PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: a igreja apostólica
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Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.


    19 de janeiro de 2024.    

Sexta-feira da 2ª Semana do Tempo Comum


    Evangelho    


Mc 3,13-19

Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

    Meditação    


Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Meditamos, ontem, como Jesus começou a estabelecer um novo momento no seu ministério, ao pedir uma barca e afastar-se um pouco da multidão que o comprimia, ali à beira mar. Àquele povo movido pela busca de curas e milagres, ele respondeu com a pregação do evangelho. O evangelho comunica o propósito de Deus, a sua vontade. Bem-aventurado o que ouve e pratica a Palavra do Senhor. A barca de Pedro é já uma representação da Igreja, realizando sua missão no mundo (o mundo, você lembra, está representado pelo mar).

Não sei se você leu o sonho de Dom Bosco com a Grande Barca que é a Igreja e como, numa feroz perseguição no mar, isto é no mundo, ela encontrou segurança atracando no meio de duas colunas, a Celebração da Eucaristia e a Devoção à Virgem Maria (Se não leu, dê uma olhadinha no link que lhe enviei ontem).

A cena de hoje, no evangelho, é o que segue após o encontro com o povo à beira mar. Jesus sobe o monte e chama alguns. E escolhe doze para que fiquem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. É o que está no evangelho de Marcos.

Designou doze. Doze é o número do povo de Deus organizado. Israel tinha doze tribos. Estas se organizaram, simbolicamente, em torno de doze patriarcas, os filhos de Jacó. Doze são também os Juízes do Antigo Testamento, bem como os profetas maiores. Doze, então, é o número da organização, da liderança. Parece que o trabalho de Jesus começa a ter um novo nível de organização, com essa escolha dos doze. O seu grupo mais próximo, com quem ele vai peregrinar habitualmente e a quem vai dedicar uma maior atenção à sua formação, é formado por doze lideranças. Eles serão a referência para todos os seus discípulos, seus seguidores.

Escolheu doze para ficar com ele e para enviá-los a pregar. Ficar com ele é a condição de discípulos, dos que estão aprendendo sobre o Reino de Deus. Serem enviados a pregar é a condição de missionários, de apóstolos. Em seu nome, eles vão dar continuidade à missão. Ter escolhido doze não quer dizer que não havia outras lideranças reconhecidas. Certamente, havia. As mulheres, por exemplo, que também eram discípulas, tinham suas funções no grupo e, mais tarde, tiveram um papel muito importante no testemunho da ressurreição e na formação das comunidades.

Certamente, a escolha não agradou todo mundo. Alguém não foi escolhido e ficou meio emburrado. Alguém pode ter considerado a escolha um tanto equivocada e com razão (Judas Iscariotes, por exemplo, não parece ter sido uma boa escolha). Mas, quando Jesus não estava mais presente fisicamente, depois de sua ressurreição e ascensão, foram esses líderes que, mesmo tateando, mas com a força do Espírito Santo, sustentaram o testemunho sobre o Messias e espalharam o seu evangelho pelos quatro cantos.




Guardando a mensagem

Jesus estava conduzindo o povo de Deus para um novo momento de organização. A escolha dos doze é um sinal do seu trabalho de restauração do povo de Deus. Com a escolha dos doze, estão lançadas as bases de organização da igreja cristã. É por isso que dizemos que a Igreja é apostólica, porque ela nasce do testemunho, do ensinamento e da liderança dos apóstolos que Jesus escolheu e formou. Os bispos da Igreja são os apóstolos de hoje, aqueles que o Senhor escolheu e lhes deu participação na sua autoridade. Na atuação dos apóstolos de ontem ou de hoje, independentemente de suas fraquezas ou virtudes, vemos o Bom Pastor Jesus que nos ensina, nos abençoa e nos conduz, na força do seu Santo Espírito.

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
chamaste os doze, pessoalmente. Eles seguiam sempre contigo. Tu tinhas o cuidado de explicar-lhes as parábolas, as coisas do Reino. E eles te acompanhavam com toda boa vontade. Mas eram fracos como nós e te deram muita dor de cabeça. Na hora da paixão mesmo, houve quem dissesse até que não te conhecia, além daquele que te traiu. Mas, tu não desististe deles, nem os desautorizaste. Tu, Senhor, conheces a nossa fraqueza e, ainda assim, confias em nós. É o mistério de tua encarnação. Hoje, Senhor, queremos te pedir, de maneira muito especial, pelos nossos líderes, nossos diáconos, padres e bispos e pelo Papa, o bispo da Igreja em Roma e referência de unidade para todo o teu povo santo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze pelas vocações, para que o Senhor da Messe não deixe faltar operários à sua Igreja: lideranças leigas, religiosos e consagrados, diáconos, padres, bispos.

Comunicando

Shows também são compromissos com a evangelização. Assim, partilho com vocês meus compromissos nessa área, ainda neste mês: Tacaratu (na Diocese de Floresta), dia 23; Ponta de Pedras (na Diocese de Nazaré), dia 26; Nossa Senhora do Ó-Ipojuca (na Arquidiocese de Olinda e Recife), no dia 27. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

Por que será que Jesus escolheu 12 apóstolos?

 



20 de janeiro de 2023

Sexta-feira da 2ª Semana do Tempo Comum

Dia de São Sebastião, mártir 

EVANGELHO


Mc 3,13-19

Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

MEDITAÇÃO


Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Meditamos, ontem, como Jesus começou a estabelecer um novo momento no seu ministério, ao pedir uma barca e afastar-se um pouco da multidão que o comprimia, ali à beira mar. Àquele povo movido pela busca de curas e milagres, ele respondeu com a pregação do evangelho. O evangelho comunica o propósito de Deus, a sua vontade. Bem-aventurado o que ouve e pratica a Palavra do Senhor. A barca de Pedro é já uma representação da Igreja, realizando sua missão no mundo (o mundo, você lembra, está representado pelo mar).

Não sei se você leu o sonho de Dom Bosco com a Grande Barca que é a Igreja e como, numa feroz perseguição no mar, isto é no mundo, ela encontrou segurança atracando no meio de duas colunas, a Celebração da Eucaristia e a Devoção à Virgem Maria (Se não leu, dê uma olhadinha no texto da Meditação de ontem).

A cena de hoje, no evangelho, é o que segue após o encontro com o povo à beira mar. Jesus sobe o monte e chama alguns. E escolhe doze para que fiquem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. É o que está no evangelho de Marcos.

Designou doze. Doze é o número do povo de Deus organizado. Israel tinha doze tribos. Estas se organizaram, simbolicamente, em torno de doze patriarcas, os filhos de Jacó. Doze são também os Juízes do Antigo Testamento, bem como os profetas maiores. Doze, então, é o número da organização, da liderança. Parece que o trabalho de Jesus começa a ter um novo nível de organização, com essa escolha dos doze. O seu grupo mais próximo, com quem ele vai peregrinar habitualmente e a quem vai dedicar uma maior atenção à sua formação, é formado por doze lideranças. Eles serão a referência para todos os seus discípulos, seus seguidores.

Escolheu doze para ficar com ele e para enviá-los a pregar. Ficar com ele é a condição de discípulos, dos que estão aprendendo sobre o Reino de Deus. Serem enviados a pregar é a condição de missionários, de apóstolos. Em seu nome, eles vão dar continuidade à missão. Ter escolhido doze não quer dizer que não havia outras lideranças reconhecidas. Certamente, havia. As mulheres, por exemplo, que também eram discípulas, tinham suas funções no grupo e, mais tarde, tiveram um papel muito importante no testemunho da ressurreição e na formação das comunidades.

Certamente, a escolha não agradou todo mundo. Alguém não foi escolhido e ficou meio emburrado. Alguém pode ter considerado a escolha um tanto equivocada e com razão (Judas Iscariotes, por exemplo, não parece ter sido uma boa escolha). Mas, quando Jesus não estava mais presente fisicamente, depois de sua ressurreição e ascensão, foram esses líderes que, mesmo tateando, mas com a força do Espírito Santo, sustentaram o testemunho sobre o Messias e espalharam o seu evangelho pelos quatro cantos.




Guardando a mensagem

Jesus estava conduzindo o povo de Deus para um novo momento de organização. A escolha dos doze é um sinal do seu trabalho de restauração do povo de Deus. Com a escolha dos doze, estão lançadas as bases de organização da igreja cristã. É por isso que dizemos que a Igreja é apostólica, porque ela nasce do testemunho, do ensinamento e da liderança dos apóstolos que Jesus escolheu e formou. Os bispos da Igreja são os apóstolos de hoje, aqueles que o Senhor escolheu e lhes deu participação na sua autoridade. Na atuação dos apóstolos de ontem ou de hoje, independentemente de suas fraquezas ou virtudes, vemos o Bom Pastor Jesus que nos ensina, nos abençoa e nos conduz, na força do seu Santo Espírito.

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
chamaste os doze, pessoalmente. Eles seguiam sempre contigo. Tu tinhas o cuidado de explicar-lhes as parábolas, as coisas do Reino. E eles te acompanhavam com toda boa vontade. Mas eram fracos como nós e te deram muita dor de cabeça. Na hora da paixão mesmo, houve quem dissesse até que não te conhecia, além daquele que te traiu. Mas, tu não desististe deles, nem os desautorizaste. Tu, Senhor, conheces a nossa fraqueza e, ainda assim, confias em nós. É o mistério de tua encarnação. Hoje, Senhor, queremos te pedir, de maneira muito especial, pelos nossos líderes, nossos diáconos, padres e bispos e pelo Papa, o bispo da Igreja em Roma e referência de unidade para todo o teu povo santo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze pelas vocações, para que o Senhor da Messe não deixe faltar operários à sua Igreja: lideranças leigas, religiosos e consagrados, diáconos, padres, bispos.

Comunicando

Domingo que vem - Domingo da Palavra de Deus - , celebro a Santa Missa na Basílica Salesiana do Sagrado Coração de Jesus, no Recife, nos horários de 07 e 10 horas, com transmissão pela Rádio Amanhecer. Neste mesmo domingo, à noite, faço show na cidade de Itaquitinga, nos festejos de São Sebastião.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A IGREJA APOSTÓLICA



21 de janeiro de 2022

EVANGELHO


Mc 3,13-19

Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

MEDITAÇÃO


Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Meditamos, ontem, como Jesus começou a estabelecer um novo momento no seu ministério, ao pedir uma barca e afastar-se um pouco da multidão que o comprimia, ali à beira mar. Àquele povo movido pela busca de curas e milagres, ele respondeu com a pregação do evangelho. O evangelho comunica o propósito de Deus, a sua vontade. Bem-aventurado o que ouve e pratica a Palavra do Senhor. A barca de Pedro é já uma representação da Igreja, realizando sua missão no mundo (o mundo, você lembra, está representado pelo mar).

Não sei se você leu o sonho de Dom Bosco com a Grande Barca que é a Igreja e como, numa feroz perseguição no mar, isto é no mundo, ela encontrou segurança atracando no meio de duas colunas, a Celebração da Eucaristia e a Devoção à Virgem Maria (Se não leu, dê uma olhadinha no texto da Meditação de ontem).

A cena de hoje é o que segue após o encontro com o povo à beira mar. Jesus sobe o monte e chama alguns. E escolhe doze para que fiquem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. É o que está no evangelho de Marcos.

Designou doze. Doze é o número do povo de Deus organizado. Israel tinha doze tribos. Estas se organizaram, simbolicamente, em torno de doze patriarcas, os filhos de Jacó. Doze são também os Juízes do Antigo Testamento, bem como os profetas maiores. Doze, então, é o número da organização, da liderança. Parece que o trabalho de Jesus começa a ter um novo nível de organização, com essa escolha dos doze. O seu grupo mais próximo, com quem ele vai peregrinar habitualmente e a quem vai dedicar uma maior atenção à sua formação, é formado por doze lideranças. Eles serão a referência para todos os seus discípulos, seus seguidores.

Escolheu doze para ficar com ele e para enviá-los a pregar. Ficar com ele é a condição de discípulos, dos que estão aprendendo sobre o Reino de Deus. Serem enviados a pregar é a condição de missionários, de apóstolos. Em seu nome, eles vão dar continuidade à missão. Ter escolhido doze não quer dizer que não havia outras lideranças reconhecidas. Certamente, havia. As mulheres, por exemplo, que também eram discípulas, tinham suas funções no grupo e, mais tarde, tiveram um papel muito importante no testemunho da ressurreição e na formação das comunidades.

Certamente, a escolha não agradou todo mundo. Alguém não foi escolhido e ficou meio emburrado. Alguém pode ter considerado a escolha um tanto equivocada e com razão (Judas Iscariotes, por exemplo, não parece ter sido uma boa escolha). Mas, quando Jesus não estava mais presente fisicamente, depois de sua ressurreição e ascensão, foram esses líderes que, mesmo tateando, mas com a força do Espírito Santo, sustentaram o testemunho sobre o Messias e espalharam o seu evangelho pelos quatro cantos.




Guardando a mensagem

Jesus estava conduzindo o povo de Deus para um novo momento de organização. A escolha dos doze é um sinal do seu trabalho de restauração do povo de Deus. Com a escolha dos doze, estão lançadas as bases de organização da igreja cristã. É por isso que dizemos que a Igreja é apostólica, porque ela nasce do testemunho, do ensinamento e da liderança dos apóstolos que Jesus escolheu e formou. Os bispos da Igreja são os apóstolos de hoje, aqueles que o Senhor escolheu e lhes deu participação na sua autoridade. Na atuação dos apóstolos de ontem ou de hoje, independentemente de suas fraquezas ou virtudes, vemos o Bom Pastor Jesus que nos ensina, nos abençoa e nos conduz, na força do seu Santo Espírito.

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Chamaste os doze, pessoalmente. Eles seguiam sempre contigo. Tu tinhas o cuidado de explicar-lhes as parábolas, as coisas do Reino. E eles te acompanhavam com toda boa vontade. Mas eram fracos como nós e te deram muita dor de cabeça. Na hora da paixão mesmo, houve quem dissesse até que não te conhecia, além daquele que te traiu. Mas, tu não desististe deles, nem os desautorizaste. Tu, Senhor, conheces a nossa fraqueza e, ainda assim, confias em nós. É o mistério de tua encarnação. Hoje, Senhor, queremos te pedir, de maneira muito especial, pelos nossos líderes, nossos diáconos, padres e bispos e pelo Papa, o bispo da Igreja em Roma e referência de unidade para todo o teu povo santo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze pelas vocações, para que o Senhor da Messe não deixe faltar operários à sua Igreja: lideranças leigas, religiosos e consagrados, diáconos, padres, bispos.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

A IGREJA DOS DOZE


22 de janeiro de 2020

EVANGELHO


Mc 3,13-19

Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.

MEDITAÇÃO


Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Meditamos, ontem, como Jesus começou a estabelecer um novo momento no seu ministério, ao pedir uma barca e afastar-se um pouco da multidão que o comprimia, ali à beira mar. Àquele povo movido pela busca de curas e milagres, ele respondeu com a pregação do evangelho. O evangelho comunica o propósito de Deus, a sua vontade. Bem-aventurado o que ouve e pratica a Palavra do Senhor. A barca de Pedro é já uma representação da Igreja, realizando sua missão no mundo (o mundo, você lembra, está representado pelo mar).

Não sei se você leu o sonho de Dom Bosco com a Grande Barca que é a Igreja e como, numa feroz perseguição no mar, isto é no mundo, ela encontrou segurança atracando no meio de duas colunas, a Celebração da Eucaristia e a Devoção à Virgem Maria. (Se não leu, dê uma olhadinha no texto da Meditação de ontem).

A cena de hoje é o que segue após o encontro com o povo à beira mar. Jesus sobe o monte e chama alguns. E escolhe doze para que fiquem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. É o que está no evangelho de Marcos. 

Designou doze. Doze é o número do povo de Deus organizado. Israel tinha doze tribos. Estas se organizaram, simbolicamente, em torno de doze patriarcas, os filhos de Jacó. Doze são também os Juízes do Antigo Testamento, bem como os profetas maiores. Doze, então, é o número da organização, da liderança. Parece que o trabalho de Jesus começa a ter um novo nível de organização, com essa escolha dos doze. O seu grupo mais próximo, com quem ele vai peregrinar habitualmente e a quem vai dedicar uma maior atenção à sua formação, é formado por doze lideranças. Eles serão a referência para todos os seus discípulos, seus seguidores.

Escolheu doze para ficar com ele e para enviá-los a pregar. Ficar com ele é a condição de discípulos, dos que estão aprendendo sobre o Reino de Deus. Serem enviados a pregar é a condição de missionários, de apóstolos. Em seu nome, eles vão dar continuidade à missão. Ter escolhido doze não quer dizer que não havia outras lideranças reconhecidas. Certamente, havia. As mulheres, por exemplo, que também eram discípulas, tinham suas funções no grupo e, mais tarde, tiveram um papel muito importante no testemunho da ressurreição e na formação das comunidades.

Certamente, a escolha não agradou todo mundo. Alguém não foi escolhido e ficou meio emburrado. Alguém pode ter considerado a escolha um tanto equivocada e com razão (Judas Iscariotes, por exemplo, não parece ter sido uma boa escolha). Mas, quando Jesus não estava mais presente fisicamente, depois de sua ressurreição e ascensão, foram esses líderes que, mesmo tateando, mas com a força do Espírito Santo, sustentaram o testemunho sobre o Messias e espalharam o seu evangelho pelos quatro cantos.

Guardando a mensagem

Jesus estava conduzindo o povo de Deus para um novo momento de organização. A escolha dos doze é um sinal do seu trabalho de restauração do povo de Deus. Com a escolha dos doze, estão lançadas as bases de organização da igreja cristã. É por isso que dizemos que a Igreja é apostólica, porque ela nasce do testemunho, do ensinamento e da liderança dos apóstolos que Jesus escolheu e formou. Os bispos da Igreja são os apóstolos de hoje, aqueles que o Senhor escolheu e lhes deu participação na sua autoridade. Na atuação dos apóstolos de ontem ou de hoje, independentemente de suas fraquezas ou virtudes, vemos o Bom Pastor Jesus que nos ensina, nos abençoa e nos conduz, na força do seu Santo Espírito.

Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar (Mc 3, 14)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
Chamaste os doze, pessoalmente. Eles seguiam sempre contigo. Tu tinhas o cuidado de explicar-lhes as parábolas, as coisas do Reino. E eles te acompanhavam com toda boa vontade. Mas eram fracos como nós e te deram muita dor de cabeça. Na hora da paixão mesmo, houve quem dissesse até que não te conhecia, além daquele que te traiu. Mas, tu não desististe deles, nem os desautorizaste. Tu, Senhor, conheces a nossa fraqueza e, ainda assim, confias em nós. É o mistério de tua encarnação. Hoje, Senhor, queremos te pedir, de maneira muito especial, pelos nossos líderes, nossos diáconos, padres e bispos e pelo Papa, o bispo da Igreja em Roma e referência de unidade para todo o teu povo santo. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a palavra

Reze pelas vocações, para que o Senhor da Messe não deixe faltar operários à sua Igreja: lideranças leigas, religiosos e consagrados, diáconos, padres, bispos. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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