PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: 72
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O CONTRÁRIO DA MISSÃO É A OMISSÃO


O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir (Lc 10,1)
03 de outubro de 2019.
Bem nestes primeiros dias deste mês missionário extraordinário, a Igreja nos propõe um texto precioso. Nele (Lucas capítulo 10), Jesus envia 72 discípulos em missão. Num primeiro envio, já tinham ido doze, os apóstolos. Neste, vão 72, que é um múltiplo de doze (12 x 6). Isso nos diz que a Igreja de Jesus edificada sobre a fé e o testemunho dos doze, os apóstolos, ela toda foi enviada em missão. Somos um povo missionário.
Bom, Jesus escolheu e enviou setenta e dois discípulos. Ele os enviou à sua frente, pelos lugares onde ele iria passar. Eles preparariam o terreno, avisariam ao povo a chegada do Reino de Deus. No envio, Jesus lhes fez diversas recomendações. E também lhes indicou que poderiam encontrar dificuldades, problemas, oposições.
O conteúdo da evangelização é maravilhoso. O Reino de Deus se aproximou de nós. Em Cristo, chegou a salvação e a graça para todos. É um mundo novo que se abre. Deus se abaixou para nos encontrar, nos resgatar, nos conduzir. Quem poderia ficar contra uma mensagem tão especial? Infelizmente, há quem não se agrade dessa notícia, ou não se interesse por ela e até quem a rejeite, perseguindo os enviados. “Eis que envio vocês como cordeiros para o meio de lobos”.
Na celebração de abertura deste mês missionário, o Papa frisou que o contrário da missão é a omissão. Disse ele: “Pecamos por omissão, ou seja, contra a missão, quando, em vez de espalhar a alegria, nos fechamos numa triste vitimização, pensando que ninguém nos ama nem compreende. Pecamos contra a missão, quando cedemos à resignação: «Não consigo fazer isto, não sou capaz». Pecamos contra a missão, quando, num lamento sem fim, continuamos a dizer que está tudo mal, no mundo e na Igreja. Pecamos contra a missão, quando caímos escravos dos medos que imobilizam, e nos deixamos paralisar pelo «sempre se fez assim». E pecamos contra a missão, quando vivemos a vida como um peso e não como um dom; quando, no centro, estamos nós com as nossas fadigas, não os irmãos e irmãs que esperam ser amados.”
O grande convite você já percebeu. Não é mais tempo de sermos cristãos esperando por outros e lamentando-nos do que falta ser feito. A responsabilidade da evangelização é nossa. Quem vai iluminar o mundo com a luz de Cristo, somos nós. O Papa foi bem claro: “Deus ama uma Igreja que vive em saída. Se não vive em saída, não é Igreja. Uma Igreja em saída, missionária é uma Igreja que não perde tempo a lamentar-se pelas coisas que não funcionam, pelos fiéis que diminuem, pelos valores de outrora que já não existem. Uma Igreja que não procura oásis protegidos para estar tranquila; deseja apenas ser sal da terra e fermento para o mundo. Sabe que esta é a sua força, a mesma de Jesus: não a relevância social ou institucional, mas o amor humilde e gratuito”.
Guardando a mensagem
Essa passagem bíblica do envio dos setenta e dois nos avisa que a missão é de todos os discípulos, de toda a Igreja unida em torno dos apóstolos. As recomendações que o Senhor deixou aos missionários insistiram que fossem próximos do povo e se movessem com grande despojamento e confiança em Deus. Como a messe é grande e os operários insuficientes, seguindo o que recomendou Jesus, devemos pedir ao Pai que mande missionários para o grande mutirão da evangelização do mundo. Jesus também alertou sobre as oposições e dificuldades que eles encontrariam. A rejeição pode acontecer em casa e na rua, isto é, na família e na sociedade. Dificuldades estão fora da Igreja e também dentro dela. O alerta de Jesus foi para que os discípulos, mesmo encontrando oposição, não esmoreçam e não se omitam frente aos compromissos da missão.
O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir (Lc 10,1)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Informaste àquela leva de missionários que eles estavam sendo enviados como ovelhas no meio de lobos. Essa imagem nos faz entender as dificuldades, os problemas, as oposições que o exercício da missão suscita. Foi assim contigo, não será diferente conosco. Sustenta-nos, Senhor, com o teu Santo Espírito, para que sejamos generosos, criativos e fiéis na missão que nos confiaste. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
No dia de hoje, mais de uma vez, faça esse pedido ao Pai, como Jesus orientou: “Senhor, envia operários para a tua Messe!”. E junte também aquela resposta de Isaías: “Envia-me, Senhor!”.

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb – 03 de outubro de 2019.

OS SETENTA E DOIS E O DISCERNIMENTO VOCACIONAL



Peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita (Lc 10, 2)
18 de outubro de 2018.
Em Roma, está acontecendo o Sínodo dos Bispos sobre os “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Ninguém nasceu por acaso. A cada um de nós, toca uma tarefa, uma contribuição para deixar esse mundo melhor. Como foi Deus quem nos colocou neste mundo, temos certeza que ele nos confia uma missão a realizar. Encontrar o próprio lugar no mundo, isto é discernir a própria vocação, é condição para se encontrar realização e felicidade.
Jesus está na sua grande e última viagem para Jerusalém. Vai em peregrinação para a Páscoa, com os seus discípulos. Está em missão. Nesse momento, cuida particularmente da formação deles. Do seu grande grupo de discípulos, escolhe setenta e dois e os envia dois a dois à sua frente. Eles partem em missão, visitando o povo, anunciando o Reino e preparando a passagem do Mestre.
Esse número 72 na escolha dos discípulos missionários pode ser entendido de mais de uma forma. Num primeiro envio, ele mandou 12, numa clara alusão ao povo de Deus, o povo das 12 tribos. O envio dos 72 está em continuação com a missão dos 12, pois trata-se de um múltiplo de 12 (6x12). Outro simbolismo está nas nações do mundo descritas no livro do Gênesis. Sendo 72 o número das nações, essa escolha pode significar o alcance da missão que é chegar a todos os povos. Também este significado sublinha o caráter missionário desse envio dos setenta e dois.
Jesus preparou essa partida missionária com várias recomendações. E começou por essa constatação: ‘A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita’. São poucos os trabalhadores, sabemos bem, para tanta necessidade, tanto trabalho a fazer, num mundo que vai se descristianizando rapidamente, com tanta gente que nunca ouviu falar seriamente de Jesus... Mas, ao lado dessa constatação, há a indicação de Jesus de que o Pai, que é o dono do campo, é ele quem provê de missionários a sua Messe. Precisamos pedir ao Pai o dom da vocação, o envio de missionários para a colheita.
A vocação é um chamado de Deus. Pede uma resposta da gente. Se a vocação é, em primeiro lugar, uma iniciativa de Deus, Jesus tinha razão quando pediu pra gente rezar ao Pai. Ele disse: ‘Peçam ao dono da messe, que mande operários para a sua messe’. Deus é quem chama. Ele é quem põe no coração da gente o desejo da consagração, o elã do serviço, a inclinação para nos unirmos a Jesus no seu ministério, em favor do povo.
A oração pelas vocações tem sido uma recomendação da Igreja a todos nós. Diante de tantas necessidades, da fome de Deus que tem esse mundo, das periferias existenciais desassistidas (como gosta de falar o nosso Papa), sentimos a falta de missionários, de animadores cristãos, de agentes de pastoral, de religiosos, diáconos e padres que continuem a anunciar o Reino e apresentar Jesus salvador a todas as pessoas.
O chamado é de Deus. Mas, a resposta é com a gente e pode até, infelizmente, ser negativa. É verdade que esse chamado nos chega pela mediação de alguém, de muitos sinais, de muitas situações. Alguém nos transmite esse convite, pelo testemunho, pelo estímulo. As urgências das situações também nos transmitem o convite de Deus. Mas, é verdade, a escolha é, por primeiro, uma iniciativa de Deus.
Guardando a mensagem
Jesus envia setenta e dois discípulos em missão. Eles partem, de dois em dois. Antes do grupo partir, Jesus partilhou com eles o seu sentimento sobre as enormes necessidades e as grandes demandas para a evangelização no seu tempo. A messe é grande. Lamentou a quantidade pequena de braços à disposição. Os operários são poucos. Assim, insistiu com eles para pedirem ao Pai, que é o dono do campo, operários para a colheita. A vocação é um chamado de Deus, uma iniciativa dele, em vista das necessidades do seu povo. Pedir operários é reconhecer que ele é o dono da Messe, que é ele quem convoca e sustenta seus missionários e que ele conta com a resposta generosa e fiel dos convocados.
Peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita (Lc 10, 2)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Tu nos mandaste pedir ao Pai operários para o seu campo, para a sua colheita. Queremos, hoje, Senhor, pedir ao Pai esse dom maravilhoso da vocação para o serviço do Evangelho. Mas, também, devemos, como Isaías fez diante do trono de Deus, colocar-nos à disposição: “Eis-me aqui, envia-me”. Igualmente, precisamos pedir, Senhor, o dom da perseverança, da fidelidade. É o caso de o missionário não somente ser convocado e alistar-se para o trabalho, mas perseverar na sua entrega, no seu serviço, superando dificuldades, tentações e sofrimentos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Sendo hoje o dia de São Lucas, o evangelista que escreveu esse texto que estamos meditando, fica bem você, hoje, abrir esse lindo evangelho e ler como foi a volta dos setenta e dois da missão (Lucas 10, 17-20).

Pe. João Carlos Ribeiro – 18.10.2018

HORA DE MUTIRÃO


A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita (Lc 10, 2).

Jesus estava enviando setenta e dois discípulos, dois a dois, na sua frente, aos lugares por onde ele iria passar. E fez-lhe diversas recomendações, para se manterem focados no anúncio do Reino, com proximidade junto ao povo (partilhando pousada e alimentos em suas casas) e em simplicidade e despojamento (sem cargas para levar). Fez a este grupo de 72 enviados também a recomendação de orar ao Pai, pedindo-lhe que mande mais operários para a sua messe.

Messe é colheita, a hora em que a grande plantação de trigo ou cevada, exige um mutirão. É o tempo da safra, como na área da cana de açúcar. ‘A messe é grande. Mas, os trabalhadores são poucos’. Isto Jesus, em seu fervor missionário, está sentindo na pele. Os 72 irão experimentar isso, descolocando-se por vilas, povoados e cidades. Há muito o que fazer e é urgente que se faça. Mas, a mão de obra disponível é pequena. Agora, a Messe tem um dono, o Pai, que enviou o filho como seu missionário. E o Pai pode enviar mais trabalhadores para a colheita. Então, é preciso rezar, pedir-lhe mais missionários.

A oração pelas vocações tem sido uma recomendação da Igreja a todos nós. Diante de tantas necessidades, da fome de Deus que tem esse mundo, das periferias existenciais desassistidas (como gostar de falar o nosso Papa), sentimos a falta de missionários, de animadores cristãos, de agentes de pastoral, de religiosos, diáconos e padres que continuem a anunciar o Reino e de apresentar Jesus salvador a todas as pessoas.

E por que Jesus mandou em missão setenta e dois discípulos? Numa certa ocasião, ele enviou os 12, os doze apóstolos. Doze é o número do povo de Deus organizado nas tribos. Doze é o número da Igreja, o povo de Deus liderado pelos 12 apóstolos. Mas, nessa cena aqui ele mandou 72. Setenta e dois é um múltiplo de 12, é 12 x 6. Então, a mensagem de Jesus é clara. Todo o povo de Deus é missionário. Não são enviados apenas alguns. Todos estamos sendo enviados. E enviados como Igreja, como povo organizado ao redor dos apóstolos. E a missão não é uma aventura isolada de alguém. Eles vão de dois em dois. Dois é o número do testemunho. O testemunho coincidente de duas pessoas era o suficiente num processo em Israel. Além disso, ir assim, em dupla, indica também que a missão é algo partilhado, tarefa de Igreja, assumida em corresponsabilidade.

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