PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: parábola da ovelha perdida
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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, EU CONFIO EM VÓS!

Alegrem-se comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida! (Lc 15, 6)
28 de junho de 2019 – Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Esta sexta-feira é Dia do Sagrado Coração de Jesus. Essa devoção ao Coração de Jesus se afirmou na Igreja para chamar nossa atenção para o amor de Jesus por nós. O grande educador Dom Bosco, em, 1875, explicou aos seus jovens o valor dessa solenidade com essas palavras: "Meus caros filhos, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus... Esta festa não é outra coisa que honrar com especial recordação o amor que Jesus dedicou aos homens. Oh! O amor grandioso, infinito, que Jesus dedicou a nós com a Sua encarnação e nascimento, na Sua vida e pregação, e, particularmente, na sua paixão e morte... Tenhamos coragem! Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós". Uma bela catequese de Dom Bosco.
Então, essa festa do Sagrado Coração celebra o amor de Jesus por nós. O evangelho de hoje ilustra isso com a parábola da ovelha perdida. Parábola contada por Jesus, escutada de má vontade pelos fariseus e mestres da lei e bem acolhida pelos coletores de impostos e pecadores. “Um pastor tinha cem ovelhas, um rebanho considerável. Perdeu uma. Deixou as 99 no deserto e foi atrás da que se perdeu até encontrá-la. Quando a encontrou, a colocou nos ombros e a levou para casa. Chegando, reuniu os amigos pra festejar. Estava muito feliz, tinha encontrado a sua ovelha”.
Nessa parábola tão simples, podemos perceber o grande amor desse pastor por sua ovelhinha perdida. O pastor, claro, é o próprio Jesus. É ele quem está procurando e resgatando as ovelhas perdidas. Foi exatamente isso que ele veio fazer aqui:  achar os perdidos, encontrar os que se afastaram dele e do rebanho. Claro, os coletores de impostos e os pecadores podiam testemunhar isso. Jesus os tinha encontrado. Eles eram os perdidos, os que os mestres do judaísmo nem consideravam capazes de arrependimento. Perdidos por sua condição de pecadores, excluídos pela falsa santidade dos fariseus. Jesus os integrou no rebanho de Deus. A sua palavra, as suas atitudes os resgataram. Eles, em resposta a esse tão grande amor, se aproximavam pela conversão.
Na parábola, não se diz porque nem como a ovelha se perdeu. O pastor ama a sua ovelha e vai atrás dela, independente da razão pela qual ela se perdeu. E não manda ninguém procurá-la em seu lugar. Ele mesmo vai procurá-la. E não descansa até encontrá-la, enfrentando qualquer adversidade. E, quando a encontra, não briga com ela, não reclama do que ela tenha feito de errado. Trata-a com carinho, resgatando-a de sua condição de perdida. E, ao trazê-la para casa, não a vem tangendo, gritando ou batendo nela, aborrecido. De jeito nenhum. Ele a traz nos ombros. Ele a leva para casa. E experimenta uma grande alegria por ter reencontrado sua ovelha e partilha essa alegria com seus amigos.
Guardando a mensagem
Jesus contava parábolas pra todo mundo entender. E você está entendendo direitinho. A parábola fala de Jesus, o pastor, que nos ama de verdade e ele mesmo veio nos buscar, quando estávamos perdidos. Na carta aos Romanos, São Paulo explicou: “A prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós quando éramos pecadores”. A parábola fala de você e de mim também. Nós somos a ovelha que se perdeu, somos os pecadores que ele ama. Ele veio a nós, assumindo nossa humanidade, para nos resgatar e para nos conduzir. Escreveu o profeta Ezequiel: “Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas”. Celebrando a festa do Sagrado Coração, estamos celebrando o amor misericordioso de Jesus por nós, amor que nos resgatou quando estávamos afastados de Deus e éramos pecadores. Por seu amor imenso, agora estamos integrados à família de Deus, somos filhos e filhos na sua casa.  
Alegrem-se comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida! (Lc 15, 6)
Rezando a palavra
Coração de Jesus, inflamado de amor, 
conforta aqueles e aquelas que estão passando por grande aflição, nesse momento. Derrama tuas bênçãos sobre as famílias que estão enfrentando o drama das drogas; elas destroem vidas e sequestram o futuro dos jovens. Cura os corações desanimados e feridos pelo pecado, dando-lhes a certeza do grande amor do nosso Deus que nos resgata mesmo se estivermos no fundo do poço e nos carrega nos ombros, nos devolvendo nossa dignidade de filhos e filhas. Ó Jesus manso e humilde de coração, faze o nosso coração semelhante ao teu. Seja bendito o teu santo nome hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Vou lhe dar o conselho que Dom Bosco dava aos seus jovens, no dia de hoje. A devoção ao Sagrado Coração nos leva a duas respostas de amor: a Confissão e a Comunhão. Na Confissão, cultivamos a nossa conversão. Na Comunhão, nos fortalecemos no caminho de santidade a que ele nos chama.

Pe. João Carlos Ribeiro – 28 de junho de 2019.

A ALEGRIA DE ENCONTRAR A OVELHA QUE SE PERDEU

Alegrem-se comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida (Lc 15, 6)
08 de novembro de 2018.
Na primeira comunidade onde trabalhei como padre novo, havia uma catequista, uma jovem senhora casada, muito dinâmica e fervorosa. Envolveu-se, infelizmente, num desentendimento com outras pessoas da comunidade, ficou muito magoada e afastou-se da Igreja. Começou, em seguida, a frequentar uma igreja evangélica. Passados alguns dias, em reunião das lideranças, acertamos fazer uma visita a esta ovelha desgarrada. Numa noite, sem avisar, chegamos em sua casa, eu e umas outras cinco pessoas da comunidade. Depois do susto pela nossa chegada, dissemos a ela que tínhamos ido rezar com ela. Não perguntamos nada, não cobramos nada, só rezamos e cantamos com ela. Do meio pro fim, ela só chorava. No domingo seguinte, lá estava ela de volta à comunidade e, aos poucos, retomou seus compromissos pastorais na Igreja.
No evangelho de hoje, Jesus conta a história de uma ovelhinha que se perdeu. Ele contou que o pastor deixou as noventa e nove no deserto e foi atrás dessa que se perdeu. E procurou, procurou, até encontra-la. E quando a encontrou, colocou-a nos ombros, morto de alegria, e a levou pra casa. Quando chegou em casa, reuniu os amigos e vizinhos para festejar com ele o reencontro de sua ovelha.
Você certamente já se perdeu alguma vez, ou não? Todo mundo, quando criança, alguma vez se perdeu dos pais. E pode lembrar o sofrimento que é se sentir perdido, sem ter mais a referência do pai ou da mãe. A criança fica apavorada, sobe uma angústia no peito, é um sofrimento impressionante. De repente, se sente sozinha, sem direção. Tem que procurar alguma saída, mas nem sabe por onde começar. Sente-se abandonada e desamparada. Essa é a condição da ovelha perdida.
Na história da ovelha, Jesus fez uma relação entre os justos e o pecador. Ele disse: “Há mais alegria no céu por um só pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão”. A ovelha que se perdeu é o pecador, a pecadora. A conversão é a sua volta pra casa. E a sua volta pra casa é, antes de tudo, obra do pastor amoroso que largou tudo para procura-la e encontra-la; trazê-la nos ombros; e festejar a sua volta.
Nesta parábola, vemos claramente o amor misericordioso que moveu Jesus a vir procurar e salvar a ovelha perdida; um coração compassivo que não descansa enquanto não nos encontra em nosso exílio e nos reintegra no seu rebanho. Vemos também a maneira como ele nos salva, carregando-nos nos ombros, como carregou o madeiro da cruz e festejando nossa volta, em todas as mesas que frequentava, especialmente, na última ceia que renovamos em cada Missa.
Guardando a mensagem
O pecador é alguém que se afastou do rebanho, como a catequista de minha comunidade. O pecador é a ovelha que se perdeu. E a sensação de estar perdido, de se estar sozinho, de se sentir sem chão você conhece, desde criança, quando se perdia de sua mãe ou de seu pai. Na história que Jesus contou, ficamos sabendo que não fomos esquecidos, que ele vem ao nosso encontro, não descansa enquanto não nos resgata. É assim que ele faz conosco, quando nos perdemos, quando o pecado nos afasta de Deus e dos irmãos. É assim que precisamos fazer uns com os outros, não abandonando quem se perde ou se afasta. Alegremo-nos com ele. Ele continua realizando, com êxito, a sua missão.
Alegrem-se comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida (Lc 15, 6)
Rezando a palavra
Senhor Jesus,
Tu és o pastor que estás preocupado e comprometido com o resgate da ovelha que se perdeu. Sabemos que não estamos na conta dos noventa e nove, pois também nós precisamos de conversão. Somos, isto sim, ovelhas resgatadas por tua misericórdia, transportadas em teus ombros e inseridos na família de Deus. Dá-nos, Senhor, a graça de participar da grande alegria do teu coração de encontrar e salvar a ovelha perdida; e de estar contigo, apoiando, ajudando e imitando-te em tua missão redentora. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.
Vivendo a palavra
Leia o evangelho de hoje (Lucas 15, 1-10) e, a partir do texto, escreva uma oração a Jesus, o bom pastor, falando-lhe de alguma ovelha perdida.

Pe. João Carlos Ribeiro – 08.11.2018

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