PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: os pobres evangelizados
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Os pobres estão sendo evangelizados

 



14 de dezembro de 2022

Dia de São João da Cruz 


EVANGELHO


Lc 7,19-23

Naquele tempo, João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a boa nova é anunciada aos pobres. 23E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

MEDITAÇÃO


Vão contar a João o que vocês viram e ouviram (Lc 7, 22)

Ficamos sempre esperando um outro... um outro partido amoroso, um outro emprego, um outro ano. O que temos não nos parece bom o suficiente. Nós nos negamos a reconhecer que o que temos seja o melhor, que nessa condição atual esteja a nossa felicidade, que este, aqui conosco, seja quem Deus enviou. É assim que desprezamos quem já está conosco, quem está perto de nós. E ficamos aguardando um que ainda venha. E que venha de longe, de fora e de cima, possivelmente, para lhe darmos crédito.

Foi o que aconteceu no tempo de Jesus. Não o reconheceram como Messias. Ele não preencheu as expectativas daquela gente. O próprio João Batista ficou em dúvida. Mandou alguns discípulos indagar se era ele mesmo ou se deviam esperar outro.

João anunciou um Messias diferente. Na linha do profeta Malaquias, João falou de um Messias que vinha com o fogo do julgamento. Iria recolher o trigo no celeiro, mas iria tocar fogo na palha. Seu machado já estava posto à raiz das árvores. Quem não desse fruto, seria cortado. Um Messias implacável como o fogo do fundidor, separando o ouro das impurezas com o calor do seu julgamento. E Jesus não estava batendo com esse modelo de Messias. Pelo contrário, ele mostrou-se manso e humilde de coração, próximo do povo, convivendo com os pecadores. Não um juiz implacável, mas um pastor que vai atrás da ovelha perdida. Não um lenhador de machado na mão, mas um agricultor semeando a sua semente. Não um fundidor assoprando o seu forno com o fole para derreter o minério, mas um pai abrindo as portas de casa para receber o filho que volta. Um Messias surpreendentemente diferente.

João Batista ficou confuso. Ele já apresentara Jesus ao povo, como Messias. Mas, a coisa não estava batendo. Mandou saber. Em resposta, Jesus mandou os emissários observarem e relatarem o que estavam vendo e ouvindo. A ação de Jesus, como Messias, no meio do povo, estava na linha do profeta Isaías. Em Isaías capítulo 35, o profeta falou da vinda do Messias. “Ele vem para salvar vocês”, disse ele ao povo humilhado no tempo do Exílio: “Então, os olhos dos cegos se abrirão, os ouvidos dos surdos se descerrarão, o coxo saltará como um cervo e a língua dos mudos se desatará. Os que o Senhor salvou, voltarão para casa”. Para essa tradição profética, o tempo do Messias é o tempo do retorno à casa, o tempo da libertação dos humilhados.


Guardando a mensagem

Os emissários de João Batista podiam concluir: Jesus é o Messias que Deus mandou. Porque, como narrou o profeta Isaías, os pobres estão sendo evangelizados: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam. São as obras de Cristo, isto é, do Messias. Obras de restauração, de libertação do seu povo. Os cegos, os paralíticos, os leprosos, os surdos, os mortos representam o povo machucado pelo sofrimento, mas também depauperado pelo pecado. Os pobres são evangelizados. As curas são apenas exemplificação da restauração que o Messias veio realizar. “Eis que faço novas todas as coisas”, diz o livro santo.

Vão contar a João o que vocês viram e ouviram (Lc 7, 22)

Rezando a palavra

Senhor Jesus, 
este tempo de advento, preparando-nos para o teu natal e para tua segunda vinda, é uma grande convocação para a conversão. É como se vivêssemos no tempo de João Batista, um tempo de preparação para a tua chegada. Dá-nos, Senhor, acolher os apelos deste tempo abençoado e voltarmo-nos para ti de todo coração. Concede que brote de nossos corações abrasados por tua palavra gestos de acolhida de tua pessoa e do teu evangelho, bem como ações de partilha e solidariedade com os irmãos mais pobres e sofredores. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra

Comece valorizando as pessoas que estão ao seu redor, a começar pelos de sua casa. O natal que estamos preparando é a grande lição de um Deus que veio cuidar da gente e se mostrou pequeno e próximo. Valorizando quem convive conosco, já estamos treinando para acolher Jesus, o Emanuel. 

Comunicando

Amanhã, dia 15, começa a Novena de Natal. E você já está com o seu e-book? E já compartilhou com pelo menos 5 contatos, como nós pedimos? Ótimo. Muito obrigado. Hoje, estamos lhe enviando um texto da novena próprio para ser impresso, para o caso de alguém preferir essa modalidade. E segue mais uma vez E-book da Novena, para quem vai acompanhar pelo celular. A Novena vai ser rezada em nossos programas de rádio (são 128 emissoras) e vai estar também disponível nos tocadores de podcast. E o nosso encontro diário será no Youtube, sempre às 20 horas: Youtube.com/padrejoaocarlos. Tendo alguma dúvida, entre em contato conosco pelo Whatsapp da AMA: 81 3224-9284.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb 

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