PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: camelô
Mostrando postagens com marcador camelô. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador camelô. Mostrar todas as postagens

Viver com respeito e liberdade.



   16 de janeiro de 2024.   

Terça-feira da 2ª Semana do Tempo Comum



   Evangelho.   


Mc 2,23-28

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”.
27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

   Meditação.   


O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Outro dia, dedicamos dois programas, no rádio, a uma conversa sobre o desemprego. Ouvimos relatos dolorosos. Gente desempregada há bastante tempo, gente perdendo a esperança, gente passando necessidade. Diante dessa situação, as pessoas se viram como podem, com a ajuda de parentes, a caridade de desconhecidos e muito espírito de iniciativa. Uma grande maioria sobrevive no mercado informal, sai vendendo alguma coisa de porta em porta ou batalha algum trocado como camelô pelas ruas. Quando não pode mais pagar aluguel, fica pela rua mesmo ou ocupa algum imóvel fechado ou constrói um barraco na beira de um canal. No aperto, empurra o filho adolescente para vender alguma coisa no semáforo ou farol de uma avenida ou ser flanelinha em algum lugar. É, o desemprego é um drama pra todo mundo, mas para a família pobre é uma verdadeira tragédia.

Diante da lei, essa família está cometendo graves irregularidades. No comércio informal, não recolhe impostos e atrapalha a atividade dos comerciantes estabelecidos. A fiscalização da Prefeitura e os lojistas estão de olho no camelô. Na moradia, é um invasor de propriedade privada. Mais cedo ou mais tarde a justiça, a polícia e a prefeitura vão chegar lá, nem sempre com bons modos. No cruzamento ou nas ruas, a sociedade olha com desconfiança o flanelinha e já o julga um trombadinha, um marginal, quem sabe, um traficante. No aperto da família pobre, a lei e a sociedade os condenam.

Os fariseus estavam de olho nos discípulos de Jesus. Essa turminha era vista com reserva e desconfiança. Eles não jejuavam como os discípulos piedosos de outros mestres. Não se mantinham separados, evitando contato com gente reconhecidamente pecadora. Não guardavam o sábado, com o respeito e a seriedade que ele merecia. Afinal, mal cumpridores da Lei. No texto de hoje, os fariseus vão tomar satisfação com Jesus. “Num dia de sábado, em que não se pode trabalhar por respeito à Lei de Deus, os teus discípulos vem pelo caminho, arrancando espigas de trigo para comer”. Por que eles fazem uma coisa dessas num dia de sábado, violando a lei?

Jesus foi claro. Eles estavam com fome. A necessidade da pessoa humana interpela a norma, a regra, a lei. A lei foi feita para o homem. Não o homem para a lei. Aí Jesus lembrou um episódio do Antigo Testamento. Davi e seus guerreiros, com fome, chegaram ao Santuário e comeram os pães exclusivos dos sacerdotes. Na necessidade, agiram acima da lei. O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado.



Guardando a mensagem

O camelô não é um fora da lei. O ocupante não é invasor mal intencionado. O flanelinha não é um marginal. A lei é que precisa se adaptar à sua realidade, à sua fome, à necessidade premente de sobrevivência. Aliás, a situação de desemprego e abandono social não foi criada pelos marginalizados. A lei deve estar aí para assegurar oportunidades para todos. O pobre não merece cadeia porque está “arrancando espigas em dia de sábado”. Merece emprego, moradia digna, escola integral para os seus filhos.

O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste aos fariseus que o “o filho do homem é senhor também do sábado”. Falavas de ti mesmo; e do sábado, que era uma lei civil e religiosa, ao mesmo tempo. És o senhor também do sábado. Teu evangelho nos liberta de uma interpretação da lei que desconheça a necessidade do outro. Estás nos ensinando que a situação de carência e sofrimento deve ser a primeira inspiração da lei. As leis, as normas, as regras, nós as estabelecemos para garantir a justiça, o direito, a segurança, a boa convivência. Elas estão a serviço do homem. Podem ser revistas e modificadas, se se tornarem instrumento de opressão ou quando não respeitarem as pessoas em suas reais condições. Obrigado, Senhor, por dares à pessoa humana o primeiro lugar, por nos ensinares a viver com respeito e liberdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
 
Vivendo a palavra

Quem sabe, hoje, você não veja na rua ou no noticiário alguma situação em que a pessoa humana necessite ser respeitada, acima de qualquer regra estabelecida!

Comunicando

Deixo aqui o meu muito obrigado a você que rezou por nossa missão ou nos acompanhou, ontem, na Santa Missa de Ação de Graças pelos 10 anos do Programa Tempo de Paz. Você sabe, todos somos responsáveis pela missão: levar a todos, o testemunho sobre Jesus. Faça bem a sua parte. 

O aplicativo da Rádio Amanhecer está de cara nova. Aproveite para baixá-lo no seu celular. E acompanhar a nossa programação religiosa 24 horas. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

"O sábado foi feito para o homem" - o que isso significa

 


17 de janeiro de 2023

Memória de Santo Antão, Abade

EVANGELHO


Mc 2,23-28

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”.
27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

MEDITAÇÃO


O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Outro dia, dedicamos dois programas, no rádio, a uma conversa sobre o desemprego. Ouvimos relatos dolorosos. Gente desempregada há bastante tempo, gente perdendo a esperança, gente passando necessidade. Diante dessa situação, as pessoas se viram como podem, com a ajuda de parentes, a caridade de desconhecidos e muito espírito de iniciativa. Uma grande maioria sobrevive no mercado informal, sai vendendo alguma coisa de porta em porta ou batalha algum trocado como camelô pelas ruas. Quando não pode mais pagar aluguel, fica pela rua mesmo ou ocupa algum imóvel fechado ou constrói um barraco na beira de um canal. No aperto, empurra o filho adolescente para vender alguma coisa no semáforo ou farol de uma avenida ou ser flanelinha em algum lugar. É, o desemprego é um drama pra todo mundo, mas para a família pobre é uma verdadeira tragédia.

Diante da lei, essa família está cometendo graves irregularidades. No comércio informal, não recolhe impostos e atrapalha a atividade dos comerciantes estabelecidos. A fiscalização da Prefeitura e os lojistas estão de olho no camelô. Na moradia, é um invasor de propriedade privada. Mais cedo ou mais tarde a justiça, a polícia e a prefeitura vão chegar lá, nem sempre com bons modos. No cruzamento ou nas ruas, a sociedade olha com desconfiança o flanelinha e já o julga um trombadinha, um marginal, quem sabe, um traficante. No aperto da família pobre, a lei e a sociedade os condenam.

Os fariseus estavam de olho nos discípulos de Jesus. Essa turminha era vista com reserva e desconfiança. Eles não jejuavam como os discípulos piedosos de outros mestres. Não se mantinham separados, evitando contato com gente reconhecidamente pecadora. Não guardavam o sábado, com o respeito e a seriedade que ele merecia. Afinal, mal cumpridores da Lei. No texto de hoje, os fariseus vão tomar satisfação com Jesus. “Num dia de sábado, em que não se pode trabalhar por respeito à Lei de Deus, os teus discípulos vem pelo caminho, arrancando espigas de trigo para comer”. Por que eles fazem uma coisa dessas num dia de sábado, violando a lei?

Jesus foi claro. Eles estavam com fome. A necessidade da pessoa humana interpela a norma, a regra, a lei. A lei foi feita para o homem. Não o homem para a lei. Aí Jesus lembrou um episódio do Antigo Testamento. Davi e seus guerreiros, com fome, chegaram ao Santuário e comeram os pães exclusivos dos sacerdotes. Na necessidade, agiram acima da lei. O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado.


Guardando a mensagem

O camelô não é um fora da lei. O ocupante não é invasor mal intencionado. O flanelinha não é um marginal. A lei é que precisa se adaptar à sua realidade, à sua fome, à necessidade premente de sobrevivência. Aliás, a situação de desemprego e abandono social não foi criada pelos marginalizados. A lei deve estar aí para assegurar oportunidades para todos. O pobre não merece cadeia porque está “arrancando espigas em dia de sábado”. Merece emprego, moradia digna, escola integral para os seus filhos.

O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
disseste aos fariseus que o “o filho do homem é senhor também do sábado”. Falavas de ti mesmo; e do sábado, que era uma lei civil e religiosa, ao mesmo tempo. És o senhor também do sábado. Teu evangelho nos liberta de uma interpretação da lei que desconheça a necessidade do outro. Estás nos ensinando que a situação de carência e sofrimento deve ser a primeira inspiração da lei. As leis, as normas, as regras, nós as estabelecemos para garantir a justiça, o direito, a segurança, a boa convivência. Elas estão a serviço do homem. Podem ser revistas e modificadas, se se tornarem instrumento de opressão ou quando não respeitarem as pessoas em suas reais condições. Obrigado, Senhor, por dares à pessoa humana o primeiro lugar, por nos ensinares a viver com respeito e liberdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quem sabe, hoje, você não veja na rua ou no noticiário alguma situação em que a pessoa humana necessite ser respeitada, acima de qualquer regra estabelecida!

Comunicando

Deixo aqui o meu muito obrigado a você que rezou por nossa missão ou nos acompanhou, ontem, na Santa Missa de Ação de Graças pelos 9 anos do Programa Tempo de Paz. Você sabe, todos somos responsáveis pela missão: levar a todos, o testemunho sobre Jesus. Faça bem a sua parte. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A FOME E O SÁBADO



18 de janeiro de 2022

EVANGELHO


Mc 2,23-28

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”.
27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

MEDITAÇÃO


O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Outro dia, dedicamos dois programas, no rádio, a uma conversa sobre o desemprego. Ouvimos relatos dolorosos. Gente desempregada há bastante tempo, gente perdendo a esperança, gente passando necessidade. Diante dessa situação, as pessoas se viram como podem, com a ajuda de parentes, a caridade de desconhecidos e muito espírito de iniciativa. Uma grande maioria sobrevive no mercado informal, sai vendendo alguma coisa de porta em porta ou batalha algum trocado como camelô pelas ruas. Quando não pode mais pagar aluguel, fica pela rua mesmo ou ocupa algum imóvel fechado ou constrói um barraco na beira de um canal. No aperto, empurra o filho adolescente para vender alguma coisa no semáforo ou farol de uma avenida ou ser flanelinha em algum lugar. É, o desemprego é um drama pra todo mundo, mas para a família pobre é uma verdadeira tragédia.

Diante da lei, essa família está cometendo graves irregularidades. No comércio informal, não recolhe impostos e atrapalha a atividade dos comerciantes estabelecidos. A fiscalização da Prefeitura e os lojistas estão de olho no camelô. Na moradia, é um invasor de propriedade privada. Mais cedo ou mais tarde a justiça, a polícia e a prefeitura vão chegar lá, nem sempre com bons modos. No cruzamento ou nas ruas, a sociedade olha com desconfiança o flanelinha e já o julga um trombadinha, um marginal, quem sabe, um traficante. No aperto da família pobre, a lei e a sociedade os condenam.

Os fariseus estavam de olho nos discípulos de Jesus. Essa turminha era vista com reserva e desconfiança. Eles não jejuavam como os discípulos piedosos de outros mestres. Não se mantinham separados, evitando contato com gente reconhecidamente pecadora. Não guardavam o sábado, com o respeito e a seriedade que ele merecia. Afinal, mal cumpridores da Lei. No texto de hoje, os fariseus vão tomar satisfação com Jesus. “Num dia de sábado, em que não se pode trabalhar por respeito à Lei de Deus, os teus discípulos vem pelo caminho, arrancando espigas de trigo para comer”. Por que eles fazem uma coisa dessas num dia de sábado, violando a lei?

Jesus foi claro. Eles estavam com fome. A necessidade da pessoa humana interpela a norma, a regra, a lei. A lei foi feita para o homem. Não o homem para a lei. Aí Jesus lembrou um episódio do Antigo Testamento. Davi e seus guerreiros, com fome, chegaram ao Santuário e comeram os pães exclusivos dos sacerdotes. Na necessidade, agiram acima da lei. O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado.


Guardando a mensagem

O camelô não é um fora da lei. O ocupante não é invasor mal intencionado. O flanelinha não é um marginal. A lei é que precisa se adaptar à sua realidade, à sua fome, à necessidade premente de sobrevivência. Aliás, a situação de desemprego e abandono social não foi criada pelos marginalizados. A lei deve estar aí para assegurar oportunidades para todos. O pobre não merece cadeia porque está “arrancando espigas em dia de sábado”. Merece emprego, moradia digna, escola integral para os seus filhos.

O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2, 27)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Disseste aos fariseus que o “o filho do homem é senhor também do sábado”. Falavas de ti mesmo; e do sábado, que era uma lei civil e religiosa, ao mesmo tempo. És o senhor também do sábado. Teu evangelho nos liberta de uma interpretação da lei que desconheça a necessidade do outro. Estás nos ensinando que a situação de carência e sofrimento deve ser a primeira inspiração da lei. As leis, as normas, as regras, nós as estabelecemos para garantir a justiça, o direito, a segurança, a boa convivência. Elas estão a serviço do homem. Podem ser revistas e modificadas, se se tornarem instrumento de opressão ou quando não respeitarem as pessoas em suas reais condições. Obrigado, Senhor, por dares à pessoa humana o primeiro lugar, por nos ensinares a viver com respeito e liberdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quem sabe, hoje, você não veja na rua ou no noticiário alguma situação em que a pessoa humana necessite ser respeitada, acima de qualquer regra estabelecida!

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Postagem em destaque

As duas mesas da Missa.

16 de abril de 2024    Terça-feira da 3ª Semana da Páscoa.       Evangelho.    Jo 6,30-35 Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30“Qu...

POSTAGENS MAIS VISTAS