PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Pedro disse; tu és o Messias
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A IGREJA DOS APÓSTOLOS


Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16, 18) 



30 de junho de 2019 – Solenidade de São Pedro e São Paulo. 

Fechando esse mês de junho, e também o ciclo junino, celebramos hoje Pedro e Paulo, apóstolos ‘que plantaram a Igreja e a regaram com o próprio sangue’. É também o dia do Papa, bispo de Roma e sucessor de Pedro. Celebrar o dia do Senhor com essa festa dos dois apóstolos-colunas nos une ainda mais em torno de Cristo, como sua Igreja em missão. 

E, como Igreja, nós temos, na atualidade, dois desafios a enfrentar. O primeiro é que o nosso povo batizado conhece pouco a fé cristã, inclusive boa parte nem pisa na Igreja. O segundo é que os que participam se contentam com a Missa de vez em quando e não se sentem responsáveis pela evangelização dos outros. 

Quando houve aquela grande assembleia de bispos da América Latina em Aparecida, em 2007, eles transformaram esses desafios em um compromisso duplo: levar o povo católico a ser um povo de discípulos missionários. Como bons discípulos do Senhor, cada um conhecer melhor a fé cristã, professá-la com sinceridade e ensiná-la aos outros. Como seus missionários, levarmos o fermento do evangelho ao mundo, levando a boa nova aos afastados, distantes e excluídos. 

A solenidade de São Pedro e São Paulo, que celebramos hoje, pode reforçar essa nossa caminhada de formação e compromisso como discípulos missionários. Os dois apóstolos Pedro e Paulo são exemplos, modelos de compromisso com o Senhor e com a missão evangelizadora. Eles são igualmente nossos intercessores junto a Deus na animação de comunidades de discípulos missionários, igreja em saída para as periferias humanas. Mesmo sendo os dois apóstolos modelos de discípulos missionários, podemos olhar para cada um deles e identificar de maneira mais acentuada uma dessas dimensões. 

A grandeza de Pedro, por exemplo, foi proclamar a fé, em nome dos seguidores de Jesus. Como disse o Mestre, fé que é revelação de Deus, mais do que conhecimento humano. ‘TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DO DEUS VIVO’ (Mt 16,16). Disse tudo, disse toda a fé da Igreja, em sua forma mais nuclear. Cremos que Jesus é o Messias, o ungido, prometido por Deus ao povo de Israel. Esse Jesus, de fato, é o Cristo, tradução grega da palavra hebraica Messias, Ungido. Cremos que Jesus de Nazaré é o próprio filho do Deus vivo, vindo a nós em nossa condição humana, homem e Deus verdadeiro, nosso Salvador. Pedro, como disse Jesus, é essa pedra, esse alicerce, essa fé sobre a qual ele funda a sua Igreja. 

Com Pedro, aprendemos a ser discípulos. Somos discípulos, na medida em que conhecemos a fé da Igreja, a fé de Pedro, acolhendo a revelação de Deus, professando-a e vivendo-a com alegria e simplicidade. 

Já a grandeza de Paulo foi levar a mensagem do evangelho às nações pagãs, ultrapassando as barreiras culturais e religiosas em que o mundo judeu delimitava o povo de Deus. Ele é o apóstolo dos gentios, missionário dos pagãos. Fez quatro grandes viagens por quase todo o mundo conhecido, pregando o evangelho e edificando novas comunidades. Paulo reconheceu: “O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças, ELE FEZ COM QUE A MENSAGEM FOSSE ANUNCIADA POR MIM INTEGRALMENTE E OUVIDA POR TODAS AS NAÇÕES” (2 Tm 4,17). 

Com Paulo, aprendemos a ser missionários. Somos missionários, na medida em que nos preocupamos e nos responsabilizamos pelo anúncio do evangelho em todos os ambientes, em toda a sociedade. 


Guardando a mensagem 



Nossos desafios são dois: conhecer melhor a fé cristã e participar de fato da evangelização. Em Aparecida, abraçamos um programa de crescimento maravilhoso: vamos nos empenhar para ser melhores discípulos e missionários do Senhor. Pedro inspira nosso compromisso de bons discípulos de Jesus, abraçando e conhecendo melhor a fé cristã. Em sua proclamação de fé, ele é a pedra, sobre a qual Jesus edificou sua Igreja. Paulo anima nosso compromisso de missionários entusiastas do Reino. Ele é o homem das viagens missionárias, da evangelização das nações. Paulo inspira o impulso missionário dos discípulos e das comunidades de hoje – Igreja em saída. 

Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16, 18) 

Rezando a palavra 

Senhor Jesus, 

Neste domingo, nos alegramos com a solenidade de São Pedro e de São Paulo. Eles, com sua pregação apaixonada do evangelho, seu exemplo de seguidores e o testemunho do seu martírio, enriqueceram a tua Igreja com um povo convertido e fiel. Essa comemoração nos chama a um maior compromisso com a fé cristã, vivida com fidelidade e anunciada com entusiasmo em todos os ambientes onde vivemos, trabalhamos, nos divertimos. Dá-nos, Senhor, uma profunda sintonia com a tua Igreja e uma ardorosa adesão aos caminhos de conversão e renovação que o teu Santo Espírito tem inspirado. Abençoa, Senhor, o Papa Francisco no seu ministério de unidade. Abençoa as famílias, os jovens, o Sínodo da Amazônia. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

Quarta-feira passada, ao final da Audiência Geral, o Papa Francisco pediu as orações dos fiéis pelos sacerdotes e por seu ministério petrino, “para que toda ação pastoral seja marcada pelo amor que Cristo tem por cada homem”. Hoje, reze pelos padres e pelo Papa. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 30 de junho de 2019.

COMO É QUE ANDA A SUA FÉ EM CRISTO?

E vocês, quem dizem que eu sou? (Mc 8, 29)

16 de setembro de 2018.

É, Jesus não alisou mesmo. Deu uma bronca daquelas em Pedro. “Vai pra longe de mim, satanás!”. O que foi que Pedro fez de errado, meu Deus?!

No evangelho deste 24º Domingo do Tempo Comum, Jesus faz duas perguntas ao grupo dele: O que o povo está dizendo que eu sou? Foi a primeira. “Bom, uns dizem que o senhor é João Batista; Outros acham que o senhor é Elias; e tem gente que diz que o senhor é um dos profetas”. Aí veio a segunda pergunta: E vocês, o que acham que eu sou?  Pedro deu a resposta: “Tu és o Messias”. Foi uma boa resposta, não acha? Messias é o ungido de Deus que o povo estava esperando. Então, a resposta estava certa. Messias é na língua hebraica. Messias é o mesmo que Cristo, que é uma palavra grega. Muita gente pensa que Cristo é o sobrenome de Jesus – Jesus Cristo... Na verdade, estamos dizendo que Jesus é o Messias, o Cristo, o Ungido de Deus.

Depois da resposta de Pedro - uma linda profissão de fé - Jesus começou a ensinar aos discípulos. Eles precisavam saber de algumas coisas importantes, para entenderem melhor quem era ele. Ele iria sofrer muito, ser rejeitado pelos líderes do povo, ser morto e ressuscitaria depois de três dias. E Jesus aproveitou, chamou o povo e explicou que quem quisesse segui-lo precisava renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz. Ficou todo mundo pensativo com esses ensinamentos do Mestre.

A pergunta de Jesus está valendo para nós hoje. Como é a sua fé em Jesus? Como é a fé que você tem em Jesus?

Pode ser que a sua fé seja como aquela do povo do tempo de Jesus: uma fé confusa. Eles não sabiam bem quem era Jesus. Tinham uma vaga ideia. Parecia-lhes que ele fosse João Batista, ou talvez Elias, ou um dos profetas antigos. Uma fé confusa. Por que alguém teria hoje uma fé confusa? Uma razão seria: falta de conhecimento da pessoa de Jesus. Outra razão seria: falta de intimidade com Jesus, tem apenas um conhecimento de longe, não um conhecimento afetivo.

Pode ser que a sua fé seja como aquela de Pedro naquele momento: uma fé sem a cruz.  Para Pedro, sendo Jesus o Messias, só teria coisa boa na vida dele. A paixão, o sofrimento, a morte não estavam no seu entendimento. Muita gente tem uma fé assim. Uma fé sem cruz. Não sabe que é a fé que nos sustenta nas horas difíceis, na hora da paixão.

Pode ser que a sua fé seja a que Jesus fala no evangelho de hoje: uma fé sem seguimento. Crê, mas não segue. Como Jesus explicou, para segui-lo é necessário renunciar a si mesmo e carregar a própria cruz atrás dele. A verdadeira fé nos leva a seguir Jesus, a viver a sua palavra, a abraçar o seu evangelho.

Pode ser que a sua fé seja como aquela que o apóstolo Tiago descreveu na sua carta: uma fé sem obras.  Ele deu logo um exemplo: chega um faminto na sua porta e você dá só uma palavra de conforto. Que fé é essa que não tem compaixão do seu irmão, que não se compromete com o bem dele, que não faz você repartir o seu pão? Foi quando ele disse: “A fé sem obras é morta”.

Guardando a mensagem

Não basta crer em Jesus. Mesmo a fé de Pedro precisava ainda integrar a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Há muita gente com uma fé confusa. Para se ter uma fé esclarecida, é necessário conhecer melhor o Senhor Jesus e ter intimidade com ele. Há muita gente com uma fé que corre da cruz, fica em crise na hora do sofrimento. É a fé que nos sustenta nas horas difíceis. Há muita gente com uma fé sem seguimento. Diz que crê em Jesus, mas não o segue, não vive o seu Evangelho. A fé nos leva a ser discípulos e membros de sua Igreja. Há muita gente que tem uma fé sem obras. A fé nos leva ao compromisso, à caridade, ao testemunho.

E vocês, quem dizem que eu sou? (Mc 8, 29)

Rezando a palavra

Rezemos o trecho do Credo niceno-constantinopolitano que se refere a Jesus:

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,

Filho unigênito de Deus,

nascido do Pai, antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.
Gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas.
Ele, por amor de nós, e para nossa salvação,
desceu dos céus;
e se encarnou por obra do Espírito Santo,
em Maria Virgem, e se fez homem.

Também por amor de nós foi crucificado,
sob Pôncio Pilatos;

padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras,
e subiu aos Céus,
onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
E o seu reino não terá fim.


Vivendo a palavra

Mas, afinal, por que Jesus deu uma bronca em Pedro? Por que lhe disse: “Vai pra longe de mim, satanás!”. Ah, você precisa esclarecer melhor isso, lendo em sua Bíblia o evangelho de hoje: Marcos 8, 27-35. Aproveite e ponha a resposta por escrito no seu caderno espiritual.

Pe. João Carlos Ribeiro – 16.09.2018


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