PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: filho unigênito
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Vitoriosos em Cristo.


  10 de março de 2024.  

4º Domingo da Quaresma

  Evangelho. 


Jo 3,14-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 14“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.
17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.
20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas, quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.


   Meditação.  


Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele (Jo 3, 17)

E chegamos ao quarto domingo da Quaresma. Já passamos da metade desse tempo de preparação para a Páscoa. Agora, a Páscoa está mais próxima. Essa alegria pela proximidade da páscoa, a celebração da nossa salvação, é expressa nesse domingo por uma nova cor litúrgica, o rosa. O roxo penitencial dá lugar, ainda que por um breve tempo, à cor rósea, cor da alegria, da exultação. É disso que fala a antífona de entrada da Missa deste domingo: ‘Alegra-te, Jerusalém. Alegra-te porque os teus dias de tristeza terminaram’. Este domingo é chamado de laetare, domingo laetare, domingo da alegria.

E qual é a razão dessa alegria toda? É que estamos recebendo uma boa notícia. E a boa notícia nos é entregue hoje, como num sanduíche, em três camadas: no livro das Crônicas (AT), no Evangelho de São João e na Carta aos Efésios (NT).

O Livro das Crônicas, lido hoje (2Cr 36), nos traz uma boa notícia. Os exilados da Babilônia foram autorizados a voltar para sua terra, a regressarem a Israel e reconstruírem o Templo de Deus e também suas vidas, em aliança com Deus. Por que foram exilados para a Babilônia? O autor sagrado explica: porque foram infiéis à aliança com o Senhor. Depois de setenta anos de exílio, de sofrimento e escravidão, uma boa notícia para os exilados: voltem à sua terra e reconstruam o Templo de Deus.

O evangelho de João, lido hoje no capítulo terceiro, nos traz uma boa notícia. O mundo das pessoas humanas, mergulhado no pecado, tem jeito. Deus enviou o seu filho unigênito para que o mundo seja salvo por ele. Vai ser como no tempo do deserto, quando o povo estava morrendo vítima de picadas de cobras venenosas, como consequência de seu pecado (a murmuração e revolta contra Deus). Ali, Deus mandou colocar uma serpente de bronze numa haste como sinal de salvação para quem fosse picado. Quem olhasse para aquela serpente na haste, ficaria curado. Agora quem vai ser levantado é o Filho do Homem, Jesus. Quem nele crer, será libertado do pecado e da morte, terá a vida eterna. Depois de um longo exílio por causa do pecado, desde Adão, uma boa notícia para a humanidade: Deus enviou seu filho único para a nossa salvação.

A carta aos Efésios, lida hoje (Ef 2), nos traz uma boa notícia. ‘Quando estávamos mortos por causa de nossas faltas, Deus nos deu a vida com Cristo’. Que boa notícia: ‘Deus nos ressuscitou com Cristo!’

A boa notícia está anunciada, então, em três camadas, como num sanduíche. Exilados, é hora de voltar pra casa! (2 Cr). Humanidade pecadora, a sua salvação está em Cristo, olhe para ele! (Jo 3). Pecadores, unam-se a Cristo para ressuscitar com ele! (Ef 2)

Essa boa notícia da salvação em Cristo é uma comunicação sobre a graça de Deus que nos restaura, nos ressuscita, nos liberta. Que resposta devemos dar a esta boa notícia? A resposta também vem como num sanduíche de três camadas: Voltar pra casa, reconstruir a vida em aliança com Deus (2Cr). Praticar as boas obras (Ef 2). Crer em Cristo (Jo 3).

Guardando a mensagem

A Páscoa é a vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte; e a nossa vitória, com ele. A Páscoa é a nossa salvação: Cristo a si mesmo se ofereceu ao Pai por nós; e o Pai aceitou a oferta do Filho e, por ele, nos deu a vida, o perdão, a paz. A Páscoa é a boa nova: Deus nos salva em Cristo. Essa maravilhosa notícia já vem antecipada neste domingo. O mundo, a humanidade pecadora, tem jeito. Deus enviou o seu filho único para salvá-la. Crer nele é a resposta certa. E crer é dar crédito a esta boa notícia, é acolher a pessoa de Jesus e seu ensinamento, é fazer-se seu seguidor. Pela misericóridia de Deus, somos agora pessoas novas, renovadas em Cristo, agindo no mundo para fermentá-lo com a fraternidade e a justiça. São essas as obras boas para as quais Deus nos preparou.

Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele (Jo 3, 17)




Rezando a palavra

Senhor Jesus,
ao recebermos a boa notícia da salvação, nos damos conta da bondade de Deus, teu pai e nosso pai. Ele, na história do povo antigo, mostrou-se sempre fiel, apesar da infidelidade do nosso povo. E o conduziu de volta do exílio para sua terra. Ele, no seu amor pelo mundo, te enviou para que o mundo fosse salvo por ti. Ele, rico em misericórdia, quando estávamos mortos por causa de nossas faltas, nos deu a vida contigo, contigo nos ressuscitou. Em virtude de nossa união contigo, temos um pai maravilhoso que nos ama e nos quer em sua casa, ao teu lado. 
Dá-nos, Senhor, que nossas ações, nossas obras boas, como nossa resposta de amor, construam um mundo marcado pela solidariedade, o cuidado com a casa comum, a fraternidade e a paz. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Nossa vitória em Cristo é a notícia maravilhosa que hoje enche de alegria nosso coração. A páscoa que se aproxima é a celebração dessa grande verdade: estamos vitoriosos em Cristo, por graça de Deus, que por ele nos comunica a vida em plenitude. E o passo que precisamos dar, hoje, em nossa 'escadaria quaresmal' é este: Espalhar a esperança. Não engrossar o coro das aves de mau agouro. Anunciar nossa vitória em Cristo, nossa páscoa, por graça de Deus.

  Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

DEUS ENVIOU SEU FILHO AMADO


Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito (Jo 3, 16).


22 de abril de 2020

O apóstolo João falou de Deus, em sua primeira carta, de uma maneira maravilhosa: Deus é amor (1 Jo 4,7.8). Isso explica a ação de Deus. Na ação, a pessoa se revela. A criação foi um grande ato de amor de Deus. Mas, Deus fez mais ainda. Deus amou o mundo de tal forma que deu o seu filho unigênito para sua salvação. Um amor grande demais...

Deus amou tanto o mundo.... que ‘mundo’? No evangelho de São João, este que estamos lendo, a palavra ‘mundo’ tem um significado muito particular. Mundo é usado no sentido teológico, como cenário do processo de salvação. Mas, não é só o cenário, é também um protagonista do drama. O mundo é a humanidade decaída, afastada de Deus e hostil a Jesus. Pense no sentido dessa palavra: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Mundo é a humanidade decaída.

Sendo assim, fica claro, o mundo não gosta de Deus. O mundo se opõe a Deus, está possuído pelo pecado. Mas, Deus ama o mundo, isto é, a humanidade decaída, aquela humanidade representada na desobediência de Adão. E Deus quer salvar o mundo, a humanidade pecadora, que dele se afastou. É porque ama, que Deus dá seu filho unigênito para quem nele crer encontre a vida eterna.

“Dar o filho”, poderíamos entender, é mais do que “enviar”. Dar o filho nos lembra a cruz. Foi na cruz que Deus deu seu filho, que morreu em expiação do pecado do mundo. O Pai ama o filho, claro. É seu filho unigênito, isto é, o único. “Este é o meu filho amado”. Foi assim que Deus apresentou Jesus, no batismo do Jordão. E é este filho amado, o unigênito, que Deus dá para a salvação do mundo. E o dá para que o mundo encontre nele a vida eterna. Não é para o seu julgamento, para sua condenação, mas para sua salvação.

Guardando a mensagem

O amor é que move Deus a dar o seu unigênito ou a enviá-lo, o amor pelo mundo, pela humanidade decaída e o amor pelo filho. A própria criação foi feita à imagem do filho. “Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada se fez”, escreveu São João no prólogo do seu Evangelho. O amor pelo filho, que transbordou na criação, agora se excede na redenção.

A esse amor tão grande de Deus, que enviou o seu filho, qual será a nossa reação, a resposta da humanidade pecadora? A melhor resposta é crer, acolher o filho amado. Crer é acolher Jesus e o seu serviço libertador. Crer nos liberta da condenação do pecado. Não crer, pelo contrário, é permanecer na condenação.

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito (Jo 3, 16).

Rezando a Palavra

Senhor Jesus,

Por que vieste a nós? A resposta está no evangelho de hoje: vieste a nós, enviado pelo Pai, por causa do amor que o Pai tem por nós, humanidade pecadora. O nosso pecado nos condenou a viver longe de Deus, nos desviou de nossa vocação de filhos de Deus. E vieste nos resgatar para a amizade, a comunhão com Deus.

Por que aceitaste vir a nós? A resposta está no amor que tens pelo Pai. Fazer a vontade dele é o teu maior empenho. A resposta está no amor que tens por nós, humanidade pecadora. Disseste isto: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”.

A tua Palavra também nos diz como devemos te acolher. Com amor, claro. Com a acolhida do teu serviço redentor na cruz, com a fé pela qual reconhecemos tua divindade em nossa humanidade, com o seguimento fiel de teus ensinamentos e do teu caminho humano de filho amado do Pai. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém.

Vivendo a Palavra

Transcreva, em seu caderno espiritual, as palavras de Jesus em João 3, 16-18. Em seguida, faça delas sua oração. 

Pe. João Carlos Ribeiro, sdb

O QUE O NATAL TEM DE ESPECIAL

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14)
25 de dezembro de 2019.
Dia de natal. Votos de boas festas, Missa do Galo, presentes, ceia ou almoço de natal, reencontro de parentes e amigos, muitas selfies, claro... Nas redes sociais, na TV, no mundo dos espetáculos: Especial de Natal. Mas, o que é o que natal tem de especial?
Há pouco mais de dois mil anos, a história da humanidade foi marcada por um evento absolutamente revolucionário. Deus mesmo veio morar com a gente. É esta a boa notícia que impactou a aventura humana na terra. Deus mesmo veio morar com a gente.
E em que isso faz a diferença? É que se há um ideal a ser seguido, ele não está mais nas nuvens, no além, nos livros, nas promessas. O ideal de humanidade ética, solidária, espiritualizada não é apenas um projeto. É uma pessoa. Os ideais de bondade, comunhão, fraternidade, justiça, verdade podem ser vistos, tocados na vida e na experiência de uma pessoa humana: Jesus de Nazaré, Deus e Homem a um só tempo. O verbo eterno que estava desde sempre ao lado do Pai entrou na história humana, solidário com todo ser humano, particularmente com o mais sofrido e desprezado.
E isso faz toda a diferença. No evangelho de hoje, lido em São João, está escrito: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade”. Jesus é essa verdade maravilhosa de Deus ao nosso alcance, Deus que veio a nós. O inefável que se deixou tocar. Isso é o natal. Dom Antônio Lustosa, bispo santo e sábio, a caminho dos altares, escreveu assim, sobre o natal:
Vamos em espírito até Belém contemplar
a maior maravilha de todos os séculos: 
o Verbo feito carne.
Deus em forma humana no meio dos homens.
O ser Infinito reduzido às dimensões de uma criancinha.
A Onipotência que nada pode fazer.
A Sabedoria que só sabe chorar.
O Rei dos Reis em uma manjedoura a servir-lhe de berço.
Quem tudo fez no mais completo desconforto.
O Altíssimo no maior abatimento.
É tudo mistério de amor.     
O prólogo, essa abertura do evangelho de São João que estamos lendo hoje, começa com as mesmas palavras do início da Bíblia: “No princípio, era a Palavra”. A Bíblia, no livro do Gênesis, começa assim: “No princípio, Deus criou o céu e a terra”. Então, está nos dizendo o apóstolo João em seu evangelho, com Jesus está começando um novo tempo. A criação, obra perfeita de Deus, teve seu ponto alto na criação do homem e da mulher. Mas, veio o pecado que desfigurou essa obra divina. Agora, chegou Jesus para levar  a obra do Criador à perfeição. 



Guardando a mensagem
A novidade que revolucionou a história é a presença de Jesus entre nós. Deus se fez humano, entrou em nossa história. Agora, temos um modelo, um guia, um caminho para seguir. A certa altura de sua vida humana, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Podemos segui-lo, crer nele, experimentar a vida eterna que ele nos comunica porque ele é de nossa raça humana, anda pelos nossos caminhos, sente as nossas dores, atravessa o nosso mesmo vale de lágrimas. Agora, podemos saber como é que um filho de Deus nessa terra pode manter-se em comunhão com o Pai e com os seus irmãos, ser-lhes fiel, encontrar realização e felicidade em sintonia com a vontade divina. “Vem e segue-me”. É assim que ele continua nos convidando a viver como ele, a tê-lo como regra de vida, a imitá-lo em sua vida humana de filho de Deus. 
E a Palavra se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14)



Rezando a palavra

Senhor Jesus,

Neste natal nos encontramos como família ao redor de tua manjedoura. Ao lado de Maria, de José e de toda a criação representada pelos animais, nós te contemplamos em tua encarnação. Viemos, como os pastores de Belém, te visitar. Queremos, Senhor, que este natal nos anime a viver na fé e na esperança do teu evangelho. Com certeza, este é o maior presente que podemos te oferecer: renovar hoje nossa adesão a ti, ao teu evangelho e à tua Igreja. Derrama, Senhor, tuas santas bênçãos sobre cada um de nós e ajuda-nos a ser famílias segundo o modelo de tua santa família. Cuida, Senhor, de todos nós. Amém.

Receba, agora, a bênção do natal.

Incline sua cabeça e responda ‘amém’, no final das três orações. 

O Deus de infinita bondade que, pela encarnação de seu filho, expulsou as trevas do mundo e, com seu glorioso nascimento transfigurou este dia, expulse do nosso coração as trevas dos vícios e nos transfigure com a luz das virtudes. AMÉM. 

Aquele que anunciou aos pastores, pelo anjo, a grande alegria do nascimento do salvador derrame em nosso coração a sua alegria e nos torne mensageiros do evangelho. AMÉM.

Aquele que pela encarnação do seu filho, uniu a terra ao céu nos conceda sua paz e seu amor e nos torne participantes da Igreja celeste. AMÉM. 

Vivendo a palavra

Você já conseguiu realizar o momento de oração com sua família, neste natal? Bom, o dia de hoje é especialmente propício para a celebração de natal em família. Nós lhe enviamos um roteiro muito simples, no caso de você precisar de algum apoio. 

Pe. João Carlos Ribeiro – 24 de dezembro de 2019

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