PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: parábolas da misericórdia
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O bom filho à casa torna




11 de setembro de 2022

24º Domingo do Tempo Comum


EVANGELHO


Lc 15,1-32 – Forma breve: Lc 15,1-10

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola:
4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’
7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”. 

11E Jesus continou: “Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.
17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendode fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.
24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.
31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.


MEDITAÇÃO

Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)

É uma coisa maravilhosa ver pessoas que viviam distante de Deus se aproximando da fé. É a conversão. Gente voltando para Deus, abraçando o evangelho, integrando-se na comunidade cristã... Isso não tem preço, não é verdade? Era isso que estava acontecendo no ministério de Jesus. Os pecadores estavam se convertendo.

Na mentalidade dos fariseus, era descabida essa atenção de Jesus aos publicanos e pecadores. E mais, eles não podiam ser justificados, perdoados assim. O pecado precisava de sacrifícios expiatórios no templo de Jerusalém. Só assim poderiam ser recebidos de volta, serem perdoados. Mas, com Jesus a coisa estava sendo diferente. As pessoas se sentiam acolhidas, reintegradas, perdoadas no seu encontro com ele. Aqui estava a diferença. Aproximavam-se de Jesus. Nele, se sentiam reintegrados, reconciliados. Eles não ofereciam a vida de carneiros e touros, como a Lei mandava, para obterem o perdão. Eles eram acolhidos por Jesus. Só isso.

Para os fariseus entenderem melhor o que estava acontecendo, Jesus contou a parábola do pai e seus dois filhos, a história do filho pródigo, como nós a costumamos chamar. Jesus contou logo três histórias. Na primeira, o pastor encontrou a ovelha perdida e festejou o fato com seus amigos. Na segunda, a mulher achou a sua moeda perdida e chamou as amigas para festejar. Na terceira, um pai tinha dois filhos. E o filho mais novo afastou-se de casa, ganhou o mundo, gastou a sua herança, afundou-se numa situação de miséria e humilhação, mas um dia voltou arrependido. E o pai fez uma linda festa para celebrar a sua volta. Veja que nas três parábolas alguém estava perdido e foi encontrado. Como disse o Pai da parábola, explicando a razão da festa: “meu filho estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”.

O filho mais velho, quando voltou pra casa e viu que havia uma festa para acolher o irmão mais novo, ficou com muita raiva. Ele pensava como os fariseus. Reclamou que o pai nunca tinha lhe dado um cabrito para ele festejar com os amigos. E, para o irmão pecador, mandou matar o novilho gordo. Veja que cabrito e novilho (carneiro e touro) eram os sacrifícios que se ofereciam. Por estes sacrifícios expiatórios, segundo a Lei, é que se obtinha o perdão. Na história que Jesus contou, foi diferente. Quando o filho que estava voltando para casa ainda estava longe, o pai correu ao seu encontro, o abraçou e o beijou, mesmo antes que ele fizesse o pedido de perdão. E mandou preparar uma festa para comemorar a sua volta. O novilho foi só pra festejar, não para pagar pelo pecado.

Jesus anunciava o amor de Deus pelos seus filhos. Um amor de pai pelo filho mais novo (o pecador) e pelo filho mais velho (o que se julgava justo). O pecador volta porque tem um Pai que o ama, que respeita a sua liberdade e espera a sua volta. Como a ovelha perdida, ele é encontrado pelo pastor. Como o filho mais novo, ele é recebido e reintegrado como filho por pura misericórdia do Pai.

São Paulo, na Primeira Carta a Timóteo, comentou como Deus usou de misericórdia para com ele. Ele tinha sido um blasfemo, um perseguidor. E Jesus o alcançou com sua misericórdia, fazendo dele um anunciador de sua palavra. Paulo tirou uma bela conclusão: “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!”.


Guardando a mensagem

No ministério de Jesus, os pecadores estão voltando pra casa: em contato com Jesus, eles estão se aproximando de Deus, estão reconstruindo sua vida na fé. Já os que se pensam justos reagem contra Jesus e estão descontentes porque os pecadores estão encontrando vida nova no Senhor. Eles imaginam que a reconciliação é alcançada pelo oferecimento de sacrifícios no altar do Templo. Jesus conta a história do filho pródigo para mostrar o grande amor de Deus pelos seus filhos, amor que explica o reencontro da ovelha perdida, por iniciativa do pastor; e a acolhida pra lá de generosa do filho mais novo que saiu de casa, esbanjou os seus bens e voltou arrependido. Nessas histórias de Jesus, fica claro também a grande alegria de Deus pela volta do seu filho pecador (o filho mais novo) e a paciência com a qual está tentando que também os fariseus (o filho mais velho) entrem em casa e participem da alegria de Deus pela volta do seu filho pródigo.

Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
essa história do evangelho de hoje podia ter outro título: “A parábola do pai misericordioso”, porque nela aparece o grande amor do nosso Deus pelos seus filhos. Quando o filho mais novo voltou, ele o avistou de longe e correu para abraça-lo e beijá-lo. E fez uma festa para celebrar a sua volta. Essa história, Senhor, nos encoraja em nossa caminhada de conversão. Em ti, encontramos vida nova. E não por merecimento nosso, mas pelo imenso amor do nosso Deus que nos reconciliou consigo, por meio de tua cruz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Hoje, arrume um tempinho para rezar, com calma, o Salmo 50 (Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia).

Comunicando

Hoje, celebro a Missa das 17 horas, transmitida pela Rádio Amanhecer, na Igreja de Dom Bosco, do Alto da Lapa, em São Paulo. É uma celebração só com associados e ouvintes. Para nos acompanhar, é só baixar o aplicativo da Rádio Amanhecer no seu celular. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb.

OS DOIS FILHOS DO SENHOR DEUS

Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)

15 de setembro de 2019 – 24º. Domingo do Tempo Comum

É uma coisa maravilhosa ver pessoas que viviam distante de Deus se aproximando da fé. É a conversão. Gente voltando para Deus, abraçando o evangelho, integrando-se na comunidade cristã... Isso não tem preço, não é verdade? Era isso que estava acontecendo no ministério de Jesus. Os pecadores estavam se convertendo.

Na mentalidade dos fariseus, era descabida essa atenção de Jesus aos publicanos e pecadores. E mais, eles não podiam ser justificados, perdoados assim. O pecado precisava de sacrifícios expiatórios no templo de Jerusalém. Só assim poderiam ser recebidos de volta, serem perdoados. Mas, com Jesus a coisa estava sendo diferente. As pessoas se sentiam acolhidas, reintegradas, perdoadas no seu encontro com ele. Aqui estava a diferença. Aproximavam-se de Jesus. Nele, se sentiam reintegrados, reconciliados. Eles não ofereciam a vida de carneiros e touros, como a Lei mandava, para obterem o perdão. Eles eram acolhidos por Jesus. Só isso. 

Para os fariseus entenderem melhor o que estava acontecendo, Jesus contou a parábola do pai e seus dois filhos, a história do filho pródigo, como nós a costumamos chamar.  Jesus contou logo três histórias. Na primeira, o pastor encontrou a ovelha perdida e festejou o fato com seus amigos. Na segunda, a mulher achou a sua moeda perdida e chamou as amigas para festejar. Na terceira, um pai tinha dois filhos. E o filho mais novo afastou-se de casa, ganhou o mundo, gastou a sua herança, afundou-se numa situação de miséria e humilhação, mas um dia voltou arrependido. E o pai fez uma linda festa para celebrar a sua volta. Veja que nas três parábolas alguém estava perdido e foi encontrado. Como disse o Pai da parábola, explicando a razão da festa: “meu filho estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”. 

O filho mais velho, quando voltou pra casa e viu que havia uma festa para acolher o irmão mais novo, ficou com muita raiva. Ele pensava como os fariseus. Reclamou que o pai nunca tinha lhe dado um cabrito para ele festejar com os amigos. E, para o irmão pecador, mandou matar o novilho gordo. Veja que cabrito e novilho (carneiro e touro) eram os sacrifícios que se ofereciam. Por estes sacrifícios expiatórios, segundo a Lei, é que se obtinha o perdão. Na história que Jesus contou, foi diferente. Quando o filho que estava voltando para casa ainda estava longe, o pai correu ao seu encontro, o abraçou e o beijou, mesmo antes que ele fizesse o pedido de perdão. E mandou preparar uma festa para comemorar a sua volta. O novilho foi só pra festejar, não para pagar pelo pecado. 

Jesus anunciava o amor de Deus pelos seus filhos. Um amor de pai pelo filho mais novo (o pecador) e pelo filho mais velho (o que se julgava justo). O pecador volta porque tem um Pai que o ama, que respeita a sua liberdade e espera a sua volta. Como a ovelha perdida, ele é encontrado pelo pastor. Como o filho mais novo, ele é recebido e reintegrado como filho por pura misericórdia do Pai. 
São Paulo, na Primeira Carta a Timóteo, comentou como Deus usou de misericórdia para com ele. Ele tinha sido um blasfemo, um perseguidor. E Jesus o alcançou com sua misericórdia, fazendo dele um anunciador de sua palavra. Paulo tirou uma bela conclusão: “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!”.

Guardando a mensagem

No ministério de Jesus, os pecadores estão voltando pra casa: em contato com Jesus, eles estão se aproximando de Deus, estão reconstruindo sua vida na fé. Já os que se pensam justos reagem contra Jesus e estão descontentes porque os pecadores estão encontrando vida nova no Senhor. Eles imaginam que a reconciliação é alcançada pelo oferecimento de sacrifícios no altar do Templo. Jesus conta a história do filho pródigo para mostrar o grande amor de Deus pelos seus filhos, amor que explica o reencontro da ovelha perdida, por iniciativa do pastor; e a acolhida pra lá de generosa do filho mais novo que saiu de casa, esbanjou os seus bens e voltou arrependido.   Nessas histórias de Jesus, fica claro também a grande alegria de Deus pela volta do seu filho pecador (o filho mais novo) e a paciência com a qual está tentando que também os fariseus (o filho mais velho) entrem em casa e participem da alegria de Deus pela volta do seu filho pródigo.

Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão (Lc 15, 7)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Essa história do evangelho de hoje podia ter outro título: “A parábola do pai misericordioso”, porque nela aparece o grande amor do nosso Deus pelos seus filhos. Quando o filho mais novo voltou, ele o avistou de longe e correu para abraça-lo e beijá-lo. E fez uma festa para celebrar a sua volta. Essa história, Senhor, nos encoraja em nossa caminhada de conversão. Em ti, encontramos vida nova. E não por merecimento nosso, mas pelo imenso amor do nosso Deus que nos reconciliou consigo, por meio de tua cruz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Hoje, arrume um tempinho para rezar, com calma, o Salmo 50 (Tende Piedade, ó meu Deus, misericórdia). 
Aqui, na Arquidiocese de Boston, nos Estados Unidos, onde estou em missão, hoje é o dia da festa das comunidades brasileiras. Reze por nós.  

Pe. João Carlos Ribeiro – 15 de setembro de 2019.

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