PADRE JOÃO CARLOS - MEDITAÇÃO DA PALAVRA: creio na ressurreição da carne
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VIVER COM ESPERANÇA



Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele (Lc 20, 38) 



10 de novembro de 2019 


Quando rezamos o credo, nós dizemos em que nós acreditamos. Rezando, a alma se eleva num respiro de gratidão a Deus por todas as suas maravilhas. Assim, renovamos, de coração, nossa adesão às verdades reveladas. Rezando o credo, rezamos a nossa fé. E a nossa esperança. Dizemos, por exemplo, “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”. 


Os saduceus, no tempo de Jesus, não acreditavam na ressurreição. E, claro, procuravam defender essa sua posição com muitos argumentos. Apresentaram a Jesus essa questão: a mulher que foi esposa de sete maridos... na outra vida, seria esposa de quem? Para eles seria uma prova que não haveria ressurreição. Porque se houvesse, numa situação dessa, seria uma grande confusão, um desentendimento permanente. E Jesus, com toda paciência, explica que na outra vida, não tem mais casamento. Os ressuscitados viverão numa outra dinâmica: são filhos e filhas, irmãos e irmãs, na alegria da casa do Pai. Serão como os anjos, serão filhos de Deus. Não haverá mais os limites desse mundo de agora. Nem os seus problemas, nem as suas dores. Será um outro mundo, de alegria sem fim. 



Jesus explicou aos saduceus: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. Eles não acreditavam na ressurreição. Para eles, não havia outra vida. Toda esperança estava aqui mesmo na terra, nos poucos ou muitos anos de vida que temos. Eles formavam uma elite em Jerusalém: os grandes proprietários chamados anciãos, os sumos sacerdotes do templo e mestres da lei - uma elite que não acreditava na ressurreição. Talvez por isso, o seu apego ao dinheiro e ao poder fosse tão grande. Quando se vive sem esperança de futuro, a pessoa se agarra ao presente, de unhas e dentes. Se o seu coração não está no Deus que transcende tudo, aferra-se às coisas desse mundo e faz delas o deus de sua vida. 

Dizendo “creio na ressurreição da carne” estamos professando a fé da Igreja. Na segunda vinda de Jesus, os que estiverem mortos ressuscitarão, recebendo de volta o seu corpo, um corpo glorioso, espiritual, como explicou São Paulo. Estamos certos que ressuscitaremos, porque Jesus ressuscitou, como primogênito de toda a criação. Os que morrem na graça e na amizade com Deus, estarão com ele, contemplando a sua face, isto é, conhecendo-o como ele é. Nele, viveremos o amor, nossa grande vocação e amaremos com amor puro e perfeito todos os que amamos nesta terra. Essa condição de felicidade completa chamamos de “céu”. 

No Antigo Testamento, no segundo livro dos Macabeus, há uma página maravilhosa contando como sete filhos e sua mãe, numa grande perseguição, resistiram à tentação de trair sua fé, confiados na ressurreição dos mortos, assegurada por Deus. Viveram e morreram nessa certeza. Muita gente não acredita na ressurreição. E mesmo que diga que acredita, na prática, não acredita. Vive sem esperança, procurando encontrar a realização de sua existência em ter coisas, em colecionar títulos e glórias nesse mundo. No fundo, são pessoas entristecidas pela falta de sentido na vida e aterrorizadas pelo fim de sua existência que se aproxima galopante. Quanto mais perto chegam do final dessa vida humana, mais amargas ficam. Não sei se você conhece alguém assim?! 

Guardando a mensagem 

Os saduceus, um grupo influente do tempo de Jesus, não acreditavam na ressurreição. Seu apego ao poder e ao dinheiro já mostrava em que eles realmente acreditavam. Eles apresentaram uma questão a Jesus. O mestre aproveitou para fazer uma catequese sobre a ressurreição. Só a luz da fé pode iluminar o coração humano e encher de sentido uma vida, fazendo-nos ansiar pelo dia feliz de nossa ressurreição, quando não haverá mais pranto, nem dor, nem o limite do tempo, nem a frustração do pecado ou do sofrimento; o dia em que seremos plenamente filhos de Deus, na sua casa, na grande comunhão dos irmãos. 

Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele (Lc 20, 38) 

Rezando a palavra 

Senhor Jesus, 

Muita gente tem uma atitude prática de descrença na ressurreição, na vida futura de que nos falas, hoje. Assim, faz das coisas e das pessoas deste mundo o seu único horizonte. Claro, só pode viver uma apreensão permanente diante da insegurança e da provisoriedade de nossa vida biológica. Dá-nos, Senhor, viver na esperança desse futuro maravilhoso, quando toda lágrima será enxugada e não haverá mais pranto nem morte. Aumenta em nós, Senhor, a fé que nos faz ver que, hoje, tu já estás fazendo novas todas as coisas. Aproveitamos para pedir tua bênção sobre os jovens que hoje se submetem à segunda etapa do ENEM. Seja bendito o teu santo nome, hoje e sempre. Amém. 

Vivendo a palavra 

Ao rezar o Credo, hoje, acentue bem as palavras “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”. 

Pe. João Carlos Ribeiro, SDB – 10 de novembro de 2019

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