PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: sede
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AMAR JESUS NOS DESPROTEGIDOS

Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? (Mt 25, 44)

02 de março de 2020.

Estamos fazendo, juntos, o caminho da Quaresma. Já estamos no sexto dia de nossa caminhada. O foco de hoje está no serviço da caridade, uma das áreas de atenção neste tempo de penitência.

Ontem, meditamos sobre as tentações. Uma das tentações de Jesus, e nossa também, é a do poder opressor. O diabo disse que estava no comando dos reinos do mundo e que passaria tudo pra Jesus, contanto que ele o adorasse. Adorá-lo seria trair Deus, trocar Deus pelo diabo. A resposta de Jesus foi: “Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás”. Veja como aí aparece serviço. “Só a ele servirás”. Jesus definiu a sua missão como serviço. “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”. Os seus seguidores participarão do seu Reino, na medida em que forem servidores, como ele.

No evangelho de hoje, aparece claramente este tema do serviço, da caridade. Em Mateus, capítulo 25, Jesus fala de si mesmo como o rei pastor que, no final da história, reúne todos os povos, separando as ovelhas dos cabritos. As ovelhas irão para a vida eterna, os cabritos irão para o castigo eterno. O critério do juízo é muito simples e prático: você ter servido aos necessitados, mesmo sem se dar conta de que era a Jesus que estava servindo. Só isso. Se você amou a Jesus, servindo os irmãos em suas necessidades, você tem acesso ao Reino preparado pelo Pai desde que o mundo começou. “Venham benditos do meu Pai!” Se não amou Jesus nos irmãos sofredores, o final é triste. “Afastem-se de mim, malditos!”.

Jesus faz uma lista de seis tipos de necessitados: o faminto, o sedento, o estrangeiro, o nu, o doente e o preso. É uma lista simbólica de todos os sofredores. Estranhamente não é uma lista de sete, como se podia esperar, para ser uma obra perfeita. Acho que a resposta é muito simples: o sétimo é o próprio Jesus.

O discípulo é um imitador do Mestre. Jesus, em sua missão redentora entre nós, foi um servidor. Para não ficar qualquer margem de dúvida, no final, ele lavou os pés dos discípulos. Nossa avaliação, diante de Deus, será sobre nossa imitação de Jesus: se servimos aos irmãos necessitados, como Jesus que, cheio de compaixão, aproximou-se dos pobres, dos enfermos, dos oprimidos como servidor.

Guardando a mensagem

Esta página do evangelho é um ensinamento precioso sobre o serviço, sobre a caridade, mas tem uma grande novidade. Já sabíamos que o amor ao pobre, ao necessitado e ao sofredor se realiza com ações, com compromisso, com a construção de uma sociedade inclusiva, com respeito pela dignidade humana de cada um, de cada uma. E Jesus acrescentou uma grande novidade: No amor aos “irmãos mais pequeninos”, como ele os chamava, está-se amando, servindo e honrando a ele mesmo. Jesus se sente defendido, protegido, promovido, amado quando fazemos isso aos sofredores. Ao servir os pequeninos, estamos imitando Jesus e mostrando nosso amor por ele. A Campanha da Fraternidade é uma escola quaresmal de caridade. Com a Campanha deste ano, por exemplo, podemos repensar nossos compromissos com a vida, como dom e compromisso. 

Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? (Mt 25, 44)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

Ajudar os pobres até que ajudamos. Somos todos sensíveis às campanhas de solidariedade, à esmola, ao socorro aos humilhados neste mundo. Ajudar os pobres não é tão difícil. Amar os pobres, como tu o fizeste, aí já é mais difícil. Difícil, porque amar é reconhecer a grandeza daquela pessoa desfigurada pela doença, pela droga, pelo desamparo; porque amar é engajamento na conquista dos seus direitos, no compromisso cidadão por uma sociedade justa e sem violência. Amar é comprometer-se com o outro, é entrar na comunhão com ele. Aí é bem mais difícil. Dá-nos, Senhor, que nesta quaresma, passemos de “ajudar os pobres” a “amar os pobres”. Que a nossa preocupação global com o coronavírus e com a dengue seja expressa com atitudes, cuidados, ações preocupadas com o bem de todos, especialmente dos mais frágeis e desprotegidos. Seja bendito o teu santo nome. hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Se você ainda não tem o seu caderno espiritual, adquira-o. Não é nada de muito especial. Qualquer agenda ou caderno serve. É um lugarzinho onde você possa ir anotando as inspirações que o Senhor lhe der e os compromissos de crescimento que você vai assumindo. No seu caderno, reproduza a lista dos necessitados que o evangelho repete quatro vezes hoje.

02 de março de 2020.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb




O AMOR E O SERVIÇO AOS MAIS HUMILDES

Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? (Mt 25, 44)
11 de março de 2019.
Estamos fazendo, juntos, o caminho da Quaresma. Já estamos no sexto dia de nossa caminhada. O foco de hoje está no serviço da caridade, uma das áreas de atenção neste tempo de penitência.
Ontem, meditamos sobre as tentações. Uma das tentações de Jesus, e nossa também, foi a do poder opressor. O diabo disse que estava no comando dos reinos do mundo e que passaria tudo pra Jesus, contanto que ele o adorasse. Adorá-lo seria trair Deus, trocar Deus pelo diabo. A resposta de Jesus foi: “Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele servirás”. Veja como aí aparece “serviço”. “Só a ele servirás”. Jesus definiu a sua missão como serviço. “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos”. Os seus seguidores participarão do seu reino, na medida em que forem servidores, como ele.
No evangelho de hoje, aparece claramente este tema do serviço, da caridade. Em Mateus, capítulo 25, Jesus fala de si mesmo como o rei pastor que, no final da história, reúne todos os povos, separando as ovelhas dos cabritos. As ovelhas irão para a vida eterna, os cabritos irão para o castigo eterno. O critério do juízo é muito simples e prático: você ter servido aos necessitados, mesmo sem se dar conta de que era a Jesus que estava servindo. Só isso. Se você amou a Jesus, servindo os irmãos em suas necessidades, você tem acesso ao reino preparado pelo Pai desde que o mundo começou. “Venham benditos do meu pai!” Se não amou Jesus nos irmãos sofredores, o final é triste. “Afastem-se de mim, malditos!”.
Jesus faz uma lista  de seis tipos de necessitados: o faminto, o sedento, o estrangeiro, o nu, o doente e o preso. É uma lista simbólica de todos os sofredores. Estranhamente não é uma lista de sete, como se podia esperar, para ser uma obra perfeita. Acho que a resposta é muito simples: o sétimo é o próprio Jesus.
O discípulo é um imitador do Mestre. Jesus, em sua missão redentora entre nós, foi um servidor. Para não ficar qualquer margem de dúvida, no final, ele lavou os pés dos discípulos. Nossa avaliação, diante de Deus, será sobre essa imitação de Jesus: se servimos aos irmãos necessitados, como Jesus que, cheio de compaixão, aproximou-se dos pobres, dos enfermos, dos oprimidos como servidor.
Guardando a mensagem
Esta página do evangelho é um ensinamento precioso sobre o serviço, sobre a caridade, mas tem uma grande novidade.  Já sabíamos que o amor ao pobre, ao necessitado e ao sofredor se realiza com ações, com compromisso, com a construção de uma sociedade inclusiva, com respeito pela dignidade humana de cada um. E Jesus acrescentou uma grande novidade: No amor aos “irmãos mais pequeninos”, como ele os chamava, está-se amando, servindo e honrando a ele mesmo. Jesus se sente defendido, protegido, promovido, amado quando fazemos isso aos sofredores. Ao servir os pequeninos, estamos imitando Jesus e mostrando nosso amor por ele. A Campanha da Fraternidade é uma escola quaresmal de caridade. Com a Campanha deste ano, por exemplo, podemos repensar nossos compromissos com a educação, com a segurança, o emprego, o meio ambiente, com a construção de um país respeitoso da dignidade e dos direitos de todos, especialmente dos mais pobres e sofredores.
Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? (Mt 25, 44)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Ajudar os pobres até que ajudamos. Somos todos sensíveis às campanhas de solidariedade, à esmola, ao socorro aos humilhados neste mundo. Ajudar os pobres não é tão difícil. Amar os pobres, como tu o fizeste, aí já é mais difícil. Difícil, porque amar é reconhecer a grandeza daquela pessoa desfigurada pela doença, pela droga, pelo desamparo; porque amar é engajamento na conquista dos seus direitos, no compromisso cidadão por uma sociedade justa e sem violência. Amar é comprometer-se com o outro, é entrar na comunhão com ele. Aí é bem mais difícil. Dá-nos, Senhor, que nesta quaresma, passemos de “ajudar os pobres” a “amar os pobres”. Ilumina-nos, Senhor, com a tua Palavra para que reconheçamos nos sofredores a tua presença e neles te honremos com nosso amor, amor de irmãos pelos mais pequeninos. Seja bendito o teu santo nome. hoje e sempre. Amém.
Vamos viver a palavra
Se você ainda não tem o seu caderno espiritual, adquira-o. Não é nada de muito especial. Qualquer agenda ou caderno serve. É um lugarzinho onde você possa ir anotando as inspirações que o Senhor lhe dá e os compromissos de crescimento que você vai assumindo. No seu caderno, reproduza a lista dos necessitados que o evangelho repete quatro vezes hoje.

Pe. João Carlos Ribeiro – 11.03.2019

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