PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: tu és rei?
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JESUS É O NOSSO REI




21 de novembro de 2021

Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo

Dia Nacional dos Leigos e Leigas


EVANGELHO


Jo 18,33b-37

Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” 34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”
35Pilatos falou: “Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”
Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

MEDITAÇÃO


Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” (Jo 18,37)

E chegamos ao encerramento do ano litúrgico, com a Solenidade de Cristo Rei do Universo. E, com esta celebração, festejamos também o Dia Nacional dos Leigos e Leigas. 

No evangelho, acompanhamos o inquérito de Jesus no tribunal de Pilatos. Este quer saber se Jesus é o rei dos judeus, o que andou fazendo para ser preso e se, de verdade, é rei. Jesus não responde se é rei dos judeus. Pergunta se isso era uma dúvida pessoal dele mesmo. Também não respondeu o que andava fazendo. Disse que o seu reino não era deste mundo. E se era rei, disse que sim, que veio dar testemunho da verdade.

Esse texto do evangelho de São João, que estamos lendo hoje, vem acompanhado por dois textos muitos especiais: o profeta Daniel e o Apocalipse. O escrito do profeta Daniel vem de um tempo em que o povo de Deus estava sofrendo muito, debaixo da opressão dos selêucidas, um grupo de cultura grega que perseguiu, matou e tudo fez para impor sua cultura e sua religião. O escrito do Apocalipse igualmente surgiu para animar comunidades perseguidas pela política do imperador Domiciano, que inclusive queria ser adorado como deus. Ser cristão era um crime a ser pago com a prisão e a morte cruel em espetáculos públicos.

No meio do sofrimento do seu povo, o profeta Daniel falou do filho do homem, um representante do povo sofredor, que recebia de Deus a realeza, um reino eterno. Em meio à perseguição do império romano, o apóstolo João, no Apocalipse, fala de Jesus, a testemunha fiel do amor de Deus, que fez de nós um reino e sacerdotes para Deus. No evangelho de hoje, o mesmo apóstolo João, conta como em Jesus, no meio de sua paixão, revela-se a sua realeza. Ele é rei de verdade, dando sua vida por nós.

Então, essa festa de Jesus Rei não vem num clima de exaltação, de ufanismo, de triunfalismo. É uma afirmação do senhorio de Deus, por meio do seu filho Jesus, no mundo, no meio de tantas dificuldade e provações. O povo de Deus, na perseguição dos selêucidas, pode sentir como Deus era rei e lhes fortalecia na resistência contra a invasão cultural dos gregos. As comunidades perseguidas por Domiciano proclamaram Jesus como rei que lhes precedia na fidelidade ao projeto do Pai, em contraposição à prepotência e à violência do império. As comunidades cristãs de todos os tempos, ouvindo a paixão de Cristo narrada nos evangelhos, tomam consciência que o único e absoluto senhor da história é Jesus, que perseguido e morto, reinou dando sua vida e, ressuscitado, vai à frente dos seus irmãos e irmãs na construção de um mundo onde reinem a verdade, a justiça, o amor e a paz.

Guardando a mensagem

Falar de Jesus como rei é um tanto perigoso. Podemos ser tentados a associar Jesus, com esse título de rei, aos grandes deste mundo. Se isto acontecesse, estaríamos desfazendo do evangelho, colocando Jesus na mesma galeria dos senhores deste mundo, que governam com a força das armas e nem sempre no interesse da maioria. Esse título de rei foi dado a Jesus em situações de sofrimento e perseguição do povo de Deus. Com Daniel, o povo se sentiu representado no filho do homem a quem Deus deu uma realeza eterna. Com o Apocalipse, as comunidades cristãs se sentiram fortalecidas na sua resistência à violência do império, ao se reconhecerem comunidade esposa do cordeiro imolado e vitorioso sobre a morte e o mal. No evangelho, contemplando Jesus em sua paixão e morte, reconhecemos claramente a sua realeza. Ele é rei dando a vida por nós, sendo testemunha fiel do amor do Pai até o fim. A cruz é o seu trono. Não é à toa que Pilatos mandou escrever aquela plaquinha no alto de sua cruz: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”. De verdade, ali ele era rei. Este, sim, é o nosso rei.

Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” (Jo 18,37)

Rezando a palavra

Vamos rezar com as palavras da Missa deste domingo:

Senhor Jesus,
Com óleo de exultação, tu foste consagrado sacerdote eterno e rei do universo. Oferecendo-se na cruz, como vítima pura e pacífica, tu realizaste a redenção da humanidade. Submetendo ao teu poder toda criatura, entregarás ao Pai um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

O que de melhor fazer hoje para celebrar o dia de Cristo Rei e Dia dos Leigos e Leigas? Sem dúvida, participar da Santa Missa em sua comunidade. 

Peço-lhe também uma prece por nós que estamos aqui em Juazeiro da Bahia, celebrando o 2º Congresso Eucarístico Diocesano, com o tema "A Eucaristia faz a Igreja".

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

QUEM É DA VERDADE ESCUTA MINHA VOZ


Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” (Jo 18,37)

25 de novembro de 2018.

E chegamos ao encerramento do ano litúrgico, com a solenidade de Cristo Rei do Universo. E, com esta celebração, encerramos o ano nacional dos leigos e das leigas. 

No evangelho, acompanhamos o inquérito de Jesus no tribunal de Pilatos. Este quer saber se Jesus é o rei dos judeus, o que andou fazendo para ser preso e se, de verdade, é rei. Jesus não responde se é rei dos judeus. Pergunta se isso era uma dúvida pessoal dele mesmo. Também não respondeu o que andava fazendo. Disse que o seu reino não era deste mundo. E se era rei, disse que sim, que veio dar testemunho da verdade. 

Esse texto do evangelho de São João, que estamos lendo hoje, vem acompanhado por dois textos muitos especiais: o profeta Daniel e o Apocalipse. O escrito do profeta Daniel vem de um tempo em que o povo de Deus estava sofrendo muito, debaixo da opressão dos selêucidas, um grupo de cultura grega que perseguiu, matou e tudo fez para impor sua cultura e sua religião. O escrito do Apocalipse igualmente surgiu para animar comunidades perseguidas pela política do imperador Domiciano, que inclusive queria ser adorado como deus. Ser cristão era um crime a ser pago com a prisão e a morte cruel em espetáculos públicos. 

No meio do sofrimento do seu povo, o profeta Daniel falou do filho do homem, um representante do povo sofredor, que recebia de Deus a realeza, um reino eterno. Em meio à perseguição do império romano, o apóstolo João, no Apocalipse, fala de Jesus, a testemunha fiel do amor de Deus, que fez de nós um reino e sacerdotes para Deus. No evangelho de hoje, o mesmo apóstolo João, conta como em Jesus, no meio de sua paixão, revela-se a sua realeza. Ele é rei de verdade, dando sua vida por nós. 

Então, essa festa de Jesus Rei não vem num clima de exaltação, de ufanismo, de triunfalismo. É uma afirmação do senhorio de Deus, por meio do seu filho Jesus, no mundo, no meio de tantas dificuldade e provações. O povo de Deus, na perseguição dos selêucidas, pode sentir como Deus era rei e lhes fortalecia na resistência contra a invasão cultural dos gregos. As comunidades perseguidas por Domiciano proclamaram Jesus como rei que lhes precedia na fidelidade ao projeto do Pai, em contraposição à prepotência e à violência do império. As comunidades cristãs de todos os tempos, ouvindo a paixão de Cristo narrada nos evangelhos, tomam consciência que o único e absoluto senhor da história é Jesus, que perseguido e morto, reinou dando sua vida e, ressuscitado, vai à frente dos seus irmãos e irmãs na construção de um mundo onde reinem a verdade, a justiça, o amor e a paz. 

Vamos guardar a mensagem

Falar de Jesus como rei é um tanto perigoso. Podemos ser tentados a associar Jesus, com esse título de rei, aos grandes deste mundo. Se isto acontecesse, estaríamos desfazendo do evangelho, colocando Jesus na mesma galeria dos senhores deste mundo, que governam com a força das armas e nem sempre no interesse da maioria. Esse título de rei foi dado a Jesus em situações de sofrimento e perseguição do povo de Deus. Com Daniel, o povo se sentiu representado no filho do homem a quem Deus deu uma realeza eterna. Com o Apocalipse, as comunidades cristãs se sentiram fortalecidas na sua resistência à violência do império, ao se reconhecerem comunidade esposa do cordeiro imolado e vitorioso sobre a morte e o mal. No evangelho, contemplando Jesus em sua paixão e morte, reconhecemos claramente a sua realeza. Ele é rei dando a vida por nós, sendo testemunha fiel do amor do Pai até o fim. A cruz é o seu trono. Não é à toa que Pilatos mandou escrever aquela plaquinha no alto de sua cruz: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”. De verdade, ali ele era rei. Este, sim, é o nosso rei. 

Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” (Jo 18,37)

Rezando a palavra

Vamos rezar com as palavras da Missa deste domingo:

Senhor Jesus, 

Com óleo de exultação, tu foste consagrado sacerdote eterno e rei do universo. Oferecendo-se na cruz, como vítima pura e pacífica, tu realizaste a redenção da humanidade. Submetendo ao teu poder toda criatura, entregarás ao Pai um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

O que de melhor fazer hoje para celebrar o dia de Cristo Rei e dia dos Leigos e Leigas? Sem dúvida, participar da Santa Missa em sua comunidade. Se puder fazer um pouco mais, claro que pode, leia o evangelho de hoje em sua Bíblia (João 18, 33-37).

Pe. João Carlos Ribeiro – 25.11.2018

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