PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: pão do céu
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A QUEM IREMOS, SENHOR?




07 de maio de 2022

3ª Semana da Páscoa


EVANGELHO


Jo 6,60-69

Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.



MEDITAÇÃO


A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Estamos terminando a leitura do capítulo 6 do Evangelho de São João. Nesta passagem, Jesus falou de si e da realização de sua missão com as imagens do maná e do cordeiro sacrificado na páscoa. O maná foi já uma preparação para a revelação do verdadeiro pão do céu. Jesus é que é o verdadeiro pão descido do céu para alimentar o seu povo. A páscoa celebrada na saída do Egito é uma imagem da páscoa definitiva, no sangue do cordeiro de Deus. Jesus é o verdadeiro cordeiro oferecido em sacrifício, verdadeiro alimento dos que circundam a mesa da páscoa.

Por um lado, Jesus reafirma a sua decisão de se entregar pelos seus, enfrentando a morte de cruz. Por outro lado, celebra, com os seus discípulos, esta sua entrega radical na ceia pascal. A ceia torna-se o memorial de sua paixão, morte e ressurreição. Ali se atualiza essa entrega fiel de Jesus, na cruz. A morte é celebrada como expressão maior de seu amor. E a sua ressurreição como a resposta amorosa do Pai, aprovando o sacrifício do filho e dando vida nova a todos os que crerem nele.

Diante dessa revelação de Jesus – vai sofrer, vai morrer, vai dar a vida – muitos dos seus seguidores entraram em crise. Ninguém quer saber de perseguição, de fracasso, de morte. Está escrito: “A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”.

Mesmo diante da deserção de muitos discípulos, Jesus não amenizou o seu discurso. Sim, ele daria a sua vida pelos seus: sua carne e seu sangue, sua vida humana. Ele é o cordeiro da páscoa. Ter parte com ele é acolher o seu sacrifício. Comer o pão na sua mesa, comungar, é entrar em profunda sintonia com ele, acolhendo o modo como ele redime a humanidade, dando a sua vida pelos pecadores. Ele é o alimento que sustenta e comunica a vida de Deus, a vida eterna.



Guardando a mensagem

Muita gente não largou ainda a ideia de um messias poderoso que impõe o seu reinado com a força de Deus. Jesus escolheu outro caminho para realizar a sua missão, ele escolheu o caminho do esvaziamento, da solidariedade com os sofredores, do aparente fracasso da morte de cruz. O seu abaixamento como servo, a sua renúncia à grandeza humana continuam desiludindo muita gente, que se afasta, que se desinteressa ou que não mergulha no sentido da ceia do Senhor, a Santa Missa. A Missa é a ceia de páscoa onde Jesus de novo, como servo, purifica os seus discípulos, lavando os seus pés. Sua morte nos lava do pecado. A Missa é a ceia de páscoa onde o cordeiro imolado é o alimento do povo que vive em aliança com Deus e em comunhão com os seus semelhantes.

A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
diante da desistência de muitos discípulos, do estranhamento de outros, perguntaste aos doze: “Vocês também querem ir embora?”. Esta é a mesma pergunta que nos fazes hoje. “Não, Senhor, não vamos embora, nós queremos ficar. Nós cremos no teu sacrifício redentor na cruz, renovado em cada celebração eucarística. Nós cremos na tua ressurreição gloriosa, pela qual nos deste a vida nova. Nós cremos que estás realmente presente - em corpo, sangue, alma e divindade – no pão e no vinho consagrados, como disseste, para nos alimentar e nos fortalecer no caminho do Reino. Na Santa Missa, anunciamos a tua morte e proclamamos a tua ressurreição, enquanto aguardamos a tua nova vinda. Hoje, dizemos como Pedro, “Aonde nós iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Amém.


Vivendo a palavra

Aproveite o dia de hoje para preparar-se bem para o dia do Senhor. Planeje o seu domingo como dia do ressuscitado, da comunidade que celebra, da família que se encontra e festeja a vida que é dom de Deus. A Missa é o centro do nosso dia. É o coração do nosso domingo. E amanhã, com o Domingo do Bom Pastor, teremos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.

Comunicando

É hoje a Missa de Páscoa com associados e ouvintes da Rádio 9 de julho, na Catedral da Sé, ao meio dia. Reze por este nosso encontro.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

EU SOU O PÃO DA VIDA



01 de agosto de 2021
18º Domingo do Tempo Comum

EVANGELHO


Jo 6,24-35

Naquele tempo, 24quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?”
26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.
28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”
29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
30Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

MEDITAÇÃO


Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)

Jesus tinha razão. Aquele povo estava atrás de coisas e não dele. Mesmo andando atrás dele, não o estava buscando, mas buscando coisas que ele poderia lhes dar.

No dia anterior, Jesus tinha alimentado uma grande multidão com pouquíssimos pães e peixes. Terminado o dia, aquele povo todo tinha ido embora. Mas, no dia seguinte, voltou atrás de Jesus. Quando notaram que ele e os discípulos tinham ido para o outro lado do grande lago, eles pegaram barcos e foram atrás de Jesus. Quando o encontraram, Jesus lhes disse logo: ‘Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que vocês comeram ontem’. Comeram o pão e permaneceram no nível de matar a fome. Não entenderam o sinal. Aquele pão era só um sinal a indicar o verdadeiro alimento que sustenta para a vida eterna.

Essa palavra de Jesus, no evangelho de hoje, é muito atual. Aplica-se direitinho a nós e a muita gente. Quanta gente corre, hoje, atrás de coisas que Jesus pode dar! Que ele pode dar, pode. Que ele pode nos conceder graças, fazer milagres em nossa vida, claro que pode. Mas, que andemos atrás de Jesus unicamente movidos por esses interesses, é triste. O nosso interesse não pode estar unicamente nas coisas ou nas soluções materiais ou físicas para os nossos problemas. Continuamos, assim, a ser interesseiros e ingratos. Estamos interessados realmente em Jesus ou nas coisas que ele pode nos dar?

Jesus acolheu bem aquelas pessoas, mas as convidou para um nível mais alto de sua busca. “Esforcem-se, não pelo alimento que passa, mas pelo pão que permanece até a vida eterna”. Uma palavra atual, não acha? Não falta gente correndo atrás de milagres e curas. Agora, perguntemos se estão se comprometendo com o evangelho do Senhor. Nada. E olha que, infelizmente, não faltam pregadores apregoando milagres em nome de Jesus, mas sem convidar seus fiéis a seguirem Jesus, a praticarem os seus mandamentos.

Precisamos passar do sinal para a realidade que ele aponta. Moisés alimentou o povo, no deserto, com o Maná, como está narrado no Livro do Êxodo. E se dizia que aquele era o pão descido do céu. Mas, aquele era apenas um sinal. Não é Moisés que dá o pão do céu. O verdadeiro pão do céu quem o dá é Deus. E esse pão de Deus descido do céu que dá vida ao mundo tem nome, é uma pessoa, é Jesus. Aquela experiência de Jesus alimentando o povo no deserto aponta para a verdade de Jesus que está comunicando a vida de Deus ao seu povo e o fará de maneira total na cruz. Então, aquela cena do pão entregue no deserto é um sinal da vida entregue na cruz, gerando perdão, restauração, vida. É isso que celebramos na Eucaristia. Na Santa Missa, como rezamos com as palavras de São Paulo, anunciamos a sua morte e a sua ressurreição que nos salvam.

Guardando a mensagem

A palavra de hoje nos convida a passar do sinal para o encontro com Cristo. Do sinal para a fé em Jesus Salvador. A refeição no deserto prepara a refeição da Eucaristia, a celebração da entrega de Cristo em favor da humanidade. O nosso encontro com o Senhor na comunidade, na palavra e no pão eucarístico nos põe no caminho da conversão. Como explica a Carta aos Efésios, passamos do homem velho para o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. Despojamo-nos do homem velho e revestimo-nos do homem novo. Assim, como disse Paulo, não podemos mais continuar a viver como os pagãos, mas como pessoas renovadas no espírito, e na mentalidade também.

Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Igual àquele povo que estava te procurando por causa do pão material que comera naquele encontro, nós também ficamos correndo atrás das coisas e daquilo que podes nos dar. Tua Palavra, hoje, nos ensina, que nosso maior esforço, nosso maior empenho, deve ser buscar-te como nosso Deus e Salvador; não estar interesseiramente atrás do que tu podes nos conceder na tua misericórdia, mas buscar a ti que és o verdadeiro pão dado para a vida do mundo. Senhor, dá-nos sempre deste pão. E como neste primeiro domingo de agosto, celebramos a vocação do padre, nós te pedimos, Senhor Jesus, uma bênção especial para os nossos padres, dispensadores do pão de tua palavra, ministros do teu pão eucarístico. Concede à tua Igreja santas e numerosas vocações para os ministérios ordenados de diáconos e padres, para que,  em teu nome, apascentem o rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Durante o dia de hoje, repita em prece, muitas vezes: “Senhor, dá-nos sempre deste pão” (Jo 6, 34).

Mesmo se não lhe for possível, hoje, participar presencialmente da Santa Missa, acompanhando a celebração pelos meios de comunicação, faça a sua Comunhão Espiritual. Vou lhe deixar, no final do texto da Meditação, a Oração para a Comunhão Espiritual, composta por Santo Afonso Maria de Liguori. É só seguir o link que estou lhe enviando.

Celebro a Santa Missa hoje, às 17 horas, com transmissão pela Rádio Tempo de Paz. É só baixar o aplicativo no seu celular.

ORAÇÃO PARA A COMUNHÃO ESPIRITUAL

“Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós. Amém."

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

JESUS É O CORDEIRO DA PÁSCOA



24 de abril de 2021
Comemoração Mensal de Nossa Senhora Auxiliadora

EVANGELHO


Jo 6,60-69

Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

MEDITAÇÃO 


A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Estamos terminando a leitura do capítulo 6 do Evangelho de São João. Nesta passagem, Jesus falou de si e da realização de sua missão com as imagens do maná e do cordeiro sacrificado na páscoa. O maná foi já uma preparação para a revelação do verdadeiro pão do céu. Jesus é que o verdadeiro pão descido do céu para alimentar o seu povo. A páscoa celebrada na saída do Egito é uma imagem da páscoa definitiva, no sangue do cordeiro de Deus. Jesus é o verdadeiro cordeiro oferecido em sacrifício, verdadeiro alimento dos que circundam a mesa da páscoa.

Por um lado, Jesus reafirma a sua decisão de se entregar pelos seus, enfrentando a morte de cruz. Por outro lado, celebra, com os seus discípulos, esta sua entrega radical na ceia pascal. A ceia torna-se o memorial de sua paixão, morte e ressurreição. Ali se atualiza essa entrega fiel de Jesus, na cruz. A morte é celebrada como expressão maior de seu amor. E a sua ressurreição como a resposta amorosa do Pai, aprovando o sacrifício do filho e dando vida nova a todos os que crerem nele.

Diante dessa revelação de Jesus – vai sofrer, vai morrer, vai dar a vida – muitos dos seus seguidores entraram em crise. Ninguém quer saber de perseguição, de fracasso, de morte. Está escrito: “A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”.

Mesmo diante da deserção de muitos discípulos, Jesus não amenizou o seu discurso. Sim, ele daria a sua vida pelos seus: sua carne e seu sangue, sua vida humana. Ele é o cordeiro da páscoa. Ter parte com ele é acolher o seu sacrifício. Comer o pão na sua mesa, comungar, é entrar em profunda sintonia com ele, acolhendo o modo como ele redime a humanidade, dando a sua vida pelos pecadores. Ele é o alimento que sustenta e comunica a vida de Deus, a vida eterna.

Guardando a mensagem

Muita gente não largou ainda a ideia de um messias poderoso que impõe o seu reinado com a força de Deus. Jesus escolheu outro caminho para realizar a sua missão, ele escolheu o caminho do esvaziamento, da solidariedade com os sofredores, do aparente fracasso da morte de cruz. O seu abaixamento como servo, a sua renúncia à grandeza humana continuam desiludindo muita gente, que se afasta, que se desinteressa ou que não mergulha no sentido da ceia do Senhor, a Santa Missa. A Missa é a ceia de páscoa onde Jesus de novo, como servo, purifica os seus discípulos, lavando os seus pés. Sua morte nos lava do pecado. A Missa é a ceia de páscoa onde o cordeiro imolado é o alimento do povo que vive em aliança com Deus e em comunhão com os seus semelhantes.

A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6, 68)

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,
Diante da desistência de muitos discípulos, do estranhamento de outros, perguntaste aos doze: “Vocês também querem ir embora?”. Esta é a mesma pergunta que nos fazes hoje. “Não, Senhor, não vamos embora, nós queremos ficar. Nós cremos no teu sacrifício redentor na cruz, renovado em cada celebração eucarística. Nós cremos na tua ressurreição gloriosa, pela qual nos deste a vida nova. Nós cremos que estás realmente presente - em corpo, sangue, alma e divindade – no pão e no vinho consagrados, como disseste, para nos alimentar e nos fortalecer no caminho do Reino. Na Santa Missa, anunciamos a tua morte e proclamamos a tua ressurreição, enquanto aguardamos a tua nova vinda. Hoje, dizemos como Pedro, “Aonde nós iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna”. Amém.

Sendo hoje dia 24, comemoração mensal de N. Sra. Auxiliadora, rezemos com as palavras de São João Bosco: 

Ó Maria, Virgem poderosa,
Tu, grande e ilustre defensora da Igreja,
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos,
Tu, terrível como exército ordenado em batalha,
Tu, que só destruíste toda heresia em todo o mundo:
nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo; e na hora da morte, acolhe a nossa alma no paraíso. Amém.

Vivendo a palavra

Aproveite o dia de hoje para preparar-se bem para o dia do Senhor. Planeje o seu domingo como dia do ressuscitado, da comunidade que celebra, da família que se encontra e festeja a vida que é dom de Deus. Mesmo se tiver que ficar em casa, prepare-se para participar piedosamente da Missa, pelas redes sociais. A Missa é o centro do nosso dia. É o coração do nosso domingo. 

E amanhã, com o Domingo do Bom Pastor, teremos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

PELO SINAL DO PÃO, CHEGAR AO PÃO VERDADEIRO


Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)

05 de agosto de 2018.

Jesus tinha razão. Aquele povo estava atrás de coisas e não dele. Mesmo andando atrás dele, não o estava buscando, mas buscando coisas que ele poderia lhes dar.

No dia anterior, Jesus tinha alimentado uma grande multidão com pouquíssimos pães e peixes. Terminado o dia, aquele povo todo tinha ido embora. Mas, no dia seguinte, voltou atrás de Jesus. Quando notaram que ele e os discípulos tinham ido para o outro lado do grande lago, eles pegaram barcos e foram atrás de Jesus. Quando o encontraram, Jesus lhes disse logo: ‘Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que vocês comeram ontem’. Comeram o pão e permaneceram no nível de matar a fome. Não entenderam o sinal. Aquele pão era só um sinal a indicar o verdadeiro alimento que sustenta para a vida eterna.

Essa palavra de Jesus, no evangelho de hoje, é muito atual. Aplica-se direitinho a nós e a muita gente. Quanta gente corre, hoje, atrás de coisas que Jesus pode dar! Que ele pode dar, pode. Que ele pode nos conceder graças, fazer milagres em nossa vida, claro que pode. Mas, que andemos atrás de Jesus unicamente movidos por esses interesses, é triste. O nosso interesse não pode estar unicamente nas coisas ou nas soluções materiais ou físicas para os nossos problemas. Continuamos, assim, a ser interesseiros e ingratos. Estamos interessados realmente em Jesus ou nas coisas que ele pode nos dar?

Jesus acolheu bem aquelas pessoas, mas as convidou para um nível mais alto de sua busca. “Esforcem-se, não pelo alimento que passa, mas pelo pão que permanece até a vida eterna”. Uma palavra atual, não acha? Não falta gente correndo atrás de milagres e curas. Agora, perguntemos se estão se comprometendo com o evangelho do Senhor. Nada. E olha que, infelizmente, não faltam pregadores apregoando milagres em nome de Jesus, mas sem convidar seus fiéis a seguirem Jesus, a praticarem os seus mandamentos.

Precisamos passar do sinal para a realidade que ele aponta. Moisés alimentou o povo, no deserto, com o Maná, como está narrado no Livro do Êxodo. E se dizia que aquele era o pão descido do céu. Mas, aquele era apenas um sinal. Não é Moisés que dá o pão do céu. O verdadeiro pão do céu quem o dá é Deus. E esse pão de Deus descido do céu que dá vida ao mundo tem nome, é uma pessoa, é Jesus. Aquela experiência de Jesus alimentando o povo no deserto aponta para a verdade de Jesus que está comunicando a vida de Deus ao seu povo e o fará de maneira total na cruz. Então, aquela cena do pão entregue no deserto é um sinal da vida entregue na cruz, gerando perdão, restauração, vida. É isso que celebramos na Eucaristia. Na Santa Missa, como rezamos com as palavras de São Paulo, anunciamos a sua morte e a sua ressurreição que nos salvam.

Vamos guardar a mensagem

A palavra de hoje   nos convida a passar do sinal para o encontro com Cristo. Do sinal para a fé em Jesus Salvador. A refeição no deserto prepara a refeição da Eucaristia, a celebração da entrega de Cristo em favor da humanidade. O nosso encontro com o Senhor na comunidade, na palavra e no pão eucarístico nos põe no caminho da conversão. Como explica a Carta aos Efésios, passamos do homem velho para o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. Despojamo-nos do homem velho e revestimo-nos do homem novo. Assim, como disse Paulo, não podemos mais continuar a viver como os pagãos, mas como pessoas renovadas no espírito, e na mentalidade também.

Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 33)

Vamos rezar a Palavra

Senhor Jesus,
Igual àquele povo que estava te procurando por causa do pão material que comeu naquele encontro, nós também ficamos correndo atrás das coisas e daquilo que podes nos dar. Tua Palavra, hoje, nos ensina, que nosso maior esforço, nosso maior empenho, deve ser buscar-te como nosso Deus e Salvador; não estar interesseiramente atrás do que tu podes nos conceder na tua misericórdia,  mas buscar a ti que és o verdadeiro pão dado para a vida do mundo. Senhor, dá-nos sempre deste pão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a Palavra

Durante o dia de hoje, repita em prece, muitas vezes: “Senhor, dá-nos sempre deste pão” (Jo 6, 34). E por ser hoje o domingo da vocação sacerdotal, ofereça uma prece especial ao Senhor pelos seminaristas, diáconos, padres e bispos da Igreja, pedindo que eles sejam bons servidores do pão do céu.

Pe. João Carlos Ribeiro – 05.08.2018

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