PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A boa nova que ilumina a passagem de ano



31 de dezembro de 2022

Sábado da Oitava do Natal

Dia de São Silvestre

EVANGELHO


Jo 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

MEDITAÇÃO


E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade (Jo 1, 14)

Véspera de ano novo. Um dia de muitas tarefas e contatos. Uma noite longa, de muitas expectativas, a noite da virada de ano. 

E eu vou aproveitar para lhe agradecer a acolhida diária da Meditação da Palavra, pedindo ao Senhor que, no novo ano, você continue a caminhar sob a luz de Cristo e sua Palavra. Quero também louvar a Deus pelo zelo com que você recebe e compartilha com outras pessoas a sua preciosa palavra de Salvação.

Vamos meditar a palavra de hoje na abertura do evangelho de São João. O prólogo, essa abertura solene do seu evangelho, começa com as mesmas palavras do início da Bíblia: “No princípio, era a Palavra”. A Bíblia, no livro do Gênesis, começa assim: “No princípio, Deus criou o céu e a terra”. Ao escrever assim, o evangelista está nos dizendo que, com Jesus, está começando um novo tempo. A criação, obra perfeita de Deus, teve seu ponto alto na criação do homem e da mulher. Mas, veio o pecado que desfigurou essa obra divina. Agora, chegou Jesus para levar à perfeição a obra do Criador. Ele veio nos reconciliar. A obra da redenção será a coroação da obra criadora do Pai.

Então, essa é a boa notícia, por excelência, na história da humanidade. Com Jesus, a história se acerta, é um novo começo. Essa boa notícia, que enche nossa história de esperança, já ressoou no natal. Deus mesmo veio morar com a gente. E em que isso faz a diferença? É que se há um ideal a ser seguido, ele não está mais nas nuvens, no além, nos livros, nas promessas. O ideal de humanidade ética, solidária, espiritualizada não é apenas um projeto. É uma pessoa. Os ideais de bondade, comunhão, fraternidade, justiça, verdade podem ser vistos, tocados na vida e na experiência de uma pessoa humana: Jesus de Nazaré, Deus e Homem a um só tempo. O verbo eterno que estava desde sempre ao lado do Pai entrou na história humana, solidário com todo ser humano, particularmente com o mais sofrido e desprezado.
Foi o que São João escreveu na abertura do seu evangelho: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade”. Jesus é essa verdade maravilhosa de Deus ao nosso alcance, Deus que veio a nós. O inefável que se deixou tocar. Essa é a boa notícia do natal jorrando luz para iluminar essa passagem de ano, o ano novo e toda a nossa história.

 
Guardando a mensagem

A novidade que revolucionou a história é a presença de Jesus entre nós. Deus se fez humano, entrou em nossa história. Agora, temos um modelo, um guia, um caminho para seguir. A certa altura de sua vida humana, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Agora, podemos saber como é que um filho de Deus nessa terra pode manter-se em comunhão com o Pai e com os seus irmãos, ser-lhes fiel, encontrar realização e felicidade em sintonia com a vontade divina. “Vem e segue-me”. É assim que ele continua nos convidando a viver como ele, a tê-lo como regra de vida, a imitá-lo em sua vida humana de filho de Deus. Por sua obra redentora, ele nos reconcilia com Deus e nos põe em comunhão uns com os outros. Nele, realmente tudo pode ser novo, até esse ano velho.

E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade (Jo 1, 14)

Rezando a palavra

ORAÇÃO PARA A PASSAGEM DO ANO:

Deus e Senhor nosso,
Senhor do tempo e da eternidade, 
a ti, toda honra e toda glória,
Agora e para sempre.
Nós te consagramos, 
Senhor, todos os dias deste novo ano,
colocando sob tua proteção 
todos os nossos passos, 
propósitos, projetos e sonhos.
Derrama agora, 
Pai Santo, tuas bênçãos de saúde, paz e sabedoria 
sobre nós, nossas famílias e todos os que amamos.
Que este novo ano, com a tua graça, seja de paz, 
de crescimento na fé e de prosperidade 
para todos nós, teus filhos e filhas.
Que em nossa vida, em todos os dias do novo ano,
brilhe a luz do teu filho Jesus, nosso Salvador,
Iluminando nossos caminhos 
e nos conduzindo no teu amor.
A Virgem Maria, nossa mãe, 
diga conosco: Amém.

Vivendo a palavra

Durante este último dia do ano, reserve um tempinho para sua oração pessoal. Agradeça por todas as realizações deste ano, reconhecendo a mão de Deus em tudo na sua vida.

Outra sugestão é a oração da passagem de ano, que acabamos de rezar. Eu a estou enviando, à parte, para você voltar a rezá-la depois da meia noite ou no dia de ano. E compartilhá-la com os seus contatos. Você pode encontrá-la também em nossas redes sociais.

Comunicando

Para o caso de você não ter companhia na virada do ano, estarei conduzindo uma hora de oração na Rádio Amanhecer, começando às 11 da noite. Para ter a Rádio Amanhecer no seu celular é só baixar o aplicativo Rádio Amanhecer ou Radiosnet. Tendo dificuldade, peça ajuda a alguém por aí. 

Feliz Ano Novo!
E até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

As três lições da festa da Sagrada Família

 



30 de dezembro de 2022

Sexta-feira da Oitava do Natal 

Festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José


EVANGELHO


Mt 2,13-15.19-23

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.


MEDITAÇÃO

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito (Mt 2, 14)

Dentro da oitava do natal, celebramos, hoje, a Festa da Sagrada Família, a família de Jesus, Maria e José. Celebrando a família de Nazaré, celebramos a nossa própria família, que é também sagrada, berço da fé, igreja doméstica.
Abramos o coração para acolher as lições da Palavra de Deus para nossa vida em família e para iniciarmos bem o ano novo de 2022 que se aproxima. Ao menos três lições, podemos recolher da Palavra de Deus no dia de hoje. 

Vamos à primeira lição. Colhamos o primeiro ensinamento no Evangelho de São Mateus. Na história do nascimento de Jesus, houve este fato triste: Herodes mandou matar as criancinhas de Belém e arredores de até dois anos de vida. Muitos pais se sentem como José e Maria, nos dias de hoje, porque parece pesar uma ameaça de morte contra sua criança. São muitas as ameaças contra a vida da criança e o seu crescimento sadio: a tentação do aborto, o alcoolismo, o desemprego, o ambiente insalubre de moradia, as brigas dentro de casa, a falta de atendimento médico adequado... Mas, os pais não estão sozinhos. No evangelho de hoje, o anjo do Senhor orienta José a fugir com a família. Avisa do mal que está para acontecer. E dirá a hora certa de voltar. É uma grande lição. Os pais não estão sozinhos na luta pelo bem dos seus filhos. Deus está com eles. Deus é o nosso protetor. Com a orientação de Deus, é preciso “fugir”, isto é, não se acomodar à situação, mas buscar uma saída, "ir para o Egito". Para o Egito, migraram Jacó e seus filhos, no início do povo de Deus, durante uma grande fome em Canaã. ... “Fugir” pode ser mudar de profissão, mudar de endereço, buscar melhorias em outra região. Primeira lição: Nas dificuldades, não se acomodar... e fugir do mal, sob a orientação de Deus.

Vamos à segunda lição. Ela vem do Livro do Eclesiástico e fala da atenção dos filhos aos seus pais. Os filhos devem amor, respeito, obediência aos seus pais. Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da Lei de Deus. Particularmente, essa santa obrigação continua quando os pais envelhecem. É preciso cuidar deles, com todo o carinho e paciência. Vivemos numa sociedade que valoriza quem é jovem e produtivo, descartando os idosos. Olha a palavra de hoje, no livro do Eclesiástico (Eclo 3): “Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo com ele. Não o humilhes em nenhum dos seus dias. A caridade feita a teu pai não será esquecida”. Segunda lição: Os filhos devem amor e respeito aos seus pais, sempre, e devem cuidar deles, com o mesmo carinho, quando eles envelhecerem.

Vamos à terceira lição. Ela vem da Carta aos Colossenses e diz respeito à nossa convivência em família. Diz o apóstolo (Cl 3) “Revistam-se de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-se uns aos outros e perdoando-se mutuamente se um tiver queixa contra o outro”. Olha que belo programa de convivência em família! Somos responsáveis uns pelos outros. São sete atitudes que o apóstolo está recomendando: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, tolerância e perdão. Terceira lição: Começar a caridade cristã em casa.


Guardando a mensagem

O Senhor, hoje, nos brinda com muitos conselhos e recomendações sobre a nossa vida em família. Com a fuga para o Egito, aprendemos que Deus está ao lado da família, sempre e particularmente nas horas difíceis. Nestas horas, ele nos indica que não nos acomodemos. Ele nos assiste na busca de novas soluções, novas possibilidades, novas saídas para superar o mal. Com a tradição da fé, recordamos que os filhos devem amar e respeitar os seus pais, sempre, e cuidar deles com paciência e respeito na sua velhice. E o apóstolo nos recomendou que a caridade cristã comece em casa: misericórdia, humildade, paciência, perdão. Nesse finalzinho de ano, em família e no encontro com os parentes, temos muito a exercitar.

José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito (Mt 2, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
tu que quiseste habitar numa família humana, abençoa os pais, na sua busca de proteção dos seus filhos. Abençoa os filhos, no aprendizado do teu mandamento de honrar pai e mãe com seu amor, seu respeito e sua obediência. Afasta de nossas famílias a desunião, a discórdia, a descrença. Continua, Senhor, nos ensinando a enfrentar o mal com sabedoria e destemor. Que em nossas famílias, brilhe a tua Palavra como luz e o teu evangelho como caminho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Você certamente tem um parente que precisa muito de sua oração. Hoje, ore especialmente por ele (ou por ela).

Comunicando

A Rede Vida de Televisão exibe hoje, dia 30, o Especial de Fim de Ano, com o Pe. João Carlos, às 22 horas. Por favor, divulgue com os seus contatos esta chamada da Rede Vida que estou lhe enviando.

Desde já, feliz ano novo!

E até amanhã, se Deus quiser.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Meus olhos viram a tua salvação

 



29 de dezembro de 2022

Quinta-feira da Oitava de Natal

EVANGELHO


Lc 2,22-35

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te transpassará a alma”.

MEDITAÇÃO


Senhor, meus olhos viram a tua salvação (Lc 2, 30)

Vamos acompanhar, hoje, a família de Jesus, em Jerusalém. Está tudo no evangelho de Lucas. Maria e José, com o filho nos braços, estão chegando ao Templo. O que será que eles vieram fazer?

O livro do Levítico (capítulo 12) prescrevia tudo com detalhes. Dando à luz uma criança de sexo masculino, a mulher devia passar um resguardo de 40 dias. Depois desta quarentena, devia ir à Tenda de reunião da comunidade para purificar-se. A lei do AT era muito rigorosa em relação a tudo que envolvesse sangue: menstruação, parto, morte violenta, etc. Tudo isso tornava a pessoa impura e levava a rituais de purificação com holocaustos e oferendas no Templo. Então, uma das razões da vinda da família de Nazaré ao Templo de Jerusalém é a purificação de Maria.

A vinda ao Templo se explica ainda por uma segunda tradição. São normas codificadas no Livro do Êxodo, capítulo 13. Era um costume que visava manter viva a memória da libertação do Egito, onde Deus puniu os egípcios com a morte dos primogênitos. Assim, todo primogênito era consagrado a Deus. Primogênito é o primeiro filho, de gente ou de animal. Fosse animal – um carneiro, um bezerro, um jumentinho – seria sacrificado a Deus, como oferenda. Fosse gente, o primogênito seria resgatado, isso é, em lugar dele os pais ofereciam um carneirinho ou pássaros. E é isso que vieram fazer em Jerusalém: a purificação da mãe e o resgate do filho primogênito.

Observando esse jovem casal que está chegando ao Templo, com a criança nos braços, ficamos admirados como eles estão profundamente integrados na cultura religiosa do seu povo, como são cumpridores das regras da lei judaica. Por esses ritos, a sua gente reconhecia a vinda de uma criança ao mundo como uma coisa sagrada. Uma coisa que tinha a ver com Deus. E ainda reforçava a sua pertença ao povo da aliança, lembrando o compromisso da consagração do primogênito, como memória da libertação do Egito. Essa peregrinação deles à cidade santa de Jerusalém é uma forma concreta de reconhecer Deus como senhor da história e fonte da vida.

O certo é que em Jerusalém, José e Maria reconhecem sinais de Deus que os confirmam na missão que assumiram, desde a anunciação do anjo. Um homem idoso muito santo, de nome Simeão, vem também ao Templo e toma o menino Jesus nos braços. E reza com todo o coração e cheio do Espírito Santo: "Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram tua salvação, que preparastes em face de todos os povos, luz para iluminar as nações e glória de teu povo, Israel".


Guardando a palavra

Maria e José estão no Templo de Jerusalém. E eles vieram fazer duas coisas muito importantes: a purificação da mãe e o resgate do filho primogênito. Como judeus piedosos, eles estão cumprindo a Lei de Moisés, com muito zelo. No Templo, têm uma surpresa. Um ancião venerável, Simeão, pede para segurar um pouco o menino e faz um impressionante louvor a Deus. Ele reconhece Jesus, como a luz que Deus mandou para iluminar o povo do mundo. E diz a Maria que uma espada irá transpassar o seu coração de mãe. De verdade, o Senhor Jesus, com a sua graça e com sua Palavra, enche nossa vida de luz. E, nós iluminados por ele, somos chamados a difundir a sua luz ao nosso redor: em casa, na vizinhança, no nosso local de trabalho, na sociedade toda.

Senhor, meus olhos viram a tua salvação (Lc 2, 30)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
quando eras uma criancinha e foste levado ao Templo para a consagração dos primogênitos, o profeta Simeão te tomou nos braços e disse que tu eras a luz para iluminar as nações do mundo. Tu mesmo admitiste na presença dos teus discípulos: ‘Eu sou a luz do mundo, quem me segue não anda nas trevas’. Uma vez iluminados com a tua luz, chamaste a nossa atenção para sermos também iluminadores dos outros. Hoje, te pedimos, Senhor, que a tua luz não se apague em nossos corações e em nossa vida. E que essa luz que vem de tua Palavra, de tua presença através da Igreja e na Eucaristia seja a luz que nós refletimos para os que conosco convivem ou conosco se encontram. Seja o bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quando nos batizamos, fomos iluminados por Cristo. A Igreja nos deu uma vela acesa para nos lembrarmos: ‘Jesus te iluminou. Com ele, serás uma luz para os outros’. O que você poderia fazer, hoje, para mergulhar mais ainda nessa verdade: ‘Jesus me iluminou. Com sua luz, ilumino os outros’? Posso oferecer-lhe algumas sugestões. Escolha uma. Acenda uma vela (pode ser uma vela virtual). Poste uma foto do seu batizado ou do batizado do seu afilhado ou afilhada. Ilumine o seu presépio de maneira especial. Leia o evangelho de hoje. Compartilhe esta meditação. Ou invente outra coisa. Tudo para reforçar sua adesão a Cristo, a luz que Deus mandou para iluminar o mundo.

Comunicando

Hoje é dia de Santa Missa no rádio e nas redes sociais, às 11 horas da manha. Coloque sua intenção no formulário que estamos lhe enviando.

Amanhã, sexta-feira, dia 30, a Rede Vida de Televisão exibe o Especial de Fim de Ano com o Pe. João Carlos, às 22 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

As crianças são as primeiras que sofrem





28 de dezembro de 2022

Quarta-feira da Oitava do Natal

Dia dos Santos Inocentes


EVANGELHO


Mt 2,13-18

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18“Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”.

MEDITAÇÃO


Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! (Mt 2, 13)

Era pra toda essa oitava do natal ser de festa e de alegria. Afinal, é o natal do Senhor. Só que o nascimento de Jesus, em Belém, foi num ambiente de muitos problemas e conflitos. Parece que, nesta nossa vida, não há, assim, uma alegria pura, isenta de dificuldades. E isso se deve ao nosso contexto social, à maldade, à violência, à opressão que ameaçam nossa vida. O próprio nascimento do Salvador se deu numa estrebaria de animais, porque, como diz o livro santo “não havia lugar para eles”. E logo logo, a pobre família teve de migrar para outras terras, fugindo da ameaça de morte decretada por Herodes.

A criança recém-nascida é um ser inteiramente dependente e indefeso. Ela precisa dos pais para tudo: o alimento, o agasalho, as necessidades fisiológicas, a proteção... Por causa dessa condição tão frágil da criança, Deus colocou no pai e na mãe um forte instinto de proteção dos seus filhos. A mesma sociedade, quando se trata de uma sociedade sadia, guiada por princípios de justiça social, ao legislar em relação à criança, toma-a como prioridade. Quando a sociedade se afasta de Deus, ela deixa de proteger, na prática, a vida dos cidadãos mais frágeis, as crianças, os doentes, os idosos, os que têm alguma deficiência. Em vez de proteger, penaliza, pune, explora, decreta a morte. É o aborto, o desemprego, a fome, o abandono, a exclusão, ...

Na história do nascimento de Jesus, houve esse fato triste: Herodes mandou matar as criancinhas de Belém e arredores de até dois anos de vida. Muitos pais se sentem como José e Maria, nos dias de hoje, porque parece pesar uma ameaça de morte contra sua criança. São muitas as ameaças contra a vida da criança e o seu crescimento sadio: o alcoolismo, o desemprego, o ambiente insalubre de moradia, as brigas dentro de casa, a falta de atendimento médico adequado,...

Mas, os pais não estão sozinhos. No evangelho de hoje, o anjo do Senhor orienta José a fugir com a família. Avisa do mal que está para acontecer. E dirá a hora certa de voltar. É uma grande lição. Os pais não estão sozinhos na luta pelo bem dos seus filhos. Deus está com eles. Deus é o nosso protetor. Com a orientação de Deus, é preciso “fugir”, isto é, não se acomodar à situação, mas buscar uma saída, ir para o Egito. Para o Egito, migraram Jacó e seus filhos, no início do povo de Deus, durante uma grande fome em Canaã. ... “Fugir” pode ser mudar de profissão, mudar de endereço, buscar melhorias em outra região. O certo é não se acomodar... e fugir do mal, sob a orientação de Deus.


Guardando a mensagem

Quando Herodes viu que os magos foram embora, sem lhe entregar o endereço do menino Jesus, como ele lhes havia solicitado, ficou furioso e mandou matar as criancinhas de Belém e arredores. A essa altura, José, Maria e a criança já estavam longe, rumando para as bandas do Egito. Herodes continua condenando as crianças na fome, na desnutrição, no desemprego dos pais, no abuso sexual de menores, no desvio da merenda escolar... José foi instruído a fugir para o Egito com a família. Fugir pode ser uma boa estratégia. Cair fora enquanto é tempo: das más companhias, do trabalho escravo, da rede de prostituição infanto-juvenil, do tráfico de drogas, das novelas que pregam ideologia de gênero... fugir do Herodes. Fugir do mal, sob a proteção de Deus.

Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! (Mt 2, 13)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
pedimos hoje tua bênção para os recém-nascidos e suas famílias. Protege, Senhor, com tua santa bênção suas vidas, concedendo aos seus pais a assistência dos teus anjos para conduzi-los na luta diária pela sobrevivência e, quando preciso, buscarem refúgio no Egito contra os Herodes de hoje e suas políticas de morte. Abençoa, também, os profissionais da saúde e da educação que são uma bênção na vida de nossas crianças. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Rezemos pelas crianças. Elas são as primeiras vítimas nas brigas dentro de casa, nos descuidos com a educação, nas guerras entre nações. 

Comunicando 

Que bom que você receba, diariamente, a Meditação da Palavra e a compartilhe com outras pessoas. Você poderia também sugerir que mais gente receba regularmente este alimento diário da Palavra de Deus. Uma forma de ajudar é recomendar este whatsapp da AMA que estou lhe enviando. Por ele, as pessoas facilmente podem solicitar a Meditação. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Naquilo que parecia o fim, João enxergou um glorioso recomeço




27 de dezembro de 2022

Terça-feira da Oitava do Natal

Dia de São João, apóstolo e evangelista


EVANGELHO


Jo 20,2-8

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

MEDITAÇÃO


Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

No dia em que celebramos o apóstolo João, lemos o trecho do seu evangelho que fala do túmulo de Jesus. O que tem João com esse tempo do Natal? E o que essa cena do túmulo nos inspira neste final de ano? Um pouco de paciência e a gente chega lá...

O evangelho que São João escreveu é um livro maravilhoso, inspirado pelo Espírito Santo como os outros evangelhos, claro, mas que tem uma contribuição muito original. Mais do que contar episódios da vida de Jesus, ele faz uma leitura do significado de sua missão. O prólogo, por exemplo, que nós lemos no dia de natal, nos diz, de uma maneira poética, que a vinda de Jesus é a realização da promessa que Deus fez, desde o início na criação. Lá, ele prometeu um salvador para a humanidade que se afastou da amizade com o Criador, pelo pecado. O filho, que já existia em Deus, como sua palavra criadora, fez-se carne e habitou entre nós. Jesus é a descendência da mulher que vai esmagar a cabeça da serpente, isto é, que veio vencer o mal, o pecado e a morte. Essa pregação de São João, portanto, tem tudo a ver com o natal do Senhor, meditando sobre o significado de sua encarnação.

Na cena do evangelho de hoje, ele e Pedro foram correndo ao túmulo, onde Jesus fora sepultado. Era a madrugada do domingo. E Madalena viera correndo avisar que tinham roubado o corpo do Senhor. Ele chegou primeiro do que Pedro ao túmulo, claro, corria mais rápido, era mais jovem. Mas, não entrou, esperou Pedro chegar. Nesse gesto, ele está reconhecendo o papel de liderança de Pedro. Ele viu o túmulo vazio, as faixas de linho no chão. As faixas enrolavam todo o corpo do morto. Pedro, entrando no túmulo, viu também o pano que cobria a cabeça do morto dobrado num canto. Os dois entraram... Pedro não sabia o que pensar... Mas, João não teve dúvida: viu e creu. Viu e acreditou: Jesus havia ressuscitado como tinha anunciado.

Nesse primeiro momento, eles não viram Jesus ressuscitado. Madalena imaginou que tinham roubado o corpo. Pedro ficou sem saber o que pensar... Mas, João, diante dos sinais, acreditou: Jesus está vivo, ressuscitou. Os sinais estavam ali... João é que captou o significado deles. O túmulo vazio, as faixas de linho no chão, o pano do rosto dobrado num canto... sinais a indicar uma realidade surpreendente: a ressurreição do Senhor, a sua vitória sobre a morte e sobre o pecado e o mal.


Guardando a mensagem

Olha que lição especial o jovem apóstolo João está nos deixando hoje... há tanta crise nesse mundo, tanto sonho sepultado, tantos dramas na vida das pessoas, pode ser até o seu caso... Nessa situação, as lágrimas, a dor podem enuviar, embaçar nossos olhos... e sermos levados a enxergar apenas o fim, a destruição, o túnel sem saída. Madalena e Pedro estavam assim... na sua dor, no seu desalento, não enxergaram o que os sinais estavam indicando. O túmulo vazio, as faixas pelo chão, o pano dobrado num canto estavam indicando uma virada, uma revolução, a vitória de Jesus, a sua ressurreição. João viu aquilo e acreditou. Encheu seu coração de esperança.

Ele viu e acreditou (Jo 20, 8).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
como Pedro e Maria Madalena, muitas vezes ficamos como cegos diante dos sinais de Deus que age em nossa vida e em nossa história. Dá-nos, Senhor, a fé do teu jovem apóstolo João, que viu no túmulo vazio um indício claro de que tu não estavas mais na morte, mas tinhas ressuscitado. A vitória da justiça, da paz, da verdade, da honestidade está sinalizada em pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia. Dá-nos, Senhor, olhos para ver que a criança na manjedoura é, na verdade, o rei no seu trono, reinando a partir dos humildes e desprezados, na surpreendente lógica do amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

No seu diário espiritual, aquele caderno que você ficou de adquirir, escreva uma pequena oração a Jesus no seu presépio.

Comunicando

E o ano novo já se anuncia com a festa de aniversário do nosso programa TEMPO DE PAZ, apresentado em rede, no rádio, em todo o país. A Missa de ação de graças pelo aniversário de 9 anos programa será no dia 16 de janeiro, no centro do Recife, com transmissão pelas rádios e redes sociais.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Santo Estêvão nos ajuda a meditar sobre o Natal do Senhor



26 de dezembro de 2022

Dia do protomártir Santo Estêvão

EVANGELHO


Mt 10,17-22

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

MEDITAÇÃO


Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).


Estamos na oitava do natal. E já celebrando o primeiro mártir cristão: Estêvão, o diácono Estêvão que pregou o nome de Jesus. Ele denunciou aqueles que levaram Jesus à cruz por conivência com o poder e em rejeição à manifestação de Deus no seu filho amado. Mas, o que essa comemoração do mártir Estêvão tem com o Natal do Senhor que estamos celebrando nesta oitava?

A cena do presépio nos parece doce e poética. Na verdade, ali está representada a forma como a humanidade, a começar pelo seu próprio povo, tratou Jesus. E o tratamento que ele recebeu no seu nascimento foi de exclusão. Nasceu na estrebaria dos animais porque não havia lugar para ele nas casas de família e na hospedaria. Não acolheram o casal em dificuldade, chegando de uma longa viagem, a mulher em dores de parto, uma criancinha por nascer... Na falta de espaço em suas casas, ou melhor, de prioridade dos humildes em suas vidas, alguém lhes indicou a gruta dos animais. Está certo que a criança e seus pais tiveram a atenção dos pastores naquela noite. Mas, os pastores encontraram a criança e seus pais na maior pobreza. E não foi só isso... com a visita dos Magos do Oriente, José foi avisado que o rei Herodes procurava a criança para eliminá-la. E lá se vai a sagrada família, frente à iminente perseguição dos soldados do rei, migrando penosamente para as bandas do Egito. Exclusão e perseguição são as marcas da vida de Jesus, desde o início.

Jesus tinha avisado aos seus discípulos que eles seriam perseguidos. No evangelho de hoje, estão muitas de suas palavras sobre isso: “Levarão vocês presos para comparecerem diante de autoridades. Serão denunciados aos tribunais, açoitados nas sinagogas. Mas, não se intimidem, nem se desesperem. O Espírito Santo vai fazer a defesa de vocês. Ele falará em nome de vocês. Vejam que a perseguição pode sair até de dentro de sua própria casa. Vocês serão odiados. Mas, quem ficar perseverante até o fim, esse vencerá”. Foi o que Jesus falou.

As primeiras gerações de cristãos logo conheceram o sentido dessas palavras de Jesus. Estêvão era um dos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos. A primeira proposta era organizar a distribuição de alimentos para as viúvas e para os pobres. Mas, os diáconos foram especialmente pregadores da Palavra de Deus. Continuaram a pregação de Jesus. Enquanto Estêvão estava só organizando a distribuição das feiras e outras ajudas às famílias pobres, todo mundo gostava. Quando começou a anunciar Jesus e denunciar os motivos de sua morte na cruz, aí começaram a persegui-lo. Estêvão é só um exemplo dos cristãos que continuam hoje a ser perseguidos por causa de sua fé, aliás, um bom exemplo, pois, enquanto estava sendo apedrejado, perdoou os seus algozes e entregou o seu espírito a Deus, imitando o próprio Jesus.


Guardando a mensagem

Estamos na oitava do Natal. No natal de Jesus, apesar do clima de poesia com que hoje o revestimos, vemos nele os sinais da exclusão e da violência. Foi assim desde o começo até à sua morte. Hoje, festejamos o primeiro mártir seguidor de Cristo, Estêvão. Ele foi perseguido e apedrejado por causa de sua fé e de sua pregação sobre o Senhor Jesus. Como seguidor de Jesus (ou sua seguidora), você também pode sofrer incompreensão, discriminação e até perseguição. Nessas condições, muita gente desiste, se acovarda, dissimula ou adoça o seu discurso. O que aprendemos no presépio e, hoje com Estêvão, é a fidelidade até o fim.

Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10, 22).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos por tua encarnação. Tu, o salvador enviado pelo Pai, nos surpreendeste nascendo entre os pobres, em completa solidariedade com os excluídos e sofredores deste mundo. Assim, nos indicaste o caminho que devemos percorrer nesta vida e o caminho que tu és como nosso Mestre e Senhor. Nós te bendizemos pelos irmãos e irmãs que enfrentam com fidelidade e destemor os sofrimentos e perseguições por causa de sua fé. Nós te bendizemos por Estêvão, o mártir celebrado hoje. E, por sua intercessão, pedimos a bênção para todos os diáconos da Igreja e suas famílias. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelas pessoas que estão passando dificuldades e sofrendo por causa de sua fé em Cristo.

Comunicando

Sexta-feira próxima, dia 30, a Rede Vida de Televisão exibirá o Especial de Fim de Ano com o Padre João Carlos, às 10 da noite. Podendo, compartilhe a chamada que estamos lhe enviando.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Vamos todos a Belém ver uma grande maravilha!




25 de dezembro de 2022

EVANGELHO


Jo 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

MEDITAÇÃO


E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14)

Há pouco mais de dois mil anos, a história da humanidade foi marcada por um evento absolutamente revolucionário. Deus mesmo veio morar com a gente. É esta a boa notícia que impactou a aventura humana na terra. Deus mesmo veio morar com a gente.

E em que isso faz a diferença? É que se há um ideal a ser seguido, ele não está mais nas nuvens, no além, nos livros, nas promessas. O ideal de humanidade ética, solidária, espiritualizada não é apenas um projeto. É uma pessoa. Os ideais de bondade, comunhão, fraternidade, justiça, verdade podem ser vistos, tocados na vida e na experiência de uma pessoa humana: Jesus de Nazaré, Deus e Homem a um só tempo. O verbo eterno que estava desde sempre ao lado do Pai entrou na história humana, solidário com todo ser humano, particularmente com o mais sofrido e desprezado.

E isso faz toda a diferença. No evangelho de hoje, lido em São João, está escrito: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade”. Jesus é essa verdade maravilhosa de Deus ao nosso alcance, Deus que veio a nós. O inefável que se deixou tocar. Isso é o natal. Dom Antônio Lustosa, bispo santo e sábio, salesiano, a caminho dos altares, escreveu assim, sobre o natal:

Vamos em espírito até Belém
contemplar a maior maravilha de todos os séculos:
o Verbo feito carne.
Deus em forma humana no meio dos homens.
O ser Infinito reduzido às dimensões de uma criancinha.
A Onipotência que nada pode fazer.
A Sabedoria que só sabe chorar.
O Rei dos Reis em uma manjedoura a servir-lhe de berço.
Quem tudo fez no mais completo desconforto.
O Altíssimo no maior abatimento.
É tudo mistério de amor.

O prólogo, essa abertura do evangelho de São João que estamos lendo hoje, começa com as mesmas palavras do início da Bíblia: “No princípio, era a Palavra”. A Bíblia, no livro do Gênesis, começa assim: “No princípio, Deus criou o céu e a terra”. Então, está nos dizendo o apóstolo João em seu evangelho, com Jesus está começando um novo tempo. A criação, obra perfeita de Deus, teve seu ponto alto na criação do homem e da mulher. Mas, veio o pecado que desfigurou essa obra divina. Agora, chegou Jesus para levar a obra do Criador à perfeição.



Guardando a mensagem

A novidade que revolucionou a história é a presença de Jesus entre nós. Deus se fez humano, entrou em nossa história. Agora, temos um modelo, um guia, um caminho para seguir. A certa altura de sua vida humana, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Podemos segui-lo, crer nele, experimentar a vida eterna que ele nos comunica porque ele é de nossa raça humana, anda pelos nossos caminhos, sente as nossas dores, atravessa o nosso mesmo vale de lágrimas. Agora, podemos saber como é que um filho de Deus nessa terra pode manter-se em comunhão com o Pai e com os seus irmãos, ser-lhes fiel, encontrar realização e felicidade em sintonia com a vontade divina. “Vem e segue-me”. É assim que ele continua nos convidando a viver como ele, a tê-lo como regra de vida, a imitá-lo em sua vida humana de filho de Deus.

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14)
 
Rezando a palavra

Senhor Jesus,
neste natal nos encontramos como família ao redor de tua manjedoura. Ao lado de Maria, de José e de toda a criação representada pelos animais, nós te contemplamos em tua encarnação. Viemos, como os pastores de Belém, te visitar. Queremos, Senhor, que este natal nos anime a viver na fé e na esperança do teu evangelho. Com certeza, este é o maior presente que podemos te oferecer: renovar hoje nossa adesão a ti, ao teu evangelho e à tua Igreja. Derrama, Senhor, tuas santas bênçãos sobre cada um de nós e ajuda-nos a ser famílias segundo o modelo de tua santa família. Cuida, Senhor, de todos nós. Amém.

Receba, agora, a bênção do natal.

Incline sua cabeça e responda ‘amém’, no final das três orações.

O Deus de infinita bondade que, pela encarnação de seu filho, expulsou as trevas do mundo e, com seu glorioso nascimento transfigurou este dia, expulse do teu coração as trevas dos vícios e te transfigure com a luz das virtudes. Amém.

Aquele que anunciou aos pastores, pelo anjo, a grande alegria do nascimento do salvador derrame em teu coração a sua alegria e te torne testemunha do evangelho. Amém.

Aquele que pela encarnação do seu filho, uniu a terra ao céu, te conceda sua paz e seu amor e te faça membro comprometido com a missão de sua Igreja. Amém.

Vivendo a palavra

Dias atrás, eu convidei você a se preparar para dar um presente ao menino Jesus, no seu nascimento. Jesus vem a nós hoje (e todo dia) nos mais sofridos e nos mais pobres. Uma cesta básica, um almoço bem embalado, uma roupinha nova, um trocado generoso... veja o que pode dar. Neste natal, dê um presente ao menino Jesus.

Pra você e sua família, um santo e abençoado Natal!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

Acolher a vida com amor e responsabilidade

 



24 de dezembro de 2022

Sábado do 4ª Semana do Advento

Véspera do Natal do Senhor


EVANGELHO


Lc 1,67-79

Naquele tempo, 67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo, profetizou, dizendo: 68“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. 69Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, 70como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas, 71para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam.
72Ele usou de misericórdia para com nossos pais, recordando-se de sua santa aliança 73e do juramento que fez a nosso pai Abraão, para conceder-nos, 74que, sem temor e libertos das mãos dos inimigos, nós o sirvamos, 75com santidade e justiça, em sua presença, todos os nossos dias.
76E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos, 77anunciando ao seu povo a salvação, pelo perdão dos seus pecados. 78Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, 79para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz”.


MEDITAÇÃO



E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos (Lc 1, 76)

Nesta véspera do Natal, antes da celebração da Vigília e da Noite do Natal, somos convidados a renovar nosso compromisso com a defesa e a proteção da vida que nasce. Hoje, lemos e rezamos o louvor do pai da criança que veio com a missão de preparar os caminhos de Jesus. Estamos falando de Zacarias, o pai e de João Batista, seu filho.

Uma criança não é obra do acaso, a vida humana é obra de Deus. Na chegada de uma criança, há algo de especial, de inesperado, por mais que os pais se preparem. A criança não é o fruto de um planejamento. Os pais podem, responsavelmente, planejar-se para acolher do melhor modo possível a vida que vai chegar. Mas, não a produzem, a acolhem. E o ser humano que chega, gerado pelos pais, já estava no pensamento de Deus, antes de existir. O jovem Jeremias ouviu Deus lhe dizer: “Antes de te formar no seio materno, eu te conheci; antes de saíres do ventre de tua mãe, eu te consagrei”. O servo de Javé do Livro do profeta Isaías declarou: “O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome”. O ser humano é obra do Deus criador, no milagre da geração humana e na criação de sua alma.

Os parentes e vizinhos de Izabel alegram-se com ela. Surpreendem-se com a ação misericordiosa de Deus na vida daquele casal idoso e estéril. Reconhecem a obra de Deus na vinda daquele menino ao mundo. Intuem que aquela criança está destinada a uma missão muito especial. Dos fatos do nascimento e circuncisão do filho de Isabel, podemos recolher lições importantes para nós, hoje. Recolhamos, ao menos, três lições.

Primeira lição: desejar e acolher o filho. Aqueles pais idosos, sem filhos pela esterilidade da mãe, desejavam o filho. Pediram muito a Deus por isso. O anjo disse a Zacarias, quando este oficiava no Templo: “Deus ouviu tua súplica”. O Senhor, no seu tempo, lhes concedeu esse dom tão precioso. Desejar o filho é a primeira atitude dos que constituem família. Ser pai e mãe é responder a uma vocação, a um chamado especial de Deus. Filho dá trabalho, altera a vida do casal. Mas, ao desejar e acolher um filho, os pais realizam a sua vocação, fonte de felicidade e realização.

Segunda lição: dar-lhe um nome. Os judeus circuncidavam o menino no oitavo dia e lhe davam o nome nessa cerimônia familiar, pela qual inseriam a criança na aliança com Deus. Dar um nome é dar uma identidade, assegurar-lhe um lugar na família e no seu povo. A vida de um ser humano é um mistério de possibilidades abertas ao futuro. Não é apenas uma continuação dos pais. Na casa de Isabel, os parentes ficaram confusos. O menino recebeu um nome em desacordo com a tradição familiar, não recebeu o nome do pai. “João é o seu nome”, escreveu o pai numa tabuinha. Foi um gesto de obediência a Deus que tinha mandado dar esse nome, em vista da missão que o menino desempenharia. A criança precisa ter um nome, um sobrenome, uma identidade, um lugar na família, na sociedade. As famílias cristãs dão nomes cristãos aos seus filhos, providenciam seu registro de nascimento, integram-nos na comunidade dos discípulos pelo batismo e os educam para serem úteis e significativos na sociedade. Dão-lhe um nome.

Terceira lição: Sermos solidários com as famílias. Foi essa a atitude dos parentes e vizinhos do abençoado casal. Eles alegraram-se com Izabel, na gravidez e no nascimento da criança, ao perceber como o Senhor tinha sido misericordioso para com ela. Uma atitude de fé e de exultação interior. Uma parenta de Izabel mostrou-se particularmente solidária: Maria. Ela esteve presente, ajudando sua prima nos últimos três meses da gestação. Maria e outros parentes e vizinhos mostraram-se próximos, solidários, interessados no bem daquela família.

Guardando a mensagem

No dia de hoje, em que nos preparamos para o Natal de Jesus, ouvimos o pai de um recém-nascido, Zacarias, louvando a Deus, no oitavo dia do seu nascimento, no dia em que lhe deu o nome de João. Recolhamos as lições do evangelho no cuidado e na defesa da vida das crianças. Primeira lição: desejar e acolher o filho; Segunda lição: dar-lhe um nome; Terceira lição: Sermos solidários com as famílias e suas crianças. Cuidar bem dos próprios filhos e nos sentirmos todos responsáveis pela defesa e proteção das crianças.

E tu, Menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do Senhor para preparar-lhe os caminhos (Lc 1, 76)

Rezando a palavra

Façamos nossas as palavras do Canto de Zacarias, o pai da criança:

Serás profeta do Altíssimo, ó menino,
pois irás andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos,
anunciando ao seu povo a salvação,
que está na remissão de seus pecados;
pelo amor do coração de nosso Deus,
sol nascente que nos veio visitar lá do alto
como luz resplandecente a iluminar
a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estão sentados
e para dirigir os nossos passos,
guiando-nos no caminho da paz.

Vivendo a palavra

Havendo uma oportunidade, neste natal, faça um gesto de atenção em relação a uma família pobre e suas crianças.

Comunicando

Estamos reenviando o e-book pra você realizar um momento de oração com sua família, neste natal, hoje ou amanhã. De toda forma, nesta véspera do Natal do Senhor, vamos realizar a Celebração do Natal em Família, em nosso Canal do Youtube, às 20 horas. 

Feliz Natal, com saúde e paz!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Deus prepara o mensageiro que anuncia que Jesus está chegando




23 de dezembro de 2023

Sexta-feira da 4ª Semana do Advento

9º DIA DA NOVENA DE NATAL

DEUS PREPARA O MENSAGEIRO QUE ANUNCIA QUE JESUS ESTÁ CHEGANDO


Canto

Purifica-me, Senhor
Nas tuas águas
Purifica-me, Senhor
Com o fogo santo

Para então cantar
Para proclamar o teu louvor
Para bendizer e engrandecer o teu amor
Para publicar as tuas maravilhas
Com o teu Espírito,
Purifica-me, Senhor.


Introdução

Antes de Jesus nascer, nasceu João, o filho de Zacarias e Isabel. O nascimento de João, filho de um casal idoso e estéril, também está cercado de fatos maravilhosos. O mesmo anjo que anunciou Jesus a Maria, anunciou João ao sacerdote Zacarias. João tinha uma missão especial: preparar a acolhida de Jesus. Assim, ele convocaria o povo à conversão e o batizaria nas águas do rio Jordão. Deus preparou o mensageiro que anunciaria que Jesus estava chegando.

Leitura bíblica (Malaquias 3, 1- 4)

Assim fala o Senhor Deus: “Eis que eu envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentas encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; e quem poderá fazer-lhe frente no dia de sua chegada? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; e estará a postos, como pra fazer derreter e purificar a prata; assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor.
Palavra do Senhor.


Pistas para a reflexão

No tempo de Jesus, o povo tinha na memória essa profecia de Malaquias: antes que viesse o Messias, viria o mensageiro, alguém como Elias para preparar o povo para recebê-lo. O Senhor que vai chegar e vai purificar o seu povo é o Messias. De fato, podemos ler a missão de Jesus debaixo desta ótica: ele veio purificar o seu povo dos seus pecados. E o fez com a pregação do Reino e, especialmente, com o derramamento do seu sangue. Foi um batismo de fogo, como se diz. Assim, ele nos lavou, nos purificou do pecado. Malaquias comparou essa ação à dos fundidores de prata ou de ouro. Com o fogo, eles separam o metal precioso das impurezas. Nos evangelhos, João Batista é identificado com Elias, o mensageiro que prepararia os caminhos do Senhor. O nascimento de João Batista, contado no evangelho de Lucas, foi motivo de muita alegria para os parentes e vizinhos. No auge do seu trabalho de mensageiro e precursor, apontou Jesus presente no meio do povo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Preces

Coloquemos em oração nós todos que participamos da Novena de Natal:
  • que sejamos bons anunciadores do nascimento de Jesus junto às nossas famílias e comunidades;
  • que sejamos testemunhas alegres da vinda de Jesus na carne há mais de 2.000 anos;
  • que tenhamos um Natal de paz e saúde.
Fazer preces a partir dessas intenções....

Pai Nosso, Antífona do Ó e Bênção

Pai Nosso...

Ó Emanuel, Deus conosco, nosso rei legislador, esperança das nações e dos povos salvador: vinde enfim para salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus.

Vem, ó Filho de Maria,
Vem depressa, ó luz da vida,
Quanta sede, quanta espera,
Quando chega, quando chega aquele dia?…

O Senhor tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

Comunicando

Estamos terminando a novena de natal. Mas, temos uma proposta: faça, amanha, com sua família (ou no dia de natal),  uma pequena celebração de natal. Nós já preparamos um texto e lhe mandamos o e-book com a celebração. E vamos fazer a celebração amanhã, no Youtube, às 20 horas. Minha sugestão: compartilhe o e-book com a sua família e marque uma hora para realizar a Celebração do Natal em Família. 

Hoje, às 19 horas, a TV Evangelizar exibe um especial de final de ano com o Pe. João Carlos. 

Canto

Purifica-me, Senhor
Nas tuas águas
Purifica-me, Senhor
Com o fogo santo

Para então cantar
Para proclamar o teu louvor
Para bendizer e engrandecer o teu amor
Para publicar as tuas maravilhas
Com o teu Espírito,
Purifica-me, Senhor.

A vinda de Jesus é a razão da felicidade de Maria que canta as maravilhas de Deus




22 de dezembro de 2022

Quinta-feira da 4ª Semana do Advento

8º DIA DA NOVENA DE NATAL

A VINDA DE JESUS É A RAZÃO DA FELICIDADE DE MARIA QUE CANTA AS MARAVILHAS DE DEUS


Canto

Doravante as gerações
Me chamarão bem-aventurada

Ele olhou pra mim
E me escolheu
Eu tão pequenina
Servidora
Ele olhou pra mim
E me elegeu
Eu de tão feliz
O louvo agora


Introdução

Maria grávida, na casa de Isabel, cheia do Espírito Santo, louva a Deus por sua misericórdia e pelas maravilhas que fez em sua vida. Jesus é a realização das promessas de Deus e isso enche o coração de Maria de alegria e júbilo. O Natal está bem pertinho. Deixemos que essa boa notícia de Jesus que veio em nossa humanidade e está conosco (como Emanuel que é) encha o nosso coração de alegria e a nossa boca de louvores.

Leitura bíblica (Lucas 1, 46-56)

Naquele tempo, Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem. Ele mostrou a força do seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”. Palavra da Salvação.

Pistas para a reflexão

Na Bíblia, as mulheres estéreis que tiveram filhos, por uma graça especial de Deus, manifestam sua gratidão e seu reconhecimento. Ana, mãe de Samuel, logo que desmamou o menino, o levou à casa do Senhor, em Silo. Depois de oferecer sacrifícios de ação de graças, Ana disse ao sacerdote Eli: “Ouve, meu senhor, por tua vida, eu sou a mulher que esteve aqui orando ao Senhor, na tua presença. Eis o menino por quem eu pedi, e o Senhor ouviu minha súplica. Portanto, eu também o ofereço ao Senhor, a fim de que só a ele sirva em todos os dias de sua vida”. Esta bela história está no início do primeiro livro de Samuel. Maria, a mãe de Jesus, na casa de Isabel, também fez uma linda oração de louvor a Deus. Reconheceu que foi o Senhor que fez maravilhas em seu favor. Na vinda do seu filho, Deus estava realizando suas promessas em favor do seu povo. Na sua misericórdia, Deus estava socorrendo Israel. A vinda de Jesus é a razão da felicidade de Maria que canta as maravilhas de Deus.

Preces

Coloquemos em oração nossas famílias e nossas comunidades que se preparam para a celebração do Natal do Senhor:
  • que os símbolos do Natal sejam expressão de nosso contentamento, de nossa ação de graças;
  • que a Ceia de Natal seja um momento de união e louvor a Deus por nos ter dado Jesus como salvador;
  • que ninguém falte à celebração do Natal na igreja, para celebrarmos como povo redimido esta tão grande alegria.
Fazer preces a partir dessas intenções....

Pai Nosso, Antífona do Ó e Bênção

Pai Nosso...

Ó Rei das Nações, desejado dos povos; ó pedra angular, que os opostos unis: oh, vinde e salvai este homem tão frágil, que um dia criastes do barro da terra.

Vem, ó Filho de Maria,
Deus da nossa alegria,
Quanta sede, quanta espera,
Quando chega, quando chega aquele dia?…

O Senhor tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna. Amém.

Comunicando

E você já baixou o e-book da Celebração de Natal em Família? Está aí no seu whatsapp, desde ontem. 
E, hoje, como toda quinta-feira, você recorda, hoje é dia da Santa Missa, às 11 horas. A celebração de hoje será de Ação de Graças por este ano pastoral que estamos concluindo. Presencialmente, será na Matriz de Santo Antonio, no centro da cidade do Recife. Mande sua intenção pelo formulário que estamos lhe enviado e nos acompanhe pelo rádio e pelas redes sociais.

Canto

Doravante as gerações
Me chamarão bem-aventurada


Ele olhou pra mim
E me escolheu
Eu tão pequenina
Servidora
Ele olhou pra mim
E me elegeu
Eu de tão feliz
O louvo agora

Postagem em destaque

Jesus é o caminho.

  16 de maio de 2025    Sexta-feira na 4ª Semana da Páscoa       Evangelho.    Jo 14,1-6 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não...

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