PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: vinda de Jesus
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QUANDO O FIM É O COMEÇO

Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima (Lc 21, 28)
29 de novembro de 2018.
Nessa semana, estamos lendo o capítulo 21 do evangelho de São Lucas. A propósito do tema de sua volta gloriosa no fim dos tempos, Jesus nos orienta como devemos nos comportar nas pequenas e grandes crises de nossa vida ou da história: pondo nossa confiança em Deus, testemunhando nossa fé e perseverando nas provações.
O povo de Deus viveu muitas e grandes crises, verdadeiros fins de mundo. Uma dessas crises foi o exílio, quando os exércitos babilônicos destruíram Jerusalém e deportaram muita gente. Jesus mesmo viveu próximo de uma crise que se deu quarenta anos depois de sua morte: a destruição de Jerusalém e do Templo pelos romanos.
No texto de hoje, Jesus, primeiro, refere-se à destruição de Jerusalém. Serão dias de muito sofrimento e humilhação. A leitura que Jesus faz é que o que acontecerá à cidade santa e ao seu povo será uma consequência do seu pecado. Os romanos pagãos seriam instrumentos de Deus para o julgamento de Jerusalém. Dá para compreender bem essa palavra de Jesus: “Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete”.
Na outra parte do texto de hoje, Jesus fala de sua volta, no meio de uma grande teofania. Vou explicar melhor. Sempre que se narra a presença ou a chegada de Deus, o povo do Antigo Testamento descreve uma verdadeira revolução na natureza (terremoto, trovões, raios, sinais no sol, na lua e nas estrelas...). É o que chamamos de teofania, isto é uma forma de passar a grandiosidade, a majestade de Deus que se revela. Então, essa revolução na natureza de que Jesus está falando, com imagens do Antigo Testamento, é uma forma de passar a grandeza desse momento em que ele estará de volta com poder e glória. Será a grande avaliação da humanidade. Mas, para o povo santo de Deus, não há razões para medo e pânico. Pelo contrário, para os discípulos, esse é o dia da completa realização.
Guardando a mensagem
A grande crise da destruição do Templo e de Jerusalém anunciada por Jesus virou uma espécie de molde de toda crise enfrentada pelo povo de Deus na história. A destruição é uma consequência do pecado. É como se fora o julgamento de Deus sobre a cidade, executado pelos pagãos romanos. Você mesmo tem experiência e conhece alguém que contraiu uma doença grave em consequência do vício de fumar, de se embriagar, de consumir drogas, por exemplo. A grande crise de sua enfermidade é uma consequência dos seus atos, não é verdade? É a mesma lógica. O texto também fala da volta de Jesus. A sua  vinda, narrada no meio de uma teofania, não é razão de apreensão e medo para nós. Pelo contrário, na sua volta, aparecerá claramente nossa condição de filhos de Deus. Será o coroamento de sua obra redentora.
Quando essas coisas começarem a acontecer, levantem-se ergam a cabeça, porque a libertação de vocês está próxima (Lc 21, 28)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
No meio dos problemas, dificuldades e crises desse mundo, tu nos ensinas a nos portarmos com destemor, com esperança e confiança em Deus. Tu nos lembras, todavia, que a destruição é uma consequência do pecado, dos nossos erros. De fato, Senhor, o projeto família, por exemplo, pode ir à falência pela infidelidade, pela falta de diálogo, pela falta de perdão. Educa-nos, Senhor, a aguardar a tua volta, em vigilante atitude de conversão e vida nova. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Um exame de consciência cairia bem, no dia de hoje. Exame de consciência é parar e se perguntar: o que a graça de Deus precisa consertar em minha vida?

Pe. João Carlos Ribeiro – 29.11.2018

O QUE PODE TORNAR UM CORAÇÃO INSENSÍVEL


MEDITAÇÃO 
PARA O SÁBADO, 
02 DE DEZEMBRO

Tomem cuidado para que os seus  corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida (Lc 21, 34)

Essa palavra de Jesus é impressionante. Se os nossos corações ficarem insensíveis, a manifestação gloriosa do Reino no final dos tempos vai nos pegar desprevenidos e despreparados.  Como vamos escapar das coisas ruins que vêm por aí? Como vamos ficar de pé diante do Senhor Jesus quando ele chegar?

Se a gente se distrair, se relaxar, a gente pode terminar  se resumindo apenas às coisas desse mundo e fazendo delas nosso único objetivo. Jesus cita três coisas que podem tornar os nossos corações insensíveis: a gula, a embriaguez e as preocupações da vida.
Comer é uma necessidade. É um direito alimentar-se bem. Mesa farta é uma coisa, gula é outra coisa.  A gula seria a gente fazer da comida, do alimento, a nossa maior fonte de satisfação, e das festas e comilanças a grande preocupação de nossa vida. A gula é o consumo de alimento em excesso. É um acinte à penúria da maioria e um atentado contra a própria saúde.

A mesma coisa pode acontecer com a bebida. E não é pouca gente que faz da bebida a sua grande satisfação e escraviza-se a ela na embriaguez. E é da embriaguez que Jesus falou nesse caso. Bebida demais, mesmo dentro de casa, é um despropósito. Embriaguez é consumo exagerado de bebida alcoólica, alterando as condições físicas e psíquicas da pessoa. É uma violência ao próprio organismo, pelos riscos à saúde e pelos danos à vida familiar e social.

O mesmo se pode dizer da excessiva preocupação com os  problemas do dia-a-dia… podemos nos tonar refém deles… e nós não nascemos apenas para fazer feira, reformar a casa, levar os meninos pra escola… pagar as contas, correr atrás de uma melhora de vida… nossa condição de filhos de Deus nos reserva muito mais.

Vamos guardar a mensagem de hoje

Se nossa esperança não for Deus e o seu santo Reino, o dia em que o Senhor vier ou o dia em que devemos ir a ele, esse dia pode chegar como uma surpresa inesperada. E o que devia ser um encontro maravilhoso para o qual me preparei a vida inteira, pode se tornar um pesadelo. É o alerta de Jesus. Podemos ficar tão envolvidos com as coisas desse mundo, com a rotina de nossa vida… ou com a busca de satisfação em pequenas coisas… que poderemos esquecer ou perder os verdadeiros bens, a verdadeira felicidade e a eterna salvação.

Tomem cuidado para que os seus  corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida (Lc 21, 34)

Não posso dormir no ponto

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

O mesmo assunto está tratado, nesta parte do evangelho, com diversas comparações. Em cada comparação, podemos perceber novas facetas do mesmo tema. O tema é da vigilância, da prontidão. Recebemos uma tarefa, vamos prestar contas a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa, e volta a qualquer momento. Precisa estar acordado na hora em que o patrão voltar. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado. O dono da casa está atento à segurança de sua família. Nenhum ladrão vai pegá-lo de surpresa.  O administrador ficou responsável pela casa do patrão e pelos seus funcionários e está fazendo tudo direito, conforme a vontade do seu Senhor. A esse, o patrão, de tão satisfeito, vai dar mais responsabilidades ainda.

Não posso dormir no ponto

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

O mesmo assunto está tratado, nesta parte do evangelho, com diversas comparações. Em cada comparação, podemos perceber novas facetas do mesmo tema. O tema é da vigilância, da prontidão. Recebemos uma tarefa, vamos prestar contas a qualquer momento. Precisamos estar atentos e vigilantes. Nada de dormir no ponto.

O empregado está esperando a volta do seu patrão, que foi a uma festa, e volta a qualquer momento. Precisa estar acordado na hora em que o patrão voltar. O patrão, de tão satisfeito, é quem vai por a mesa para o seu empregado. O dono da casa está atento à segurança de sua família. Nenhum ladrão vai pegá-lo de surpresa.  O administrador ficou responsável pela casa do patrão e pelos seus funcionários e está fazendo tudo direito, conforme a vontade do seu Senhor. A esse, o patrão, de tão satisfeito, vai dar mais responsabilidades ainda.

O Senhor é o próprio Jesus. Ele viajou (é a ascensão ao céu), mas, vai voltar e ninguém sabe a hora certa em que vai chegar (é a sua nova vinda). O servo sou eu. A serva é você. Ficamos na responsabilidade de cuidar casa dele, da família dele. A casa é a minha família (que não é minha), a minha comunidade (que não é minha). Fiquei na responsabilidade de cuidar dessa família, dessa comunidade, dessa organização. Ele me deixou com a responsabilidade de organizar, de providenciar o alimento, de prover a segurança, de fazer funcionar as coisas... Eu não sou o dono. Sou um servidor. Não posso me aproveitar desse meu cargo a meu bel prazer. Não posso maltratar os que ele deixou sob minha responsabilidade. Eu vou prestar contas. Eu vou ser avaliado. E essa hora de sua chegada pode ser a qualquer momento, ele vem sem programação. Mas, vai ficar muito feliz se encontrar tudo em ordem, as pessoas satisfeitas, as coisas progredidas... vai cear comigo, contar as novidades de sua viagem e, eu nem queria, vai me oferecer responsabilidades mais altas ainda, porque confia em mim.  

As comunidades cristãs, no começo, tinham uma grande preocupação, certas de que Jesus voltaria logo. Por isso, acentuaram o desapego das coisas desse mundo. Essa tensão da vinda do Senhor ajudava as pessoas a viverem a fé com maior fidelidade. E tinham razão. Nós precisamos dessa tensão, para não nos perdermos no relaxamento de uma vida mundana. Porque, é certo que ele vem.

E vem, definitivamente, no final dos tempos. Mas, de verdade, vem sempre. Vem por uma grande oportunidade. Se não estamos preparados, perdemos (uma promoção, um concurso, um casamento, uma porta de realização, um salto em nossa vida espiritual). É, ele sempre vem.  Se não vem, manda chamar a gente. É a morte. Essa é a hora da avaliação de nossa vida. Aprovados, iremos para o banquete eterno que ele nos servirá. Se não manda chamar, manda um aviso. É a doença. A doença me diz: você não está aqui pra sempre, você é frágil; você recebeu uma tarefa: está valorizando os meios que lhe foram dados para realizar a sua missão: a saúde, as pessoas que lhe querem bem, qualidades, capacidades? está tudo pronto, já pode partir?

Como ele não tem hora pra chegar, eu não posso relaxar na minha tarefa, não devo abandonar o meu posto. Ele chega a qualquer hora. Tenho que estar atento, vigilante, ativo. De prontidão. Não posso dormir no ponto.

Sejam como pessoas que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir a porta, logo que ele chegar e bater. (Lucas 12, 36)

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