PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: vinho e óleo
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Abandonaram o irmão.


   09 de outubro de 2022.   

Segunda-feira da 27ª Semana do Tempo Comum


   Evangelho.   


Lc 10,25-37


Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?”
26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”
28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu na mão de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora, deixando-o quase morto.
31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”.
E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.

   Meditação.  

Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? (Lc 10, 36)


Com o evangelho nas mãos, vamos dar a palavra a alguém muito especial...


Acordei, naquela manhã, cheio de dores. Abri os olhos e me assustei. Onde estou? Um lugar diferente, um quarto modesto, mas organizado. Eu estava sozinho. O sol estava clareando o dia. Tentei me levantar. Dores muito fortes nas costas, na cabeça, hematomas por toda parte. Onde estou? O que me aconteceu?


Comecei me lembrar vagamente de alguma coisa. Aos poucos, as imagens, na minha mente, foram se alinhando. Vinha forte, a imagem de um homem jovem me carregando no seu burro. Lembro que ele ia a pé e segurava a rédia do animal. De vez em quando, levantava minha cabeça, conferindo se eu estava reagindo.E dizia alguma coisa que eu não me lembro.

Mas, pera aí... eu estava voltando de Jerusalém, no caminho para Jericó. Estou me lembrando... Eu vinha tranquilo, voltando pra casa, quando, de repente, do nada, apareceu um grupo de malfeitores. Gritavam, ameaçavam, me batiam com violência. Fiquei apavorado. Tentei acalmá-los, puxar conversa. Mas, nada, eles não queriam me ouvir, me tomaram tudo o que eu trazia, o dinheiro, as coisas que eu tinham comprado na feira, até minha roupa. Eles me chutaram, ferozmente, me deram pauladas... eu caí, sem poder me levantar e fiquei gemendo de dor. Ainda estou sentindo as pancadas na cabeça.

Devo ter ficado muito tempo assim, caído, na beira daquela estrada deserta. Pedi muito a Deus que mandasse alguém... alguém que passasse por ali e me ajudasse. Nem levantar a cabeça eu conseguia. Passado algum tempo, senti o barulho de passos pela estrada... quis gritar, não consegui, todo travado de dor. Os passos se aproximaram... ‘alguém vem me socorrer, pensei. Bendito seja Deus!’ Os passos pararam a uma certa distância... e senti que tomaram outro rumo e foram diminuindo até não ouvir mais nada, só o vento. Depois de alguns minutos, acendeu-se de novo a minha esperança. ‘Graças a Deus, vem mais alguém por aí’, pensei, ouvindo o rumor de passos. Mas, quem vinha fez igualzinho ao primeiro... afastou-se de mim e foi-se embora. Estou perdido, pensei.

Desta vez, estava ouvindo o trote de um cavalo ou um animal de carga. Bom, vinha devagar, devia ser um burro. Será que vai me ver? Tentei me mexer, mas não consegui. Mas, o animal parou. E desceu alguém, que me observou de perto. Voltou ao animal, pegou alguma coisa. Limpou minhas costas com as mãos e derramou um pouco do que ele trouxe. Cuidou também de minha cabeça e dos meus braços. Depois me carregou e colocou na sua montaria. Não sei para onde me levou. Acho que fiquei desacordado boa parte do caminho. Sei que me pôs num quarto e providenciou um banho, sopa e cobertas limpas. Vi quando ele pagou a alguém, talvez o dono do lugar. Também o ouvi recomendando que cuidasse de mim, pois na volta de sua viagem ele pagaria qualquer despesa a mais.

Preciso saber quem foi essa pessoa caridosa que me salvou. Só ele teve compaixão de mim. Ele me tirou da beira da estrada, quase morto. Pelo sotaque dele, sei que não é dos nossos, não é do nosso povo. Fico pensando numa coisa, mas acho que não pode ser. Será que ele é um samaritano? Não pode ser, samaritanos não se dão conosco. Mas, pela fala dele, bem que poderia ser. Preciso encontrar essa pessoa. Sei que se eu conhecê-la, muita coisa vai mudar na minha vida. Tenho que reconhecer que lhe devo a minha vida. E não posso deixar de fazer com os outros o que ele fez por mim.





Guardando a mensagem

A parábola do bom samaritano é a história de quem foi resgatado de sua condição de morte, por pura misericórdia. É a história de quem foi socorrido em sua condição de assaltado e largado semi-morto. Ele sentiu-se amado e socorrido numa condição de extrema penúria e abandono. É a experiência da ovelha perdida que foi resgatada e carregada nos ombros do pastor. É a sua história. É a nossa história. O bom samaritano é, particularmente, Jesus. Ele, movido de compaixão por você que estava ferido pelo pecado, aproximou-se, por sua encarnação, e lhe tratou as feridas, derramando sobre elas o seu próprio sangue derramado na cruz (o vinho) e o Santo Espírito de Deus que nos comunica a vida nova (o óleo). Foi ele que o carregou nas costas, como a ovelha resgatada. Foi ele quem pagou, com o preço de sua vida, por sua salvação. E quando voltar, na sua segunda vinda, recompensará regiamente a quem fez como ele, socorrendo seus irmãos. Na história do bom samaritano, está o retrato de Jesus e de quem age como ele.

Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? (Lc 10, 36)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos e te bendizemos pelo teu imenso amor por nós, nos redimindo do pecado e de suas consequências destruidoras. Tu és o nosso bom samaritano. Em ti, vemos realizado o mandamento do amor a Deus e ao próximo, como a si mesmo. O teu amor mostrou-se real, concreto, redentor. Somos novas criaturas, restaurados na tua morte e na tua ressurreição. Só há um modo de viver essa vida nova: amando como tu amaste. Amando a Deus e ao nosso próximo. Nesse amor fiel e redentor, tu Senhor Jesus, revelas o Pai. Dá-nos, Senhor, a graça de viver mergulhados nesse mistério de amor, amando a Deus e amando o próximo, como bons samaritanos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém


Vivendo a palavra

Muita coisa chama a atenção nessa parábola do bom samaratino, contada por Jesus no evangelho de hoje. Mais do que o assalto e a violência, me chama a atenção o abandono. Aquele judeu assaltado, semi-morto foi abandonado por dois religiosos que, como ele, estavam voltando do Templo ou da peregrinação. Viram, afastaram-se, passaram de longe. Abandonaram o irmão. Pense nisso, durante o dia de hoje.

Comunicando

No Recife, temos, hoje, Encontro dos Ouvintes das Rádios Recife FM e Olinda FM. O encontro - celebrando o mês missionário - começa às 11 horas, na Igreja de Santo Antonio, na pracinha do Diário. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

VOCÊ, FAÇA A MESMA COISA!





10 de julho de 2022

15º Domingo do Tempo Comum


EVANGELHO



Lc 10,25-37


Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?”
26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”
28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu na mão de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora, deixando-o quase morto.
31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”.
E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.




MEDITAÇÃO



Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? (Lc 10, 36)


Com o evangelho nas mãos, vamos dar a palavra a alguém muito especial...


Acordei, naquela manhã, cheio de dores. Abri os olhos e me assustei. Onde estou? Um lugar diferente, um quarto modesto, mas organizado. Eu estava sozinho. O sol estava clareando o dia. Tentei me levantar. Dores muito fortes nas costas, na cabeça, hematomas por toda parte. Onde estou? O que me aconteceu?


Comecei me lembrar vagamente de alguma coisa. Aos poucos, as imagens, na minha mente, foram se alinhando. Vinha forte, a imagem de um homem jovem me carregando no seu burro. Lembro que ele ia a pé e segurava a rédia do animal. De vez em quando, levantava minha cabeça, conferindo se eu estava reagindo.E dizia alguma coisa que eu não me lembro.

Mas, pera aí... eu estava voltando de Jerusalém, no caminho para Jericó. Estou me lembrando... Eu vinha tranquilo, voltando pra casa, quando, de repente, do nada, apareceu um grupo de malfeitores. Gritavam, ameaçavam, me batiam com violência. Fiquei apavorado. Tentei acalmá-los, puxar conversa. Mas, nada, eles não queriam me ouvir, me tomaram tudo o que eu trazia, o dinheiro, as coisas que eu tinham comprado na feira, até minha roupa. Eles me chutaram, ferozmente, me deram pauladas... eu caí, sem poder me levantar e fiquei gemendo de dor. Ainda estou sentindo as pancadas na cabeça.

Devo ter ficado muito tempo assim, caído, na beira daquela estrada deserta. Pedi muito a Deus que mandasse alguém... alguém que passasse por ali e me ajudasse. Nem levantar a cabeça eu conseguia. Passado algum tempo, senti o barulho de passos pela estrada... quis gritar, não consegui, todo travado de dor. Os passos se aproximaram... ‘alguém vem me socorrer, pensei. Bendito seja Deus!’ Os passos pararam a uma certa distância... e senti que tomaram outro rumo e foram diminuindo até não ouvir mais nada, só o vento. Depois de alguns minutos, acendeu-se de novo a minha esperança. ‘Graças a Deus, vem mais alguém por aí’, pensei, ouvindo o rumor de passos. Mas, quem vinha fez igualzinho ao primeiro... afastou-se de mim e foi-se embora. Estou perdido, pensei.

Desta vez, estava ouvindo o trote de um cavalo ou um animal de carga. Bom, vinha devagar, devia ser um burro. Será que vai me ver? Tentei me mexer, mas não consegui. Mas, o animal parou. E desceu alguém, que me observou de perto. Voltou ao animal, pegou alguma coisa. Limpou minhas costas com as mãos e derramou um pouco do que ele trouxe. Cuidou também de minha cabeça e dos meus braços. Depois me carregou e colocou na sua montaria. Não sei para onde me levou. Acho que fiquei desacordado boa parte do caminho. Sei que me pôs num quarto e providenciou um banho, sopa e cobertas limpas. Vi quando ele pagou a alguém, talvez o dono do lugar. Também o ouvi recomendando que cuidasse de mim, pois na volta de sua viagem ele pagaria qualquer despesa a mais.

Preciso saber quem foi essa pessoa caridosa que me salvou. Só ele teve compaixão de mim. Ele me tirou da beira da estrada, quase morto. Pelo sotaque dele, sei que não é dos nossos, não é do nosso povo. Fico pensando numa coisa, mas acho que não pode ser. Será que ele é um samaritano? Não pode ser, samaritanos não se dão conosco. Mas, pela fala dele, bem que poderia ser. Preciso encontrar essa pessoa. Sei que se eu conhecê-la, muita coisa vai mudar na minha vida. Tenho que reconhecer que lhe devo a minha vida. E não posso deixar de fazer com os outros o que ele fez por mim.


Guardando a mensagem

A parábola do bom samaritano é a história de quem foi resgatado de sua condição de morte, por pura misericórdia. É a história de quem foi socorrido em sua condição de assaltado e largado semi-morto. Ele sentiu-se amado e socorrido numa condição de extrema penúria e abandono. É a experiência da ovelha perdida que foi resgatada e carregada nos ombros do pastor. É a sua história. É a nossa história. O bom samaritano é, particularmente, Jesus. Ele, movido de compaixão por você, que estava ferido pelo pecado, aproximou-se, por sua encarnação, e lhe tratou as feridas, derramando sobre elas o seu próprio sangue derramado na cruz (o vinho) e o Santo Espírito de Deus que nos comunica a vida nova (o óleo). Foi ele que o carregou nas costas, como a ovelha resgatada. Foi ele quem pagou, com o preço de sua vida, por sua salvação. E quando voltar, na sua segunda vinda, recompensará regiamente a quem fez como ele, socorrendo seus irmãos. Na história do bom samaritano, está o retrato de Jesus e de quem age como ele.

Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? (Lc 10, 36)

Rezando a palavra

Senhor Jesus,
nós te agradecemos e te bendizemos pelo teu imenso amor por nós, nos redimindo do pecado e de suas consequências destruidoras. Tu és o nosso bom samaritano. Em ti, vemos realizado o mandamento do amor a Deus e ao próximo, como a si mesmo. O teu amor mostrou-se real, concreto, redentor. Somos novas criaturas, restaurados na tua morte e na tua ressurreição. Só há um modo de viver essa vida nova: amando como tu amaste. Amando a Deus e ao nosso próximo. Nesse amor fiel e redentor, tu Senhor Jesus, revelas o Pai. És a imagem do Deus invisível, como nos disse Paulo. Em ti, Deus quis habitar com toda a sua plenitude. Por ti, ele quis reconciliar consigo todos os seres. Realizaste a paz pelo sangue de tua cruz, como escreveu o apóstolo. Dá-nos, Senhor, a graça de viver mergulhados nesse mistério de amor, amando a Deus e amando o próximo, como bons samaritanos. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém


Vivendo a palavra

Muita coisa chama a atenção nessa parábola do bom samaratino, contada por Jesus no evangelho de hoje. Mais do que o assalto e a violência, me chama a atenção o abandono. Aquele judeu assaltado, semi-morto foi abandonado por dois religiosos judeus que, como ele, estavam voltando do Templo ou da peregrinação. Viram, afastaram-se, passaram de longe. Abandonaram o irmão. Pense nisso, durante o dia de hoje.

Um domingo abençoado e samaritano pra você! Até amanhã, se Deus quiser.


Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

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