PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Notícia
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Pe. Joãozinho diz o que achou do CD PROFETAS

É meu xará… Pe. João Carlos… Participou recentemente do meu DVD, em João Pessoa. Na ocasião me deu o seu novo CD… pelas  PAULINAS. Perguntei à queima-roupa: VOCÊ GOSTOU DO RESULTADO? Ele, sincero, como sempre, disse: MUITO. Fiquei curioso. Mas somente agora pude ouvir com calma. De fato… é o melhor CD do genial Pe. João Carlos. Ele não sabe, mas o conheço desde que ele não era famoso. Cantava suas canções antes mesmo de ele gravar discos. Sempre admirei sua capacidade de colocar em melodia a Palavra de Deus. É litúrgico sem ser artificial. É mensagem sem parecer sermão de ocasião. É místico, mas provoca a militância. É salesiano, mas nem tanto. É gente… tem estilo. É sincero. É profeta!!!
Pe. João Carlos não é um cantor. Assim como eu e Pe. Zezinho não é um cantor. Definitivamente, não somos padres cantores, nem artistas (graças a Deus)… somos somente padres que encantam seu sermão. Somos poetas.
Paulinas estão de parabéns pelos arranjos apropriados e pela mixagem sonora e masterização adequada. A seleção das canções é muito boa. Depois de tantos CDs é surpreendente que Pe. João Carlos faça um CD tão popular. Um exemplo disso é a canção FELIZES… um "feliz" relato das bem-aventuranças, feito por alguém que não tem coragem de viver a mística da contemplação: "eu estava lá".
Escuto cada prece em canção que brota do Coração do meu irmão Pe. João Carlos, porque ele reza suas composições.
Obrigado, meu irmão MAIOR!
Outro João tão Batista quanto vc!!!
Pe. Joãozinho, scj no seu blog :
http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2011/05/09/estou-ouvindo-um-cd-fantastico-pe-joao-carlos-profetas/

Amigo da verdade

Nós vivemos em um mundo marcado pela aparência. É a cultura do simulacro. Aparência é o que conta. Fachada bonita, propaganda de primeira...  às vezes escondendo uma instituição falida. É a cultura da aparência. Sorriso escancarado, carro do ano, roupa de grife... e muito débito, muita conta protestada, e por aí vai. É o mundo da aparência. O mundo em que vivemos.

 

Da aparência para a mentira, o pulo é muito pequeno. A mentira é a arte de esconder, de mascarar, de camuflar a realidade. Paradoxalmente, hoje há também uma maior cobrança pela transparência: balanço real, avaliação institucional, prestação de contas da gestão. A transparência é também induzida pelos meios de comunicação social. A facilidade da comunicação, a rapidez e a contemporaneidade das redes sociais ajudam na difusão dos fatos reais. Jogam a favor da transparência, são inimigas potenciais do engodo, da enrolada, da mentira.

 

E Jesus falou claro: A verdade vos libertará. Essa palavra veio numa expressão mais ampla: Quem guarda minhas palavras é verdadeiramente meu discípulo, e conhecerá a verdade e a verdade o libertará. O discípulo de Jesus anda com a verdade, conhece a verdade, pois a encontra na meditação da Palavra de Deus. E por que a Palavra põe o discípulo do lado da verdade? Porque ela revela a intenção amorosa de Deus e põe à luz as nossas intenções. Diante da luz de Deus, aparecem nossas meias-verdades, revelam-se nossas verdadeiras intenções.

 

Discípulo de Jesus é quem guarda suas palavras, palavras que o libertam. Pedro respondeu a Jesus em nome dos discípulos: A quem nós iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna. É dessa Palavra que todo ser humano verdadeiramente tem fome e sede. Tem fome e sede de sua própria verdade, da verdade do universo, da verdade de Deus. A mentira, a aparência, o simulacro deixam-nos vazios, em desordem interior. Elas arrancam as nossas raízes, largando-nos como um barco à deriva na tempestade. Terra firme mesmo é a Palavra de Deus. Coisa boa é a verdade.

 

Diz o salmo: A palavra de Deus é a verdade; sua lei, liberdade. E o cristão é o cara da verdade. Seu sim, seja sim. Seu não, seja não, foi o conselho de Jesus. Gente da verdade: é o que o mundo está precisando. Gente que não se deixa enganar, que ama o que é certo e luta pelo que é justo. Não se esconde atrás de mentiras e histórias mal contatadas. Afinal, mentira tem pernas curtas.

 

Escrevi uma música para o meu novo Cd que diz: "O mundo necessita de profetas; de gente que rejeita a falsidade, de gente que acredita na verdade, de gente que tem sua opinião. E eu sou amigo da verdade, meu sim é sim. Meu não é não. E eu não posso mais ficar calado, eu sou profeta, eu sou cristão".

 

 Pe. João Carlos – 14.04.2011

Eu sou

No evangelho de João, ocorre curiosamente que Jesus, várias vezes, se declara: EU SOU. Eu sou o pão da vida,  eu sou a luz do mundo, eu sou o bom pastor, eu sou a ressurreição e a vida...  A um certo ponto, diz: "Quando vocês tiverem elevado o filho do Homem, então saberão que EU SOU". Essa expressão "eu sou" pode passar despercebida a alguém desavisado, sem perceber algo da riqueza que ela exprime. Por que Jesus insiste em se identificar como EU SOU?

É claro que Jesus falava a pessoas que conheciam bem as Escrituras. O povo judeu estudava bem a lei de Moisés e os Profetas, as Escrituras da antiga aliança. Facilmente, recordavam como Deus tinha se apresentado a Moisés. "Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó". Foi naquele episódio da sarça ardente. Deus revelou a Moisés: "Eu vi a opressão do meu povo no Egito. Eu ouvi o grito de aflição diante dos seus opressores. Eu tomei conhecimento de seus sofrimentos. E desci para libertá-los". Moisés perguntou pelo seu nome. Deus respondeu: Eu sou aquele que sou.

Eu sou pode também ser traduzido como eu estou. Deus, como se mostrou a Moisés, é alguém que está preocupado com o seu povo, que desceu para livrá-lo da mão dos egípcios. Ele é o Deus que ouve os clamores do seu povo, que vem para livrá-lo. E envolveu Moisés nessa sua missão salvadora. Você vai responder assim aos israelitas: Eu sou me envia a vocês. Notaram? Eu sou me envia a vocês. Eu sou é o nome de Deus, é o jeito de Deus ser.

Jesus, se atribuindo essa expressão EU SOU, está dizendo ao seu povo que ele vem de Deus, que ele tem parte com Deus, que ele é Deus. E o é igualzinho ao Deus de Israel que desceu para libertar o seu povo do Egito. Que, como ele, vê a opressão, ouve o grito do sofredor, conhece o sofrimento de sua gente. E toma partido para salvá-lo. Esse modo de falar de si e de sua missão o coloca no clima do êxodo, da páscoa. Ele é o envido do Deus da páscoa.

E como entender aquela expressão: "quando vocês elevarem o filho do Homem, então saberão  que EU SOU". É fácil. Elevar o filho do homem é uma referência à crucifixão. A cruz é o lugar da manifestação cabal de Jesus. É na cruz que ele se mostra o filho obediente e onde Deus se mostra o amoroso pai que nos envia seu filho para nos libertar. Na cruz também ficam patentes nossa arrogância, a violência de nossas atitudes, o pecado que nos domina e nos volta contra Deus. Lá na cruz, podemos reconhecê-lo no seu imenso amor por nós, pedindo perdão ao Pai por nós, dando-nos sua mãe por mãe, entregando-se por nós ao Pai. Quando vocês elevarem o filho do homem, então saberão que EU SOU. Ele é o enviado do Deus do êxodo, que se importa conosco, que desceu para nos livrar da escravidão do pecado, do mal e da morte.

Pe. João Carlos – 12 de abril de 2011

Meu batismo foi na páscoa

Quando eu fui batizado, recebi uma vela acesa. Meus pais e meus padrinhos sustentaram comigo aquela luz. E o padre disse: Jesus Cristo é a sua luz. Aquela luz acesa era uma representação do que tinha acontecido comigo no batismo: eu renasci como uma nova criatura. Fui lavado nas águas da morte de Jesus. Renasci com ele. Recebi o dom do seu Espírito, para viver em comunhão com Deus como um filho. Que grande graça foi o meu batismo!

 

O batismo marcou o começo de minha caminhada. Foi um dom para toda a minha vida: eu sou uma pessoa em comunhão com Deus, integrada na comunidade dos seguidores de Jesus. Fui crescendo nessa convicção. Minha mãe me lembrava sempre: você foi batizado, você tem parte com Deus, ele o adotou por filho. E eu não posso me esquecer nunca disso. Eu sou filho de Deus. E isso foi obra de Jesus que morreu na cruz oferecendo sua vida ao Pai por mim. E por você, também. No batismo, eu morri com ele e ressuscitei com ele. Foi o que São Paulo explicou. Não posso esquecer disso, nunca.

 

E para viver com maior consciência esse imenso dom da comunhão com Deus, da filiação divina, a grande comunidade dos batizados está sempre programando tempos de avivamento e celebração. É assim que todo ano tem a Quaresma. Um tempo forte para me ajudar a reavivar em mim a consciência desse dom do batismo, a graça de viver em comunhão com o Pai, por meio do Filho, no Espírito Santo. E eu tenho que crescer ainda mais nessa fé, renovando, confirmando o meu compromisso de seguidor de Jesus. Então, a quaresma é a grande oportunidade que eu não posso perder.

 

Na Quaresma, a Igreja fica falando que a gente precisa rezar mais, esforçar-se mais e ser mais caridoso com os outros. Vejo mesmo que esses 40 dias são como um treinamento, pra que eu fique mais forte, com mais força pra vencer a tentação e o mal, pra que eu viva na fé. Esse caminho de 40 dias me leva à celebração da Páscoa de Jesus. E esse é o tempo mais importante para um cristão: a semana santa, o tríduo pascal, a festa da páscoa.

 

Outro dia ouvi o papa dizendo uma coisa: a quaresma leva a gente para a noite da vigília da páscoa, pra gente renovar as promessas do batismo. É o sábado de aleluia. Faz sentido, eu fui batizado na morte e na ressurreição de Jesus. E isso é a páscoa. Então a páscoa é o dia do meu batismo. O dia em que eu renasci como nova criatura, em Cristo. Então é por isso que a gente acende de novo a vela e renova o compromisso de caminhar iluminado por Cristo.

 

Pe. João Carlos Ribeiro – 12.03.2011

 

 

"Assim como acolheste o Cristo Jesus, o Senhor, continua caminhando com ele. Continua enraizado nele, edificado sobre ele, firme na fé tal qual te foi ensinada, transbordando em ação de graças" (Col 2,6-7)

 

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