PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: entre vocês não seja assim
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A marca do cristão é o serviço.



   25 de julho de 2023.   

Dia de São Tiago Maior, apóstolo


      Evangelho.      


Mt 20,20-28

20Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.

22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é que dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.
24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.



      Meditação.      


Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. 

Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros.

Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço.

Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, há sempre um séquito de pessoas subservientes e bajuladoras.

Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores.

O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior.






Guardando a mensagem

A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: 'Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim.'

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Sendo hoje o dia do teu apóstolo Tiago Maior, nós te pedimos, Senhor, por sua intercessão, a tua bênção sobre todos os pastores da Igreja, o Papa Francisco, nossos bispos, os padres e diáconos de nossas comunidades. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

No seu caderno de anotações, registre essa frase de Jesus e escreva o que você entendeu dela: “Entre vocês, não deverá ser assim” (Mt 20, 26).

Comunicando

Ontem, tivemos uma primeira reunião com quem deseja realizar conosco uma peregrinação à Itália, com visita aos lugares de São Francisco de Assis e de São João Bosco. Será em outubro de 2024. Para se informar, mande mensagem para 81 9 9964.4899.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ENTRE VOCÊS, NÃO DEVE SER ASSIM




25 de julho de 2022

Dia de São Tiago Maior, apóstolo


EVANGELHO



Mt 20,20-28

20Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.

22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é que dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.
24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.



MEDITAÇÃO


Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. 

Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros.

Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço.

Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, há sempre um séquito de pessoas subservientes e bajuladoras.

Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores.

O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior.



Guardando a mensagem

A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim.

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Sendo hoje o dia do teu apóstolo Tiago Maior, nós te pedimos, Senhor, por sua intercessão, a tua bênção sobre todos os pastores da Igreja, particularmente sobre o Papa Francisco que está em viagem apostólica no Canadá. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a Palavra

No seu caderno de anotações, registre essa frase de Jesus e escreva o que você entendeu dela: “Entre vocês, não deverá ser assim” (Mt 20, 26).

Comunicando

Amanhã é o dia de São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria, avós de Jesus. Amanhã, faço Show na festa da Senhora Santana, padroeira da cidade de Gravatá, PE. 

Uma semana abençoada. Até amanhã, se Deus quiser!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

ENTRE VOCÊS, NÃO SEJA ASSIM



17 de outubro de 2021

29º Domingo do Tempo Comum


EVANGELHO


Mc 10,35-45

Naquele tempo, 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?”
37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!”
38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”.
41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.

MEDITAÇÃO


Vocês não sabem o que estão pedindo (Mc 10,38)

Jesus estava indo a Jerusalém, na sua grande viagem que culminaria na paixão. Essa é a lógica de sua vida: dar-se a si mesmo pelos outros. Ele nos resgata, pagando o preço de nossas vidas, como se fazia no resgate dos escravos. E o preço foi alto: a sua própria vida. Essa é a lógica de Jesus: servir, dando sua vida por nós. É assim que ele exerce o seu poder divino: inclina-se sobre a humanidade pecadora para lavar-lhe os pés, como servo, como escravo; purifica-nos, lavando-nos com o seu sangue derramado, tomando na cruz o nosso lugar de pecadores. Não veio para ser servido, mas para servir. Servir e dar a sua vida como resgate de muitos.

Ser cristão é assimilar essa lógica de Jesus. Ser discípulo é entrar nesse caminho e caminhar com ele, experimentando o poder como serviço aos outros. Jesus é o modelo. A vida cristã é um permanente compromisso de seguimento de Jesus e, portanto, de renúncia a modelos que estejam na contramão do evangelho. É permanente a tentação do poder como prestígio, como autopromoção, como busca de benefícios para si e para seus pares. Nesse modelo, ninguém dá a vida pelos outros. Serve-se dos outros para seu engrandecimento, buscando privilégios, enriquecimento, prestígio social. E para conseguir e manter essas benesses, humilha, oprime, discrimina, exclui os outros.

Nesse caminho para Jerusalém, Jesus se esforçava para explicar aos discípulos que o seu confronto com os grandes da capital lhe renderia a morte, mas não seria o fim. Dar a sua vida, em sintonia com a vontade do Pai, seria o coroamento do seu caminho, confirmado na ressurreição. Jesus falou disso várias vezes aos discípulos, no caminho. Mas eles tinham dificuldade para entender, justamente porque ainda não tinham assimilado a lógica do poder-serviço de Jesus. Foi assim que, dois dos discípulos, aproveitando a distância dos outros, fizeram um pedido suspeito a Jesus. Pediram não, eles quase exigiram. Queriam participar do poder de Jesus, quando este triunfasse em sua causa. “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória”. Queriam participar do poder de Jesus, comandar ao lado dele nos postos mais altos e destacados do seu governo ou sabe-se lá o que eles estavam pensando. Foi aí que Jesus lhes disse: “Vocês não sabem o questão pedindo”. E tentou que eles entendessem de outra forma. Até poderiam beber o cálice da perseguição e serem também batizados numa morte dolorosa como a sua, mas os cargos requeridos... isso não dependia dele. Ele também fazia a vontade do Pai.

O pedido interesseiro dos dois discípulos logo gerou um mal estar no grupo dos apóstolos. Claro, os outros também queriam participar do poder de Jesus. Sentiram-se passados pra trás. Jesus, então, juntou os doze e lhes fez uma bela catequese sobre o exercício do poder. Eles não deviam imitar o que viam no mundo que eles conheciam. Palavras de Jesus: “Vocês sabem que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Entre vocês, não deve ser assim”. E apresentou a sua vida como modelo: “eu não vim para ser servido, mas para servir. Quem quiser ser grande, seja o servo de vocês. Quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos”.

Guardando a mensagem

Vivemos em contato com experiências de poder que são o contrário do que Jesus fez e ensinou. Como disse Jesus: “Os chefes, os grandes tiranizam, oprimem as nações”. Não é a lógica de Jesus de estar a serviço do povo, como servos. É a lógica de servir-se do povo, como seus senhores. Não se quer garantir e promover os direitos de todos, particularmente dos mais pobres e vulneráveis. Busca-se o poder como modo de garantir os interesses das elites sobre o povo. O Mestre continua nos instruindo: “Entre vocês, não seja assim”. Como ficou claro no caso dos dois discípulos, a tentação é permanente também no seio da comunidade eclesial. E a busca de privilégios e cargos sempre causa desunião e divisão dentro da Igreja. “Entre vocês, não seja assim”, continua nos ensinando o nosso Mestre e Senhor.

Vocês não sabem o que estão pedindo (Mc 10, 38)

Rezando a palavra

Rezemos a oração deste Mês Missionário:

Deus Pai, Filho e Espírito Santo, 
comunhão de amor,
compaixão e missão. 
Nós te suplicamos:
Derrama a luz da tua esperança sobre
a humanidade que padece a solidão, a pobreza,
a injustiça, agravadas pela pandemia.
Concede-nos a coragem para testemunhar,
com ousadia profética ,
tudo o que vimos e ouvimos de Jesus Cristo,
missionário do Pai.
Maria, mãe missionária, 
e São José, protetor da família,
inspirem-nos a sermos missionários
da compaixão e da esperança.
Amém.


Vivendo a palavra

Hoje é o nosso dia, o dia do Senhor e do povo redimido. Celebramos isto na Santa Missa. A Missa dominical é o nosso primeiro compromisso.

Deixo aqui agradecimentos sinceros a todos os que, de alguma forma, nos acompanharam no nosso 4º Acampamento Missionário. Deus os abençoe. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A TENTAÇAO DO PODER-PRESTÍGIO


Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27) 


25 de julho de 2020. 

A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros. 

Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço. 

Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, na República como na Capela, há sempre um séquito de pessoas subservientes e bajuladoras. 

Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores. 

O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior. 

Guardando a mensagem 

A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim. 

Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de vocês (Mt 20, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

No seu caderno espiritual, anote essa frase de Jesus e escreva o que você entendeu dela: “Entre vocês não deverá ser assim” (Mt 20, 26). 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

NÃO SEJA ASSIM ENTRE VOCÊS!




Entre vocês não deverá ser assim (Mt 20,26).
E como vai a sua caminhada quaresmal? A Quaresma, eu já lhe disse, mas repito, é um itinerário de crescimento cristão. Chegamos hoje ao 15º dia da Quaresma. O tema é ainda a conversão. E conversão numa área muito especial da vida em família, em comunidade, em sociedade: conversão no poder.
Você pode até pensar: esse negócio de poder não tem nada a ver comigo. É um assunto para quem ocupa altos cargos na Igreja ou para os políticos de Brasília. É aí que você se engana. Todo mundo tem uma relação com o poder. Mesmo que não esteja em uma função de comando, está numa relação com quem comanda. E aí se mostra qual é a sua concepção de poder: o poder-prestígio ou o poder-serviço. O poder no mundo chega a ser um ídolo. Uns se fazem de deuses e outros de seus adoradores. Para cada mandão, na República como na Capela, há um séquito de pessoas subservientes, bajuladoras, infantilizadas e avessas ao diálogo e ao espírito comunitário.
A mãe de dois discípulos – Tiago e João – fez um pedido a Jesus: que, quando ele estivesse no poder, reservasse uma posição de destaque no seu governo para os seus dois filhos. Um à sua direita e outro à sua esquerda. Apesar do exemplo de Jesus, os seus colaboradores mais próximos, os apóstolos, estavam também tentados pela sede de poder. E já começavam a disputar cargos, posição, prestígio. Nem eles estavam entendendo a proposta de Jesus, nem a família deles. Pretendiam uma posição privilegiada (um à direita e outro à esquerda) ao lado de Jesus e, claro, acima dos outros.
Logo essa pretensão dos dois discípulos espalhou um mal-estar na comunidade dos apóstolos. O poder como prestígio, irmão gêmeo do enriquecimento duvidoso, semeia logo a discórdia, a desunião, a inveja e a competição doentia. É que ele agride gravemente o espírito comunitário. Essa tentação do poder-prestígio é um perigo para um cristão, pois o faz renunciar ao que aprendeu no Evangelho: o amor solidário, o respeito pela dignidade do outro, o espírito de serviço.
Os discípulos tinham diante de si o exemplo de Jesus e o modelo da própria sociedade. O mau exemplo vinha dos fariseus, da turma do Templo, do próprio ambiente religioso. E nisso, é claro, imitava-se as disputas de poder da classe dominante, da corte de Herodes, do Sinédrio. Jesus, no jejum do deserto, tinha enfrentado essa tentação. O diabo tinha oferecido o poder sobre todos os reinos do mundo a Jesus, se o adorasse. Jesus reagiu. Submeter-se só à vontade de Deus. Nada de aliança com o mal. O poder-prestígio é sustentado por alianças perigosas e concessões à falcatrua, à propina, à troca de favores.
O exemplo de Jesus foi bem outro. Ele deu exemplo com sua vida, suas escolhas e deixou esse precioso ensinamento: eu não vim para ser servido, mas para servir. O exercício do poder em Jesus não afastava as pessoas de si e nem o isolava dos outros. Como Mestre no seu grupo de discípulos, puxava o diálogo, responsabilizava cada um e, para admiração de todos, chegou a lavar os seus pés como um empregado fazia. Servir - essa palavra deve marcar a vida de um cristão em cargos de liderança ou em postos de comando. Servir. Não ser servido. Colocar-se a serviço dos outros, do bem, da justiça, diferentemente do poder-prestígio que se serve dos outros, que busca o seu benefício pessoal, que quer ser o maior.
Vamos guardar a mensagem
A tentação do poder-prestígio estava presente também no grupo dos discípulos de Jesus. Jesus exerceu o poder-serviço. E o ensinou claramente. Não veio para ser servido, mas para servir. E disse mais: Vejam como o poder é exercido na sociedade, percebam a opressão dos grandes. Entre vocês, não deve ser assim. Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos.
Entre vocês não deverá ser assim (Mt 20,26)
Vamos acolher a mensagem
Senhor Jesus,
Somos a tua Igreja e nossa presença na sociedade precisa ser pautada pelo espírito de serviço. Animados por teu evangelho, queremos fomentar a fraternidade em nosso ambiente de trabalho, de conivência, em nossas famílias, pois, servir é a marca do cristão. Ajuda-nos, Senhor, a não incorporar na Igreja a tentação do poder-prestígio do mundo. Antes, levemos para a sociedade nossa experiência de poder-serviço vivido na comunidade cristã. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.  
Vamos viver a Palavra
Transcreva, no seu diário espiritual ou seu caderno de anotações, essa passagem: Mateus 20, 25-26.
Pe. João Carlos Ribeiro – 28.02.2018

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