PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: vocês são meus amigos
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SEM ELE, ESTAMOS PERDIDOS

Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)
22 de maio de 2019.
Como Israel era um povo agrícola, a Bíblia está cheia de comparações com plantas frutíferas: oliveira, videira, vinha, figueira... A vinha é uma imagem tradicional do povo de Deus. Deus plantou seu povo naquela terra abençoada de Canaã, como quem planta uma vinha, um parreiral, uma linda roça de uva.
Jesus falou de uma forma alegórica, dizendo que ele é a videira, o Pai é o agricultor e nós somos os ramos. A cultura agrícola do seu povo permitia um imediato entendimento dessa comparação. Uma imagem muita rica, cheia de detalhes a nos falar de nossa unidade com Cristo e de nosso crescimento na vida cristã. No batismo, fomos enxertados em Cristo, como ramos enxertados na videira. Somos filhos adotivos. Nossa identidade está ligada a Jesus Salvador. Sem essa vinculação permanente com a videira, não prosperamos do ponto de vista espiritual. Não damos frutos. Separados da videira, o ramo seca. É de se pensar que muitos se batizam, mas não continuam unidos a Cristo, alimentando-se de sua Palavra e da Eucaristia, integrado à sua comunidade eclesial.
“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Sem essa união com Cristo, videira verdadeira, não há como darmos fruto. O ramo não prospera separado da videira ou só aparentemente unido. Digo ‘aparentemente’, porque, em muitos casos, a pessoa não se mantém realmente vinculada a Cristo, não permanece unida a ele. O alerta de Jesus é sobre ‘permanecer’. Permanecer é perseverar na comunhão com ele, na comunhão com a comunidade dos discípulos e na prática dos seus mandamentos. Podemos desconfiar dessa vinculação com o Senhor quando a pessoa não tem uma vida de oração, não se alimenta da palavra de Deus, não frequenta a celebração eucarística.
“Sem mim, vocês nada podem fazer”. Fomos inseridos em Cristo pela fé e pelo batismo. Mas, isto não basta. A imagem da videira nos ajuda a perceber isso. Os frutos não surgem de repente, levam um tempo. Eles vêm, num certo momento do processo, num ramo que está profundamente unido ao tronco, alimentando-se permanentemente da seiva que vem dele e da fotossíntese que realiza na presença da luz solar. É preciso permanecer, crescer nele, para poder dar frutos.
“Nisto meu Pai é glorificado: que vocês deem muito fruto e se tornem meus discípulos”. Segundo essa palavra, dar fruto é o mesmo que tornar-se seus discípulos. De fato, que fruto maior se pode esperar de um filho de Deus, de uma filha de Deus senão tornar-se parecido com Jesus?! Tornar-se discípulo é chegar a pensar como Jesus, amar como ele e agir como ele; com o seu coração, com a sua entrega, com a sua fidelidade.
Guardando a mensagem
Jesus, em suas comparações, valia-se de imagens do ambiente conhecido pelo seu povo. A comparação com a videira já vinha do Antigo Testamento. Jesus falou de nossa comunhão com ele como a do ramo enxertado na videira. Se não permanecermos nele, não damos fruto. Para a aderência no tronco da videira, o ramo precisa ser limpo. Jesus nos limpou, nos purificou com sua morte redentora.  A grande obra de nossa vida é nos tornarmos discípulos e discípulas do Senhor. E, assim, realizamos nossa vida, inspirada na sua, iluminada pelo seu exemplo, trilhando o seu caminho. Como discípulos, à imagem de Jesus, tudo o que fizermos agradará e glorificará o nosso Deus e Pai.
Sem mim, vocês nada podem fazer (Jo 15,5)
Senhor Jesus,
A nossa união contigo está figurada na alegoria da videira. Tu és a videira, o tronco. Nós somos os ramos, os galhos. O Pai é o agricultor. Ele cuida da videira, do tronco e dos ramos. Somos um contigo, somos a tua Igreja. Estamos unidos a ti, como ramos enxertados. Quanto mais permanecemos em ti, mais podemos florescer como filhos de Deus, com atitudes e ações de discípulos teus. Concede-nos, Senhor, o teu Santo Espírito que nos une a ti, videira verdadeira.  Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
A oração é uma forma de permanecermos em Cristo. Sem ele, nada podemos fazer. Reforce, hoje, seu compromisso com o seu momento diário de oração.

Pe. João Carlos Ribeiro – 22.05.2019.

JESUS: SEU PATRÃO OU SEU AMIGO?

Vocês são meus amigos (Jo 15, 14)
14 de maio de 2019.
Diante de Jesus, como é que você se sente: como um servo ou como um amigo? Essa pergunta pode ajudar você a entender o seu relacionamento com Jesus, e a melhorá-lo. Você o sente como um patrão ou como um amigo?
Jesus falou claro: “eu não chamo vocês de servos, mas de amigos. O servo não sabe aonde o seu senhor vai. E eu contei a vocês tudo que ouvi do meu Pai. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vocês serão meus amigos se fizerem o que lhes mando: amem-se uns aos outros”. Então, Jesus nos disse que não nos trata como servos, mas como amigos. Ele dá sua vida por nós. É este o amor maior que alguém pode demonstrar por seus amigos: dar a vida por eles. Ele é nosso melhor amigo. E, claro, quer que nos comportemos como seus amigos, não como seus servos.
O que seria um relacionamento de servo e patrão? Vamos pensar... "Servo" seria o escravo, o criado ou, mais brandamente o empregado. "Senhor" é o patrão, o dono, o empregador. O relacionamento entre o servo e o patrão é marcado ao menos por três atitudes: distância, medo, submissão. O servo sente que o seu patrão está num patamar mais elevado que o seu, que ele pertence a outra classe social. Há distância entre eles, por mais cordial que possa ser o seu relacionamento. E há sempre um medo reverente no servo. O senhor pode fazer-lhe uma advertência, castigá-lo ou mesmo demiti-lo. Há sempre medo nesse relacionamento desigual. O servo cumpre ordens, obedece sem discutir.  A palavra de Jesus foi clara: ‘vocês são meus amigos’. Em nosso relacionamento com Jesus, não cabe, portanto, distância, medo e submissão servil.
Já entre amigos, o relacionamento é marcado por outras atitudes: proximidade, confiança, confidência e partilha de vida. O amigo põe a mão no ombro do seu amigo e caminham juntos, sem distância. São pessoas no mesmo nível, partilhando situações em comum. Proximidade! Não há lugar para medo, receio, temor entre eles. Entre amigos, reina a confiança! Podem até expor pontos de vista diferentes, queixar-se, discordar... A confiança é a base do diálogo.  Amigos também partilham segredos, projetos, planos. São confidentes em muitas situações. E mais: o amigo é capaz de se sacrificar pelo outro. E de muitos modos: é um empréstimo, é a disponibilidade de tempo quando o outro precisa de apoio, é a presença nos momentos importantes de sua vida, alegres ou tristes. Proximidade, confiança, confidência, partilha de vida. São essas as atitudes que nos convêm em nosso relacionamento com Jesus.
Guardando a mensagem
Jesus agiu exatamente como um bom amigo.  Fez-se próximo de nós: sem deixar de ser Deus, assumiu nossa humanidade, para ser Deus conosco, Emanuel. Confiou em nós. Quando ainda vivíamos longe de Deus, ele deu o primeiro passo, apostando em nós, partilhando conosco o sonho do Reino, entregando-nos a sua missão. Contou-nos os segredos do Reino de Deus, revelou-nos o coração do Pai, fez-nos seus confidentes. E sacrificou sua vida por nós, para expiar os nossos pecados, morrendo em nosso lugar. Ele é o amigo verdadeiro. E espera que nós respondamos também com a mesma moeda, com o mesmo amor. Amando-o e amando os nossos irmãos e irmãs.
Vocês são meus amigos (Jo 15, 14)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Tua palavra, hoje, é uma boa oportunidade para examinarmos nosso relacionamento contigo. Por não te conhecer suficientemente ou por fazer de ti uma imagem de alguém muito distante, às vezes, nos sentimos mais servos do que teus amigos. Aceitar tua amizade, Senhor, é reconhecer a tua proximidade desde a encarnação e o imenso amor por nós que te levou à cruz. Ajuda-nos, Senhor, a responder a esse grande amor com a adesão à tua vontade e o amor pelos nossos irmãos e irmãs. Obrigado, Senhor, porque és nosso amigo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Na oração, cultivamos a afeição e a adesão ao nosso grande amigo Jesus. Desde o começo desse mês, venho lhe convidando... e vou repetir o desafio: NESTE MÊS DE MAIO, REZE O TERÇO TODO DIA. Hoje, terça-feira, é dia dos mistérios dolorosos.

Pe. João Carlos Ribeiro – 14.05.2018

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