PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: Lc 7
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Destrave o seu coração para acolher o evangelho.


   20 de setembro de 2023.   

Memória dos Mártires da Coreia: 
Pe. André Kim, Catequista Paulo Chong 
e mais de 100 companheiros


   Evangelho.   


Lc 7,31-35

Naquele tempo, disse Jesus: 31“Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’
33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.


   Meditação.   


Com quem hei de comparar o povo desta geração? (Lc 7, 31)

Brincadeira de criança é coisa séria. Nas brincadeiras, as crianças podem representar e reproduzir sentimentos e atitudes que estão à sua volta. A brincadeira é uma fonte de socialização para as crianças, mas também de elaboração da compreensão do mundo que as rodeia. Nas brincadeiras, na forma de brincar, vão sendo cultivadas atitudes positivas e generosas como a partilha, o perdão, a alegria pelo êxito do outro, o cuidado, a atenção ao mais frágil. Mas, também nas brincadeiras, aparecem tendências ruins para a violência, o egoísmo, a ganância, o isolamento, a discriminação.

E por que eu estou dizendo isso tudo? Para valorizar a palavra de Jesus, que partiu da observação das brincadeiras de crianças do seu tempo. Ele comparou o povo do tempo dele a uma cena que ele já tinha vivido com seus coleguinhas na infância em Nazaré ou visto nas brincadeiras das crianças nas ruas de Cafarnaum, a cidade onde ele estava morando. A cena era essa: crianças emburradas que não estavam satisfeitas com nada. Olha a palavra dele: “Com quem vou comparar essa geração? Ah, são como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta e vocês não dançaram. Entoamos lamentações e vocês não bateram no peito!”.

As crianças do tempo de Jesus brincavam com as situações que elas viam: festas de casamento, por exemplo; funerais celebrados em família... Podemos imaginar as brincadeiras a que Jesus está se referindo... “tocamos flauta e vocês não dançaram”: brincar de festa; “entoamos lamentações e vocês não bateram no peito”: brincar de alguma coisa triste, como enterro, exílio... As brincadeiras de criança imitam o mundo real.

Sempre acontecia nas brincadeiras, podemos supor, que um grupo emburrado se negava a participar da brincadeira. Uns começaram a brincar de festa e eles não topavam. Então, para contentá-los, tentavam brincar de uma coisa mais parada e eles também se negavam a participar. Olha, coisa chata é criança emburrada, que não quer brincar e fica pondo mau gosto na brincadeira dos outros, não é verdade?

Jesus aplicou esse impasse das brincadeiras infantis ao que estava acontecendo ao seu redor. João Batista era um pregador austero, falava do julgamento de Deus. Um grupo ficou contra e falava mal do profeta. Veio Jesus, que pregou o Reino de Deus como uma festa, frequentava a casa do povo e falava do perdão de Deus. O mesmo grupo ficou contra, emburrado. Negou-se a participar.




Guardando a Mensagem

Quem já brincou quando criança, sabe o que Jesus está dizendo. E sabe que tem gente que se comporta como criança emburrada... Se for o seu caso, trate de melhorar seu mau humor. Abra o seu coração para o anúncio do Reino de Deus, agora mesmo. Destrave o coração para acolher Jesus e seu evangelho. É hora de entrar na brincadeira...

Com quem hei de comparar o povo desta geração? (Lc 7, 31)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
o Reino de Deus continua sendo pregado pelos teus missionários. A evangelização é um convite permanente para entrarmos na lógica de Deus. Infelizmente, muitos nos comportamos com desconfiança, com desinteresse, influenciando outros a não aderirem alegremente às propostas que nos fazes. Senhor, desata em nós as amarras do homem velho para nos comportarmos sempre como filhos livres, felizes e confiantes no teu amor. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Você já fez um exame de consciência? É fácil. É um tempinho que a pessoa dedica para avaliar se sua vida está indo bem diante de Deus. Hoje, arrume um tempinho pra fazer um exame de consciência. Procure identificar se você está correspondendo com alegria e generosidade aos apelos que Deus lhe tem feito.

Comunicando

Duas recomendações pra você que se inscreveu no curso bíblico que começa segunda-feira. A primeira é ler a Carta aos Efésios, o que você já deve ter feito. A segunda é você entrar no grupo de Whatsapp, onde você vai receber o material do curso. Localize o acesso ao grupo no seu email ou no Whatsapp onde você se inscreveu.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Ser cristão não é uma moda passageira.


   19 de setembro de 2023.   

Terça-feira da 24ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   

Lc 7,11-17

Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”
14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira e por toda a redondeza.



   Meditação.   


Deus veio visitar o seu povo (Lc 7, 16)

Os tempos mudaram. E o cristão, mudou? Na sua essência, não. Ser cristão não é moda que passa. É um modo de ser e viver dos seguidores de Jesus Cristo. Mas, claro, em cada tempo há alguma qualidade que torna mais significativo o seu modo de ser e de agir. No evangelho de hoje, reconhecemos pelo menos três qualidades do cristão de ontem e de hoje. Cristão é o que segue os passos do Mestre, o que o imita em seu caminho humano.

Jesus entrou na cidade de Naim. Chegou acompanhado dos discípulos e de muita gente que o seguia. Encontrou um enterro saindo da cidade. Uma situação de dor e sofrimento: uma viúva que perdera seu único filho, um jovem. Consolou a pobre senhora. Parou o enterro, mandou o moço levantar-se. Comoção, júbilo, festa. Deus visitou o seu povo: concluiu a multidão. E a voz espalhou a alegria do Reino que estava chegando como saúde, inclusão, solidariedade, vida.

A primeira qualidade do cristão, hoje, é a abertura para os outros. Jesus não foi um profeta com um endereço fixo. Nesse episódio de Naim, ele aparece chegando a essa pequena cidade. Ele circulava por todo o país, indo ao encontro do povo nos povoados, nas cidades, nos sítios. Participava com o seu povo das peregrinações a Jerusalém. Como expressou numa parábola, ele buscava a ovelha que se perdeu, até encontrá-la. E essa tem que ser a postura do cristão: alguém que superou o egoísmo e está voltado para os outros, para o mundo, não mais centrado em si mesmo; alguém que vive uma atitude missionária de abertura ao encontro com o outro. Naquela grande reunião dos bispos da América Latina em Aparecida, o grande compromisso foi esse: ajudar os cristãos a serem mais missionários.

A segunda qualidade do cristão, hoje, é a solidariedade. Nessa história do enterro de Naim, isso apareceu claro em Jesus. Ele encheu-se de compaixão, diz o texto, e foi consolar a viúva. Foi a compaixão que o moveu a deixar os planos de descanso e dedicar-se a ensinar àquele povo todo do outro lado do mar. Ele sensibilizava-se pelo sofrimento, deixava-se tocar pela dor dos outros. Tornava viva aquela palavra dita a Moisés, no Monte Sinai: “Ouvi os clamores do 
meu povo e desci para libertá-lo”. A solidariedade, a compaixão é a marca de Jesus, e tem que ser a marca do cristão também. No meio de tanto sofrimento, de tantos dramas humanos – o desemprego, a solidão, a injustiça, a dependência das drogas, a violência – o cristão há de ter o mesmo coração solidário do Senhor.

A terceira qualidade do cristão, hoje, é a defesa da vida. Jesus parou o enterro e devolveu o jovem vivo à sua mãe. Com as obras, realizava o seu mote: “Eu vim para que todos tenham vida”. Todas as histórias do evangelho são histórias de resgate, de inclusão, de defesa da vida, de promoção da dignidade das pessoas. Como ser um seguidor de Jesus e não ter compromisso com a vida, com a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a sustentabilidade do planeta? Compromisso com a vida se traduz concretamente na luta contra o aborto e a pena de morte, contra as drogas, a discriminação, a desigualdade, em favor do salário digno, em defesa da família, do meio ambiente, da paz.



Guardando a mensagem

Jesus chegou à pequena cidade de Naim e encontrou um enterro de um moço, filho único da viúva. Admiramos no Mestre a sua preocupação com os outros, os seus deslocamentos para encontrar o povo em suas realidades. Abertura para os outros. Vemos como ele teve compaixão daquela viúva e mostrou-se próximo daquela família. Solidariedade. Em atenção àquela situação, ele parou o enterro e ressuscitou o morto. E encheu de alegria a sua mãezinha viúva. Defesa da vida. Essas são três qualidades que o cristão precisa ter hoje: abertura para os outros, solidariedade e defesa da vida. Nisto, imita Jesus.

Deus veio visitar o seu povo (Lc 7, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

providencialmente, barraste o enterro daquele jovem, em Naim. Infelizmente, um número surpreendente de jovens, hoje, está naquela mesma condição daquele filho da viúva: tendo a vida ceifada pela violência urbana, pelos acidentes de trânsito, pelas drogas, pela depressão, pelo suicídio. Senhor, hoje somos nós que, à tua imitação e com a tua graça, precisamos barrar essa procissão de morte dos jovens. Aprendemos contigo a ser pessoas abertas às necessidades dos outros, solidárias e comprometidas com a vida, como tu. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze, hoje, pelos jovens de sua família e de sua comunidade. Peça ao Senhor a graça de imitá-lo na defesa da vida, da saúde, da dignidade de todos, particularmente dos mais sofridos e desamparados. 

Comunicando

Duas recomendações pra você que se inscreveu no curso bíblico que começa segunda-feira
. A primeira é ler a Carta aos Efésios, o que você já deve ter feito. A segunda é você entrar no grupo de Whatsapp, onde você vai receber o material do curso. Localize o acesso ao grupo no seu email ou no Whatsapp onde você se inscreveu.

Até amanhã, se Deus quiser.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Aprendemos com Jesus o amor e a solidariedade




13 de setembro de 2022

Dia de São João Crisóstomo


EVANGELHO


Lc 7,11-17


Naquele tempo, 11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”
14Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira e por toda a redondeza.




MEDITAÇÃO



Deus veio visitar o seu povo (Lc 7, 16)


Os tempos mudaram. E o cristão, mudou? Na sua essência, não. Ser cristão não é moda que passa. É um modo de ser e viver dos seguidores de Jesus Cristo. Mas, claro, em cada tempo há alguma qualidade que torna mais significativo o seu modo de ser e de agir. No evangelho de hoje, reconhecemos pelo menos três qualidades do cristão de ontem e de hoje. Cristão é o que segue os passos do Mestre, o que o imita em seu caminho humano.

Jesus entrou na cidade de Naim. Chegou acompanhado dos discípulos e de muita gente que o seguia. Encontrou um enterro saindo da cidade. Uma situação de dor e sofrimento: uma viúva que perdera seu único filho, um jovem. Consolou a pobre senhora. Parou o enterro, mandou o moço levantar-se. Comoção, júbilo, festa. Deus visitou o seu povo: concluiu a multidão. E a voz espalhou a alegria do Reino que estava chegando como saúde, inclusão, solidariedade, vida.

A primeira qualidade do cristão, hoje, é a abertura para os outros. Jesus não foi um profeta com um endereço fixo. Nesse episódio de Naim, ele aparece chegando a essa pequena cidade. Ele circulava por todo o país, indo ao encontro do povo nos povoados, nas cidades, nos sítios. Participava com o seu povo das peregrinações a Jerusalém. Como expressou numa parábola, ele buscava a ovelha que se perdeu, até encontrá-la. E essa tem que ser a postura do cristão: alguém que superou o egoísmo e está voltado para os outros, para o mundo, não mais centrado em si mesmo; alguém que vive uma atitude missionária de abertura ao encontro com o outro. Naquela grande reunião dos bispos da América Latina em Aparecida, o grande compromisso foi esse: ajudar os cristãos a serem mais missionários.

A segunda qualidade do cristão, hoje, é a solidariedade. Nessa história do enterro de Naim, isso apareceu claro em Jesus. Ele encheu-se de compaixão, diz o texto, e foi consolar a viúva. Foi a compaixão que o moveu a deixar os planos de descanso e dedicar-se a ensinar àquele povo todo do outro lado do mar. Ele sensibilizava-se pelo sofrimento, deixava-se tocar pela dor dos outros. Tornava viva aquela palavra dita a Moisés, no Monte Sinai: “Ouvi os clamores do

meu povo e desci para libertá-lo”. A solidariedade, a compaixão é a marca de Jesus, e tem que ser a marca do cristão também. No meio de tanto sofrimento, de tantos dramas humanos – o desemprego, a solidão, a injustiça, a dependência das drogas, a violência – o cristão há de ter o mesmo coração solidário do Senhor.

A terceira qualidade do cristão, hoje, é a defesa da vida. Jesus parou o enterro e devolveu o jovem vivo à sua mãe. Com as obras, realizava o seu mote: “Eu vim para que todos tenham vida”. Todas as histórias do evangelho são histórias de resgate, de inclusão, de defesa da vida, de promoção da dignidade das pessoas. Como ser um seguidor de Jesus e não ter compromisso com a vida, com a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a sustentabilidade do planeta? Compromisso com a vida se traduz concretamente na luta contra o aborto e a pena de morte, contra as drogas, a discriminação, a desigualdade, em favor do salário digno, em defesa da família, do meio ambiente, da paz.


Guardando a mensagem

Jesus chegou à pequena cidade de Naim e encontrou um enterro de um moço, filho único da viúva. Admiramos no Mestre a sua preocupação com os outros, os seus deslocamentos para encontrar o povo em suas realidades. Abertura para os outros. Vemos como ele teve compaixão daquela viúva e mostrou-se próximo daquela família. Solidariedade. Em atenção àquela situação, ele parou o enterro e ressuscitou o morto. E encheu de alegria a sua mãezinha viúva. Defesa da vida. Essas são três qualidades que o cristão precisa ter hoje: abertura para os outros, solidariedade e defesa da vida. Nisto, imita Jesus.

Deus veio visitar o seu povo (Lc 7, 16)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,

providencialmente, barraste o enterro daquele jovem, em Naim. Infelizmente, um número surpreendente de jovens, hoje, está naquela mesma condição daquele filho da viúva: tendo a vida ceifada pela violência urbana, pelos acidentes de trânsito, pelas drogas, pela depressão, pelo suicídio. Senhor, hoje somos nós que, à tua imitação e com a tua graça, precisamos barrar essa procissão de morte dos jovens. Aprendemos contigo a ser pessoas abertas às necessidades dos outros, solidárias e comprometidas com a vida, como tu. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Lembrando o desafio do mês: ler o evangelho do dia. Responda no seu caderno espiritual: O evangelho de hoje tem alguma coisa pra você?

Comunicando

Faltando seis dias para o início do curso bíblico...  "Eu e minha casa serviremos o Senhor" - é o curso bíblico sobre o livro de Josué, que faremos com transmissão pelo Youtube. Quem não puder estar no horário do curso (15:00h), vê depois. Vai ficar gravado. É bom se inscrever para receber o material do curso e o certificado.

Até amanhã, se Deus quiser.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Aprendendo a rezar de verdade

 



12 de setembro de 2022

Segunda-feira da 24ª Semana do Tempo Comum


EVANGELHO


Lc 7,1-10

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz’”.
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.


MEDITAÇÃO


Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)

O segredo da verdadeira oração está na história da cura do servo do oficial romano (Lc 7,1-10). Veja que o que podemos aprender dessa bela história: as qualidades da verdadeira oração.

Os anciãos de Cafarnaum foram falar com Jesus em nome do oficial romano: “ele está pedindo que vá ver o seu empregado que está doente, é uma pessoa que ele quer muito bem”. Foi isso que moveu Jesus a sair em direção de sua casa: o oficial queria bem ao empregado. Não foi porque o oficial romano era uma pessoa importante; ou mesmo porque ele era uma pessoa bem quista na comunidade judaica da cidade, para a qual já tinha inclusive colaborado na construção da sinagoga. Ninguém tem méritos suficientes para merecer o favor de Deus. Deus não atende as preces de uma pessoa porque ela é rica, influente ou importante. Deus não olha pra isso. Jesus foi visitar o empregado à beira da morte, a pedido do oficial, porque este tinha demonstrado amor no coração, queria bem ao seu empregado. O amor, isso sim, é uma condição básica para a verdadeira oração. AMOR!

Jesus já estava chegando perto da casa, quando se encontrou com amigos do oficial que foram enviados para pedir que não fosse mais à casa dele. ‘E por que não?’ “Porque ele disse que não é digno que o senhor entre na casa dele. Ele acha que não tem esse merecimento. Nem de vir encontrá-lo no caminho, ele se acha digno”. Vejam que humildade! Ele era uma pessoa socialmente importante, chefe militar, romano. Mas, não se achou digno de receber Jesus. Nem de vir encontrá-lo na estrada. Dá pra lembrar a história que Jesus contou do fariseu e do publicano. Os dois foram rezar. Um se gabava de ser o bonzão, o praticante, desprezando o pecador. O publicano batia no peito e implorava compaixão, porque era um pecador. O fariseu, arrogante. O pecador, humilde. O publicano foi atendido. O oficial romano foi humilde, considerou honra demais receber Jesus na sua casa. E sacrifício demais para Jesus, de ter que entrar na casa de um pagão. A humildade é outra condição importante para a oração. HUMILDADE!

O recado todo foi este: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Mas ordena com a tua palavra e o meu empregado ficará curado”. Fé, Fé! Jesus ficou admirado. “Ainda não encontrei uma fé tão grande em Israel”. O romano não pertencia ao povo de Deus. E ainda assim, mostrou uma fé tão grande, não precisava nem da presença de Jesus, de gestos que o convencessem... bastaria uma palavra sua, uma ordem, uma manifestação do seu querer. A fé é isso: entregar-se nas mãos de Deus. Confiar inteiramente. Fé é o outro ingrediente necessário para a verdadeira oração. FÉ!

Guardando a mensagem

Amor, Humildade e Fé. Esse é o segredo da verdadeira oração. Amor que faz a gente estar mais voltado para os outros do que para nós mesmos. Humildade que faz com que a gente reconheça a própria fraqueza e não pretenda obrigar Deus a fazer a nossa vontade, mas estejamos dispostos a realizar a sua. Fé que nos coloca no lugar de filhos que em tudo depende do Pai, inteiramente, ternamente. Quer rezar pra valer? Então, aí está o segredo: amor, humildade e fé.

Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
precisamos aprender a rezar melhor, a rezar como o oficial romano dessa cena do evangelho. O que ele mandou te dizer é o que rezamos na Missa, antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. Dá-nos, Senhor, que a nossa oração seja como a dele, manifestação de amor pelo próximo, exercício de humildade diante da vontade do Pai e expressão de fé no seu poder misericordioso. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.


Vivendo a palavra

Durante o dia de hoje, repita muitas vezes a prece do oficial romano: “Senhor, eu não digno(a) de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.

Comunicando

Celebramos a Missa das 17 horas de ontem na Paróquia Dom Bosco, do Alto da Lapa, São Paulo. Agradecemos aos ouvintes da Meditação e da Rádio 9 de julho que foram rezar conosco. Deus os abençoe. Segue a foto do grupo, após a Missa.

Preparamos um lindo curso sobre o Livro de Josué, que vai começar segunda-feira que vem, pelo Youtube. Quem deseja receber o material do curso e o certificado precisa se inscrever com uma pequena taxa. 

Uma semana de muitas bênçãos pra você e sua família. E até amanhã, se Deus quiser. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O QUE VOCÊS FORAM VER?




16 de dezembro de 2021

EVANGELHO


Lc 7,24-30

24Depois que os mensageiros de João partiram, Jesus começou a falar sobre João às multidões: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25Que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que se vestem com roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. 26Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e alguém que é mais do que um profeta. 27É de João que está escrito: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o meu caminho diante de ti’. 28Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 29Todo o povo ouviu e até mesmo os cobradores de impostos reconheceram a justiça de Deus, e receberam o batismo de João. 30Mas os fariseus e os mestres da Lei, rejeitando o batismo de João, tornaram inútil para si mesmos o projeto de Deus”.

MEDITAÇÃO


O que vocês foram ver no deserto? (Lc 7, 24)

Jesus fez essa pergunta ao povo, aliás, insistiu três vezes nessa pergunta. O que vocês foram ver? Aquelas pessoas tinham ido ver João Batista, o jovem asceta que pregava a conversão e batizava no Rio Jordão. Foram atraídos por sua figura austera e sua pregação vigorosa. Mas, com certeza essa atração pelo Batista era compartilhada também com outros "famosos". Ontem, como hoje, as pessoas correm para ver e aplaudir (aplaudir não, ovacionar) qualquer celebridade, seja figurão da TV ou do cinema, jogador de futebol ou cantor de sucesso. Aliás, nem importa o porte moral da celebridade, pode ser um famoso da contravenção, do jogo do bicho, do big brother, importante é que seja rico, poderoso, famoso e, sobretudo, esteja na mídia.

O que vocês foram ver no deserto? João Batista não era um fenômeno de mídia, não pregava para agradar, não estava em aliança com o poder, nem se vestia com um palaciano. Vestia-se de pele de camelo, como um pobre na luta pela vida no deserto, comendo gafanhoto e mel silvestre. Por que foram atrás dele? Jesus queria saber. Será que essa gente acolheu mesmo a mensagem de João Batista, de renovar a própria vida em vista da chegada iminente do Messias? Ou tomaram João por mais um pregador famoso, um milagreiro de plantão, um novo fenômeno da atração das massas?

Jesus tratou de purificar a imagem que tinham do Batista. "Ele não é um caniço agitado pelo vento". Caniço é uma planta de haste longa, delgada e que se dobra conforme o vento. O Batista não é o tipo da pessoa agitada pelo vento, isto é, que muda de posição conforme o ambiente e as pressões, cujas posições variam conforme os interesses, a moda, a opinião pública. Tudo que um cristão não pode ser: alguém claudicante, titubeante, mais preocupado em agradar do que estar com a verdade. "Ele não é um caniço agitado pelo vento": é um homem da verdade, uma pessoa autêntica, um profeta.

E Jesus foi mais longe, falando do pregador do deserto. "Ele não representa o poder estabelecido. Vejam como ele se veste. Luxo e requinte são coisas dos que vivem nos palácios". A mensagem do Batista tem a força do profeta, voz que clama no deserto. Não é o porta-voz oficial da situação. É a voz da tradição da fé do povo que peregrinou no deserto e fez uma aliança com Deus. Não é uma propaganda do poder, é uma palavra independente, enraizada na história do povo eleito, mobilizadora das consciências e dos corações. Definitivamente, João não é uma celebridade qualquer. É um profeta de Deus.


Guardando a palavra

A figura de João Batista nos é apresentada nesse tempo de preparação para o Natal, que chamamos de advento. É a figura do profeta que nós somos chamados a ser, preparando-nos e preparando os outros para a acolhida do Messias. Jesus está nos indicando, ao apontar a figura de João Batista, que devemos nos parecer com ele: profetas, gente que tem opinião, que não se dobra pela força das pressões e dos interesses; profetas como João, clamando no deserto,  convocando  à renovação da aliança com Deus. Por um lado, ser e agir como profetas, como João. Por outro lado, acolher a mensagem de conversão e vida nova que o Batista nos trouxe e que hoje a Igreja nos repete. 

O que vocês foram ver no deserto? (Lc 7, 24)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
já estamos na terceira semana do Advento. A Igreja reserva esse tempo de quatro semanas para nos convocar à conversão, como fez o Batista. João Batista apontou caminhos concretos de partilha, solidariedade, honestidade e justiça. Com novas atitudes, vamos vencendo a indiferença, a exploração, a opressão, o desamor. A conversão, a mudança de vida, com a tua graça, Senhor, é o terreno que estamos planeando para a tua chegada. No Natal, celebramos a tua vinda em nossa condição humana. Com tuas palavras e o teu Espírito, podemos agora viver na novidade de vida dos que foram perdoados, redimidos. Dá-nos, Senhor, a graça de reconhecermos a palavra que nos chama à conversão e de realizá-la em nossa vida. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a Palavra

Não esqueça a Novena de Natal. São nove encontros para preparar o natal, com a oração e a reflexão. 

Na Novena que estamos fazendo pelo Youtube, sempre às três da tarde, hoje, no segundo encontro, vamos contemplar a figura de José, um jovem religioso e trabalhador. Deus tem um plano para ele, como tem um plano para nós. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

RECONHECER QUEM ESTÁ PERTO


 

15 de dezembro de 2021


EVANGELHO


Lc 7,19-23

Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

MEDITAÇÃO


És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? (Lc 7, 20)


Ficamos sempre esperando um outro... um outro partido amoroso, um outro emprego, um outro ano. O que temos não nos parece bom o suficiente. Nós nos negamos a reconhecer que o que temos seja o melhor, que nessa condição atual esteja a nossa felicidade, que este, aqui conosco, seja quem Deus enviou. É assim que desprezamos quem já está conosco, quem está perto de nós. E ficamos aguardando um que ainda venha. E que venha de longe, de fora e de cima, possivelmente, para lhe darmos crédito.

Foi o que aconteceu no tempo de Jesus. Não o reconheceram como Messias. Ele não preencheu as expectativas daquela gente. O próprio João Batista ficou em dúvida. Mandou alguns discípulos indagar se era ele mesmo ou se deviam esperar outro.

João anunciou um Messias diferente. Na linha do profeta Malaquias, João falou de um Messias que vinha com o fogo do julgamento. Iria recolher o trigo no celeiro, mas iria tocar fogo na palha. Seu machado já estava posto à raiz das árvores. Quem não desse fruto, seria cortado. Um Messias implacável como o fogo do fundidor, separando o ouro das impurezas com o calor do seu julgamento. E Jesus não estava batendo com esse modelo de Messias. Pelo contrário, ele mostrou-se manso e humilde de coração, próximo do povo, convivendo com os pecadores. Não um juiz implacável, mas um pastor que vai atrás da ovelha perdida. Não um lenhador de machado na mão, mas um agricultor semeando a sua semente. Não um fundidor assoprando o seu forno com o fole para derreter o minério, mas um pai abrindo as portas de casa para receber o filho que volta. Um Messias surpreendentemente diferente.

João Batista ficou confuso. Ele já apresentara Jesus ao povo, como Messias. Mas, a coisa não estava batendo. Mandou saber. Em resposta, Jesus mandou os emissários observarem e relatarem o que estavam vendo e ouvindo. A ação de Jesus, como Messias, no meio do povo, estava na linha do profeta Isaías. Em Isaías capítulo 35, o profeta falou da vinda do Messias. “Ele vem para salvar vocês”, disse ele ao povo humilhado no tempo do Exílio: “Então, os olhos dos cegos se abrirão, os ouvidos dos surdos se descerrarão, o coxo saltará como um cervo e a língua dos mudos se desatará. Os que o Senhor salvou, voltarão para casa”. Para essa tradição profética, o tempo do Messias é o tempo do retorno à casa, o tempo da libertação dos humilhados.

Guardando a mensagem

Os emissários de João Batista podiam concluir: Jesus é o Messias que Deus mandou. Porque, como narrou o profeta Isaías, os pobres estão sendo evangelizados: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam. São as obras de Cristo, isto é, do Messias. Obras de restauração, de libertação do seu povo. Os cegos, os paralíticos, os leprosos, os surdos, os mortos representam o povo machucado pelo sofrimento, mas também depauperado pelo pecado. Os pobres são evangelizados. As curas são apenas exemplificação da restauração que o Messias veio realizar. “Eis que faço novas todas as coisas”, diz o livro santo.

João Batista pode ficar sossegado em sua prisão, Jesus é o Messias prometido por Deus. A novidade é que ele está restaurando a aliança de uma forma que ninguém tinha imaginado: próximo do povo, cuidando das feridas de quem foi assaltado e espancado, contando histórias de reconciliação e vida nova, festejando a conversão dos pecadores, pastoreando o seu rebanho e arriscando sua vida em defesa de suas ovelhas.

És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? (Lc 7, 20)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Este tempo de advento, preparando-nos para o teu natal e para tua segunda vinda, é uma grande convocação para a conversão. É como se vivêssemos no tempo de João Batista, um tempo de preparação para a tua chegada. Dá-nos, Senhor, acolher os apelos deste tempo abençoado e voltarmo-nos para ti de todo coração. Concede que brote de nossos corações abrasados por tua palavra gestos de acolhida de tua pessoa e do teu evangelho, bem como ações de partilha e solidariedade com os irmãos mais pobres e sofredores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Comece valorizando as pessoas que estão ao seu redor, a começar pelos de sua casa. O natal que estamos preparando é a grande lição de um Deus que veio cuidar da gente e se mostrou pequeno e próximo. Valorizando quem convive conosco, já estamos treinando para acolher Jesus, o Emanuel. 

A novena de natal está começando hoje. São nove dias, como os nove meses da gestação de uma criança. Estamos rezando a novena toda tarde, às 15:00, pelo Youtube. Não sendo possível acompanhar a novena neste horário, veja em outro momento. Vai ficar tudo gravado.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

QUEM DEVE MAIS




16 de setembro de 2021

Dia dos Santos Cornélio e Cipriano

EVANGELHO


Lc 7,36-50

Naquele tempo, 36um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.
37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.
39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que 40tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.
Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” 41“Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” 43Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.
44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. 48E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. 49Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” 50Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz”.

MEDITAÇÃO


Simão, tenho uma coisa para te falar (Lc 7, 40)

Jesus estava na casa de um fariseu. Tinha aceitado o convite para uma refeição na casa dele. O nome desse fariseu: Simão. Um gesto de muita consideração desse Simão, não acha? Convidou Jesus, preparou uma refeição com muito gosto, chamou outras pessoas para estarem presentes. E Jesus, sempre admirável, aceitou o convite e está ali sentado à mesa do fariseu.

“Simão, tenho uma coisa para te falar”. “Fala, mestre”. Olha o tom cordial dessa conversa à mesa... Aí Jesus contou um caso. Um credor tinha dois devedores. Um lhe devia um dinheirão e não tinha com que lhe pagar. O outro lhe devia uma quantia pequena e também não estava em condições de quitar sua dívida. Aí, o credor perdoou os dois. Que bom coração tinha esse credor! Caso contado, aí veio a pergunta: ‘Simão, qual dos dois vai amar mais o patrão?”. Entenda a pergunta: qual dos dois vai ter mais amor, mais gratidão ao credor: o que devia muito ou o que devia pouco?

Se você fosse Simão, o que você iria responder? Quem teve sua grande dívida perdoada iria mostrar mais amor, mais gratidão, não é verdade? Foi o que Simão respondeu. Jesus concordou com a resposta. E apontou para uma mulher que estava lavando os seus pés. É o caso dela. Simão ficou surpreso. É que ele estava com uma desconfiança desde que aquela mulher tinha entrado na sala. A mulher, todo mundo conhecia, era uma pecadora, uma pessoa de má fama, coitada. E ela estava banhando os pés de Jesus com perfume. E o fariseu, no seu coração, tinha feito o seguinte julgamento: “Se Jesus fosse um profeta, ele saberia que tipo de mulher estava tocando nele”.

Quem era o grande devedor que não tinha com que pagar? Aquela mulher de má vida. Quem era o devedor de uma dívida menor, que igualmente não tinha com que pagar? Responda você! Quem era o que tinha um débito menor? Simão, o fariseu, claro. Que débito é esse? Os pecados. No final da conversa, Jesus disse à mulher que os pecados dela estavam perdoados. Claro que isso foi motivo de novas murmurações dos convidados.

Note que a pergunta de Jesus tinha sido: “Qual dos dois vai amar mais o credor?”. Percebe? O amor é a resposta de quem foi perdoado dos seus pecados. Simão mostrou pouco amor. A mulher mostrou muito amor. E como a mulher demostrou o seu muito amor? O evangelista descreveu sete ações dela. Na narração, estão contidos símbolos bíblicos do amor: o perfume, o beijo, as lágrimas. Olha as sete ações da mulher, a indicar o seu grande amor pelo Mestre que a perdoou de sua grande dívida, dos seus grandes pecados (vá fazendo a conta): trouxe um frasco de alabastro com perfume, ficou por detrás de Jesus, chorou aos seus pés, banhou os seus pés com as lágrimas, enxugou-os com os cabelos, os cobriu de beijos e os ungiu com o perfume. Mostrou muito amor.

Guardando a Mensagem

Pecadores, somos todos nós. Todos estamos em dívida com Deus. Como não temos como reparar nossos pecados, Jesus nos oferece o perdão de Deus, reparando ele mesmo nossos pecados com o sacrifício de sua vida. A resposta correta de nossa parte é ter um grande amor por Jesus e demonstrar-lhe esse nosso amor. Quem deve mais, certamente demonstrará mais sua gratidão, seu amor.

Simão, tenho uma coisa para te falar (Lc 7, 40)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
No Pai Nosso, na tradição de Mateus, ainda está aquela palavra que disseste: “perdoai-nos as nossas dívidas como nós perdoamos aos nossos devedores”. Nós te bendizemos, Senhor, porque és o nosso salvador e nos concedes o perdão dos nossos pecados. Nós grandes e pequenos devedores te damos graças por tua obra redentora. Essa palavra de hoje nos ensina a manifestar o nosso amor e nossa gratidão. Ajuda-nos a perdoar também a quem nos ofende, como somos perdoados por ti. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quais são as suas manifestações de amor por Jesus? No seu caderno espiritual, faça uma lista de ações em que você tem demonstrado o seu amor pelo seu Senhor e Salvador.

Nesta quinta-feira, temos dois momentos especiais em que podemos nos encontrar na oração e no estudo da Palavra: a Missa, às 11 horas, e o 4o. Encontro do Curso Bíblico, às 15 horas, no meu canal do Youtube. O tema de hoje no curso bíblico é "As quatro recomendações do apóstolo". Espero por você.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O SEGREDO DA VERDADEIRA ORAÇÃO


 
13 de setembro de 2021

Dia de São João Crisóstomo


EVANGELHO


Lc 7,1-10

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz’”.
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.



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MEDITAÇÃO


Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)

O segredo da verdadeira oração está na história da cura do servo do oficial romano (Lc 7,1-10). Veja que o que podemos aprender dessa bela história: as qualidades da verdadeira oração.

Os anciãos de Cafarnaum foram falar com Jesus em nome do oficial romano: “ele está pedindo que vá ver o seu empregado que está doente, é uma pessoa que ele quer muito bem”. Foi isso que moveu Jesus a sair em direção de sua casa: o oficial queria bem ao empregado. Não foi porque o oficial romano era uma pessoa importante; ou mesmo porque ele era uma pessoa bem quista na comunidade judaica da cidade, para a qual já tinha inclusive colaborado na construção da sinagoga. Ninguém tem méritos suficientes para merecer o favor de Deus. Deus não atende as preces de uma pessoa porque ela é rica, influente ou importante. Deus não olha pra isso. Jesus foi visitar o empregado à beira da morte, a pedido do oficial, porque este tinha demonstrado amor no coração, queria bem ao seu empregado. O amor, isso sim, é uma condição básica para a verdadeira oração. AMOR!

Jesus já estava chegando perto da casa, quando se encontrou com amigos do oficial que foram enviados para pedir que não fosse mais à casa dele. ‘E por que não?’ “Porque ele disse que não é digno que o senhor entre na casa dele. Ele acha que não tem esse merecimento. Nem de vir encontrá-lo no caminho, ele se acha digno”. Vejam que humildade! Ele era uma pessoa socialmente importante, chefe militar, romano. Mas, não se achou digno de receber Jesus. Nem de vir encontrá-lo na estrada. Dá pra lembrar a história que Jesus contou do fariseu e do publicano. Os dois foram rezar. Um se gabava de ser o bonzão, o praticante, desprezando o pecador. O publicano batia no peito e implorava compaixão, porque era um pecador. O fariseu, arrogante. O pecador, humilde. O publicano foi atendido. O oficial romano foi humilde, considerou honra demais receber Jesus na sua casa. E sacrifício demais para Jesus, de ter que entrar na casa de um pagão. A humildade é outra condição importante para a oração. HUMILDADE!

O recado todo foi este: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Mas ordena com a tua palavra e o meu empregado ficará curado”. Fé, Fé! Jesus ficou admirado. “Ainda não encontrei uma fé tão grande em Israel”. O romano não pertencia ao povo de Deus. E ainda assim, mostrou uma fé tão grande, não precisava nem da presença de Jesus, de gestos que o convencessem... bastaria uma palavra sua, uma ordem, uma manifestação do seu querer. A fé é isso: entregar-se nas mãos de Deus. Confiar inteiramente. Fé é o outro ingrediente necessário para a verdadeira oração. FÉ!

Guardando a mensagem

Amor, Humildade e Fé. Esse é o segredo da verdadeira oração. Amor que faz a gente estar mais voltado para os outros do que para nós mesmos. Humildade que faz com que a gente reconheça a própria fraqueza e não pretenda obrigar Deus a fazer a nossa vontade, mas estejamos dispostos a realizar a sua. Fé que nos coloca no lugar de filhos que em tudo depende do Pai, inteiramente, ternamente. Quer rezar pra valer? Então, aí está o segredo: amor, humildade e fé.

Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa (Lc 7, 6)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Precisamos aprender a rezar melhor, a rezar como o oficial romano dessa cena do evangelho. O que ele mandou te dizer é o que rezamos na Missa, antes da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. Dá-nos, Senhor, que a nossa oração seja como a dele, manifestação de amor pelo próximo, exercício de humildade diante da vontade do Pai e expressão de fé no seu poder misericordioso. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Durante o dia de hoje, repita muitas vezes a prece do oficial romano: “Senhor, eu não digno(a) de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.

Última chamada para o Curso Bíblico que começa hoje. Reserve caderno, caneta e sua Bíblia. Vai ser uma semana de mergulho na Bíblia Sagrada. Já estou lhe enviando o link da aula de hoje. É nesse canal que você vai acompanhar o curso, todas as tardes desta semana (13 a 17 de setembro, das 15:00 às 16:00 horas). 

Duas desculpas que não podemos aceitar: "estou sem dinheiro" e "estou sem tempo". Todo mundo pode assistir às aulas, sem gastar um tostão. Quem quiser ter acesso ao material do curso e receber o certificado então se inscreve, contribuindo com uma taxa de R$ 20,00. Sendo sócio da AMA, apenas R$ 15,00. Mas, o acesso ao Curso está aberto para todos. Tempo? As aulas são das três às quatro da tarde, ao vivo, pelo Youtube. Mas, ficarão gravadas. Quem não puder acompanhar à tarde, arruma outro horário e acompanha a aula gravada. 

Preparamos um lindo curso sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas. E fazemos questão que você não perca este momento precioso, em benefício do seu crescimento no conhecimento da Palavra de Deus.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb



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RECONHEÇA O VALOR DE QUEM ESTÁ PERTO DE VOCÊ



16 de dezembro de 2020


EVANGELHO


Lc 7,19-23

Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

MEDITAÇÃO


És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? (Lc 7, 20)


Ficamos sempre esperando um outro... um outro partido amoroso, um outro emprego, um outro ano. O que temos não nos parece bom o suficiente. Nós nos negamos a reconhecer que o que temos seja o melhor, que nessa condição atual esteja a nossa felicidade, que este, aqui conosco, seja quem Deus enviou. É assim que desprezamos quem já está conosco, quem está perto de nós. E ficamos aguardando um que ainda venha. E que venha de longe, de fora e de cima, possivelmente, para lhe darmos crédito.

Foi o que aconteceu no tempo de Jesus. Não o reconheceram como Messias. Ele não preencheu as expectativas daquela gente. O próprio João Batista ficou em dúvida. Mandou alguns discípulos indagar se era ele mesmo ou se deviam esperar outro.

João anunciou um Messias diferente. Na linha do profeta Malaquias, João falou de um Messias que vinha com o fogo do julgamento. Iria recolher o trigo no celeiro, mas iria tocar fogo na palha. Seu machado já estava posto à raiz das árvores. Quem não desse fruto, seria cortado. Um Messias implacável como o fogo do fundidor, separando o ouro das impurezas com o calor do seu julgamento. E Jesus não estava batendo com esse modelo de Messias. Pelo contrário, ele mostrou-se manso e humilde de coração, próximo do povo, convivendo com os pecadores. Não um juiz implacável, mas um pastor que vai atrás da ovelha perdida. Não um lenhador de machado na mão, mas um agricultor semeando a sua semente. Não um fundidor assoprando o seu forno com o fole para derreter o minério, mas um pai abrindo as portas de casa para receber o filho que volta. Um Messias surpreendentemente diferente.

João Batista ficou confuso. Ele já apresentara Jesus ao povo, como Messias. Mas, a coisa não estava batendo. Mandou saber. Em resposta, Jesus mandou os emissários observarem e relatarem o que estavam vendo e ouvindo. A ação de Jesus, como Messias, no meio do povo, estava na linha do profeta Isaías. Em Isaías capítulo 35, o profeta falou da vinda do Messias. “Ele vem para salvar vocês”, disse ele ao povo humilhado no tempo do Exílio: “Então, os olhos dos cegos se abrirão, os ouvidos dos surdos se descerrarão, o coxo saltará como um cervo e a língua dos mudos se desatará. Os que o Senhor salvou, voltarão para casa”. Para essa tradição profética, o tempo do Messias é o tempo do retorno à casa, o tempo da libertação dos humilhados.

Guardando a mensagem

Os emissários de João Batista podiam concluir: Jesus é o Messias que Deus mandou. Porque, como narrou o profeta Isaías, os pobres estão sendo evangelizados: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam. São as obras de Cristo, isto é, do Messias. Obras de restauração, de libertação do seu povo. Os cegos, os paralíticos, os leprosos, os surdos, os mortos representam o povo machucado pelo sofrimento, mas também depauperado pelo pecado. Os pobres são evangelizados. As curas são apenas exemplificação da restauração que o Messias veio realizar. “Eis que faço novas todas as coisas”, diz o livro santo.

João Batista pode ficar sossegado em sua prisão, Jesus é o Messias prometido por Deus. A novidade é que ele está restaurando a aliança de uma forma que ninguém tinha imaginado: próximo do povo, cuidando das feridas de quem foi assaltado e espancado, contando histórias de reconciliação e vida nova, festejando a conversão dos pecadores, pastoreando o seu rebanho e arriscando sua vida em defesa de suas ovelhas.

És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro? (Lc 7, 20)


Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
Este tempo de advento, preparando-nos para o teu natal e para tua segunda vinda, é uma grande convocação para a conversão. É como se vivêssemos no tempo de João Batista, um tempo de preparação para a tua chegada. Dá-nos, Senhor, acolher os apelos deste tempo abençoado e voltarmo-nos para ti de todo coração. Concede que brote de nossos corações abrasados por tua palavra gestos de acolhida de tua pessoa e do teu evangelho, bem como ações de partilha e solidariedade com os irmãos mais pobres e sofredores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Comece valorizando as pessoas que estão ao seu redor, a começar pelos de sua casa. O natal que estamos preparando é a grande lição de um Deus que veio cuidar da gente e se mostrou pequeno e próximo. Valorizando quem convive conosco, já estamos treinando para acolher Jesus, o Emanuel. 

A novena de natal começou ontem. São nove dias, como os nove meses da gestação de uma criança. Estamos rezando a novena toda tarde, às 14:00, pelo Youtube e pelo Facebook. Não podendo nos acompanhar nesse horário, encontre um tempinho para ver o vídeo que fica gravado depois da novena. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

MÚSICA 


MEU BOM DEUS

(Pe. João Carlos)


Senhor, meu Deus, aqui estou
Aqui estou cansado e só
Estou buscando o teu amor,
Teu ombro amigo
Preciso tanto de tua paz, 
Do teu abrigo.


Senhor, meu Deus, aqui estou
Longe de ti, tentei viver
Só encontrei desilusão 
No meu caminho
Que vou fazer sem teu perdão
Sem teu carinho?


Meu Bom Deus, 
O teu amor me trouxe aqui.
Meu Bom Deus,
Não sou ninguém 
Longe de ti. (Bis)


Senhor, meu Deus, aqui estou,
O teu amor me transformou.
Pedi somente a tua graça,
Arrependido,
Mas me quiseste em tua casa
Como filho.


Senhor, meu Deus, aqui estou
Ainda há quem não te encontrou
Não retornou de tanto beco 
Sem saída
Só o teu amor renova tudo
Em nossa vida.

QUEM MOSTROU MAIS AMOR



Simão, tenho uma coisa para te falar (Lc 7, 40)

17 de setembro de 2019

Jesus estava na casa de um fariseu. Tinha aceitado o convite para uma refeição na casa dele. O nome desse fariseu: Simão. Um gesto de muita consideração desse Simão, não acha? Convidou Jesus, preparou uma refeição com muito gosto, chamou outras pessoas para estarem presentes. E Jesus, sempre admirável, aceitou o convite e está ali sentado à mesa do fariseu.

“Simão, tenho uma coisa para te falar”. “Fala, mestre”. Olha o tom cordial dessa conversa à mesa... Aí Jesus contou um caso. Um credor tinha dois devedores. Um lhe devia um dinheirão e não tinha com que lhe pagar. O outro lhe devia uma quantia pequena e também não estava em condições de quitar sua dívida. Aí, o credor perdoou os dois. Que bom coração tinha esse credor! Caso contado, aí veio a pergunta: ‘Simão, qual dos dois vai amar mais o patrão?”. Entenda a pergunta: qual dos dois vai ter mais amor, mais gratidão ao credor: o que devia muito ou o que devia pouco?

Se você fosse Simão, o que você iria responder? Quem teve sua grande dívida perdoada iria mostrar mais amor, mais gratidão, não é verdade? Foi o que Simão respondeu. Jesus concordou com a resposta. E apontou para uma mulher que estava lavando os seus pés. É o caso dela. Simão ficou surpreso. É que ele estava com uma desconfiança desde que aquela mulher tinha entrado na sala. A mulher, todo mundo conhecia, era uma pecadora, uma pessoa de má fama, coitada. E ela estava banhando os pés de Jesus com perfume. E o fariseu, no seu coração, tinha feito o seguinte julgamento: “Se Jesus fosse um profeta, ele saberia que tipo de mulher estava tocando nele”.

Quem era o grande devedor que não tinha com que pagar? Aquela mulher de má vida. Quem era o devedor de uma dívida menor, que igualmente não tinha com que pagar? Responda você! Quem era o que tinha um débito menor? Simão, o fariseu, claro. Que débito é esse? Os pecados. No final da conversa, Jesus disse à mulher que os pecados dela estavam perdoados. Claro que isso foi motivo de novas murmurações dos convidados.

Note que a pergunta de Jesus tinha sido: “Qual dos dois vai amar mais o credor?”. Percebe? O amor é a resposta de quem foi perdoado dos seus pecados. Simão mostrou pouco amor. A mulher mostrou muito amor. E como a mulher demostrou o seu muito amor? O evangelista descreveu sete ações dela. Na narração, estão contidos símbolos bíblicos do amor: o perfume, o beijo, as lágrimas. Olha as sete ações da mulher, a indicar o seu grande amor pelo Mestre que a perdoou de sua grande dívida, dos seus grandes pecados (vá fazendo a conta): trouxe um frasco de alabastro com perfume, ficou por detrás de Jesus, chorou aos seus pés, banhou os seus pés com as lágrimas, enxugou-os com os cabelos, os cobriu de beijos e os ungiu com o perfume. Mostrou muito amor.

Guardando a Mensagem

Pecadores, somos todos nós. Todos estamos em dívida com Deus. Como não temos como reparar nossos pecados, Jesus nos oferece o perdão de Deus, reparando ele mesmo nossos pecados com o sacrifício de sua vida. A resposta correta de nossa parte é ter um grande amor por Jesus e demonstrar-lhe esse nosso amor. Quem deve mais, certamente demonstrará mais sua gratidão, seu amor.

Simão, tenho uma coisa para te falar (Lc 7, 40)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
No Pai Nosso, na tradição de Mateus, ainda está aquela palavra que disseste: “perdoai-nos as nossas dívidas como nós perdoamos aos nossos devedores”. Nós te bendizemos, Senhor, porque és o nosso salvador e nos concedes o perdão dos nossos pecados. Nós grandes e pequenos devedores te damos graças por tua obra redentora. Essa palavra de hoje nos ensina a manifestar o nosso amor e nossa gratidão. Ajuda-nos a perdoar também a quem nos ofende, como somos perdoados por ti. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Quais são as suas manifestações de amor por Jesus? No seu caderno espiritual, faça uma lista de ações em que você tem demonstrado o seu amor pelo seu Senhor e Salvador.

Nesta quinta-feira, temos dois momentos especiais em que podemos nos encontrar na oração e no estudo da Palavra: a Missa, às 11 horas, e o 4o. Encontro do Curso Bíblico, às 16 horas. Você me encontra no youtube e no facebook. É só procurar 'Padre João Carlos'. Para você que recebe a Meditação pelo whatsapp, estou lhe enviando já o link do Youtube. Seria o caso de você se inscrever no meu canal e acionar o sininho para receber um aviso quando estivermos começando a transmissão.

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB

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