18 de novembro de
2018.
Um mês atrás, abençoei o casamento de minha sobrinha
Mariana. Casou-se com um rapaz chamado Lincoln. Foi uma festa linda, uma festa
de família, celebrado na capela que minha família frequenta. Eles se preparam
para esse casamento ao longo de quase dois anos. Depois do noivado, começaram a
se organizar para a vida a dois: o apartamento, os móveis, as louças, tanta
coisa... e mais próximo, o curso de noivos, os batistérios, os convidados, o
tio padre, o cartório, a ornamentação da capela, a cerimônia de casamento, a
comemoração depois em casa de festa. Do noivado ao casamento, um tempo de
preparação, estimulado por uma sadia tensão com a proximidade da data do grande
dia.
No capítulo 13 de São Marcos, estão reunidas muitas palavras
de Jesus sobre um dia muito especial que vai chegar: o dia de sua volta- uma
volta gloriosa, à moda de uma grande avaliação da humanidade. Com as imagens do
livro do Apocalipse, podemos pensar num grande casamento. Jesus é o noivo. A
noiva é a Igreja. Estas núpcias do cordeiro são aguardadas ao longo da
história, com grande ansiedade pelo povo fiel. Para esse encontro, a noiva
Igreja vem se preparando desde que o seu senhor voltou ao seio do Pai, na
ascensão.
Sempre pensamos na volta de Jesus, como um evento que nos apavora. Há
uma certa razão nisso, se nos fixarmos demais nas imagens utilizadas por Jesus neste
capítulo 13 de São Marcos. Jesus fala de guerras, de perseguições, de tragédias
naturais, de destruição da cidade santa de Jerusalém. E por que ele fala tudo
isso? Para nos avisar que antes que ele volte, vamos passar por muita coisa; para
nos animar a resistir, a perseverar na fé, no meio das provações e
dificuldades. E para nos prevenir sobre a necessidade de nos preparar para
esse momento máximo da história: a sua volta gloriosa ou, no dizer do
Apocalipse de São João, as núpcias do cordeiro, o seu casamento místico com a
comunidade dos redimidos.
Esse tempo de espera da volta gloriosa do Senhor é tempo de preparação,
como os dois anos de preparação do casamento de Mariana e Lincoln. Em nossas
atitudes de hoje, mostra-se o grau de compromisso que temos com esse casamento
que se avizinha. Nas próximas semanas, vamos ouvir bastante essa palavra: vigilância!
Vigilância é mantermo-nos despertos, operosos, propositivos, comprometidos com Jesus
e seu Evangelho. Assim, estamos nos preparando para o grande momento de nossa vida: o encontro com
o Senhor que vem para celebrar as bodas eternas.
Guardando a mensagem
Neste domingo, nos examinemos se estamos nos preparando bem para o encontro
com o Senhor que vem. Podemos fazer como Mariana e Lincoln e suas famílias: na
sadia tensão do dia do casamento que estava chegando, eles se organizaram, envolveram
os familiares, investiram, convidaram, preparam-se. As núpcias do cordeiro
estão chegando. É o grande casamento místico do Senhor com sua Igreja, pela
qual entregou sua vida. Não é mais hora de vivermos distraídos, relaxados,
despreocupados... a hora está chegando. No meio das dificuldades, resistamos.
No corre-corre da vida, mantenhamos o foco. O dia mais feliz de nossas vidas está
chegando. O Senhor vem!
Fiquem sabendo que o filho do homem
está próximo, está às portas (Mc 13, 29)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Falaste para ficarmos atentos aos sinais dos tempos. Como os brotos e
folhinhas verdes da figueira indicam que o verão está chegando, assim também
poderemos reconhecer os sinais de tua iminente chegada em situações e
acontecimentos da história. Ajuda-nos, Senhor, com teu Santo Espírito, a ler os
teus sinais em nossa história. Sendo hoje o dia mundial dos pobres, logo nos
lembramos deste grande sinal a nos indicar tua presença e teu senhorio: a solidariedade.
Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Na Missa deste domingo, após a consagração, preste bem atenção à oração
que a assembleia faz em resposta às
palavras do padre: “Eis o mistério da fé!”. Veja se encontra nessa oração uma
ligação com o evangelho de hoje.
Pe. João Carlos Ribeiro – 18.11. 2018
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