Um dia Jerusalém foi tomada pelos
babilônios, um império muito poderoso e cruel. O exército inimigo, depois de um
longo período de cerco à cidade, entrou com tudo. Uma parte da corte e a elite
da capital foram levados como escravos. O exército dos babilônios destruiu tudo
o que podia. Os soldados derrubaram os muros da cidade, roubaram as coisas
preciosas do templo e tocaram fogo no próprio templo, quebraram tudo. A cidade
de Jerusalém, a bela capital da nação judaica, a cidade onde Deus morava no seu
templo foi humilhada, queimada, destruída. O povo se dispersou, o reino de
Israel se acabou. Isso foi por volta do ano 587 a.C.
Todos os anos, mais ou menos no
aniversário daquela desgraça – a destruição da cidade santa de Jerusalém –
muita gente voltava àquelas ruínas para visitá-las, lamentar-se pelo ocorrido e
pedir a Deus que tivesse piedade do seu povo. No fundo, todos sabiam que tudo
aquilo fora consequência dos atos irresponsáveis do próprio povo e de suas
lideranças. O rei, os sacerdotes, a corte, os nobres, a população toda ...
esses eram os verdadeiros culpados, pois distanciaram-se da aliança com Deus,
foram infiéis às orientações dele, traíram sua fé com outros deuses e suas
ideologias. O livro das Lamentações, parte da Bíblia, tem hinos desse tempo.