Vigiem, porque vocês não sabem a hora em que virá o Senhor! (Mt 24, 42)
30 de agosto de 2018.
Nós aguardamos Jesus. Estamos esperando a sua volta. O final do Livro do Apocalipse apresenta a Igreja como uma noiva que anseia pela chegada do noivo para o grande casamento. Será uma grande manifestação de triunfo de Cristo Senhor e do seu povo. A sua vinda será um momento de júbilo para uns e de juízo para outros. Por isso, apesar da alegria da espera, ficamos um tanto temerosos. Ele, ao partir, nos entregou a tarefa de cuidar de sua casa. E disso nos pedirá conta.
Vigilância é a palavra-chave do evangelho de hoje. As comunidades, depois de Jesus, deram muita ênfase a essa recomendação de Jesus para o tempo da espera, o tempo em que ele estaria fora. Eu disse ‘fora’, mas ele está sempre conosco, você sabe. “Vigiem, porque vocês não sabem a hora em que virá o Senhor!” Jesus contou pequenas parábolas para isso ficar bem clarinho. Falou do pai de família que, se soubesse que o ladrão viria naquela noite, ficaria vigiando e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Falou do servo que o Senhor deixou tomando conta de sua casa, cuidando de sua família. O servo vigilante está atento e alimenta bem a família. O servo relaxado espanca os empregados e cai na farra e na bebida, descuidando-se de suas obrigações. O servo fiel e prudente vai ser muito bem recompensado. O servo relaxado vai ser despedido e castigado.
Todo mundo entende essas parábolas de Jesus. E sabe bem que, mesmo ele não voltando logo, precisamos estar sempre preparados, cumprindo bem nossas tarefas, realizando bem a nossa missão. Nós cuidamos de algo de que fomos encarregados. E disso, seremos cobrados, vamos prestar contas. Na parábola, o empregado cuidava da casa do seu senhor. E é isso que nós precisamos aprender: a coisa principal é cuidar das pessoas, pessoas que podem estar sob nossa responsabilidade, mas não são nossa propriedade. O pai e a mãe de família cuidam de sua casa, das pessoas que estão sob sua dependência. E precisam estar sempre atentos, vigilantes para o mal não penetrar em sua casa, como Jesus falou na parábola.
Precisamos viver aquela mesma tensão das primeiras comunidades, na espera do Senhor que partiu e volta a qualquer momento. Viver com compromisso, em santidade, dando o primeiro lugar a Deus em nossa vida. Nada de relaxamento, de preguiça, de estado de sonolência e indiferença. Aguardar acordados é estar realizando bem a tarefa que recebemos, cuidando bem da família, da comunidade, do mundo – isso tudo é a casa dele. Não queremos que ele chegue e nos pegue desprevenidos, ociosos, cochilando no serviço. Queremos aguardá-lo em vigília, acordados. Foi o que ele nos pediu.
Vamos guardar a mensagem
Jesus alertou sobre a vigilância: estarmos atentos, acordados, despertos... não permitindo que o mal, como um ladrão, penetre em nossa casa, em nossa família. Fomos encarregados de cuidar de sua casa. Para isso, ele nos deu autoridade e nos pede responsabilidade. E é a ele que daremos conta. Cuidar das pessoas é a nossa missão. A qualquer momento, poderemos ser cobrados. Vigilância é a nossa atitude permanente.
Vigiem, porque vocês não sabem a hora em que virá o Senhor! (Mt 24, 42)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Na parábola que contaste, tem o administrador fiel que cuidou bem da casa do seu senhor, alimentou bem seus dependentes, zelou para que tudo andasse direito, estando sempre vigilante, atento. E disseste: “Feliz o empregado que o senhor quando voltar o encontrar assim”. Nós queremos, Senhor, ser zelosos e vigilantes como esse empregado elogiado. Ajuda-nos, Senhor, a cumprir bem nossas obrigações na família, na igreja, na sociedade. Dá-nos sabedoria para conduzir bem aqueles que colocaste sob nossa responsabilidade. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Hoje, quinta-feira, no terço mariano, é dia dos mistérios luminosos. Reze ao menos um mistério do terço, se não for possível rezá-lo todo, oferecendo-o pelo bom desempenho das responsabilidades que você tem em sua casa, no seu trabalho, na sua comunidade.
Só para lembrar, são estes os mistérios luminosos que contemplamos no terço de hoje: Primeiro mistério – O batismo de Jesus; Segundo mistério – A auto-revelação nas bodas de Caná; Terceiro mistério – A pregação do Reino de Deus; Quarto mistério – A transfiguração do Senhor; Quinto mistério – A instituição da Eucaristia na última ceia.
Pe. João Carlos Ribeiro – 30.08.2018
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