Então Jesus lhe disse: “Vá e faça a mesma coisa” (Lc 10, 37)
08 de outubro de 2018.
Jesus contou a história do bom samaritano. Um peregrino caiu nas mãos de assaltantes na estrada. Além de assaltá-lo, eles o espancaram muito. Jesus fez questão de dizer que eles “foram embora, deixando-o quase morto”. Três pessoas passaram por aquele mesmo caminho. Os dois primeiros, homens da religião de Israel, viram e foram embora. Você escutou? - “foram embora!”. A falta deles – a omissão de socorro – está quase no mesmo nível dos assaltantes, pois foram embora também, indiferentes à sorte daquela vítima.
O terceiro que passou pelo caminho foi um samaritano, um estrangeiro. Esse viu e teve compaixão. Essa palavra “compaixão” se repete muitas vezes nos evangelhos, referindo-se a Jesus quando se encontra com os sofredores. E o que fez o samaritano? Ele realizou uma obra completa, perfeita, misericordiosa. Obra assim, só Deus faz. O Senhor Deus criou o mundo em sete dias. O que o samaritano fez está descrito em sete ações (conte aí): aproximou-se – fez curativos com óleo e vinho – transportou o homem na sua própria montaria – levou-o a uma hospedaria – cuidou dele, lá – pagou a hospedagem com duas moedas de prata – quantas ações até agora? Seis. Então, está faltando uma. E essa deve ser o coroamento de todas. É assim na linguagem poética da literatura da Bíblia. Qual será a sétima ação? A sétima é esta: Vai pagar o que tiver de despesa a mais, quando voltar. O pagamento completo será na volta. Quem é que vai voltar? Claro, Jesus é quem vai voltar. Ele vai acertar as contas, na volta. Vai premiar quem tomou conta do seu irmão, em sua volta no fim dos tempos.
Você sabe quem é o bom samaritano? Eu não tenho dúvida. Jesus é o bom samaritano. A situação do homem assaltado e quase morto é a condição com que ele nos encontrou no caminho da história, gente ferida pelo pecado. Ele se aproximou de nós, pela sua encarnação. Curou-nos com o derramamento do seu sangue (o vinho) e do Espírito Santo (o óleo). Tomou sobre si nossas dores e nosso pecado (transportou o homem no seu animal). Inseriu-nos, pelo batismo, na comunidade da Igreja (levou-o para uma hospedaria). É a Igreja, que como uma mãe, nos acompanha, nos alimenta, nos educa, cuida de nós (na hospedaria, ele cuidou do ferido). Garantiu que nem um copo d’água ficará sem recompensa (pagou as duas moedas ao dono da hospedaria). E, no seu retorno glorioso, vai dar a vida eterna a quem acolheu o pobre, alimentou, vestiu, visitou o necessitado, lutou pelo sofredor (na volta, pagará o que houver de despesa). É ou não é Jesus, esse samaritano?
Guardando a mensagem
O samaritano, em primeiro lugar, é Jesus. Ele é o primeiro a nos dar o exemplo. Ele nos amou perfeitamente. Confira os sete passos do serviço ao próximo, nesta parábola. O bom samaritano é Jesus e todo aquele que o imita. Veja o que está escrito no finalzinho desse texto do evangelho: ‘O próximo do assaltado foi o que usou de misericórdia para com ele’. “Misericórdia”, você ouviu bem essa palavra? Claro, foi Jesus que usou de misericórdia para conosco. É pra isso que ele está contando essa história: para nós o imitarmos, em sua misericórdia. Sermos, como ele, caridosos, amorosos, solidários com quem está em situação de sofrimento e abandono.
Então Jesus lhe disse: “Vá e faça a mesma coisa” (Lc 10, 37)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Nosso bom samaritano, tu deste o exemplo com o teu amor misericordioso por todos os sofredores e pecadores, como nós. A tua vida é o grande ensinamento que precisamos aprender e reproduzir em nossas atitudes e relacionamentos. Tu és o caminho, a verdade, a vida. Essa parábola que nos contaste hoje nos ensina a viver, nesta Semana da Brasil, com um grande amor no coração. Amor que nos faz ir ao encontro dos desempregados, dos humilhados, dos sofredores de hoje. Que sejamos, Senhor, como tu, bons samaritanos para com os que estão caídos à beira do caminho da vida, assaltados pela injustiça e pela desigualdade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, você tem dois motivos para rezar o terço. O primeiro, o pedido do Papa Francisco: rezá-lo todo dia deste mês missionário, pedindo a proteção de Maria sobre a igreja; O segundo, a novena de Nossa Senhora Aparecida.
Só lembrando. Hoje, segunda, meditamos os Mistérios Gozosos: A anunciação do Anjo à Virgem Maria – A visita de Maria à sua prima Izabel – O nascimento de Jesus em Belém – A apresentação do menino Jesus no Templo e a purificação da Virgem – A perda e o encontro do Menino Jesus no Templo de Jerusalém.
Estão faltando 10 dias para o lançamento de minha nova música: CONFIAR EM DEUS. 18 de outubro, nas plataformas digitais e redes sociais.
Pe. João Carlos Ribeiro – 08.10.2018