe enviando.

Desde já, feliz ano novo!

E até amanhã, se Deus quiser.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Naquilo que parecia o fim, João enxergou um glorioso recomeço




27 de dezembro de 2022

Terça-feira da Oitava do Natal

Dia de São João, apóstolo e evangelista


EVANGELHO


Jo 20,2-8

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

MEDITAÇÃO


Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

No dia em que celebramos o apóstolo João, lemos o trecho do seu evangelho que fala do túmulo de Jesus. O que tem João com esse tempo do Natal? E o que essa cena do túmulo nos inspira neste final de ano? Um pouco de paciência e a gente chega lá...

O evangelho que São João escreveu é um livro maravilhoso, inspirado pelo Espírito Santo como os outros evangelhos, claro, mas que tem uma contribuição muito original. Mais do que contar episódios da vida de Jesus, ele faz uma leitura do significado de sua missão. O prólogo, por exemplo, que nós lemos no dia de natal, nos diz, de uma maneira poética, que a vinda de Jesus é a realização da promessa que Deus fez, desde o início na criação. Lá, ele prometeu um salvador para a humanidade que se afastou da amizade com o Criador, pelo pecado. O filho, que já existia em Deus, como sua palavra criadora, fez-se carne e habitou entre nós. Jesus é a descendência da mulher que vai esmagar a cabeça da serpente, isto é, que veio vencer o mal, o pecado e a morte. Essa pregação de São João, portanto, tem tudo a ver com o natal do Senhor, meditando sobre o significado de sua encarnação.

Na cena do evangelho de hoje, ele e Pedro foram correndo ao túmulo, onde Jesus fora sepultado. Era a madrugada do domingo. E Madalena viera correndo avisar que tinham roubado o corpo do Senhor. Ele chegou primeiro do que Pedro ao túmulo, claro, corria mais rápido, era mais jovem. Mas, não entrou, esperou Pedro chegar. Nesse gesto, ele está reconhecendo o papel de liderança de Pedro. Ele viu o túmulo vazio, as faixas de linho no chão. As faixas enrolavam todo o corpo do morto. Pedro, entrando no túmulo, viu também o pano que cobria a cabeça do morto dobrado num canto. Os dois entraram... Pedro não sabia o que pensar... Mas, João não teve dúvida: viu e creu. Viu e acreditou: Jesus havia ressuscitado como tinha anunciado.

Nesse primeiro momento, eles não viram Jesus ressuscitado. Madalena imaginou que tinham roubado o corpo. Pedro ficou sem saber o que pensar... Mas, João, diante dos sinais, acreditou: Jesus está vivo, ressuscitou. Os sinais estavam ali... João é que captou o significado deles. O túmulo vazio, as faixas de linho no chão, o pano do rosto dobrado num canto... sinais a indicar uma realidade surpreendente: a ressurreição do Senhor, a sua vitória sobre a morte e sobre o pecado e o mal.


Guardando a mensagem

Olha que lição especial o jovem apóstolo João está nos deixando hoje... há tanta crise nesse mundo, tanto sonho sepultado, tantos dramas na vida das pessoas, pode ser até o seu caso... Nessa situação, as lágrimas, a dor podem enuviar, embaçar nossos olhos... e sermos levados a enxergar apenas o fim, a destruição, o túnel sem saída. Madalena e Pedro estavam assim... na sua dor, no seu desalento, não enxergaram o que os sinais estavam indicando. O túmulo vazio, as faixas pelo chão, o pano dobrado num canto estavam indicando uma virada, uma revolução, a vitória de Jesus, a sua ressurreição. João viu aquilo e acreditou. Encheu seu coração de esperança.

Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
como Pedro e Maria Madalena, muitas vezes ficamos como cegos diante dos sinais de Deus que age em nossa vida e em nossa história. Dá-nos, Senhor, a fé do teu jovem apóstolo João, que viu no túmulo vazio um indício claro de que tu não estavas mais na morte, mas tinhas ressuscitado. A vitória da justiça, da paz, da verdade, da honestidade está sinalizada em pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia. Dá-nos, Senhor, olhos para ver que a criança na manjedoura é, na verdade, o rei no seu trono, reinando a partir dos humildes e desprezados, na surpreendente lógica do amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu diário espiritual, aquele caderno que você ficou de adquirir, escreva uma pequena oração a Jesus no seu presépio.

Comunicando

E o ano novo já se anuncia com a festa de aniversário do nosso programa TEMPO DE PAZ, apresentado em rede, no rádio, em todo o país. A Missa de ação de graças pelo aniversário de 9 anos programa será no dia 16 de janeiro, no centro do Recife, com transmissão pelas rádios e redes sociais.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Santo Estêvão nos ajuda a meditar sobre o Natal do Senhor



26 de dezembro de 2022

Dia do protomártir Santo Estêvão

EVANGELHO


Mt 10,17-22

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

MEDITAÇÃO


Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).


Estamos na oitava do natal. E já celebrando o primeiro mártir cristão: Estêvão, o diácono Estêvão que pregou o nome de Jesus. Ele denunciou aqueles que levaram Jesus à cruz por conivência com o poder e em rejeição à manifestação de Deus no seu filho amado. Mas, o que essa comemoração do mártir Estêvão tem com o Natal do Senhor que estamos celebrando nesta oitava?

A cena do presépio nos parece doce e poética. Na verdade, ali está representada a forma como a humanidade, a começar pelo seu próprio povo, tratou Jesus. E o tratamento que ele recebeu no seu nascimento foi de exclusão. Nasceu na estrebaria dos animais porque não havia lugar para ele nas casas de família e na hospedaria. Não acolheram o casal em dificuldade, chegando de uma longa viagem, a mulher em dores de parto, uma criancinha por nascer... Na falta de espaço em suas casas, ou melhor, de prioridade dos humildes em suas vidas, alguém lhes indicou a gruta dos animais. Está certo que a criança e seus pais tiveram a atenção dos pastores naquela noite. Mas, os pastores encontraram a criança e seus pais na maior pobreza. E não foi só isso... com a visita dos Magos do Oriente, José foi avisado que o rei Herodes procurava a criança para eliminá-la. E lá se vai a sagrada família, frente à iminente perseguição dos soldados do rei, migrando penosamente para as bandas do Egito. Exclusão e perseguição são as marcas da vida de Jesus, desde o início.

Jesus tinha avisado aos seus discípulos que eles seriam perseguidos. No evangelho de hoje, estão muitas de suas palavras sobre isso: “Levarão vocês presos para comparecerem diante de autoridades. Serão denunciados aos tribunais, açoitados nas sinagogas. Mas, não se intimidem, nem se desesperem. O Espírito Santo vai fazer a defesa de vocês. Ele falará em nome de vocês. Vejam que a perseguição pode sair até de dentro de sua própria casa. Vocês serão odiados. Mas, quem ficar perseverante até o fim, esse vencerá”. Foi o que Jesus falou.

As primeiras gerações de cristãos logo conheceram o sentido dessas palavras de Jesus. Estêvão era um dos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos. A primeira proposta era organizar a distribuição de alimentos para as viúvas e para os pobres. Mas, os diáconos foram especialmente pregadores da Palavra de Deus. Continuaram a pregação de Jesus. Enquanto Estêvão estava só organizando a distribuição das feiras e outras ajudas às famílias pobres, todo mundo gostava. Quando começou a anunciar Jesus e denunciar os motivos de sua morte na cruz, aí começaram a persegui-lo. Estêvão é só um exemplo dos cristãos que continuam hoje a ser perseguidos por causa de sua fé, aliás, um bom exemplo, pois, enquanto estava sendo apedrejado, perdoou os seus algozes e entregou o seu espírito a Deus, imitando o próprio Jesus.


Guardando a mensagem

Estamos na oitava do Natal. No natal de Jesus, apesar do clima de poesia com que hoje o revestimos, vemos nele os sinais da exclusão e da violência. Foi assim desde o começo até à sua morte. Hoje, festejamos o primeiro mártir seguidor de Cristo, Estêvão. Ele foi perseguido e apedrejado por causa de sua fé e de sua pregação sobre o Senhor Jesus. Como seguidor de Jesus (ou sua seguidora), você também pode sofrer incompreensão, discriminação e até perseguição. Nessas condições, muita gente desiste, se acovarda, dissimula ou adoça o seu discurso. O que aprendemos no presépio e, hoje com Estêvão, é a fidelidade até o fim.

Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos por tua encarnação. Tu, o salvador enviado pelo Pai, nos surpreendeste nascendo entre os pobres, em completa solidariedade com os excluídos e sofredores deste mundo. Assim, nos indicaste o caminho que devemos percorrer nesta vida e o caminho que tu és como nosso Mestre e Senhor. Nós te bendizemos pelos irmãos e irmãs que enfrentam com fidelidade e destemor os sofrimentos e perseguições por causa de sua fé. Nós te bendizemos por Estêvão, o mártir celebrado hoje. E, por sua intercessão, pedimos a bênção para todos os diáconos da Igreja e suas famílias. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelas pessoas que estão passando dificuldades e sofrendo por causa de sua fé em Cristo.

Comunicando

Sexta-feira próxima, dia 30, a Rede Vida de Televisão exibirá o Especial de Fim de Ano com o Padre João Carlos, às 10 da noite. Podendo, compartilhe a chamada que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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