Jesus é o maior modelo da oração.
Com ele, aprendemos que a oração é um diálogo com Deus. Diálogo não é monólogo.
Nem discurso de convencimento. De um diálogo, a gente nunca sai o mesmo.
A
gente pode transportar nossa experiência de conversa com os outros para a
oração. Rezar é conversar com Deus. Quando a gente conversa com alguém, a gente
fala e escuta. Dialoga. Quando se fala sozinho e não se dá chance para a outra
pessoa falar, aí é monólogo, não é diálogo, não é conversa. Pode até ser que às
vezes o nosso modo de rezar seja mais monólogo do que diálogo... Oração mesmo é
a gente invocar a Deus, falar-lhe e escutá-lo também. Por isso que o silêncio é
importante na oração. Tagarelando o tempo todo, como vamos ouvir o que ele tem
a nos dizer? No silêncio, no recolhimento atencioso, cuidamos de ouvir o que
ele nos diz no coração, o que ele está nos dizendo em nossa vida, nos
acontecimentos de nossa história pessoal e social, no mistério que estamos
celebrando em comunidade.
Tem
gente que não sabe conversar. Fica falando o tempo todo. Não sabe escutar o que
outro tem a dizer. Escutar é uma parte importante do diálogo. Oração é também
saber escutar o que Deus está dizendo à Igreja reunida e a cada um, e a cada
uma. Em toda celebração, mesmo que não seja Missa, tem sempre uma parte
importante em que se proclama a Palavra de Deus. Escutar a Palavra é uma parte importante da oração da comunidade
ou da oração pessoal.