PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: oferta
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A HISTÓRIA DA VIÚVA POBRE



22 de novembro de 2021

Dia de Santa Cecília, Dia do músico


EVANGELHO


Lc 21,1-4

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

MEDITAÇÃO


Em verdade lhes digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos (Lc 21, 3).

Jesus observou que uma pobre viúva depositou duas pequenas moedas no tesouro do Templo. E valorizou essa participação, aparentemente tão pequena. Viu também pessoas ricas fazendo suas ofertas. Comparou a viúva pobre e os ricos piedosos. Os ricos ofertaram o que lhes sobrava. Ela ofereceu ‘tudo quanto tinha para viver’.

Veja bem, dando as duas moedas que lhe fariam falta, ela deu algo de si mesma. As duas moedas a ajudariam em alguma coisa, um pão, um pouco de leite, quem sabe... Não deu do que lhe estava sobrando. Propriamente, não deu coisas fora de si. Empenhou-se a si mesma nesta oferta. Deu-se a si mesma. A viúva a si mesmo se ofereceu em oferta.

Os ricos que depositaram muito dinheiro no cofre do Templo, ofereceram muita coisa, mas não ofereceram nada de si, compreende? Nada daquilo representava mesmo algo de si mesmos. Aquele dinheiro todo não lhes faria falta, era coisa que já estava sobrando. Jesus podia até elogiá-los reconhecendo que tinham sido generosos. Mas, não. Não estavam implicados na oferta. A viúva, ah essa sim, fez a maior oferta. Deu de sua própria vida, tirou do seu próprio sustento. Sacrificou-se ao dar. Na verdade, a sua oferta era ela mesma.

A história da viúva das duas moedinhas é um exemplo vivo do ensinamento de Jesus: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia sua cruz e me siga”. A viúva renunciou a si mesma. O discípulo vê isso na vida do seu Mestre. Foi assim que Jesus realizou sua missão. Ontem, no evangelho da festa de Cristo Rei (Lc 23), vimos Jesus na cruz, oferecendo-se por nós. Não fez como a maioria dos nossos líderes que “salvam-se a si mesmos”. Ele entregou a sua vida em sacrifício, em nosso favor. Ele é o nosso rei, o nosso guia, o nosso pastor. O bom pastor dá vida por suas ovelhas. O que a viúva fez está em sintonia com o modo como Jesus realizou sua missão. Depositando duas moedas, tudo o que ela tinha, ela estava oferecendo-se a si mesma.

Guardando a mensagem

No gesto de dar uma oferta no Templo, a viúva pobre não deu apenas algo fora de si, que não a empenhava, nem a implicava. Especialmente, entregou-se a si mesma, deu-se na sua pobreza e na sua necessidade. E o que é que a viúva tem com você? É fácil: na sua relação com a Igreja (que está no lugar do antigo Templo), espera-se que você não dê apenas coisas, exteriormente. O evangelho da viúva indica que você precisa entregar-se a si mesmo, a si mesma. Não basta cumprir o preceito de assistir a Missa aos domingos. É preciso que você faça do seu domingo uma Missa. E o compromisso do dízimo? É, ele é importante, mas só vale mesmo se você for a oferta principal, não o seu dinheiro. Rezar é importante? Sim, se rezar for o modo de você reconhecer o amor de Deus, colocando-se às suas ordens. O que você faz ou dá não é o mais importante. Só é importante se sua vida estiver sendo oferecida e entregue no sinal da oferenda.

Em verdade lhes digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos (Lc 21, 3).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Temos que reconhecer que nosso dízimo e nossas ofertas na Igreja estão muito longe do sentimento de entrega da viúva. Ela propriamente se deu em oferta, oferecendo o que lhe faria falta. A nossa oferta deveria representar a oferta de nós mesmos a Deus, mas quase sempre são apenas esmolas e migalhas que representam apenas o nosso pouco compromisso com a Igreja e com a sua missão. Converte-nos, Senhor. Dá-nos o coração da viúva pobre que a si mesmo se ofereceu em sua oferta. Sendo hoje o Dia de jovem mártir Santa Cecília, nós te pedimos, Senhor, uma bênção para todos os que te servem com a música. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Será que o evangelho está lhe pedindo alguma mudança? Responda no seu caderno espiritual.

Estou lhe enviando o link para você se informar sobre o lançamento do meu novo álbum musical, no início de dezembro. Veja também, neste mesmo link, a novidade do livro que escrevi com a reflexão do evangelho de cada dia do ano que vem. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

QUANDO MATAMOS SEM ARMAS


Todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo (Mt 5, 22)
14 de junho de 2018.
E de olho na agitação do seu dia, no corre-corre de suas atividades, uma palavra que lhe diz: ‘não esqueça quem está ao seu lado, não despreze quem cruza o seu caminho’. Respeito, paciência, reconciliação. Nunca a violência. Nem de palavras, nem de atitudes.


O evangelho de hoje é uma página do Sermão da Montanha. Jesus está orientando os discípulos sobre como se comportarem e se conduzirem na vida. Neste ponto, ele está comentando o alcance do mandamento “Não Matar”. Aos antigos, foi dada esta lei. “Não matar. Quem matar será condenado pelo tribunal”. A nova lei de Jesus, ou melhor, o modo novo de ver a antiga lei, é ainda mais exigente. Matar é o extremo. Mas, a morte do outro começa com golpes aparentemente leves: a indiferença, a desconsideração, o desprezo, o preconceito, a ação movida pela cólera. A ofensa a Deus e ao próximo não é só matar com uma arma de fogo ou uma arma branca ou química. Há outras formas de matar aos poucos, igualmente repudiáveis: o bullying, a difamação, a intolerância, a discriminação. A lei do Evangelho exige mais do que o simples mandamento “Não matar”. Inclui também não desqualificar seus semelhantes, considerando-os burros, ignorantes, incapazes, supersticiosos, errados. São todas formas de violência e de morte.

Para ser réu de juízo, nem precisa chegar a homicídio, aborto, eutanásia, feminicídio ou coisa parecida. Já vira réu quem se encolerizar com seu irmão, ensinou Jesus. Encolerizar-se com o irmão é agir movido pela raiva, pela cólera. Quando alguém se deixa tomar pela raiva, acaba magoando, machucando, agindo com violência e sentimentos de vingança. A ação movida pela cólera é impensada, violenta, cega. É melhor se acalmar no momento para não ter que amargar um arrependimento tardio. Quando a raiva vier, é preciso parar, respirar, deixar baixar a poeira. Assim, a ação que vier será menos impulsiva e poderá mais facilmente ser pautada por respeito, consideração e disposição para a reconciliação. Isso, sim, é digno de um cristão.

Vamos guardar a mensagem

O mandamento é “Não Matar”. Ele continua valendo. Mas, o evangelho alarga a sua compreensão. Segundo a explicação de Jesus, não se trata apenas de não tirar a vida do próximo, mas também de não se encolerizar com ele, não desqualificá-lo, destratá-lo, humilhá-lo. O esforço de tratar bem os outros, em todas as situações, se harmoniza com a busca de reconciliação. E essa é uma condição para o culto a Deus. Jesus orientou claramente: “Deixa a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”. Somos construtores de fraternidade, controlando em nós o impulso da ira, a tentação da indiferença, a violência do preconceito.

Todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo (Mt 5, 22)

Vamos rezar a palavra

Senhor Jesus,

Vivemos em um mundo de muitos desencontros. Facilmente nos contrariamos, ficamos com raiva, nos frustramos, nos decepcionamos ou decepcionamos os outros. Às vezes, nossa reação é movida pela raiva, pela cólera, pelo ódio. E sabemos que esses sentimentos são fonte de violência em nossa convivência. Hoje, recordamos o que disseste sobre o mandamento de Deus. ‘Não matar’ não é só tirar a vida dos outros, mas também não ofendê-los em sua dignidade, desprezá-los, difamá-los. As palavras também são armas mortais. Senhor, ajuda-nos a viver no meio das dificuldades da vida com serenidade e fortaleza. Que aprendamos a defender nossos direitos ou nossos pontos de vista, sem agredir ou insultar aqueles que não pensam como nós. Que em toda e qualquer contrariedade, sejamos iluminados por tua palavra e por tua mansidão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vamos viver a palavra

Faça um esforço, hoje, de aproximar-se de quem parece manter uma certa reserva ou distância de você. E para se fortalecer no caminho do evangelho, reze muitas vezes, hoje: “Ó Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 14.06.2018

VAI PRIMEIRO RECONCILIAR-TE COM O TEU IRMÃO


MEDITAÇÃO PARA A SEXTA-FEIRA, DIA 23 DE FEVEREIRO DE 2018.
Todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo (Mt 5, 22)
Neste 10º dia da Quaresma, mais um passo para nosso crescimento cristão: a caridade em nossa convivência. O respeito, a paciência, a reconciliação. Nunca a violência. Nem de palavras, nem de atitudes, nem de armas.
O evangelho de hoje é uma página do Sermão da Montanha. Jesus está orientando os discípulos sobre como se comportarem e se conduzirem na vida. Neste ponto, ele está comentando o alcance do mandamento “Não Matar”. Aos antigos, foi dada esta lei. “Não matar. Quem matar será condenado pelo tribunal”. A nova lei de Jesus, ou melhor, o modo novo de ver a antiga lei, é ainda mais exigente. Matar é o extremo. Mas, a morte do outro começa com golpes aparentemente leves: a indiferença, a desconsideração, o desprezo, o preconceito, a ação movida pela cólera. A ofensa a Deus e ao próximo não é só matar com uma arma de fogo ou uma arma branca ou química. Há outras formas de matar aos poucos, igualmente repudiáveis: o bullying, a difamação, a intolerância, a discriminação. A lei do Evangelho exige mais do que o simples mandamento “Não matar”. Inclui também não desqualificar seres humanos, considerando-os burros, ignorantes, incapazes. Essas também são formas de violência e de morte.
Para ser réu de juízo, nem precisa chegar a homicídio, aborto, eutanásia, feminicídio, ou coisa parecida. Já vira réu quem se encolerizar com seu irmão, ensinou Jesus. Encolerizar-se com o irmão é agir movido pela raiva, pela cólera. Quando alguém se deixa tomar pela raiva, acaba magoando, machucando, agindo com violência e sentimentos de vingança. A ação movida pela cólera é impensada, violenta, cega. É melhor se acalmar no momento para não ter que amargar um arrependimento depois.  Quando a raiva vier, é preciso parar, respirar, deixar baixar a poeira. Assim, a ação que vier será menos impulsiva e poderá mais facilmente ser pautada por respeito, consideração e disposição para a reconciliação. Isso, sim, é digno de um cristão.
Vamos guardar a mensagem
O mandamento é “Não Matar”. Ele continua valendo. Mas, o evangelho alarga a sua compreensão. Segundo a explicação de Jesus, não se trata apenas de não tirar a vida do próximo, mas também de não se encolerizar com ele, não desqualificá-lo, destratá-lo, humilhá-lo. O esforço de tratar bem os outros, em todas as situações, se harmoniza com a busca de reconciliação. E essa é uma condição para o culto a Deus. Jesus orientou claramente: “Deixa a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”. O ensinamento de hoje nos põe em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, sobre a superação da violência. Somos construtores de fraternidade, controlando em nós o impulso da ira, a tentação da indiferença, a violência do preconceito.
Todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo (Mt 5, 22)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Vivemos em um mundo de muitos desencontros. Facilmente nos contrariamos, ficamos com raiva, nos frustramos, nos decepcionamos ou decepcionamos os outros. Às vezes, nossa reação é movida pela raiva, pela cólera, pelo ódio. E sabemos que esses sentimentos são fonte de violência em nossa convivência. Hoje, recordamos o que disseste sobre o mandamento de Deus. ‘Não matar’ não é só tirar a vida dos outros, mas também não ofendê-los em sua dignidade, desprezá-los, difamá-los. As palavras também são armas mortais. Senhor, ajuda-nos a viver no meio das dificuldades da vida com serenidade e fortaleza. Que aprendamos a defender nossos direitos ou nossos pontos de vista, sem agredir ou insultar aqueles que não somam com nosso modo de ver. Que em toda e qualquer contrariedade, sejamos iluminados por tua palavra e por tua mansidão. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vamos praticar a palavra
Faça um esforço, hoje, de aproximar-se de quem parece manter uma certa reserva ou distância de você. E para se fortalecer no caminho do evangelho reze muitas vezes, hoje: “Ó Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Pe. João Carlos Ribeiro – 22.02.2018

A VIÚVA QUE NOS FAZ PASSAR VERGONHA


MEDITAÇÃO 
PARA A SEGUNDA-FEIRA, 
27 DE NOVEMBRO


Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas (Lc 21, 2).

Jesus observou que uma pobre viúva depositou duas pequenas moedas no tesouro do Templo. E valorizou essa participação, aparentemente tão pequena. Viu também pessoas ricas fazendo suas ofertas. Comparou a viúva pobre e os ricos piedosos. Os ricos ofertaram o que lhes sobrava. Ela ofereceu ‘tudo quanto tinha para viver’.

Veja bem, dando as duas moedas que lhe fariam falta, ela deu algo de si mesma. As duas moedas lhe ajudariam em alguma coisa, um pão, um pouco de leite, quem sabe... Não deu do que lhe estava sobrando. Propriamente, não deu coisas fora de si. Empenhou-se a si mesma nesta oferta. Deu-se a si mesma. A viúva a si mesmo se ofereceu em oferta.

Os ricos que depositaram muito dinheiro no cofre do Templo, ofereceram muita coisa, mas não ofereceram nada de si, compreende? Nada daquilo representava mesmo algo de si mesmos. Aquele dinheiro todo não lhes faria falta, era coisa que já estava sobrando. Jesus podia até elogiá-los reconhecendo que tinham sido generosos. Mas, não. Estavam dando coisas fora de si, não estavam implicados na oferta. A viúva, ah essa sim, fez a maior oferta. Deu de sua própria vida, tirou do seu próprio sustento. Sacrificou-se ao dar. Na verdade, a sua oferta era ela mesma.

Ouvindo essa passagem do evangelho, a gente pode até pensar nas ofertas ou no dízimo que damos na Igreja. Tudo bem, até que o texto pode ser aplicado neste sentido. Mas, o verdadeiro sentido do texto é mais profundo. O bonito da história da viúva pobre é que ela empenhou a sua vida nesta oferta, sacrificou-se a si mesma. Não deu apenas uma coisa externa. O externo era um sinal claro da oferta de si mesma.

A história da viúva das duas moedinhas é um exemplo vivo do ensinamento de Jesus: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia sua cruz e me siga”. A viúva renunciou a si mesma. O discípulo vê isso na vida do seu Mestre. Foi assim que Jesus realizou sua missão. Escreveu o apóstolo Paulo: “ele esvaziou-se a si mesmo, não se apegou à sua condição de igualdade com Deus, mas humilhou-se tomando a condição humana”. O que a viúva fez está em sintonia com o modo como Jesus realizou sua missão. 


Vamos guardar a mensagem de hoje

No gesto de dar uma oferta no Templo, a viúva pobre não deu apenas algo fora de si, que não a empenhava, nem a implicava. Especialmente, entregou-se a si mesma, deu-se na sua pobreza e na sua necessidade. E o que é que a viúva tem com você? É fácil: na sua relação com a Igreja (que está no lugar do antigo Templo), espera-se que você não dê apenas coisas, exteriormente. O evangelho da viúva indica que você precisa entregar-se a si mesmo, a si mesma. Não basta cumprir o preceito de assistir a Missa aos domingos. É preciso que você faça do seu domingo uma Missa. E o compromisso do dízimo? É, ele é importante, mas só vale mesmo se você for a oferta principal, não o seu dinheiro. Rezar é importante? Sim, se rezar for o modo de você reconhecer o amor de Deus, colocando-se às suas ordens. O que você faz ou dá não é importante. Só é importante se sua vida é quem está sendo oferecida e entregue no sinal da oferenda.

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