PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA

O que a cruz me diz

A gente se acostuma com a cruz, com o crucifixo, e termina por não prestar atenção no seu significado, no que está nos dizendo. A cruz é um sinal, uma chamada de atenção. Ela é uma permanente recordação dos eventos centrais de nossa fé. Ela nos fala de Jesus e de sua obra redentora. Quando eu vejo a cruz na casa de uma família cristã, ou numa igreja, ou numa reunião de cristãos, eu me sinto confortado, abraçado pelo amor de Deus que se manifestou na cruz de Cristo.

A cruz me traz à mente quatro palavras da Escritura. De verdade, a cruz me recorda quatro palavras do livro santo de nossa fé.

A primeira palavra é esta: O PAI ME AMA! Recorda o que está no Evangelho de São João : “Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). O PAI ME AMA! A cruz me fala do amor do Pai que, por amor, nos enviou o seu filho único. Que amor tão grande esse! Amou a mim, amou a você, amou o mundo que ele mesmo criou. Enviou o seu filho para restaurar a obra que foi desfigurada pelo pecado. Enviou Jesus como nosso guia no caminho de volta pra casa. A cruz é a prova desse amor do Pai. O PAI ME AMA!

Deus te abençoe

A bênção, minha mãe. Deus te abençoe! É a resposta. Mas minha vó paterna respondia sempre: Deus te faça feliz. Uma bela resposta também. Por que os filhos tomam a bênção aos pais? Será que isso é coisa do passado?

O que significa “Deus te abençoe”? O pai, a mãe, o tio, a avó, a madrinha estão pedindo a Deus que abençoe você. Estão fazendo uma oração, estão invocando a Deus para que ponha suas mãos sobre sua vida e lhe dê proteção, saúde, livramento. Estão recomendando ao Senhor que tome conta de você, que lhe assista com sua graça, com seu favor. É isso que significa “Deus te abençoe”.

De cabeça baixa?

Nos filmes de guerra, aparece o general vencedor e seu exército entrando na cidade, num desfile onde se exibe inimigos acorrentados como troféus. Eles desfilam sua humilhação, de cabeça baixa.
Nas partidas de futebol, ao apito final, o time vencedor festeja aos pulos e gritos, partilhando a euforia da torcida. Os jogadores do time perdedor retiram-se de cabeça baixa, desviando-se no quanto possível da torcida e da imprensa. Escondem-se do constrangimento.
Na vida real, pessoas habituadas a serem tratadas aos gritos, a sempre cumprir ordens sem serem ouvidas, humilhadas pela miséria ou atormentadas pelo sentimento de impotência ou inferioridade se apresentam, em público, de cabeça baixa.

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