Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos (Lc 6, 13)
10 de setembro de 2019.
Depois de uma noite toda de oração, na montanha, ao amanhecer, Jesus chamou os discípulos e escolheu doze entre eles. Doze é o número do povo de Deus organizado. Israel tinha doze tribos. Estas se organizaram, simbolicamente, em torno de doze patriarcas, os filhos de Jacó. Doze são também os Juízes do Antigo Testamento, bem como os profetas maiores. Doze, então, é o número da organização, da liderança. O trabalho de Jesus começa a ter um novo nível de organização, com essa escolha dos doze. O seu grupo mais próximo, com quem ele vai habitualmente se deslocar e a quem vai dedicar uma maior atenção à sua formação, é formado, então, por doze lideranças. Eles serão a referência para todos os seus discípulos, seus seguidores.
Jesus escolheu os doze para ficar com ele e para enviá-los a pregar, segundo o evangelista Marcos. Ficar com ele é a condição de discípulos, dos que estão aprendendo sobre o Reino de Deus. Serem enviados a pregar é a condição de missionários, de apóstolos. Em seu nome, eles vão dar continuidade à missão. Ter escolhido doze não quer dizer que não havia outras lideranças reconhecidas. Certamente, havia. As mulheres, por exemplo, que também eram discípulas, tinham suas funções no grupo e, mais tarde, tiveram um papel decisivo no testemunho da ressurreição e na formação das comunidades.
Certamente, a escolha não agradou a todo mundo. Alguém não foi escolhido e ficou meio emburrado. Alguém pode ter considerado a escolha um tanto equivocada e com aparente razão (Judas Iscariotes, por exemplo, não parece ter sido uma boa escolha). Mas, quando Jesus não estava mais presente fisicamente, depois de sua ressurreição e ascensão, foram esses líderes que, mesmo em sua fraqueza, sustentaram o testemunho sobre o Messias e espalharam o seu evangelho pelos quatro cantos, com a força do Espírito Santo.
Notemos que na lista dos doze escolhidos, dos apóstolos, figura, em primeiro lugar, a pessoa de Simão, a quem Jesus chamou de Pedro. Pedro foi escolhido por Jesus, como pedra na fundação de sua comunidade. Ele é um sinal de unidade na Igreja. São João Crisóstomo, que foi bispo de Constantinopla, no final do quarto século, escreveu: “Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apoia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi-lhe dado ouvir: “Sobre esta pedra – a da sólida fé – edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Na figura de Pedro, hoje Francisco, nos reconhecemos como Igreja edificada por Jesus sobre a fé e o testemunho dos apóstolos.
Guardando a mensagem
Jesus estava conduzindo o povo de Deus para um novo momento de organização. A escolha dos doze é um sinal do seu trabalho de restauração do povo de Deus. Com a escolha dos doze, estão lançadas as bases de organização da igreja cristã. É por isso que dizemos que a Igreja é apostólica, porque ela nasce da liderança, do testemunho e do ensinamento dos apóstolos que Jesus escolheu e formou. Os apóstolos de Jesus, aos poucos, foram comunicando sua mesma autoridade e responsabilidade a outros líderes, pela oração da Igreja e pela imposição de suas mãos. Esses são os bispos, que sucederam os apóstolos. Um bispo não se inventa. Os bispos têm a sucessão apostólica. Eles são os apóstolos de hoje, aqueles que o Senhor escolheu e lhes deu participação na sua autoridade. Na atuação dos apóstolos de ontem ou de hoje, independentemente de suas fraquezas ou virtudes, reconhecemos o bom pastor Jesus que nos ensina, nos abençoa e nos conduz, na força do seu Santo Espírito.
Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos (Lc 6, 13)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Pessoalmente, chamaste os doze. Eles seguiam sempre contigo. Tu tinhas o cuidado de explicar-lhes as parábolas, as coisas do Reino. E eles te seguiam com toda boa vontade, mas eram fracos como nós e te deram muita dor de cabeça. Na hora da paixão mesmo, houve quem dissesse até que não te conhecia, além daquele que te traiu. Mas, tu não desististe deles, nem os desautorizaste. Tu, Senhor, conheces a nossa fraqueza e ainda assim confias em nós. Obrigado, Senhor. Hoje, nós queremos te pedir, de maneira muito especial, pelos nossos líderes, nossos diáconos, padres, bispos e pelo Papa Francisco, referência de unidade para todo o teu povo santo. Nós te pedimos pelos frutos de sua visita a Moçambique, Madagascar e Maurício, de onde acaba de chegar. Nós te pedimos por sua saúde e pelo êxito do Sínodo da Amazônia. Que as críticas que aqui e ali se levantam contra tua Igreja nos ajudem a ser um povo mais santo e mais fiel. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Faça, hoje, uma oração pelo Papa Francisco, pelo Bispo de sua Diocese e pelo Padre de sua comunidade.
Pe. João Carlos Ribeiro – 10 de setembro de 2019.
Jesus obrigado por ter me ajudado nas minhas orações o que não alcancei, é porque o senhor está cuidando. Pra que seja na hora certa
ResponderExcluirJesus obrigada por ter dado tudo certo na cirurgia da minha mãe!😘
ResponderExcluiramem
ResponderExcluirBom dia Padre João Carlos, sempre rezo pôr todos nós. Jesus te abençoe e reze pela minha Saúde e do meu esposo Ivaldo. Obrigado pelas meditações, que me ajuda a seguir firme na fé.🙏🙏
ResponderExcluirBOM DIA padre João Carlos,obrigado pelas meditações.
ResponderExcluirObrigado Pe João Carlos pelos ensinamentos e tua benção. Deus nos conceda Saúde e Misericórdia.
ResponderExcluirQue nossa casa seja abençoada e sejamos discípulo de Cristo.
Obrigado Jesus por tantas graças e por tantos ensinamentos....pir fazer parte de minha vida e estar nela comigo sempre.amem
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