PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: envio dos 12
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O SENHOR É O MEU PASTOR

 





03 de fevereiro de 2022

Dia de São Brás

EVANGELHO


Mc 6,7-13

Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.

MEDITAÇÃO


Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).

Jesus está enviando os doze em missão. Só isso, já vale uma meditação. Toda a Igreja é missionária. Bom, Jesus está enviando os doze e lhes faz algumas recomendações, sobretudo que eles partam em missão, em grande despojamento. Não levem pão, nem sacola, nem dinheiro. Só com a túnica do corpo, sandálias nos pés e um cajado. Um cajado. Por que deviam levar um cajado?

Cada evangelista, mesmo narrando a mesma cena, deixa seu toque especial. Cada pessoa, mesmo contando a mesma história, marca sua diferença num detalhe, não é assim? O evangelista Marcos diz que Jesus mandou levar um cajado. Mateus e Lucas dão outros pormenores, e incluem o cajado na lista do que Jesus disse que não levasse. E agora? Agora, é ver qual é o sentido desse cajado na história.

Bom, vamos deixar o evangelho de Marcos de molho e vamos para o livro dos Salmos. O Salmo 23, que você conhece bem, diz assim: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Viu que entrou o cajado nessa oração? O Senhor é o meu pastor. Deus é o nosso pastor. Nós somos as ovelhas do seu rebanho. Ele nos conduz para boas pastagens e para águas correntes. E mesmo que você esteja numa situação muito difícil, como é ele que o(a) conduz, você não tem o que temer. O bastão e o cajado dele são a sua segurança, a nossa segurança. Bom, bastão e cajado são a mesma coisa. É a vara com uma haste arredondada que o pastor tem sempre na mão. E por que o cajado de Deus, nosso pastor, é a sua segurança?

Bom, aí eu preciso lhe dizer para que servia o cajado ou bastão, na mão do pastor. Você não tem ideia como a profissão de pastor era trabalhosa, no tempo da Bíblia! O pastor tinha que levar as ovelhas, todo dia, para pastar, num lugar que tivesse também água, coisa difícil naquela terra seca (grande parte da Palestina) e complicada, se encontrasse pela frente um roçado, uma plantação. E você pode imaginar, ovelha é bicho obediente, mas em grande número, é um quebra-cabeça pra manter o rebanho junto ou no caminho certo. Aí o cajado é importante para tanger ou conter ovelhas afoitas. Já tem uma haste arredondada própria para segurar as ovelhas que estiverem se afastando, por exemplo. E mais, no campo havia muitas feras doidas pra comer uma ovelha gordinha: lobos, ienas, leões... Aí o cajado era a arma para enfrentar as feras e defender as ovelhas. E, de noite, tinha-se que ficar vigilante... não faltava ladrão querendo carregar as ovelhas. Aí o cajado era a arma do pastor. Ele partia com tudo pra cima do ladrão e o bandido saía todo machucado. Os pastores eram quase sempre jovens, fortes e briguentos. Ninguém se metesse com eles, não. Percebeu? Eram três os usos do cajado: organizar a marcha das ovelhas, afugentar as feras do campo e lutar contra os assaltantes.

Voltemos ao Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Deus defende você. Ele enfrenta o lobo ou o ladrão e não permite que lhe façam mal. O seu cajado é a sua segurança. Deus toma a sua defesa. Ele cuida de você. Jesus disse, no evangelho de João: “Eu sou o bom pastor. O mercenário, quando o lobo ataca, corre e larga as ovelhas. Eu dou a vida pelas minhas ovelhas”.


Guardando a mensagem

Jesus enviou os doze em missão. A recomendação foi que não levassem nada, a não ser um cajado. Cajado é coisa de pastor. O pastor é Jesus. Os doze participam da missão de Jesus, de cuidar do rebanho. O cajado representa a responsabilidade do pastor de cuidar das ovelhas (com o cajado, ele tange as mais lentas e segura as mais apressadas). Mas representa também o zelo que eles devem ter na defesa do rebanho (com o cajado, o pastor afugenta as feras do mato e enfrenta os larápios). Os doze são, então, os pastores do rebanho de Deus, nossos líderes religiosos. É por isso que os nossos bispos têm um báculo, imitando o cajado dos pastores. O báculo representa a responsabilidade que eles receberam de cuidar do povo de Deus como bons pastores e de defendê-lo de todas as ameaças (heresias, ideologias totalitárias, divisões, etc.).

Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Está dito no evangelho de hoje, que os doze partiram e fizeram três coisas: pregaram que todos se convertessem, expulsaram muitos demônios e curaram numerosos doentes. Realmente, tinham mesmo que levar o cajado, assim começaram a entender que são pastores do teu povo: organizam o rebanho, expulsam o mal e derrotam as doenças. Senhor, nós te bendizemos porque somos ovelhas do teu rebanho. E te pedimos que, com o teu Santo Espírito, sustentes os teus ministros em sua missão de ensino, de pastoreio e de santificação do rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelo padre de sua comunidade. Faça uma prece pelo seu bispo, também.

Hoje é o Dia de São Brás. Ele foi bispo na Armênia. Sofreu o martírio no ano 320, na perseguição de Diocleciano. São Brás é invocado contra os males da garganta. Hoje, nas celebrações, se dá a bênção da garganta. Querendo recebê-la, me acompanhe na Missa das 11 horas, no Youtube.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O CAJADO DO PASTOR


04 de Fevereiro de 2021

EVANGELHO


Mc 6,7-13

Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.

MEDITAÇÃO 


Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).

Jesus está enviando os doze em missão. Só isso, já vale uma meditação. Toda a Igreja é missionária. Bom, Jesus está enviando os doze e lhes faz algumas recomendações, sobretudo que eles partam em missão, em grande despojamento. Não levem pão, nem sacola, nem dinheiro. Só com a túnica do corpo, sandálias nos pés e um cajado. Um cajado. Por que deviam levar um cajado?

Cada evangelista, mesmo narrando a mesma cena, deixa seu toque especial. Cada pessoa, mesmo contando a mesma história, marca sua diferença num detalhe, não é assim? O evangelista Marcos diz que Jesus mandou levar um cajado. Mateus e Lucas dão outros pormenores, e incluem o cajado na lista do que Jesus disse que não levasse. E agora? Agora, é ver qual é o sentido desse cajado na história.

Bom, vamos deixar o evangelho de Marcos de molho e vamos para o livro dos Salmos. O Salmo 23, que você conhece bem, diz assim: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Viu que entrou o cajado nessa oração? O Senhor é o meu pastor. Deus é o nosso pastor. Nós somos as ovelhas do seu rebanho. Ele nos conduz para boas pastagens e para águas correntes. E mesmo que você esteja numa situação muito difícil, como é ele que o(a) conduz, você não tem o que temer. O bastão e o cajado dele são a sua segurança, a nossa segurança. Bom, bastão e cajado são a mesma coisa. É a vara com uma haste arredondada que o pastor tem sempre na mão. E por que o cajado de Deus, nosso pastor, é a sua segurança?

Bom, aí eu preciso lhe dizer para que servia o cajado ou bastão, na mão do pastor. Você não tem ideia como a profissão de pastor era trabalhosa, no tempo da Bíblia! O pastor tinha que levar as ovelhas, todo dia, para pastar, num lugar que tivesse também água, coisa difícil naquela terra seca (grande parte da Palestina) e complicada, se encontrasse pela frente um roçado, uma plantação. E você pode imaginar, ovelha é bicho obediente, mas em grande número, é um quebra-cabeça pra manter o rebanho junto ou no caminho certo. Aí o cajado é importante para tanger ou conter ovelhas afoitas. Já tem uma haste arredondada própria para segurar as ovelhas que estiverem se afastando, por exemplo. E mais, no campo havia muitas feras doidas pra comer uma ovelha gordinha: lobos, ienas, leões... Aí o cajado era a arma para enfrentar as feras e defender as ovelhas. E, de noite, tinha-se que ficar vigilante... não faltava ladrão querendo carregar as ovelhas. Aí o cajado era a arma do pastor. Ele partia com tudo pra cima do ladrão e o bandido saía todo machucado. Os pastores eram quase sempre jovens, fortes e briguentos. Ninguém se metesse com eles, não. Percebeu? Eram três os usos do cajado: organizar a marcha das ovelhas, afugentar as feras do campo e lutar contra os assaltantes. 

Voltemos ao Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens, me faz repousar.... Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim. Teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo”. Deus defende você. Ele enfrenta o lobo ou o ladrão e não permite que lhe façam mal. O seu cajado é a sua segurança. Deus toma a sua defesa. Ele cuida de você. Jesus disse, no evangelho de João: “Eu sou o bom pastor. O mercenário, quando o lobo ataca, corre e larga as ovelhas. Eu dou a vida pelas minhas ovelhas”.

Guardando a mensagem

Jesus enviou os doze em missão. A recomendação foi que não levassem nada, a não ser um cajado. Cajado é coisa de pastor. O pastor é Jesus. Os doze participam da missão de Jesus, de cuidar do rebanho. O cajado representa a responsabilidade do pastor de cuidar das ovelhas (com o cajado, ele tange as mais lentas e segura as mais apressadas). Mas representa também o zelo que eles devem ter na defesa do rebanho (com o cajado, o pastor afugenta as feras do mato e enfrenta os larápios). Os doze são, então, os pastores do rebanho de Deus, nossos líderes religiosos. É por isso que os nossos bispos têm um báculo, imitando o cajado dos pastores. O báculo representa a responsabilidade que eles receberam de cuidar do povo de Deus como bons pastores e de defendê-lo de todas as ameaças (heresias, ideologias totalitárias, divisões, etc.).

Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado (Mc 6, 8).

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Está dito no evangelho de hoje, que os doze partiram e fizeram três coisas: pregaram que todos se convertessem, expulsaram muitos demônios e curaram numerosos doentes. Realmente, tinham mesmo que levar o cajado, assim começaram a entender que são pastores do teu povo: organizam o rebanho, expulsam o mal e derrotam as doenças. Senhor, nós te bendizemos porque somos ovelhas do teu rebanho. E te pedimos que, com o teu Santo Espírito, sustentes os teus ministros em sua missão de ensino, de pastoreio e de santificação do rebanho. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelo padre de sua comunidade. Faça uma prece pelo seu bispo, também.

Podendo, una-se a nós na Santa Missa das 11 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O REINO ESTÁ BEM PERTINHO

No caminho, vocês anunciem: O Reino dos céus está próximo (Mt 10, 5)
08 de julho de 2020

Jesus chamou os doze, deu-lhes poder sobre a doença e sobre o mal e os enviou em missão. Entre outras coisas, recomendou que avisassem ao povo que o Reino estava próximo. O evangelista Mateus, por escrever seu evangelho entre comunidades formadas por judeus, evita dizer o nome “Deus”, substituindo-o por “céus”. Reino dos céus. Doze é uma representação do povo de Deus e de sua organização, de sua liderança. O povo do Antigo Testamento era o povo das doze tribos, dos doze patriarcas. A escolha e o envio de doze líderes mostra a intenção de Jesus: ele está construindo um novo momento do povo de Deus, o povo que estará unido a Deus pela nova e eterna aliança.

Jesus dá várias instruções aos doze. De uma forma ativa, eles se associam à missão de Jesus. E a missão de Jesus está descrita um pouco antes, no final do capítulo 9: Jesus vendo as multidões, se compadeceu delas e as ensinava, pregando o Reino de Deus e curando as suas enfermidades. Compadecia-se de sua situação e lhes anunciava o Reino de Deus que chegou com ele para liberdade e salvação de todos. Eles deviam anunciar que o Reino estava próximo, isto é, aproximou-se, chegou para eles. O Reino é Deus nos salvando em Cristo. Assim, os apóstolos pelo caminho devem avisar ao povo essa novidade, com palavras, mas também com gestos e ações onde se reconheça que Deus está agindo em favor do seu povo necessitado. O Reino é Deus nos libertando. É isso que está sinalizado nas curas de enfermidades e expulsões de espíritos impuros.

Meditando o evangelho, nos damos conta do amor de Deus que vem nos encontrar, da presença de Jesus que continua nos buscando e nos encontrando nos caminho de nossa vida e de nossa história. Nossa tarefa é também avisar a todos que o Reino do amor de Deus chegou, vencendo o ódio, a dor, o pecado. Esse é a boa nova, o evangelho a ser anunciado; a grande novidade a ser comunicada.

Guardando a mensagem

A missão de Jesus é anunciar o Reino de Deus. O Reino de Deus é o próprio Jesus entre nós, nos libertando. Ele anuncia o Reino com a pregação, mas também o concretiza com ações pelas quais as pessoas estão sendo resgatadas da doença, da exclusão, da dominação do mal, do pecado. Escolhendo e enviando doze em missão, Jesus está visivelmente construindo um novo momento de organização do povo eleito em aliança com Deus. A missão dos doze, como a de Jesus, é anunciar a proximidade do Reino. O Reino, por meio de Jesus, se aproximou de nós, está bem pertinho, agora é só a gente abrir as portas para acolhê-lo; as portas do coração, de nossa vida familiar, de nossa vida em sociedade.

No caminho, vocês anunciem: O Reino dos céus está próximo (Mt 10, 5)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Mandaste os doze anunciar ao povo, pelo caminho, que “o Reino de Deus está próximo”, que o céu se aproximou para resgatar e sarar toda ferida. A nós que vivemos imersos em um mundo materialista, esta palavra nos consola: Deus não nos esqueceu, ele vem ao nosso encontro, com o seu Reino. Concede-nos, Senhor, que não percamos o horizonte da vida eterna, mesmo carregando os fardos de nossa existência, às voltas com as tarefas de cada dia. Que no corre-corre de nossa vida, permaneça sempre no nosso coração esse sentido do teu Reino, reino de amor e justiça que começa aqui, mas só se realiza plenamente na eternidade. Dá-nos, Senhor, viver lembrados e embalados por essa verdade do teu amor: O Reino está próximo, está pertinho de cada um. É só abrir a porta do coração e deixar-te entrar. Tu anuncias o Reino, tu fazes o Reino de Deus acontecer entre nós com tua palavra e teu poder restaurador. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Repita várias vezes, durante o dia de hoje, aquela palavrinha do Pai Nosso: “Venha a nós o vosso Reino”.

Amanhã, quinta-feira eucarística, presido a Santa Missa às 11 horas, com transmissão pelas redes sociais. Vou rezar especialmente por você que me acompanha, diariamente, na Meditação.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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