Meu Senhor e Meu Deus! (Jo 20, 28)
Chegamos ao segundo domingo da
Páscoa. Domingo passado, poderíamos dizer, foi o domingo de Maria Madalena. Ela
foi ao sepulcro cedinho, descobriu que estava aberto e vazio e avisou aos
discípulos. Hoje, podemos dizer, é o domingo de Tomé. Ele precisou ver para
crer. E mereceu um bom puxão de orelhas de Jesus.
Tomé cometeu três erros, penso
eu. O primeiro foi o seguinte: Ele
faltou à celebração. No domingo da ressurreição, à tardinha, os discípulos
estavam reunidos... essa era a hora em que a comunidade se reunia nos primeiros
tempos do cristianismo, ao entardecer do domingo. Nessa celebração do domingo
de páscoa, o próprio Jesus ressuscitado se apresentou no meio deles. Tomé não
estava nesta reunião. Não sei onde andava, mas faltou a esse momento tão
importante. Jesus fez a saudação do
shalom: A paz esteja com vocês! Mostrou-lhes as mãos e o lado, para eles terem
certeza que era ele mesmo, o que fora crucificado. E a comunidade ficou, claro,
exultante de alegria. Jesus lhes comunicou o Espírito Santo, soprando sobre
eles. E lhes enviou em missão, a mesma missão de reconciliação que ele recebera
do Pai. Tomé perdeu esse momento tão importante da vida da comunidade.